Sales Oliveira

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Sales Oliveira
  Município do Brasil  
Símbolos
Brasão de armas de Sales Oliveira
Brasão de armas
Hino
Gentílico salense
Localização
Localização de Sales Oliveira em São Paulo
Localização de Sales Oliveira em São Paulo
Localização de Sales Oliveira em São Paulo
Sales Oliveira está localizado em: Brasil
Sales Oliveira
Localização de Sales Oliveira no Brasil
Mapa
Mapa de Sales Oliveira
Coordenadas 20° 46' 19" S 47° 50' 16" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Morro Agudo, Orlândia, Nuporanga, Batatais, Jardinópolis e Pontal
Distância até a capital 381 km
História
Fundação 1 de janeiro de 1945
Administração
Prefeito(a) João Jeremias Garcia Neto (PSDB)
Características geográficas
Área total [1] 303,752 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 10 568 hab.
Densidade 34,8 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 730 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,819 muito alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 130 125,676 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 15 968,30

Sales Oliveira é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 20º46'19" sul e a uma longitude 47º50'17" oeste, estando a uma altitude de 730 metros. Sua população em 2009 é de 8.021 habitantes.

História

Antigo distrito do município de Nuporanga e, posteriormente, de Orlândia, recebeu este nome em homenagem a Francisco de Sales Oliveira Júnior, pai do governador de São Paulo, Armando de Sales Oliveira. Foi criado como município em 1944 e instalado em 1 de janeiro de 1945.

Geografia

Dados do Censo - 2007

Altitude: 730 m

População: 8.623 habitantes

Área Total: 304,6 km²

Dens. Demográfica: 28,31 hab/km²

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 9,86

Expectativa de vida (anos): 74,80

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,17

Taxa de alfabetização: 92,40%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,819

  • IDH-M Renda: 0,735
  • IDH-M Longevidade: 0,830
  • IDH-M Educação: 0,892

(Fonte: IPEADATA)

Estação

  • Ramal de Igarapava - km 48,648 SP-2822
Inauguração: 01.06.1900

Uso atual: secretaria da cultura do município e outros órgãos sem trilhos Data de construção do prédio atual: 1900

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Igarapava foi aberto em seu primeiro trecho, em 1899, até Jardinópolis, a partir do local em que seria construída a estação de Entroncamento, um ano depois. Em 1905, chegou a Igarapava, então ainda Santa Rita do Paraizo. Em 1914, atingiria a linha do Catalão, já em Minas Gerais, pouco antes de Uberaba. O ramal atravessava as melhore terras de café do norte do Estado. Em fevereiro de 1979 foi fechado para cargas, e em 10 de Maio de 1979 para os trens de passageiros, e substituído pela variante Entroncamento-Amoroso Costa, que correria mais a oeste da linha velha e se tornaria então a continuação do tronco retificado da ex-Mogiana. Os trilhos foram retirados por volta de 1986, sobrando apenas as velhas estações, abandonadas ou com outras funções.

A ESTAÇÃO: Em terras vendidas por 300 mil réis pelo lavrador José Pereira Lima, no município de Nuporanga, herdadas de Isaac Pereira Lima, na fazenda Pindaíbas, entre as estacas 2.416 e 2.551 do ramal de Santa Rita do Paraíso, a Mogiana construiu a estação e colocou os trilhos e desvios. Antes mesmo da inauguração, já havia se definido o nome da estação como sendo Salles Oliveira, homenagem a Francisco Salles Oliveira Júnior, morto em 23 de Setembro de 1899 e pai de Armando Salles Oliveira, Governador do Estado nos anos 1930, e também Presidente da Cia. Mogiana. Conta-se também que a população do povoado preferia o nome de Santa Rita, e então designaram para ela o nome de Santa Rita de Salles, enquanto a estação manteria o nome que a Mogiana havia dado. Em pouco tempo, o nome da estação matou o nome do povoado. A foto do álbum da Mogiana, publicado por volta de 1910, mostraria a estação no dia de sua inauguração, em 1900: lá aparecem trinta e duas pessoas, entre elas o primeiro chefe da estação, Conrado Breternitz. (dados de acordo com o livro "Notícias da Cidade de Sales Oliveira", de Adriano Campanhole, 1991). Foi ponta de linha do ramal até um ano e meio depois, quando a estação de Orlândia foi aberta. Já em 1908 a estação era ampliada. Pouco anos mais tarde, Salles Oliveira desmembrou-se de Nuporanga, que ainda tentou fazer sair uma linha de bondes a vapor da estação, e anos mais tarde, uma linha a tração elétrica de Orlândia, duas tentativas que não tiveram êxito. (Crônica de Outrora, A. de Almeida Prado, 1963). "(…) Então, a coisa era assim: por trem, fagulhas; por estrada, lama e poeira. Num caso e noutro, o uniforme galhardo para enfrentar essas adversidades tecno-naturais era o guarda-pó. E foi trajando um deles que realizei, menino, com minha mãe, em 1949, a viagem com que sonhava e que, com certeza, nela me sonho para sempre menino. Fui de Sales Oliveira a São Paulo, trocando de comboio e de Companhia em Campinas - da Mogiana para a Paulista -, assistindo nas estações-triângulo às longas permanências da composição para abastecimento de lenha para as locomotivas, esperando entediado no entroncamento da infância impaciente os cruzamentos de outros trens a seguir em direção oposta à do desejo de chegar rápido, de aportar logo em São Paulo, na Estação da Luz, na luminosidade feérica da grande metrópole, tornada ainda maior na fantasia assustada do menino do interior. A viagem durou 14 horas para um percurso de cerca de 400 km, numa média de velocidade de 28 km por hora. Em 1955, um ano depois das comemorações do 4º centenário da cidade, viajei com meu pai para São Paulo, novamente. A viagem durou cerca de 12 horas. Outras vezes, já morando na capital, para cursar o 3º ano do colegial no Roosevelt, da rua São Joaquim, na Liberdade, e depois a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da USP, fiz a mesma viagem em períodos de tempo progressiva e lentamente menores, até que o uso do trem fosse definitivamente substituído pelos ônibus da Cometa, partindo de Ribeirão Preto e rodando em tempo curtíssimo pela rodovia Anhanguera asfaltada: 5 horas (…) (Carlos Vogt, Transportação, 2003/2004). Em 9 de maio de 1979, o último trem de passageiros passou por Salles Oliveira: no dia seguinte, eles já estavam correndo pelo novo trecho, a oeste da cidade, na chamada variante Entroncamento-Amoroso Costa. Os trilhos foram retirados da região entre 1984 e 1987, e neste ano foi inaugurada na cidade a avenida Mogiana, que passou a correr pelo leito da antiga linha. O prédio da estação fica hoje no centro da cidade, servindo de sede para a Secretaria da Cultura do município, para a Associação Comercial, o Rotary e outras entidades.

Hidrografia

  • Ribeirão do Agudo

Economia

  • A principal atividade econômica do município decorre das chamadas "palheiras", empresas que efetuam a manufatura da palha de milho visando o mercado tabagista. Nestes estabelecimentos há exploração tanto do trabalho informal quanto do infantil.

Rodovias

Administração

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Ligações externas

Predefinição:Mesorregião de Ribeirão Preto