Siratus senegalensis

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Vista superior da concha de S. senegalensis. Espécime coletado no sudeste do Brasil; Praia do Peres, Ubatuba, estado de São Paulo, em 22 de março de 1992.
Vista superior da concha de S. senegalensis. Espécime coletado no sudeste do Brasil; Praia do Peres, Ubatuba, estado de São Paulo, em 22 de março de 1992.
Vista inferior da concha de S. senegalensis. Espécime coletado no sudeste do Brasil; Praia do Peres, Ubatuba, estado de São Paulo, em 22 de março de 1992.
Vista inferior da concha de S. senegalensis. Espécime coletado no sudeste do Brasil; Praia do Peres, Ubatuba, estado de São Paulo, em 22 de março de 1992.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Muricoidea
Família: Muricidae
Subfamília: Muricinae
Género: Siratus
Jousseaume, 1880[1]
Espécie: S. senegalensis
Nome binomial
Siratus senegalensis
(Gmelin, 1791)[1]
Sinónimos
Murex senegalensis Gmelin, 1791
Chicoreus senegalensis (Gmelin, 1791)
Murex brasiliensis G. B. Sowerby II, 1834
Murex sirat d'Orbigny, 1841
(WoRMS)[1]

Siratus senegalensis (nomeada, em inglês, Senegal Murex)[2] é uma espécie de molusco marinho da costa oeste do oceano Atlântico, pertencente à classe Gastropoda e à família Muricidae da ordem Neogastropoda. Foi classificada por Gmelin em 1791; descrita originalmente como Murex senegalensis na obra de Lineu, Systema Naturae[1]; fazendo parte dos gêneros Murex[3] e Chicoreus[4] no século XX. Restos de conchas de Siratus senegalensis podem ser encontrados nos sambaquis, em sua região de ocorrência.[5] Esta é a espécie-tipo do gênero Siratus Jousseaume, 1880.[6]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Concha de aparência maciça[3]; de coloração cinzenta, amarelada ou creme, com 7.5[2][4] a 8[7] centímetros de comprimento e com 8 voltas quando desenvolvida, de espiral moderadamente baixa; esculpida com linhas espirais e com 3 varizes por volta, calosas e com uma projeção espiniforme, engrossada e curvada para trás, em sua borda externa. Columela e abertura de coloração branco-esmaltada. Amplo e curto canal sifonal. Opérculo córneo, de coloração castanha e esculpido com anéis concêntricos.[4] Ela pode ser confundida com Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927), da mesma região[8], diferindo por seus espinhos mais curtos.[9]

Distribuição geográfica, habitat e hábitos[editar | editar código-fonte]

Siratus senegalensis é endêmica de águas rasas[2], da zona entremarés até a zona nerítica, na região sudeste do Brasil, entre a Bahia e Santa Catarina, em bancos de areia; sendo uma espécie predadora, que costuma se alimentar de moluscos das espécies Anomalocardia brasiliana e Chione cancellata.[4][7] Embora a denominação dada por Gmelin para esta espécie (senegalensis) seja relativa ao país da África Ocidental, Senegal, esta citação é incorreta, sendo ela endêmica da costa do Brasil.[3][4]

Referências

  1. a b c d «Siratus senegalensis (Gmelin, 1791)» (em inglês). WoRMS. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018 
  2. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 133. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b c STIX, Hugh; STIX, Marguerite; ABBOTT, R. Tucker; LANDSHOFF, H. (1968). The Shell. Five Hundred Million Years of Inspired Design (em inglês). New York: Harry N. Abrams, Inc. 188 páginas. ISBN 9780810904750 
  4. a b c d e RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 108-109. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  5. Gernet, Marcos Vasconcellos (junho de 2012). «Gênese e ocupação do sambaqui do Guaraguaçu, Pontal do Paraná». ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018 
  6. «Siratus Jousseaume, 1880» (em inglês). WoRMS. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018 
  7. a b «Siratus senegalensis». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018 
  8. «Siratus tenuivaricosus». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018 
  9. Delsing, Jan (5 de março de 2014). «Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927)» (em inglês). BioLib.cz. 1 páginas. Consultado em 15 de julho de 2018. Brazil, Own collection. Central coast of Brazil.