Sismo e tsunâmi do oceano Índico de 2004: diferenças entre revisões
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O Sismo ocorreu a [[26 de Dezembro]] daquele ano, por volta das oito da manhã na hora local da região de seu [[epicentro]], em pleno oceano, a oeste da ilha de [[Sumatra]], nas coordenadas 3,298°N ([[latitude]]) e 95,779°O ([[longitude]]). O abalo teve [[magnitude sísmica]] estimada primeiramente em 8,9 na [[Escala de Richter]], posteriormente elevada para 9,0<ref name = "USGS">{{cite web | url = http://earthquake.usgs.gov/eqinthenews/2004/usslav/ | publisher = US Geological Service | title = 2004}}</ref>, sendo o sismo mais violento registado desde 1960 e um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um [[tsunami]] de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras (veja animação em baixo). O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da [[África]] oriental, nomeadamente na [[Tanzânia]], [[Somália]] e [[Quénia]]. A proteção geral da Indonésia mais tarde veio a afirmar que o tsunami foi criado por placas de gelo vindas dos vários hemisférios que quando colidiram formaram a onda devastadora,e apenas mais tarde veio o terramoto. |
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O terremoto foi causado por ruptura na [[zona de subducção]] onde a [[placa tectónica]] da Índia mergulha por baixo da placa da [[Burma|Birmânia]]. A área de ruptura está calculada em cerca de 1200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas em cerca de 15 m. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com [[velocidade]] da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e [[rotação da Terra|alteração na rotação da Terra]]. |
O terremoto foi causado por ruptura na [[zona de subducção]] onde a [[placa tectónica]] da Índia mergulha por baixo da placa da [[Burma|Birmânia]]. A área de ruptura está calculada em cerca de 1200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas em cerca de 15 m. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com [[velocidade]] da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e [[rotação da Terra|alteração na rotação da Terra]]. |
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Sismo do Oceano Índico de 2004 | |
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Tsunami atinge Ao Nang, na Tailândia. | |
Diagrama do epicentro do terremoto e países afetados pelo tsunami. | |
Epicentro | |
Profundidade | 30 km |
Magnitude | 9,1 MW |
Tipo | Terremoto submarino |
Data | 26 de dezembro de 2004 |
Zonas mais atingidas | Indonésia (principalmente em Aceh) Sri Lanka Índia (principalmente em Tamil Nadu) Tailândia Maldivas |
Vítimas | +230.000 mortos |
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terremoto submarino que ocorreu às 00:58:53 UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terremoto é conhecido pela comunidade científica como o terremoto de Sumatra-Andaman.[1][2] O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terremoto foi causado por uma subducção e desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230 000 pessoas em quatorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura.[3] Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. A Indonésia foi o Estado mais atingido, seguido pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3, foi o terceiro maior terremoto já registrado em um sismógrafo. Este sismo teve a maior duração de falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse em um centímetro[4] e deu origem a outros terremotos em pontos muito distantes do epicentro, como o Alasca, nos Estados Unidos.[5] Seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e a Indonésia continental.[6]
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de US$ 14 bilhões em ajuda humanitária.[7]
Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de Dezembro daquele ano, por volta das oito da manhã na hora local da região de seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0[8], sendo o sismo mais violento registado desde 1960 e um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras (veja animação em baixo). O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia. A proteção geral da Indonésia mais tarde veio a afirmar que o tsunami foi criado por placas de gelo vindas dos vários hemisférios que quando colidiram formaram a onda devastadora,e apenas mais tarde veio o terramoto.
O terremoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia mergulha por baixo da placa da Birmânia. A área de ruptura está calculada em cerca de 1200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas em cerca de 15 m. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220.000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
Efeitos
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/47/2004_Indonesia_Tsunami_Complete.gif/220px-2004_Indonesia_Tsunami_Complete.gif)
O sismo de 26 de Dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Pólo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afectou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos pólos e com maior diâmetro sobre o equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias, em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.[9]
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena — abaixo de três microssegundos — o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsóide achatado nos pólos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta com possível tsunami foi acionado.
Países afetados
Os países mais afetados foram:
Sri Lanka, com milhares de mortos e milhares de desalojados; por esse motivo o estado de emergência nacional foi declarado.
Índia, na Costa de Coromandel, nomeadamente os estados de Tamil Nadu, Andhra Pradesh e os arquipélagos Andamão e Nicobar onde algumas ilhas foram totalmente submersas.
Indonésia, ilha de Samatra, estado de Banda Aceh.
Tailândia, especialmente as estâncias turísticas das Ilhas Phi Phi e Ilhas Phuket.
Malásia.
- Ilhas Maldivas, onde dois terços da capital, Malé, foram inundados pelo tsunami.
Bangladesh.
Vítimas
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/80/US_Navy_050102-N-9593M-040_A_village_near_the_coast_of_Sumatra_lays_in_ruin_after_the_Tsunami_that_struck_South_East_Asia.jpg/250px-US_Navy_050102-N-9593M-040_A_village_near_the_coast_of_Sumatra_lays_in_ruin_after_the_Tsunami_that_struck_South_East_Asia.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b8/Chennai_beach2.jpg/250px-Chennai_beach2.jpg)
Países onde as mortes ocorreram | Mortes | Feridos | Desaparecidos | Desabrigados | |
---|---|---|---|---|---|
Confirmado | Estimado1 | ||||
Indonésia | 126 915 | +126 915 | ~100 000 | 37063 | 400 000 - 700 000 |
Sri Lanka | 30 957 | 38 195 | 15 686 | 56372 | ~573 000 |
Índia | 10 749 | 16 413 | — | 5640 | 380 000 |
Tailândia | 53953 | 11 000 | 8457 | 2932 | — |
Somália | 298 | 298 | — | — | 5000 |
Mianmar | 61 | 290– 600] | 45 | 200 | 3200 confirmados |
Malásia | 68– 74 | 74 | 299 | — | — |
Maldivas | 82 | 108 | — | 26 | 12000– 22000 |
Seychelles | 1– 3 | 3 | — | — | — |
Tanzânia | 10 | +10 | — | — | — |
Bangladesh | 2 | 2 | — | — | — |
África do Sul | 2 | 2 | — | — | — |
Quênia | 1 | 2 | 2 | — | — |
Iêmen | 1 | 1 | — | — | — |
Madagascar | — | — | 23000 | +1000 | |
Total | 174 542 | ~193 623 | ~125 000 | ~51 498 | ~1,5 milhão |
1 Inclui aqueles relatados nos "confirmados". Se não há estimativas separadas disponíveis, o número nesta coluna será o mesmo dos "confirmados".
2 Não inclui as aproximadamente 19 000 pessoas tidas como desaparecidas por algumas autoridades locais.
3 Os dados incluem pelo menos 2464 estrangeiros.
4 Não inclui os cidadãos sul-africanos que morreram fora da África do Sul (por exemplo, turistas na Tailândia).
Ver também
- Epicentro
- Hipocentro
- Sismologia
- Sismo de 1755
- Grande Sismo do Chile
- Sismo do Chile de 2010
- Sismo e tsunami de Tōhoku de 2011
- Sismo de San Francisco de 1906
- Organizações de ajuda
Referências
- ↑ Lay, T., Kanamori, H., Ammon, C., Nettles, M., Ward, S., Aster, R., Beck, S., Bilek, S., Brudzinski, M., Butler, R., DeShon, H., Ekström, G., Satake, K., Sipkin, S., The Great Sumatra-Andaman Earthquake of December 26, 2004, Science, 308, 1127–1133, doi:10.1126/science.1112250, 2005
- ↑ «Tsunamis and Earthquakes: Tsunami Generation from the 2004 Sumatra Earthquake — USGS Western Coastal and Marine Geology». Walrus.wr.usgs.gov. Consultado em 12 de agosto de 2010
- ↑ Paulson, Tom. "New findings super-size our tsunami threat." Seattlepi.com. February 7, 2005.
- ↑ Walton, Marsha. "Scientists: Sumatra quake longest ever recorded." CNN. May 20, 2005
- ↑ West, Michael; Sanches, John J.; McNutt, Stephen R. "Periodically Triggered Seismicity at Mount Wrangell, Alaska, After the Sumatra Earthquake." Science. Vol. 308, No. 5725, 1144–1146. May 20, 2005.
- ↑ Nalbant, S., Steacy, S., Sieh, K., Natawidjaja, D., and McCloskey, J. "Seismology: Earthquake risk on the Sunda trench." Nature. Vol. 435, No. 7043, 756–757. June 9, 2005. Accessed 2009-05-16. Archived 2009-05-18.
- ↑ Jayasuriya, Sisira and Peter McCawley, "The Asian Tsunami: Aid and Reconstruction after a Disaster". Cheltenham UK and Northampton MA USA: Edward Elgar, 2010.
- ↑ «2004». US Geological Service
- ↑ «Chile quake might have shortened days on Earth». CNN. 2 de março de 2010. Consultado em 2 de marçode 2010 Verifique data em:
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