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Acipenser ruthenus

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(Redirecionado de Sterlet)

Acipenser ruthenus
CITES Appendix II (CITES)[2]
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Acipenseriformes
Família: Acipenseridae
Gênero: Acipenser
Espécies:
A. ruthenus
Nome binomial
Acipenser ruthenus
  Residente
  Extinto
Sinónimos[3][4]
Lista
  • Acipenser pygmaeus Pallas 1814 non Reisinger 1830
  •  ?Acipenser kostera Fitzinger 1832
  •  ?Acipenser koster Gmelin 1774 nomen nudum
  • Acipenser marsiglii Brandt 1833
  • Acipenser kamensis Lovetsky 1834
  • Acipenser gmelini Fitzinger 1836
  • Acipenser aleutensis Fitzinger 1836
  • Acipenser dubius Heckel 1836
  •  ?Acipenser ruthenus var. leucotica Brandt 1853
  • Acipenser ruthenus var. grisescens Brandt 1853
  • Acipenser (Sterletus) kankreni Valenciennes ex Duméril 1870
  • Acipenser (Sterletus) lovetzkyi Duméril 1870
  • Sterledus ruthenus var. sibiricus Dybowski 1874
  • Acipenser jeniscensis Herzenstein 1895
  • Acipenser ruthenus var. albinea Brusina 1902
  • Acipenser ruthenus var. birostrata Brusina 1902
  • Acipenser ruthenus var. obtusirostra Brusina 1902 non Lovetsky 1834
  • Acipenser ruthenus var. septemcarinata Brusina 1902
  • Acipenser ruthenicus Brusina 1902
  • Acipenser sterlet Brusina 1902
  • Acipenser sterleta Güldenstädt 1772
  • Acipenser ruthenus var. albus Antipa 1909
  • Acipenser ruthenus var. erytraea Antipa 1909
  • Acipenser ruthenus var. brevirostris Antipa 1909
  • Acipenser ruthenus ruzskyi Johansen 1946
  • Acipenser ruthenus ruzskyi n. baschmakovae Johansen 1946
  • Acipenser kosterus Fitzinger 1832
  • Euacipenser ruthenus (Linnaeus 1758)
  • Sterledus ruthenus sibiricus Dybowski 1874
  • Sterleta ruthena (Linnaeus 1758)
  • Sterletae ruthena (Linnaeus 1758)
  • Sterletus ruthenus (Linnaeus 1758)

Sterlet (Acipenser ruthenus), uma espécie preponderantemente potamódrama, é um dos menores esturjões, e habita rios da Eurásia e seus afluentes. Ele é criado em tanques e também pescado nos seus ambientes naturais, para o consumo da sua carne e ovas – na forma de caviar – e também para a produção de isinglass (cola de peixe).

Características

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O sterlet chega a 125 centímetros de comprimento e atinge um peso de até 16 quilogramas. A idade máxima registrada para esta espécie foi de 20 anos. Ao atingir a maturidade, o seu comprimento médio é de 40 a 45 centímetros.

Habitat e ecologia

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O sterlet vive em rios grandes, geralmente em áreas de correnteza e nas partes mais profundas. Esta é uma espécie de água doce; as populações anádromas foram extintas. Os machos reproduzem-se pela primeira vez entre 3 e 5 anos de idade, e as fêmeas entre 5 e 8. Nas populações siberianas o amadurecimento sexual se dá mais tarde.

Esta espécie vive nos rios que desaguam no Mar Negro, no Mar de Azov e no Mar Cáspio. Na Sibéria o sterlet é encontrado da bacia do rio Ob à do rio Ienissei. Populações substanciais existem atualmente nas bacias dos rios Volga, Ural e Danúbio. Foi introduzido na bacia do rio Pechora de 1928 a 1950, e também no lago Ladoga. A aquacultura resultou na introdução intencional ou acidental do sterlet em toda a Europa, incluindo represas da Rússia, onde formaram-se populações autossustentáveis. O sterlet é nativo de regiões dos seguintes países: Áustria, Azerbaijão, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, República Popular da China, Croácia, Alemanha, Hungria, Cazaquistão, Moldávia, Romênia, Rússia, Sérvia, Eslovênia e Ucrânia.

On exhibition Subaqueous Vltava, Prague

Principais ameaças

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A pesca excessiva, principalmente para o consumo da carne, é a maior ameaça a esta espécie. Mas ele também é capturado para a extração de ovas com as quais se produz caviar. No mar Cáspio e no mar de Azov a pesca ilegal de todas as espécies de esturjão é de 6 a 10 vezes maior do que o limite legal permitido. O comércio internacional consiste principalmente de indivíduos jovens vivos utilizados na aquacultura e aquários. Estes indivíduos são quase que exclusivamente derivados da aquacultura.

A construção de barragens, a partir da década de trinta, provocou a perda de áreas de reprodução para a espécie. Atualmente a sua reprodução depende do controle do nível das águas pelas usinas hidroelétricas.

A poluição, incluindo aquela provocada por derivados do petróleo, fenóis, bifenilpoliclorados e mercúrio ameaçam a espécie na bacia dos Rio Volga e dos rios siberianos.

É possível que, atualmente, indivíduos híbridos, produzidos artificialmente a partir do Huso huso, introduzidos na década de oitenta no Rio Don, estejam cruzando com populações nativas.

Referências

  1. Gessner, J.; Freyhof, J.; Kottelat, M. (2010). «Acipenser ruthenus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2010: e.T227A13039007. doi:10.2305/IUCN.UK.2010-1.RLTS.T227A13039007.enAcessível livremente. Consultado em 19 de novembro de 2021 
  2. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  3. Froese, R.; Pauly, D. (2017). «Acipenseridae». FishBase version (02/2017). Consultado em 18 de maio de 2017 
  4. «Acipenseridae» (PDF). Deeplyfish- fishes of the world. Consultado em 18 de maio de 2017