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Tigrinhos

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Tigrinhos
  Município do Brasil  
Símbolos
Brasão de armas de Tigrinhos
Brasão de armas
Hino
Gentílico tigrinhense[1]
Localização
Localização de Tigrinhos em Santa Catarina
Localização de Tigrinhos em Santa Catarina
Localização de Tigrinhos em Santa Catarina
Tigrinhos está localizado em: Brasil
Tigrinhos
Localização de Tigrinhos no Brasil
Mapa
Mapa de Tigrinhos
Coordenadas 26° 41′ 16″ S, 53° 09′ 28″ O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Municípios limítrofes Santa Terezinha do Progresso, Bom Jesus do Oeste, Maravilha, São Miguel da Boa Vista
Distância até a capital 636 km km
História
Fundação 29 de setembro de 1995
Administração
Prefeito(a) Rudimar Francisco Guth (2009–2012)
Características geográficas
Área total [2] 57,439 km²
População total (Censo IBGE/2010[3]) 1 757 hab.
Densidade 30,6 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 732 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4]) 0,741 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 20 125,626 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 11 306,53

Tigrinhos é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina.

História

Os primeiros habitantes da região de Tigrinhos eram caboclos. Na década de 1950 começaram a chegar os descendentes de imigrantes italianos e alemães, oriundos do Rio Grande do Sul e atraídos pelos imensos pinheirais. O nome do município está ligado à morte de dois filhotes de tigre – ou possivelmente de onça, já que não existem tigres nas Américas – em um riacho da comunidade de Tigre. Tigrinhos foi distrito de Maravilha até 29 de setembro de 1995. A colonização do município de Tigrinhos iniciou no ano de 1945, tendo como pioneiro Paulo Noll; seguido depois pelas famílias Schneider e Kohl. O 1º comerciante foi Alberto Kohl. Tanto a 1º serraria quanto o 1º moinho dessa localidade foram instalados por Guilherme Reckers que depois transferiu residência para a cidade de Maravilha, sendo muito conhecido por sua dedicação à cura através de chás, a medicina alternativa. Era nonagenário e conhecido como Nono Reckers. Faleceu em 25 de maio de 2003. O Posto de Saúde de Tigrinhos foi instalado em 1.980 e a senhora Lierne Bernhard assou a atender, apesar dos parcos recursos e equipamentos, dentro do sistema de municipalização da saúde de então. O serviço telefônico ali chegou em 1.969, com um fio levando uma extensão da central da cidade, sendo que o aparelho, de cor preta, era abastecido a pilha. Algumas residências tiveram ramais, como a do Cide Canan, Arlindo Brentano e Nicola Detofol. Depois a Telesc instalou o sistema DDD. O ensino em Tigrinhos, iniciou-se através de uma escola municipal de Palmitos, criada em 1955, tendo como 1ª professora Cezira Drago. Estavam matriculados 33 alunos, mas a freqüência media era de 20, e vinham à escola sem calçados. Com a emancipação de Maravilha, o prefeito de Palmitos, Avelino A. Triches, através do decreto 17 de 12 de julho de 1958, deixou para o novo município a responsabilidade pelo pagamento e manutenção a contar de 1º de julho daquele ano. Passou a ser uma escola municipal de Maravilha. Pela lei 95 de 10 de maio de 1962, foi oficializada a denominação de Escola Lauro Muller, de Tigrinhos, embora, ao ser transferida para o Estado, pelo Decreto Estadual 1.039 de 31 de março de 1961, já havia sido incluída a nova denominação: Escola Isolada Lauro Muller. O 1º prédio construído pelo Estado foi em 1.967, de madeira. Em 22 de dezembro de 1975, pelo Parecer n. 334/75, foi transformada em escola básica, com denominação EB Tigrinhos, sendo instalada oficialmente em 8 de agosto de 1.977. A aula inaugural foi ministrada pelo Professor Avelino Clemente Prando, então Coordenador Regional de Educação da 12ª CRE, de São Miguel do Oeste. A matrícula inicial da 1ª turma da 5ª série foi de 53 alunos. A 1ª diretora nomeada para EB Tigrinhos foi a professora Leda Gialdi e Íris Fátima Vivian como secretária. Em 1979, assumiu a direção o professor Ivo Luiz Honnef. No ano de 1966 foi instalado o Cartório de Registro Civil e Tabelionato – depois designado Serventia de Paz tendo por tabelião (Escrivão de Paz) Olivio Baczinski, empossado, após concurso, realizado no dia 24 de maio de 1965. O 1º registro de nascimento foi o de Adelir José Fenstzke, feito no Livro A-1, fls. 01, com o número 01, em data de 22 de março de 1966; o 1º casamento ali registrado, foi em 30 de abril de 1966, sendo nubentes Romeu Gehelen e Carmelinda Badia, cujo termo foi lançado à folha 01 do Livro B-1, na presença do juiz de paz de Maravilha, Francisco Zanin; e o óbito, registrado no Livro C-1, fls. 01 foi no dia 17 de abril de 1966, de Dorvalina Dias, tendo falecido neste mesmo dia, com atestado de óbito firmado pelo medico Orlando Zawadski. O 1º juiz de paz de Tigrinhos foi Egon Wehrmann, tendo tomado posse no dia 1º/09/1966. O 1º intendente da subprefeitura instalada em 1965, foi Adolfo Wehrmann. A intendência esteve oferecendo expediente por apenas um ano e meio, aproximadamente. O loteamento do perímetro urbano do distrito foi aprovado 14 de fevereiro de 1962. Na questão religiosa, a Igreja Evangélica Congregacional do Brasil iniciou a formação de sua comunidade em 1954, com 9 membros. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana está ali com uma comunidade, fundada em 1958, tendo o templo, de alvenaria, localizado próximo à Escola de Tigrinhos. A Igreja Católica ali formou comunidade, com 19 famílias, em 1959. Para padroeiro escolheram inicialmente São Pedro de Alcântara. Depois, através de votação, foi dada preferência ao português Santo António de Pádua, o santo casamenteiro, sendo também invocado para achar coisas perdidas, através da recitação do Si quaeris miracula (Se milagres desejais). A capela está localizada na entrada da sede do então distrito, próxima à escola. Um forte vendaval a destroçou, na noite de 6 de janeiro de 1980, atingindo também o pavilhão, a escola e residências. Foram reconstruídos logo em seguida. Embora sejam diversos os grupos de cunho religioso organizados, com seus cultos diferentes, existe diálogo e harmonia entre eles. E um dos destaques promocionais merecidos por este distrito foi alcançado através do esporte. A Sociedade Esportiva Fluminense, fundada em 24 de dezembro de 1960, faz parte da Liga Maravilhense de Desportos, estando registrada também na Federação Catarinense, desde 1981. Tem um passado de glorias! Foi no dia 28 de maio de 1961 que realizou o 1º torneio e seu campo de futebol, com a participação de 8 equipes. Possui bom estádio, recentemente refeito pela prefeitura municipal, considerando que este imóvel passou a fazer parte do patrimônio municipal, desde 19 de março de 2002, em decorrência da Lei n. 289/2002. Ficaram para história as seguintes conquistas esportivas: no campeonato municipal de 1978/1979, campeão; em 1980, 4º lugar; em 1982, campeão; em 1984, campeão (adulto e juniores); em 1985, 3º lugar; em 1989, tricampeão, levando a Taça Rotativa Celso Maldaner, em definitivo para Tigrinhos, pelo Fluminense; Em 21 de julho de 1991, no estádio Dr. Leal, do Clube Recreativo Maravilha, foi realizado o 1º campeonato denominado "Campeão dos Campeões", com a participação de 5 equipes que já haviam conquistado o título maximo no município. Esta taça também foi levada para Tigrinhos, pelo Fluminense. No campeonato municipal de Maravilha, edição 1991/1992, ficou vice-campeão invicto. O título máximo ficou com a Sociedade Esportiva, Recreativa e Cultural Artemadalozzo, decidido nos pênaltis, após dois empates em tempos regulamentares. Além da sociedade esportiva, em Tigrinhos, surgiram outras sociedades: o Clube de Mães Unidas Venceremos, em 08/19/1975; e o Lar dos Idosos Sagrado Coração de Jesus, em 20 de fevereiro de 1991. Na política, o 1º representante que o distrito elegeu para Câmara de Vereadores de Maravilha, foi Olívio Baczinski (Arena), para 5ª legislatura (1973-1977). O Baczinski candidatou-se também, em duas oportunidades ao cargo de prefeito de Maravilha: 1976 (Arena) e 1982 (PDS), não logrando êxito. O filho, Cláudio Baczinski, foi eleito para a 8ª legislatura (1989-1993), pelo PDS. Nas eleições de 1972, Miguel Nemirski ficou 1º suplente do MDB na Câmara e assumiu efetivamente em 1974, com a morte trágica do titular, Dionísio João Rossi, ocorrida em 3 de agosto de 1974; na 6ª legislatura (1977-1983), assumiu como titular, pelo MDB; foi, depois, eleito vice-prefeito (1985-1988), na chapa do PMDB; chegando ao cargo que sonhava: prefeito de Maravilha (1989-1992), inscrito em outro partido, o PDT. Romildo Ferreira Coelho (PMDB) iniciou como suplente de vereador, mas assumiu efetivamente a 7ª legislatura (1983-1989), ocupando a vaga deixada pelo titular, Darwin João Krauspenhar, que transferiu residência para Florianópolis. A história deste distrito, fazendo parte do Município de Maravilha termina aqui. Em 30 de maio de 1995, foi reconhecido como Município, passando a escolher o seu prefeito e eleger seus vereadores, tendo leis, orçamento e administração próprios, a partir de 1º de janeiro de 1997. Essa parte da historia, incluindo o processo, a criação, a instalação e estrutura do novo município – mantendo o nome original de Tigrinhos.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 26º41'16" sul e a uma longitude 53º09'29" oeste, estando a uma altitude de 732 metros. Sua população estimada em 2004 era de 1.919 habitantes.

Turismo

Tigrinhos é uma cidade de adultos: dos 1.876 habitantes, mais de 1.700 são eleitores e, conforme o Censo 2000, a maioria tem mais de 55 anos. A religiosidade que caracterizava os primeiros colonizadores permanece viva e se manifesta em duas importantes festas religiosas: o Dia de Santo Antônio e o Dia da Reforma Protestante. Há quatro grupos de idosos – o principal é o Sagrado Coração de Jesus – que promovem encontros, palestras e apresentações de canto e de dança. O município, após o fim do ciclo da madeira, vive da agropecuária, com destaque para o fumo, seguido pelo feijão, milho e soja, além da criação de gado de leite.

Referências

  1. Histórico de Tigrinhos no site do IBGE
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  3. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Ver também

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