Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha
Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha | |
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Localização | |
Localização | Rio Pardo, São Paulo, Brasil |
Rio | Rio Pardo |
Coordenadas | Usina Hidrelétrica de Euclides da Cunha |
Dados gerais | |
Empresa geradora | Companhia Hidrelétrica do Rio Pardo (CHERP) 1960-1966 Companhia Energética de São Paulo 1966-1999 |
Empresa operadora | Companhia Hidrelétrca do Rio Pardo (CHERP) 1960-1966 Companhia Energética de São Paulo 1966-1999 AES Tietê 1999 - |
Empresa distribuidora | Companhia Paulista de Força e Luz 1960 - |
Construtor | Noreno Brasil S.A. |
Obras | 1954-1960 |
Período de construção | 1954 - 1960 |
Data de inauguração | 24 de novembro de 1960 |
Custo de construção | Cr$ 1,4 bilhão (1960) |
Tipo | usina hidrelétrica |
Volume de represa | área de 1 km² e volume de 18,45 x 106 m³ m³ |
Capacidade de geração | 108,8 MW |
Unidades geradoras | 4 |
Website
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A Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha, localizada no Rio Pardo no município de São José do Rio Pardo (SP), é um empreendimento de geração de energia pertencente à empresa AES Tietê que entrou em operação em 24 de novembro de 1960.[1]
Características
[editar | editar código-fonte]O barramento desta usina é feito de terra, com comprimento de 312 m. O reservatório gerado pelo barramento apresenta uma área de 1 km² e volume de 18,45 x 106 m³. As turbinas instaladas são do tipo Francis de eixo vertical, com queda bruta de 92 metros. A potência total instalada é de 108,8 MW.[2]
É considerada uma usina hidrelétrica a fio d'água.[3]
História
[editar | editar código-fonte]A Usina foi encomendada pela Companhia Hidrelétrica do Rio Pardo (CHERP) em 1954, sendo suas obras iniciadas no ano seguinte pelo DAEE e pela empresa Noreno Brasil S.A.[4][5] Teria capacidade de geração de 139 MW e deveria ser entregue em outubro de 1960.[6] Por conta de alguns atrasos a usina seria inaugurada em 24 de novembro de 1960 a um custo de Cr$ 1,4 bilhão.[1][7]
A primeira etapa da usina seria concluída em 21 de abril de 1961, com a geração de 49 MW, sendo que a segunda etapa seria concluída em 1963.[8]
Em 20 de janeiro de 1977, ainda sob controle da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), a ocorrência de uma tromba d'água no Rio Pardo e falhas operacionais fizeram o nível de água do reservatório subir até galgar a barragem, gerando o rompimento da estrutura por overtopping. A onda de cheia proveniente deste acidente levou também à ruptura em cascata de outra barragem localizada a jusante desta, a da Usina Hidrelétrica de Limoeiro (Armando de Salles Oliveira) além da destruição das usinas Rio do Peixe e Santa Alice da Companhia Paulista de Energia Elétrica.[9] Este evento se configura até hoje como o maior acidente envolvendo Usinas Hidrelétricas no Brasil. O acidente paralisaria a usina por quase 2 anos.
A enchente danificou equipamentos elétricos que ficariam cobertos de lama, obrigando o governo paulista a gastar Cr$ 70 milhões em obras emergenciais para recuperá-los. Por conta da burocracia, as obras de reconstrução seriam contratadas apenas 15 meses depois. A empresa CBPO venceria a licitação em 30 de maio de 1978, confirmando noticia do jornal Folha de S.Paulo que já havia antecipado o resultado da licitação dois meses antes, gerando suspeitas de corrupção, que seriam investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado[10] O custo de reconstrução das barragens de Limoeiro e Euclides da Cunha havia sido estipulado inicialmente em Cr$ 300 milhões. Após a licitação os custos saltaram para Cr$ 450 milhões. Os trabalhos de reconstrução das barragens de Limoeiro e Euclides da Cunha deveriam ser iniciados em junho e serem concluídos em novembro, para aproveitar o período de chuvas.[11]
Após o acidente, a usina foi redimensionada e sua capacidade de geração diminuída para 108,8 MW, e a CESP adotaria um sistema de monitoramento meteorológico para diminuir os riscos de novas enchentes destruírem as barragens das hidrelétricas.[12]
Em 1999, a usina passaria ao controle da AES Tietê.[4]
Referências
- ↑ a b AES Tietê (24 de novembro de 2010). «Usina Euclides da Cunha comemora 50 anos». Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ AES Tietê. «Usina Euclides da Cunha». Consultado em 26 de maio de 2012. Arquivado do original em 9 de novembro de 2014
- ↑ SILVA FILHO, Donato. Dimensionamento de Usinas Elétricas Através de Técnicas de Otimização Evolutiva. Tese de doutorado em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (Campus de São Carlos). Dezembro de 2003.
- ↑ a b CESP. «História da Empresa». Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ O Estado de S. Paulo (13 de novembro de 1957). «Balanço das obras das usinas em construção». página 11. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (5 de agosto de 1960). «Surgem firmas especializadas de engenharia na construção de usinas hidrelétricas». Ano XXXVI - número 11133 - 1º Caderno - Página 12. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (21 de janeiro de 1977). «As usinas da Cesp paradas». Ano LVI - edição nº 17459 - página 14. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (22 de abril de 1961). «O PAG vem reservando amplos recursos para o setor de energia elétrica». Ano XL, número 11637 página 5. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (21 de janeiro de 1977). «Rio Pardo rompe 4 barragens e inunda 9 cidades». Ano LVI, número 17459- página 1. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (8 de fevereiro de 1978). «Sob suspeitas as contas da CESP». página 25 seção economia. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Folha de S.Paulo (31 de maio de 1978). «CBPO vence concorrência para obras de hidrelétricas». Ano 57 número 17955 página 30 seção economia. Consultado em 26 de maio de 2012
- ↑ Governo de S. Paulo (1 de fevereiro de 1979). «Realizações na CESP, no Setor de Energia, no quadriênio 75/79». Paulo Egydio Martins. Consultado em 26 de maio de 2012