Departamento de Águas e Energia Elétrica
Departamento de Águas | |
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Organização | |
Natureza jurídica | Autarquia |
Missão | Estabelecer a política de utilização dos recursos hídricos no estado de São Paulo |
Chefia | Francisco Eduardo Loducca, Superintendente |
Órgão subordinado | Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo |
Número de funcionários | 1 900 |
Orçamento anual | R$ 1.984.279.173,00 (2022) [1] |
Localização | |
Jurisdição territorial | São Paulo, Brasil |
Sede | Rua Boa Vista, 170 - Centro, São Paulo |
Histórico | |
Criação | 12 de dezembro de 1951 (71 anos) |
Sítio na internet | |
http://www.daee.sp.gov.br/ |
O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) é uma autarquia do governo do estado de São Paulo, sendo responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos do Estado de São Paulo.[2]
História[editar | editar código-fonte]
Foi criado em 12 de dezembro de 1951 pelo governador Lucas Nogueira Garcez, onde o modelo para sua criação foi a Tennessee Valley Authorithy, estabelecida nos Estados Unidos em 1933 pelo presidente Franklin Roosevelt.[3] Assim como a agência americana, deveria ser um órgão capaz de gerir o planejamento do uso da água de uma forma geral em todo o estado.[4]
Foi responsável, entre outras, pela construção das usinas hidrelétricas Limoeiro, mais tarde renomeada Armando de Salles Oliveira (1953), e Euclides da Cunha (1954), ambas no Rio Pardo.[5] Em 1964, promoveu a retificação do Rio Tietê, onde mais tarde criou o Parque Ecológico.[6]
Também construiu e opera barragens no Estado de São Paulo, as quais possuem múltiplas funções, entre elas duas principais: a contenção de enchentes e o abastecimento público para a RMSP (Região Metropolitana de São Paulo).[7]
Nas décadas de 60 e 70 o DAEE era responsável por serviços de telecomunicações em diversos municípios no estado de São Paulo, sendo acionista majoritário da Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP).[8]
Através do DAEE surgiu a iniciativa pioneira de uma cooperativa de telecomunicações rurais em Mogi das Cruzes, onde em outubro de 1975 foi inaugurado o primeiro sistema de telefonia rural no Brasil totalmente automático e integrável ao sistema DDD, para atender de início 850 granjeiros, horticultores e fruticultores da região. Isso só foi possível graças aos projetos elaborados e executados pelo DAEE através de sistema cooperativo, sendo financiados em 10 anos para os cooperados pelo Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo - Badesp.[9][10][11] Em outubro de 1991 o sistema foi integrado a rede da Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC).[12]
Atuação[editar | editar código-fonte]
Para melhor desenvolver suas atividades, e exercer suas atribuições conferidas por lei, atua de maneira descentralizada, no atendimento aos municípios, usuários e cidadãos, executando a Política de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, bem como coordenando o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos, adotando as bacias hidrográficas como unidade físico - territorial de planejamento e gerenciamento.[2]
Estrutura[editar | editar código-fonte]

O DAEE possui a seguinte estrutura operacional:[7]
Barragens[editar | editar código-fonte]
- Barragem da Penha - localizada no rio Tietê, na altura da divisa entre São Paulo e o município de Guarulhos
- Barragem Móvel (conhecida como Barragem do Cebolão) - também no rio Tietê, na altura da foz do rio Pinheiros
- Barragem do Valo Grande - no rio Ribeira de Iguape, município de Iguape
- Barragem do Ribeirão dos Mottas - no município de Guaratinguetá
- Barragem do Ribeirão Taboão - no município de Lorena
- Barragem do Ribeirão Santa Lucrécia - no município de Lorena
A Barragem da Penha e a Barragem Móvel foram construídas exclusivamente para controle da vazão do rio Tietê.
Reservatórios[editar | editar código-fonte]
- Represa Ponte Nova - no rio Tietê, município de Salesópolis
- Represa Paraitinga - no município de Salesópolis
- Represa Biritiba - no município de Biritiba Mirim
- Represa Jundiaí - no município de Mogi das Cruzes
- Represa Taiaçupeba - na divisa entre os municípios de Mogi das Cruzes e Suzano
Todos os reservatórios fazem parte do Sistema Alto Tietê para abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo, administrado pela SABESP.[13]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Imprensa Oficial, ed. (2022). «Decreto Estadual nº 66.582, de 17 de março de 2022». Consultado em 19 de abril de 2022
- ↑ a b «O que é o DAEE ?». www.daee.sp.gov.br. Consultado em 28 de março de 2019
- ↑ Lei N. 1.350, de 12 de dezembro de 1951. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
- ↑ ESPECIAL DAEE - Uma agenda integrada para cuidar das águas. Parque Ecológico do Tietê
- ↑ História da empresa - CESP
- ↑ «Histórico do Parque Ecológico do Tietê». Consultado em 25 de maio de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ a b «Barragens». www.daee.sp.gov.br. Consultado em 28 de março de 2019
- ↑ «Inauguração da COTESP em 1964» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Inaugurada telefonia rural em Mogi das Cruzes». Folha de S.Paulo
- ↑ «O Estado de S. Paulo - 26 DE OUTUBRO DE 1975». Acervo. Consultado em 12 de julho de 2021
- ↑ «Folha de S.Paulo - 26.out.1975». Acervo Digital - Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de setembro de 2019
- ↑ «O Estado de S. Paulo - 01 DE NOVEMBRO DE 1991». Acervo. Consultado em 11 de julho de 2021
- ↑ «Sabesp » Água » Mananciais». site.sabesp.com.br. Consultado em 2 de agosto de 2020