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Apenas uma teoria[editar | editar código-fonte]

Charles Darwin, um dos principais pesquisadores da seleção natural

Este capítulo trata de reafirmar a validade e a veracidade das informações que se tem hoje acerca da evolução. Por mais que existam os negacionistas da evolução, que por vezes têm correlação com bases religiosas, a teoria da evolução tem que ser encarada de forma séria e respeitosa. Não se deve tolerar que nos dias de hoje existam pessoas que, baseadas em convicções pessoais e não na ciência, neguem as evidências da evolução. A evolução é um fato, e debates não científicos acerca desse fato são perigosos, e por vezes não devem ser tolerados. Mesmo tendo os religiosos como principal grupo de resistência a evolução, é comum encontrar Bispos e teólogos que se aprofundaram no estudo da evolução e aceitaram as enormes evidências de que ela é um fato, e não “apenas uma teoria”. Negar a evolução é negar a história. A própria palavra “teoria” que acompanha a evolução tem o sentido de “conjunto ou sistema de ideias ou afirmações apresentadas como explicação ou justificativa de um grupo de fatos ou fenômenos; hipótese que foi confirmada ou estabelecida por observação ou experimentação e é proposta ou aceita como explicação para os fatos conhecidos; declaração do que se considera como as leis, princípios ou causas gerais de algo conhecido ou observado”. Ou seja, fica evidente que não existe demérito algum no uso da palavra “teoria”, mas muito pelo contrário, só evidencia que para o estabelecimento da evolução como um fato, existiu-se a aplicação extensiva do método científico. De todo modo, fica explicito no capítulo que o intuito do livro é trazer a tona os impactos e a importância científica de trabalhos como o de Darwin e de diversos outros pesquisadores. Também fica explicito que ao longo do livro, ficarão expostas as inconsistências das ideias negacionistas.[1]

O cão a vaca e a couve[editar | editar código-fonte]

Neste capítulo, ocorre a importante a discussão acerca dos motivos sobre uma possível demora para o estabelecimento da teoria da evolução. Em síntese, o motivo primordial para esse retardo, foi a concepção chamada mão morta de Platão, assim como a ideia de um projeto elaborado por um engenheiro magistral. Quando se aplica a ideia da mão morta de Platão na biologia, engessa-se uma ideia fixa acerca das espécies, onde as variações são imperfeições que distanciam aquela espécie da sua ideia original. Esta ideia se contrapõe exatamente com oque é a evolução, pois é muito bem aceito e esperado que os descendentes podem afastar-se infinitamente da forma ancestral, e cada afastamento torna-se um potencial ancestral de futuras variantes. O fato é que, por vezes, em um período de tempo de vida de um ser humano é difícil de acompanhar essas mudanças, pois a variação é lenta por geração e é necessária uma grande quantidade de tempo para observar enormes diferenças entre indivíduos de gerações diferentes. Esse também é um ponto que fez com que a teoria da evolução demorasse a ser aceita. Porém, segundo aos fatos levantados pela teoria da evolução, se voltássemos nos ancestrais de cada espécie, seria possível encontrar um ancestral comum entre espécies que ao ponto de vista atual, são extremamente diferentes. Nesse contexto, o essencialismo, que defende esta ideia de imutabilidade das espécies, tomou forma e sempre se apresentou como resistência a teoria da evolução. Porém as várias evidências científicas apresentam-se com mais consistência do que esses pontos levantados pelos negacionistas e defensores do essencialismo.[2]

Sedução para apresentar a macroevolução[editar | editar código-fonte]

O pinscher é aparentado do lobo


O capítulo se inicia com o tom afirmativo do autor acerca da escolhas realizadas pelos animais não humanos em detrimento a alguma característica comportamental ou fenotípica, como é feita na seleção artificial executada pelos humanos. O autor se refere a escolha de flores pelos insetos, mamíferos e aves, que possuíssem características que os agradassem em analogia a seleção artificial dos cães domesticados, ainda que os benefícios para ambas as partes sejam de naturezas distintas nos dois casos. Essa relação é tão íntima e forte que o autor relembra de Darwin ao citar o comprimento da probóscide de uma espécie como indicador de uma medida para o seu polinizador. Também é citado outro fator de seleção, a seleção sexual. Neste, a importância deste tipo de seleção é evidenciando quando é abordado o “risco” em potencial que o indivíduo pode correr por possuir determinada característica, mas que é uma vantagem no ponto de vista da seleção sexual. Para isso o autor usa do exemplo de algumas aves, que possuem características como cores ou cantos chamativos em aves, que podem atrair predadores com mais facilidade mas também podem lhe dar vantagem ao acasalar com fêmeas. Outro ponto abordado é a visão da seleção artificial como um conjunto de experimentos em pró da confirmação da influência da seleção de determinadas características no aspecto evolutivo.[3]

Relógios[editar | editar código-fonte]

A dendrocronologia é uma das ferramentas usadas na datação

Este capítulo ressalta a importância do entendimento do tempo nas diversas áreas da ciência. Ele traz o tempo como um fator que não pode ser ignorado na equação da vida. Para isso, ele cita a métrica do tempo usando as informações disponíveis na natureza. Como exemplo é destacado o caso das rochas. As informações contidas nas rochas são encaradas como vestígios para estimativas do tempo, ou simplificando, relógios naturais. Em especial, as rochas ígneas são dadas como cronômetro que servem de base para referenciar qualquer evento a partir do momento de sua solidificação (transformação de lava vulcânica para rocha). Os anéis das árvores são outro exemplo de relógios naturais. Em síntese, com as metodologias da dendrocronologia, pode-se não apenas determinar a idade daquela árvore contando os anéis, mas em um caso em que ela já tenha sido cortada (e usado em uma construção por exemplo) pode se determinar em qual período de tempo aquela árvore esteve de pé. Isso é possível através da verificação dos padrões de anéis, que modificam de acordo com as características climáticas do ano. Com esses padrões em mão, basta comparar com os anéis de outras árvores já conhecidas para se determinar o ano em que ela esteve de pé e consequentemente sua idade. Devido à algumas limitações, método geralmente é usado para contagem de tempo de até 11.500 anos atrás, porém esse método fornece uma excelente precisão. Também ressalta a variedade de relógios radioativos, que mesmo existindo uma gama de isótopos radioativos para datação, seu erro na determinação da data é próximo a 1%. A previsibilidade da taxa de desintegração é apresentada como fator importante neste tipo de datação, ao ponto que as diferentes taxas de decaimento aumentam o poder deste relógio natural. O Carbono 14 é apresentado como bom isótopo para a datação, visto que ele participa da nosso ciclo de vida e está disponível em grande quantidade na atmosfera.

Bem diante dos nossos olhos[editar | editar código-fonte]

Presas de elefantes, que podem ser usadas como medida da seleção natural.

A ideia do capítulo é mostrar quais são as maneiras de enxergar a evolução em um tempo suficiente que possamos constatar como “testemunhas oculares’. Um exemplo que figura bem este fato é a redução do tamanho das presas dos elefantes africanos ao longo das gerações, o que está fortemente associado a pressão do ser humano através da caça dos elefantes com as presas maiores. Este tipo de evolução se deu ao longo de décadas, que se encaixa no tempo de vida de um ser humano. Outra adaptação que se deu ao longo de um tempo observável para um ser humano foi o desenvolvimento de válvulas cecais em lagartos da espécie Podaris sicula, como forma de adaptação a um estilo de alimentação baseado na herbivoria ao serem levados da ilha de Pod Kopiste para a ilha de Pod Mrcaru. Os lebistes também podem fornecer um bom exemplo de evolução passível de se acompanhar a um humano. Os experimentos de Endler mostraram que esses peixes adaptaram sua camuflagem de acordo com as pressões de predadores introduzidos em seus ambientes. Mas nada se compara com as possibilidades quando se trata de bactérias. Nesses microrganismos, as gerações podem se desenvolver em horas ou até minutos. Outros pontos que corroboram para que as bactérias sejam importantes na observação da evolução é a quantidade gigantesca de bactérias que podem facilmente ser cultivadas em um espaço curto, bem como a possibilidade de congelar bactérias em estágios iniciais da evolução e descongela-las a qualquer momento para se ter um registro vivo das características pertinentes a indivíduos daquela geração, servindo de comparativo para às gerações mais evoluidas. Estas características permitiram que pesquisadores como Lenski desenvolvessem estudos com milhares de gerações de bactérias, o que não é possível com todos os grupos de seres vivos. Neste estudo, Lenski acompanhou as adaptações ao logo dessas gerações em 12 linhagens diferentes, onde obteve resultados impressionantes.[4]

Elo perdido? Como assim, "perdido"?[editar | editar código-fonte]

Este capítulo trata de esclarecer a importância dos fósseis para a compreensão da evolução. Mostra-se que os fósseis representam uma parte das evidências que confirmam a evolução, e não devem ser encarados como a única coisa disponível para sustentar esta teoria. Por vezes os vestígios contidos nos fósseis são erroneamente interpretados para mostrar algum tipo de limitação a evolução, ao invés dos mesmos serem encarados como informação adicional a todo o estudo feito por diversos pesquisadores, que se complementam e apoiam a evolução. Como dito no capítulo, a ausência de fósseis que representem um “elo perdido” entre as espécies não deve ser tratada como “furo”, já que por diversas razões uma espécie pode ter dificuldade para ser fossilizada, como pela sua composição ou pelo local onde ela vivia. Um problema seria se esses vestígios das espécies fossem encontrados em uma ordem temporal errada, como um fóssil de um coelho no Pré-cambriano.

Em síntese, os fósseis são evidências adicionais a evolução, e não podem ser usados como respostas para perguntas infundadas. Quando se busca um “elo perdido”, não se deve procurar nos fósseis uma espécie com características intermediárias das duas espécies atuais, como um “rãcaco”, já que a rã e o macaco possuem um ancestral comum. Esta visão leva parte do pressuposto errôneo de que as espécies atuais descendem de outras espécies atuais, quando na verdade elas têm um ancestral comum que não possuía as características grotescas de uma fusão de ambas. As noções de tempo e gerações também são distorcidas para invalidar as evidências proporcionadas pelos fósseis. Os descendentes de uma espécie, via de regra, não podem apresentar grandes mudanças de uma geração para outra, e isto não pode ser buscado nos fósseis.

Fósseis, que são importantes evidências da evolução.

Outra visão que é apresentada como um erro é o mito da Grande Cadeia dos Seres, onde, excluindo as divindades e seres celestiais, existe a seguinte hierarquia: humanos, animais não humanos, plantas e seres inanimados. Dentro dessa hierarquia ainda existem divisões entre os humanos, que põe o homem branco como padrão entre os seres humanos, além de ressaltar que quanto mais houver semelhanças entre os animais com seres humanos, mais evoluída será a espécie. Esta visão é retrógrada, racista, misógina, e não possui nenhum fundamento científico. Não existe nenhuma evidência de que os seres humanos são o suprassumo da evolução, ou que a nossa estratégia de sobrevivência seja a melhor adotada, já que todas as espécies que vivem hoje atingiram um grande sucesso evolutivo. Mais especificamente sobre os processos, é ressaltado que transições de espécies do mar para o ambiente terrestre ocorreram ao longo dos anos, assim como transições da terra para a água. Vestígios fósseis são encontrados, pois ao longo da evolução, as espécies apresentaram adaptações essenciais para esses ambientes distintos. Porém, também é ressaltado que as características provenientes dessas mudanças podem levar a uma falsa impressão de descendência e parentesco que não é real.[5]

Pessoas perdidas? Foram encontradas![editar | editar código-fonte]

Fóssil do Australopithecus africanus, um dos fósseis dos antepassados da espécie humana.

A título de contextualização, vale ressaltar que quando Darwin escreveu seu célebre livro “A origem das espécies”, ele não dispunha de muitas informações sobre a evolução e a históriada espécie humana. Também é verdade que mesmo quando escreveu “The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex”, a quantidade de informação que ele dispunha nem se compara com a dos dias atuais. Foi com os achados posteriores de fósseis ancestrais a espécie humana, em especial no continente africano, que foi possível conhecer mais a nossa história. Hoje, fósseis como o do Homo floresiensis, Australopithecus afarensis e o Australopithecus africanus nos ajudam a reconstituir a história dos nossos antecedentes. Individuos do gênero Homo (como nós, humanos) descendem de indivíduos do gênero Australopithecus. Os defensores da necessidade de encontrar o “elo perdido”, ressaltariam a necessidade de encontrar em algum momento, fósseis intermediários entre os gêneros deveriam ser encontrados. Os exemplos dos fósseis KNM ER 1813, KNM ER 1470 e OH 24 ("Twiggy"). Devido a suas características essas espécies já receberam os seguintes conjuntos de nomes: KNM ER 1813: Australopithecus habilis, Homo habilis KNM ER 1470: Australopithecus habilis, Homo habilis, Australopithecus rudolfensis, Homo rudolfensis OH 24 ("Twiggy"): Australopithecus habilis, Homo habilis Nota-se que o encaixe desses fósseis em ambos os gêneros se dá pelo estágio intermediário de evolução que cada um deles se encontra. Por mais que esta “confusão” possa se apresentar como um problema aos zoólogos e taxonomistas, também se apresenta como uma grande evidência da evolução. Na verdade, como é visto ao longo deste capítulo, vários fósseis podem ser descritos como representantes de estágios intermediários que se apresentaram ao longo das gerações antecessoras a espécie humana. Por fim, o capítulo mostra a transcrição de parte da entrevista de Dawkins com Wendy Wright. Essa conversa serve de exemplo do modus operandi dos negacionista, ao esquivar constantemente das evidências científicas ou moldar as interpretações do fato ao seu favor.[6]

Você fez isso em nove meses[editar | editar código-fonte]

Microlophus albemarlensis, uma das várias espécies edêmicas das ilhas de Galápagos.

Neste capítulo, é levantado a importante visão de que os seres não são feitos e sim desenvolvidos. Também são apresentados conceitos como preformacionistas e epigênese, ambos para explicar como são desenvolvidos os organismos no período embrionário. Os preformarcionistas acreditavam que o espermatozoide ou os óvulos possuíam miniaturas dos seres humanos, que apenas aumentavam o tamanho ao longo do desenvolvimento no corpo de sua mãe. Já a epigênese, quase como total oposição a ideia anterior, apresenta-se como uma teoria que defende do desenvolvimento de um organismo pela diferenciação progressiva de um todo inicialmente indiferenciado. Enquanto a preformacionismo necessariamente defende uma arquitetura pré planejada do organismo, a epigênse defende a automontagem do indivíduo durante o seu desenvolvimento. Como analogia a automontagem predita na epigênese, pode-se citar o exemplo das manobras dos bandos de estorninhos. Neste caso, a ordem e a sincronia do todo deve ser interpretada como um conjunto de comportamentos individuais, sem um mentor ou orquestrante do bando. Da mesma forma, segundo a epigenética, cada célula segue “regras locais” ditadas pelo DNA, sendo esse processa desde o início da fecundação até, em último olhar, a formação e a manutenção de todos os detalhes de um organismo por completo. Este ponto de vista, afasta-se da analogia com uma receita de bolo, pois é impossível reconstituir uma receita através do bolo. Tampouco se assemelha com o processo de esculpir, já que o processo embriológico não passa necessariamente pela inserção ou retirada de material no organismo. A analogia com a montagem de um carro invalida-se devido as peças serem moldadas antes da montagem, o que não acontece no período embriológico. Por fim, a melhor analogia atribuída pelo autor é a confecção de um origami. As dobras de uma folha de papel (que podem também ser interpretadas como invaginações), parecem sem um sentido quando se têm em mente o produto final (o orgami). Porém, estas dobras seguem uma sequência específica para a formação de estágios embrionários intermediários, que resultam em uma forma final. Esse comportamento é análogo a embriologia, onde os estágios independente de cada célula culminam na formação de um indivíduo completo e complexo.[7]

A arca dos continentes[editar | editar código-fonte]

A ideia de ilha é apresentada de acordo com a espécie em questão. Do ponto de vista de um peixe de água doce, um lago é uma ilha de água habitável cercada de terra inóspita. Na “escala” de um parasita arbóreo, uma folha pode ser uma ilha e uma árvore um arquipélago. Do ponto de vista de um besouro que vive restritamente a altitude, o pico de um monte pode ser uma ilha. O importante é entender ilhas no tocante a sua função de isolar indivíduos por um tempo suficiente para promover mudanças nos seus descendentes, que os impeçam de cruzar entre si. Independente do modo em que as barreiras se apresentam, as ilhas são importantes para o processo de especiação. Neste capítulo, é mostrado uma série de espécies distintas que são resultado das formações de ilhas, em especial ás ilhas de Galápagos, onde encontram-se espécies bem semelhantes entre si, mas bem diferentes das suas equivalentes no continente.[8]

A Árvore de Parentesco[editar | editar código-fonte]

Platyrrhinus recifinus, o morcego. Mamífero alado que possui homologia com a espécie humana.

O tema central do capítulo está relacionado com as semelhanças entre as estruturas encontradas em diversos animais, e como essa semelhança aumenta a medida que os mesmos façam parte do mesmo grupo. Como um exemplo claro, pode ser citado o morcego. De forma homóloga, esta espécie possui uma estrutura semelhante a nós humanos, o quinto dedo, porém de forma modificada. Nos pterodáctilos, esta estrutura homologa ao nosso dedo “mindinho” serve como base para sustentar a membrana da asa. Os morcegos, mesmo com modificações a ponto de lhe conferir-lhem asas, participam do mesmo grupo, o de mamíferos, logo possuem estruturas homólogas por evoluírem de um ancestral comum. Algo diferente ocorre quando é comparada a asa do morcego com a dos insetos. Por mais que ambas executem a mesma função (planar), as estruturas são diferentes, logo as mesmas passam a ser análogas. Outro ponto interessante abordado no capítulo, é que duas espécies, que tenham desenvolvido estruturas específicas análogas de ancestrais diferentes, não podem ter “emprestado” suas características uma a outra ao longo da evolução, mesmo que essas espécies compartilhem hoje o mesmo habitat. Um exemplo claro é a comparação entre a estrutura de nado dos peixes e golfinhos. A estrutura responsável pelo nado é nitidamente diferente uma das outras, pois enquanto os peixes realizam o movimento “de um lado para o outro” no nado, os mamíferos realizam o movimento “para cima e para baixo”. Hoje os avanços científicos na área da genética permitem realizar um mapeamento dos genes responsáveis por essas características, para não só entender quais são os genes envolvidos em cada estrutura, mas também para estabelecer as relações de parentescos entre as espécies. Este avanço reafirma a maior proximidade entre as estruturas de espécies mais próximas filogeneticamente, o que reforça a ideia de analogia e homologia das estruturas.

A História escrita em todo o nosso corpo[editar | editar código-fonte]

Este capítulo tem como objetivo principal a mostrar as estruturas vestigiais que existem nos corpos dos seres vivos, fato que corrobora com as evidências da evolução. A título de exemplo que que contemple a espécie humana, estão os pelos que no nosso corpo que ficam ereto em diversas situações. Nos nossos antepassados ou nas espécies de macacos, a ereção dos pelos possuem uma funcionalidade, como demonstração de irritação ou aumentar aparentemente o seu tamanho para afugentar predadores ou inimigos em potencial. Essa funcionalidade não se aplica a nós, seres humanos, mas carregamos essa caraterística como resquício de uma história evolutiva. Os golfinhos podem fornecer mais um exemplo de estrutura que carrega um histórico evolutivo evidente. Seu espiráculo, estrutura responsável pela respiração, apresenta-se de uma forma tão complexa que só pode ser explicado com o fato de que seus ancestrais migraram da terra para o mar, formando uma adaptação de seu sistema respiratório para esse novo ambiente. Outra parte da história escrita em seu corpo é a regulação térmica desses animais, características herdada dos ancestrais dos mamíferos atuais, mas que não é compartilhada com a maioria dos animais que vivem no mar. De modo geral, resquícios de asas, olhos ou outras estruturas são facilmente encontrados nas espécies atuais. Isto serve de base para o derrubar a ideia de design inteligente e fortalecer a teoria da evolução.´

Corridas armamentistas e teodiceia evolucionária[editar | editar código-fonte]

Este capítulo mostra como a natureza não segue um planejamento perfeito, afim de evitar desperdícios. A consolidação desta visão invalida ainda mais a ideia de design inteligente, reafirmação a veracidade dos fatos envolvidos na teoria da evolução. O fato do sol ser a fonte de energia primária de todos os seres vivos nos ajuda a entender a visão de uma economia não planejada entre os seres vivos. As plantas coletam a energia solar através da fotossíntese. Os herbívoros consomem essas plantas, fazendo delas a sua fonte de energia. Os carnívoros fazem dos herbívoros a sua fonte de energia, e assim por diante. Ao se analisar as árvores, observa-se que a mesmas são o resultado de anos de evolução, afim de formar indivíduos suficientemente competitivos para que possam capturar o máximo de energia fornecida pelo sol, dentro de suas limitações físicas. O crescimento das árvores se dá pela necessidade das mesmas em atingir uma altura a qual possam ter vantagem competitiva em relação as outras árvores que estão no mesmo ambiente. Basicamente, a altura diferente entre as árvores pode ser encarada como resultado de diferentes estratégias para suprir a necessidade de captura da energia solar. Isso não pode ser interpretado como o resultado de uma intenção de civilidade entre os indivíduos arbóreos, e sim a demonstração de uma competição entre esses mesmos indivíduos. Quando se observa a predação no reino animal, a lógica é mesma. Neste caso, a competição entre caçador e presa fizeram que ambos os grupos evoluíssem para que um pudessem superar os avanços evolutivos do outro. Um exemplo marcante é o do guepardo que tenta apanhar uma gazela. O guepardo pode usar sua velocidade para abater uma presa. Esta ação é altamente custosa energeticamente, o que faz vale mais a pena a desistência do ato no início, quando o mesmo notar que o custo energético pode ir além de suas reservas para aquele momento. Já as gazelas, possuem uma estrutura física voltada não apenas para correr mais rápido do que um guepardo, mas também para não ser a gazela mais lenta do bando. Esse princípio rege as relações entre as presas e os predadores. Deste ponto de vista, a existência da dor, da agressividade ou até daquilo que interpretamos como crueldade do reino animal podem ser melhor compreendido, pois em última instância, a seleção natural serve sempre favorece os indivíduos mais aptos a aquela situação.[9]

Há grandeza nessa visão da vida[editar | editar código-fonte]

Esse capítulo se baseia em analisar acerca o último parágrafo de “A origem das espécie”, de Darwin. É destacada a preocupação de Darwin em sempre destacar que as coisas acontecem na natureza para seguir “as leis que atuam a nossa volta”, fazendo com que os seres vivos possam fazer o máximo possível para seguir sequência de se multiplicar, variar, deixando que vivam os mais fortes e morram os mais fracos. Também é muito importante ressaltar que Darwin, através de seus estudos constatou diversos comportamentos que ele mesmo não se convencia que seria permitido por um ser benevolente. A título de exemplo, pode-se citar da vespa icneumonídea, onde suas lavas comem sua presa por dentro, ainda viva. Em contraponto, a sobrevivência dos genes apresenta-se como explicação mais plausível para esses e outros diversos acontecimentos da natureza. Em síntese, é ressaltado a importância de compreender os processos naturais que permeiam oque denominamos de vida, além de compreender que a evolução é um processo contínuo, complexo e que acontece como uma lei no mundo natural.[10]



Referências

  1. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  2. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  3. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  4. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  5. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  6. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  7. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  8. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  9. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287 
  10. Dawkins, Richard, 1941- (2009). O maior espetáculo da Terra : as evidências da evolução. São Paulo: Companhia das Letras. OCLC 817134287