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A cuíca-cauda-de-rato (nome científico: Metachirus nudicaudatus), também conhecida por cuíca-marrom, jupati, catita, qüica, mucura, chichica, gambazinho. É um marsupial da família dos didelfídeos, de porte médio e hábito noturno, terrestre, sendo ele encontrado da Nicarágua à Argentina. Vive em média de 3 a 4 anos e sua longevidade é afetada por ser frequentemente vitimas de atropelamentos. É semelhante ao Philander opossum, mas de pelagem marrom e cauda inteiramente desprovida de pêlos.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

O animal apresenta o corpo com comprimento de aproximadamente de 10 a 15 centímetros e peso entre 90 a 110 gramas por isso demostram a fragilidade e ao sinal de perigo foge entre folhas da mata com muita agilidade e rapidez.[2]

Essa especie tem coloração geral mais escura em tom canela, com o topo da cabeça mais escura e manchas sobre os olhos laranja-avermelhado. A cauda nua é muito longa em relação ao comprimento do corpo e não apresenta prolongamento de pelos na base da cauda.[3]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Apresenta um comportamento tranquilo, geralmente não atacam por iniciativa própria, somente tentam se defender de predadores, abrindo a boca expondo assim seus afiados dentes e emitindo um som rouco e longo.[4]

Hábitos alimentares[editar | editar código-fonte]

Os gambás marrons de quatro olhos são basicamente insetívoros, como esses animais raramente saem do solo da floresta sua dieta se torna restrita a itens da serapilheira. Sua dieta também inclui invertebrados, algumas frutas e sementes, pequenos vertebrados, como mamíferos, répteis e anfíbios, bem como ovos.[5]

Predação[editar | editar código-fonte]

A cuíca-cauda-de-rato é facilmente encontrada no conteúdo estomacal de diversas espécies predadoras como as corujas, harpias e carcarás, dentre as aves, e por espécies de felinos como jaguatiricas, gato-do-mato, gato-maracajá, onças, onça-pardas, jaguarundis e também por canídeos como raposa e cachorro vinagre.[6]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

As cuícas dependem de períodos de maior calor e umidade no ar para reprodução, já que as ninhadas necessitam de temperaturas altas para o desenvolvimento dos embriões. Após a gestação, com duração aproximada de 15 dias, dão a luz a cerca de 7 a 14 filhotes por ninhada.[7]

Como marsupiais as cuícas possuem uma bolsa no ventre que funciona como um segundo útero, chamada de marsúpio. Nesta bolsa se encontram as mamas que vão alimentar os filhotes até estarem prontos para saírem sozinhos.[8]

Habitat e ecologia[editar | editar código-fonte]

Esta espécie é normalmente encontrada em matas perenes maduras em planícies e contrafortes, e ocasionalmente em floresta secundária decídua ou densa. Os indivíduos parecem preferir florestas maduras com pouca vegetação rasteira, embora também possam estar presentes na vegetação densa. Os ninhos são localizados dentro de ocos de árvores ou perto do solo, bem escondidos.[9]

Estado de conservação[editar | editar código-fonte]

Atualmente, as cuícas são consideradas uma espécie pouco preocupante. Seu estado de conservação foi determinado devido ao grande tamanho da sua população, grande distribuição geográfica e tolerância a ambientes perturbados por humanos.[10]

A destruição de seu habitat é a maior ameaça humana às cuícas. Em países da América Latina, elas são caçadas para alimentação, como também por serem pragas agrícolas que se alimentam de campos de milho e culturas de frutas,causando prejuízo aos agricultores.[11]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Andrade, Antenor; Pinto, Sergio Correia; Oliveira, Rosilene Santos de (2006). Animais de Laboratório: criação e experimentação. [S.l.]: Editora FIOCRUZ. ISBN 9788575413869 
  2. Seamons, G.R. (julho de 2006). «Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition)2006269Edited by Don E. Wilson and DeeAnn M. Reeder. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition). Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press 2005. , ISBN: 0 8018 8221 4 £83.50 $125 2 vols». Reference Reviews. 20 (5): 41–42. ISSN 0950-4125. doi:10.1108/09504120610673024 
  3. Sistemática do jupati Metachirus Burmeister, 1854 (Mammalia: Didelphimorphia)
  4. Seamons, G.R. (julho de 2006). «Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition)2006269Edited by Don E. Wilson and DeeAnn M. Reeder. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition). Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press 2005. , ISBN: 0 8018 8221 4 £83.50 $125 2 vols». Reference Reviews. 20 (5): 41–42. ISSN 0950-4125. doi:10.1108/09504120610673024 
  5. GARDNER, A. L. Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 3-18.
  6. GARDNER, A. L. Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 3-18.
  7. Andrade, Antenor; Pinto, Sergio Correia; Oliveira, Rosilene Santos de (2006). Animais de Laboratório: criação e experimentação. [S.l.]: Editora FIOCRUZ. ISBN 9788575413869 
  8. Andrade, Antenor; Pinto, Sergio Correia; Oliveira, Rosilene Santos de (2006). Animais de Laboratório: criação e experimentação. [S.l.]: Editora FIOCRUZ. ISBN 9788575413869 
  9. «Metachirus nudicaudatus: Brito, D., Astua de Moraes, D., Lew, D. & de la Sancha, N.». IUCN Red List of Threatened Species. 25 de junho de 2015. doi:10.2305/iucn.uk.2015-4.rlts.t40509a22177475.en. Consultado em 12 de julho de 2018 
  10. «Metachirus nudicaudatus: Brito, D., Astua de Moraes, D., Lew, D. & de la Sancha, N.». IUCN Red List of Threatened Species. 25 de junho de 2015. Consultado em 12 de julho de 2018 
  11. BRITO, D., Astúa de Moraes, D., Lew, D. e de la Sancha, N. 2015. Metachirus nudicaudatus . A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2015:|BRITO, D., Astúa de Moraes, D., Lew, D. e de la Sancha, N. 2015. Metachirus nudicaudatus . A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2015:=

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • GARDNER, A. L. Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 3-18.
  • VIEIRA, C. L. G. C., SISTEMÁTICA DO JUPATI METACHIRUS BURMEISTER, 1854 (MAMMALIA: DIDELPHIMORPHIA), 2006
  • ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002
  • BRITO, D., Astúa de Moraes, D., Lew, D. e de la Sancha, N. 2015. Metachirus nudicaudatus . A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2015


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