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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPardal-doméstico
Macho
Macho
Fêmea Chilreioⓘ
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Passeridae
Género: Passer
Espécie: P. domesticus
Nome binomial
Passer domesticus
(Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica
Distribuição do pardal: as áreas em verde escuro são as áreas de ocorrência original, a verde clara as áreas onde foi introduzido.
Distribuição do pardal: as áreas em verde escuro são as áreas de ocorrência original, a verde clara as áreas onde foi introduzido.

O pardal-doméstico ou pardal-do-telhado (Passer domesticus) é uma ave da família Passeridae. A sua distribuição geográfica compreendia, originalmente, a maior parte da Europa e da Ásia, tendo sido introduzido acidental ou propositadamente na maioria da América, África subsariana, Austrália e Nova Zelândia. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. É atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica no mundo. Originalmente do Oriente Médio, o pardal cujo nome cientifico vêm do latim e significa pássaro doméstico, ave que habita as casas (passer=pardal; domesticus=de casa, domestico), chegou na América por volta de 1850 após sua dispersão pela Europa e Ásia. Atualmente, o pardal é uma espécie cosmopolita, o que significa que ele pode ser encontrado na maior parte do mundo. Essa ave tem se tornado um prejuízo a produtividade agrícola devido sua expansão pelo território rural.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Mede entre 13 e 18 centímetros de comprimento, sendo que sua envergadura está entre 19 a 25 centímetros e o peso varia entre 10 e 40 gramas. Esta espécie apresenta dimorfismo sexual, ou seja, apresenta características físicas não sexuais entre o sexo masculino e feminino marcadamente diferentes.[2][3]

Os machos apresentam plumagens que se distingue com as estações do ano: durante a primavera, suas plumagens são acinzentadas na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdome. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados; possui bico preto e os pés são cinza-rosados. Já no outono, os machos apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. Nessa estação, a plumagem é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarela.[4]

O pardal do sexo feminino, conhecidas como pardocas ou pardalocas, apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos.[1]

Tanto os machos quanto as fêmeas apresentam características semelhantes. São fáceis de serem reconhecidos por se tratar de pássaros comuns como o pombo-domestico e a rolinha-roxa. Uma peculiaridade nessa ave, é que, antes de pousar, fica parado no ar batendo as asas de maneira tão rápida que lembra o beija-flor.[4]

A espécie Passer Domesticus possui três diferentes tipos de plumagem: plumagem leucística, albina e flavística. A plumagem leucistica consiste em um tipo de pluma particular a genética devido um gene recessivo, conferindo a cor branco a animais geralmente escuros. O leucismo difere do albinismo por sua resistência a luz solar. O oposto do leucismo é o melanismo. O animal albino se caracteriza pela perda total dos pigmentos, tanto da melanina quanto dos carotenoides, podendo ocorrer apenas em partes do corpo. Diferente do leucismo que só apresenta descoloração nas penas, o individuo albino possui o bico e as patas mais claros e os olhos, podendo ter fotofobia. O individuo com plumagem flavistica possui a ausência parcial da melanina, podendo ser observado um pouco da cor original da ave.[4]

Os pardais são aves pequenas que se adaptam facilmente tanto em ambientes rurais quanto urbanos, além de serem encontrados em todos os continentes do mundo, tornando-a uma ave de maior distribuição geográfica. Nos centros urbanos de diversos países do mundo, essas aves costumam habitar edificações tais como varandas, beirais de casas, lacunas de prédios entre outros. Contudo, devido a ação antrópica, os pardais tem diminuído seu numero. Um exemplo claro dessa diminuição ocorre na Europa Ocidental que, devido a estrutura produtiva agrícola, houve uma queda no desperdício de grãos que serviam de alimentos para as aves em questão.[1]

Nas áreas urbanas, em Londres e em outras cidades do mundo ocorreu um decréscimo no numero de pássaros dessa espécie devido a falta de áreas verdes e intenso processo de impermeabilização, o que gera a redução de insetos e consequentemente a oferta de alimentos.[4]

No Brasil, há cidades que 98% dos pardais foram disseminados devido a perturbação que o som dessas aves causavam nos moradores locais, exemplo disso tem-se na cidade baiana de Cruz das Almas.[4]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

No geral, sua alimentação consiste de sementes, flores, insetos, brotos de arvores e restos de alimentos deixados pelo ser humano. Em ambientes naturais sua base alimentar é sementes e insetos, sendo o ultimo sendo consumido em períodos de reprodução. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã e mamão.[4]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Seu ninho é constituído de capim, penas, papel, algodões e outras fibras feita pelo macho. Ele é construído em arvores coníferas e decíduas ou telhados, locais afastados do solo, geralmente no período de fevereiro e maio. Um a oito ovos podem estar presentes em uma embreagem, com a possibilidade de quatro embreagens por estação de nidificação. A incubação começa após todos os ovos terem sido depositados. Os machos e as fêmeas incubam os ovos por curtos períodos. Essa incubação dura de 10 a 14 dias. Depois que os ovos eclodem, os filhotes se alimentam de pequenos artrópodes e saem do ninho com cerca de 10 dias de idade, mas durante um tempo eles retornam ao ninho para dormir.[4]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

O pardal-domestico pela sua abundancia em todas as regiões, acabam formando bandos de grandes dimensões, especialmente nas zonas que apresentam áreas verdes. Eles se banham na copa das arvores se esfregando nas folhas úmidas provenientes do sereno e das chuvas. E em dias de sol, eles se juntam para se esfregar na areia em uma espécie de banho. Infelizmente, sua população vem declinando.[4]

Por causarem prejuízos aos pomares e nas plantações de cereais, os pardais e os agricultores não possuem uma relação muito amigável. Nas cidades é comum vê-los em bandos barulhentos ao entardecer e só se aquietam quando chega a noite.[4]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Os pardais-domésticos procuram comida no chão na maioria das vezes usando um movimento de salto quando não estão em voo. Possuem voo direto, com agitação continua e sem períodos de asa-delta.[4]

Os pardais são protetores em volta do território do local de nidificação. Acredita-se que isso seja estritamente uma proteção do local do ninho, e não de nenhuma área de alimentação. Foi observado que os pardais ameaçam e, se necessário, atacam 70 espécies de aves que entraram em seu território de nidificação. Esses ataques possivelmente são de macho atacando macho e fêmea atacando fêmea.[4]

Essas aves usam um conjunto de posturas e comportamentos para se comunicar com outras aves de sua espécie. Os pardais também têm um conjunto de vocalizações que são usadas para atrair parceiros, impedir intrusos e alertar outras aves.[4]

Longenvidade[editar | editar código-fonte]

Um pardal-doméstico selvagem viveu 13 anos e 4 meses, embora a maioria viva apenas alguns anos.[2][3]

Predação[editar | editar código-fonte]

Muitos falcões e corujas caçam e se alimentam de pardais. Estes incluem os falcões de Cooper, merlins, corujas nevadas, corujas orientais e muitos outros. Predadores conhecidos que atacam ninhos ou ovos incluem gatos, cães domésticos, guaxinins e muitas cobras. Os pardais evitam a predação procurando viver em pequenos bandos, para que haja muitos olhos atentos a possíveis predadores.[4][3]

Importância Econômica para Humanos[editar | editar código-fonte]

Os pardais domésticos são adequados para estudos de problemas biológicos gerais, como a maneira como os animais evoluem e o controle de pragas.[4]

Por outro lado, devido à sua preferência por habitats modificados pelo homem, os pardais são considerados uma espécie de incômodo, um concorrente agressivo com aves nativas e uma praga agrícola. Grandes agregações ao redor dos edifícios produzem ruídos irritantes e grandes quantidades de fezes.[4]

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada em todo país.[2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Cruz, Oswaldo (23 de novembro de 2014). «Aves». www.fiocruz.br. Site FioCruz. Consultado em 14 de janeiro de 2020 
  2. a b c «Pardal-comum (Passer domesticus)». www.avesdeportugal.info. Consultado em 13 de janeiro de 2020 
  3. a b c Darvin, Santos (10 de outubro de 2019). «pardal (Passer domesticus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Site WikiAves. Consultado em 23 de janeiro de 2020 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o Roof, Jennifer (2001). «Passer domesticus (house sparrow)». Animal Diversity Web (em english). University of Michigan-Ann Arbor. Consultado em 9 de janeiro de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Guia das aves, Mike Elerett, editorial estampa.
  • Guilherme, E. On the arrival of the house sparrow (Passer domesticus) in southwestern Brazilian Amazon, 3, Melopsittacus, 2000, p. 171-172.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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