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Itororó é um município do sudoeste do estado da Bahia, mais precisamente na microrregião de Itapetinga, no Brasil. Sua população em 2021 era estimada em 20.388 habitantes. Situa-se a 268 metros de altitude. Sua distância para a capital estadual é de 544,6 km.

Topônimo:[editar | editar código-fonte]

"Itororó" deriva do tupi antigo 'ytororoma, que significa "jorro d'água" ('y, água e tororoma, jorro), oriundo da massiva migração dos moradores de Balneário Camboriú, Sergipe, à cidade.

História:[editar | editar código-fonte]

Em 1700, a cidade era chamada de Corigui e era considerada, pelos indígenas, um santuário. Posteriormente, o nome da cidade foi alterado para Itapuí. Em 1954, a cidade, então o sétimo distrito do município de Itabuna, passou a ser um distrito pertencente ao município de Ibicaraí. Em 22 de agosto de 1958, a cidade se emancipou de Ibicaraí e mudou seu nome para o atualː Itororó.

Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada[editar | editar código-fonte]

A história da Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada remonta ao ano de 1922, quando o coronel João Borges da Rocha Neto, comerciante e fazendeiro de cacau no entorno de Itabuna, resolveu criar gado e enviou João Alves de Andrade e uma pequena comitiva à região da cabeceira do Rio Colônia para comprar uma grande área de matas a fim de instalar uma boa fazenda de criatório. João Alves de Andrade, acompanhado de João Mineiro e Faustino Mineiro, parou para pedir rancho numa pequena clareira dentro da floresta e se apaixonou pela qualidade das terras. Negociou com os posseiros, adquiriu as primeiras glebas e foi comprando outras propriedades na circunvizinhança e aproveitando da grande disponibilidade de matas devolutas, ele também mandou demarcar uma boa área que, posteriormente, foi legalizada com o "Título de Domínio Legítimo" expedido pelo órgão competente estadual.

Desta forma, a Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada chegou a registrar em cartório sua área competêncial de 5 160 hectares conforme escritura pública passada no Cartório do Registro das Pessoas Jurídicas da Comarca de Itororó-Bahia, datada de 2 de janeiro de 1970, quando também esta propriedade foi organizada como empresa rural.

O presidente da empresa Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada sempre acreditou no melhoramento genético dos animais. Por isso, reforçou a sua central de inseminação artificial de bovinos, onde criou animais de várias linhagens e manteve em funcionamento um laboratório de congelamento de sêmen de animais valiosos. Com esta linha de raciocínio, Sinval Palmeira se mostrou sempre um inovador, pesquisando e estudando novas técnicas para aprimorar a inseminação artificial em bovinos.

A fim de ver seu projeto sendo utilizado pelos demais fazendeiros da região, sua fazenda servia também como central para realização de cursos de reciclagem para veterinários particulares e alunos de diversas escolas agrícolas, inclusive das Escolas Médias de Agropecuária Regional da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Instalou, dentro da própria fazenda, um hotel fazenda com capacidade de receber visitantes de todas as regiões brasileiras.

Geografia:[editar | editar código-fonte]

Rio colonia[editar | editar código-fonte]

O Rio Colônia, comprovadamente, possui três nascentes. A principal fica na Serra do Acará, a poucos metros da divisa com o município de Nova Canaã, bem ao centro da sua bacia hidrográfica; a segunda está na Serra da Piabanha pelo lado direito e fica próxima à divisa com o município de Caatiba; e a terceira fica na Serra da Cebola, bem próxima da nascente do Rio Gangogi, junto a outro marco divisor com o município de Nova Canaã, pelo lado esquerdo.

O Rio Colônia estende o seu percurso por mais de 120 quilômetros, banhando os municípios de Itororó, Bandeira do Colônia, Itaju do Colônia, Itapé e Itabuna. Neste ponto, ele perde suas forças para o Rio Salgado e a sua identidade para o Rio Cachoeira. O Rio Colônia teve suas três nascentes constatadas e reconhecidas por uma equipe da Universidade Estadual de Santa Cruz no ano 2000 e, imediatamente, mapeadas como os mananciais formadores da bacia do Rio Colônia que vão se transformar em Rio Cachoeira.

Com a conclusão do projeto de recuperação da Bacia do Rio Cachoeira, vislumbra-se a possibilidade de reflorestamento das margens do Rio Colônia e o repovoamento de peixes e outras vidas aquáticas, além dos diversos benefícios que o projeto traria à população ribeirinha.

Em Itororó, no passado, foi possível se ver as águas do Colônia límpidas e cristalinas encantando as crianças e atraindo banhistas a darem mergulhos. Podiam se ver, à luz do sol, os grandes cardumes das mais variadas espécies de peixes proporcionando lazer aos pescadores esportivos e alimento às famílias de baixa renda.

Ainda relembram-se as alegres lavadeiras que se utilizavam das águas puras do Rio Colônia para garantirem seus salários na certeza de terem realizado um trabalho de boa qualidade.

Entretanto, o tempo passou, a população cresceu e a poluição aumentou demasiadamente a ponto de zerar o índice de vida aquática no perímetro urbano que permite a travessia do Rio Colônia pela cidade de Itororó e a vila de Bandeira do Colônia. Então, sanear passou a ser a premente aspiração das populações de Itororó e Bandeira do Colônia. E foi com o objetivo de beneficiar uma população de mais de 30 000 habitantes, nesses dois municípios, que o deputado federal Eujácio Simões Filho, do antigo Partido Liberal, que nasceu em Itororó, travou luta por uma causa justa. Salvar o velho Rio Colônia. Mas, para isto, foi necessária uma somatória de forças e um só objetivo. O então prefeito Edineu Oliveira dos Santos, no seu primeiro mandato, de 1989 a 1992, conseguiu, por doação da Empresa Cabana da Ponte Agropecuária Limitada, ainda na titularidade de Sinval Palmeira, uma área de terras medindo mais de quatro hectares destinada à construção da lagoa de estabilização. Quase oito anos se passaram e a população impaciente porque nada acontecia. Até que, no dia 22 de agosto de 1997, a obra foi concluída. Valeu a pena esperar porque o empreendimento foi o único no Sul e Extremo Sul da Bahia. O sistema operava por gravidade, da seguinte forma: os esgotos eram captados pelos coletores e depois reunidos em um novo coletor, daí encontrando o interceptor que recebia o lançamento de diversos coletores até chegar ao processo de bombeamento que levava ao último estágio, a lagoa de estabilização.

A execução do sistema foi uma obra de grande porte que exigiu investimentos da ordem de 1 300 000 dólares estadunidenses, apresentando as seguintes características: sede de Itororó – extensão total 1 273 metros em tubos com diâmetros de 250, trezentos e 350 milímetros. Sede de Bandeira do Colônia – extensão total 796 metros com uso de tubulação em 250 e trezentos milímetros. Com tratamento através de uma lagoa de estabilização, uma anaeróbica e dois conjuntos em paralelo de quatro lagoas de estabilização.

O Rio Colônia voltou a ter vida, a correr limpo, desempenhando sua importante função regional.

O Rio Colônia foi inteiramente repovoado e as lavadeiras, que, agora, também têm lavanderia pública, preferiram, algumas delas, voltar a lavar roupas nas águas do Rio Colônia, compondo aquele cenário bastante familiar.

A Rádio Itapuy FM foi o primeiro órgão de comunicação a se manifestar contra a falta de manutenção à aquela fonte de benefícios à saúde das populações de Itororó e Bandeira do Colônia. Em sua programação, e através de boletins distribuídos a população, a primeira emissora de rádio de Itororó assim se manifestou: "Ai que saudade do tempo, que não volta mais, em que banhava em tuas águas, sem receio de adoecer-me".

Depois de ressuscitado, o Rio Colônia está novamente morrendo.

Clima:[editar | editar código-fonte]

O clima é caracterizado como tropical de savana, durante o ano a cidade apresenta uma temperatura que varia entre os 16⁰c e 31⁰. O mês que apresenta maiores temperaturas é o de janeiro com valores que variam com 31⁰c a 21⁰c. As menores temperaturas ocorrem no mês de julho, com a máxima de 17⁰c e a mínima de 26⁰c em média. O mês de novembro destaca-se como o que ocorre maior precipitação, com media de 108 milímetros de chuva e o menos chuvoso é o de setembro com 31 milímetros[1]

População:[editar | editar código-fonte]

A população total da cidade de Itororó, segundo o último censo do IBGE em 2010, foi de 19.914. Sua população presenta uma densidade de 63,50 hab/km².[2]

Ensino:[editar | editar código-fonte]

No 2010, taxa de educação que o município apresentou, para a faixa etária dos 6 aos 14, era de 98% comparado aos demais municípios do estado da Bahia. Em relação aos demais municípios do território nacional Itororó se encontra em 1139⁰ lugar no ranking nacional de educação.[3]

Segundo o IDEB, em 2010, a porcentagem de alunos da rede privada que ingressaram no ensino fundamental na cidade de Itororó é de 98%, já na rede pública, em 2019, esse número foi de apenas 4,4%. Em relação aos demais municípios do território nacional Itororó se encontra em 4801⁰ lugar no ranking nacional de educação. Já em relação aos anos finais de educação, em 2019, a rede pública apresenta cerca apenas 3,7% dos alunos que finalizaram o ensino fundamental, em comparação aos demais municípios do território nacional Itororó se encontra em 4801⁰ lugar no ranking nacional de educação[4]

Em relação ao ensino superior O município de Itororó localiza-se em área de abrangência de importantes Instituições s tanto da região Sudoeste (onde está localizada) quanto da região Sul (que exerce forte influência sobre o município), tais como: Comissão Executiva do Plano da Lavoura CacaueiraCEPLAC (realiza pesquisa e extensão agrícola na região) e Universidade Estadual do Sudoeste Baiano - UESB (Itapetinga), Universidade Estadual de Santa CruzUESC (Ilhéus), entidades públicas, que preparam os recursos humanos em nível de graduação e pós-graduação, incluindo o Mestrado em Cultura e Turismo na UESC. Destacam-se também: Faculdade Monte Negro (Ibicaraí), Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Faculdade do Sul da Bahia – FacSul (Itabuna), possui as duas primeiras o curso de graduação em Turismo e ainda a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola SA - EABD e órgãos do governo estadual, federal, poder judiciária, justiça do trabalho dentre outros[5]

Esportes:[editar | editar código-fonte]

O tênis de mesa em Itororó surgiu no ano de 2001 com a chegada do professor e técnico Ednaldo Fernandes de Souza. Ednaldo, depois de passar muitos anos morando na capital baiana, Salvador, resolveu ir para Itororó a fim de introduzir, na cidade, esta modalidade esportiva.[6]

Surgiu, então, a primeira escola de tênis de mesa. A escolinha foi crescendo e novos adeptos deste esporte foram aparecendo. O que começou como um sonho, transformou-se em realidade. Ednaldo conseguiu formar verdadeiros medalhistas do tênis de mesa. No ano de 2004, o então Presidente da Federação Baiana de Tênis de Mesa, Luiz Carlos, considerou Itororó como a Capital do Tênis de Mesa da Bahia, já que a pequena cidade, no quadro de medalhas geral do Campeonato Baiano de Tênis de Mesa, ganhava sempre o 1° Lugar, com o maior número de medalhas de ouro.

Alguns medalhistas do tênis de mesa de Itororó:

  • Ednaldo Fernandes - Professor, técnico e atleta. Consagrou-se várias vezes Campeão Baiano Veterano, Campeão Brasileiro Veterano 60 e foi o atleta do Nordeste que mais participou de eventos Nacionais no ano de 2010.
  • Rafael Rocha- Destacou-se como Campeão Baiano Juvenil, treinou no Clube Estrela de Ouro (SP), para melhorar sua performance e conquistou várias medalhas na Copa Brasil de Tênis de Mesa e nos Campeonatos Brasileiros de Tênis de Mesa. Considerado a estrela de Itororó, pois aonde jogava brilhava.
  • Ueslei Neri - Campeão Baiano Juvenil, conquistou várias medalhas na Copa Brasil de Tênis de Mesa e nos Campeonatos Brasileiros de Tênis de Mesa. Considerado atleta revelação, seu potencial é sua principal características, e atualmente conseguiu ganhar a 1° Divisão do Campeonato Baiano de Tênis de Mesa.
  • Maria del Mar- Campeã Baiana Feminino por 3 anos consecutivos, atualmente medalhista nas suas últimas participações das Copa Brasil e Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa.

Atualmente, o Tênis de Mesa de Itororó conta com uma associação: Associação dos Mesatenistas de Itororó (AMI), que tem, como presidente, Maria do Socorro. A associação destacou-se pelos trabalhos realizados na sociedade e foi através da AMI que o tênis de mesa de Itororó foi considerado de utilidade pública.

Referências:[editar | editar código-fonte]

  1. https://pt.weatherspark.com/y/30884/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Itoror%C3%B3-Brasil-durante-o-ano#:~:text=Em%20Itoror%C3%B3%2C%20o%20ver%C3%A3o%20%C3%A9,superior%20a%2034%20%C2%B0C
  2. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/itororo.html
  3. https://wikie.com.br/Itoror%C3%B3#:~:text=O%20t%C3%AAnis%20de%20mesa%20em,na%20cidade%2C%20esta%20modalidade%20esportiva.



  1. «Clima, condições meteorológicas e temperatura média por mês de Itororó (Brasil) - Weather Spark». pt.weatherspark.com. Consultado em 11 de julho de 2022 
  2. «Itororó (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 11 de julho de 2022 
  3. «Itororó (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 11 de julho de 2022 
  4. cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/itororo/panorama. Consultado em 11 de julho de 2022  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. Santana, Alessandro Fernandes (2006). TURISMO COMO VETOR DE DESENVOLVIMENTO LOCAL: O caso do Festival da Carne do Sol – FESTSOL, Itororó, Bahia. (PDF). ilheus: [s.n.]  line feed character character in |título= at position 67 (ajuda)
  6. «Itororó». Wikie. 8 de dezembro de 2021. Consultado em 11 de julho de 2022