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Flávio Império (São Paulo19 de dezembro de 1935 — São Paulo, 7 de setembro de 1985) foi um cenógrafoarquiteto e artista plástico brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Flávio Império nasceu em 1935, em uma família de imigrantes italianos, tinha uma irmã, a física Amélia Império Hamburger. Foi arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP; professor de Programação Visual na mesma instituição; cenógrafo de grupos como o Teatro de Arena e o Teatro Oficina; e artista plástico, participando de importantes exposições na década de 1960, como Opinião 65, Propostas 65 e Nova Objetividade Brasileira em 1967. Ele morreu às vésperas de completar 50 anos, no Hospital do Servidor Público Estadual, em processos decorrentes da Aids.

Arquiteto[editar | editar código-fonte]

Em 1961 se forma na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Constrói então seu primeiro projeto, a Casa Simon Fausto, em Ubatuba. O programa é inventivo a medida que usa da técnica das abóbadas catalãs para sustentar um jardim suspenso. Nos próximos projetos que executa, ao lado dos arquitetos Rodrigo Lefévre e Sérgio Ferro, o tema da abóbada como forma de desenho capaz de fazer um canteiro de obras mais justo vai ser fundamental. Colaborou então em projetos como a Casa Juarez Brandão Lopes, a Escola Estadual de Brotas e a reforma do Teatro Oficina, em 1967, após o incêndio do mesmo. O escritório do trio na Rua Marques de Paranaguá era importante ponto de encontro de estudantes, professores universitários, atores e artistas. Eles se separam após a prisão pela Ditadura Militar de Lefévre e Ferro, e ainda o exílio deste último na França.

Cenógrafo[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira em 1957, fazendo cenografia e direção do grupo infantil da Comunidade de Trabalho Cristo Operário, mantenedora da fábrica Unilabor Móveis, que produzia mobiliário a partir do desenho do artista Geraldo de Barros. Em 1960, faz a cenografia para Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto , com atores como Walmor Chagas e Xandó Batista. Em 1961, produz sua primeira cenografia para o Teatro de Arena, grupo que acomapnhará até 1967, fazendo parte da direção do Teatro junto com Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri, Paulo José e Juca de Oliveira. Com essa companhia fez importantes cenografias como Os Fuzis da Senhora Carrar, de Bertold Brecht, Arena Conta Zumbi e Arena Conta Tiradentes. Paralelamente trabalhou com o Teatro Oficina em peças como Andorra de Max Frisch sob a direção de Augusto Boal Os Inimigos, de Máximo Gorki e Roda Viva de Chico Buarque sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Com outras companhias montou Depois da Queda, de Arthur Miller, sob a direção de José Renato e os Fuzis de Dona Tereza, adaptação da peça de Brecht (por Flávio Império e André Gouveia), sob direção de Flávio Império e com atores do grupo de teatro da USP (TUSP)

Na década de 1960 ganhou diversos prêmios como cenógrafo, participando também da Bienal Internacional de São Paulo e da Quadrienal de Praga.

Na década de 1970, fez a cenografia e o roteiro de Labirinto, balanço da vida um monólogo para Walmor Chagas. Também fez a cenografia de Revellion, com direção de Paulo José e atuação de Regina Duarte. Para shows, fez a cenografia de 7 espetáculos de Maria Bethânia como Rosa dos Ventos, Pássaro da Manhã, Estranha forma de Vida e XX anos de paixão. Faz também projetos de cenografia para Gal Costa, show Com a Boca no Mundo e para os Doces Bárbaros com Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia.

Começa sua parceria com o Teatro Popular do SESI, onde fará cenografias para peças de Nelson Rodrigues e Maria Adelaide Amaral, como A Falecida e Chiquinha Gonzaga.

Em 1983 monta uma grande exposição retrospectiva de sua obra no Centro Cultural São Paulo, chamada Rever Espaços: o espaço cênico segundo Flávio Império.

Professor[editar | editar código-fonte]

Flávio Império foi professor desde o momento em que se formou em 1962. Primeiro no curso de Arquitetura da FAU-USP e paralelamente no de Cenografia da EAD. Depois deu aulas no Curso para Formação de Professores de Desenho na FAAP, além de dar aulas no curso de arquitetura na Fundação Belas Artes. Seus parceiros como professor foram Renina Katz, Cláudio Tozzi e Paulo von Poser.

Artista Plástico[editar | editar código-fonte]

Flávio Império começou a desenhar desde muito cedo. Participou de importantes exposiçõs coletivas na década de 1060, como Opinião 65 (curadoria de Ceres Franco e Jean Boghici), Propostas 65 e Nova Objetividade Brasileira. Escreveram nessa época sobre seu trabalho o físico e crítico de arte Mário Schemberg, além de Flávio Motta e Aracy Amaral. Nessa época trabalha com pintura e gesso.

Em 1970 faz importantes exposições no SESC, chegando em uma delas mudar seu atelie para dentro do espaço expositivo. São elas, a coletiva Matrizes, Filiais e Cia. e a individual Coisas e Loisas. Trabalhando com pintura e serigrafia.

Referências[editar | editar código-fonte]

Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • ARANTES, Pedro; Arquitetura Nova - De Artigas aos mutirões; São Paulo: Editora 34, 2004.
  • KOURY, Ana Paula; Arquitetura Nova - Flávio Império, Rodrigo Lefèvre, Sérgio Ferro. São Paulo: Romano Guerra Editora / Edusp / Fapesp, 2004. ISBN 8531407834

Ligações externas[editar | editar código-fonte]