Usuário(a):GABS/Teste VI

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Estrutura química de GABS/Teste VI
GABS/Teste VI
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
3-[2-(Dimethylamino)ethyl]-1H-indol-4-ol dihydrogen phosphate ester
Identificadores
CAS 520-52-5
ATC ?
PubChem ?
Informação química
Fórmula molecular C12H17N2O4P 
Massa molar 284.25 g/mol
Dados físicos
Ponto de fusão 220-228 °C (Crystals from boiling water) °C
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo hepático
Meia-vida ?
Excreção ?
Considerações terapêuticas
Administração Oral, Intravenosa
DL50 ?

Psilocibina é um composto pró-fármaco psicodélico utilizado como droga recreativa ou historicamente como enteógeno e com potencial uso terapêutico no tratamento de alguns transtornos neurológicos. Psilocibina e psilocina são os princípio ativos predominantes de cogumelos alucinógenos,[1] frequentemente encontrados entre membros do gênero Psilocybe, também chamados de "Cogumelos Mágicos".[2]

Psilocibina já foi utilizada como ferramenta de pesquisa para melhor compreensão dos mecanismos de ação de transtornos psicóticos, como escrizofenia ou psicose,[1][3] Também foi utilizada com vários graus de sucesso como forma de tratamento de ansiedade, depressão, redução de estresse e melhora de qualidade de vida em pacientes com câncer em estágio avançado,[4][5][6] transtornos neurológicos, alcoolismo e também existem registros de aplicação bem-sucedida como terapia em crianças autistas e esquizofrênicas resistentes ao tratamento.[7] Casos reportados e estudos clínicos também mostram que o uso de psilocibina provoca melhoras nos sintomas de transtorno obsessivo-compulsivo, age como motivador para abandono de vício em casos de dependência ou tabagismo e possue ação como tratamento de enxaqueca.[4]


Apesar da ocorrência natural, psilocibina também pode ser sintetizada em larga escala em laboratório.[8]

A psilocibina é biologicamente inativa, mas é metabolizada em psilocina, que causa efeitos de alteração da mente semelhantes aos do LSD, mescalina e DMT. Em geral, os efeitos incluem euforia, alucinações visuais e mentais, mudanças na percepção, distorções temporais e percepção de espiritualidade. Também pode incluir possíveis reações adversas, como náuseas e ataques de pânico.


Referências

  1. a b Tylš 2013, p. 1.
  2. Cody, John T. (2008). «Chapter 4 Hallucinogens». In: Bogusz, M.J. Handbook of Analytical Separations. Vol. 6. Brooks City-Base, Texas: Elsevier Science B.V. 188 páginas. ISBN 9780444522146. ISSN 1567-7192. doi:10.1016/S1567-7192(06)06004-9. Cópia arquivada em 17 de março de 2022 
  3. Geyer, Mark A.; Vollenweider, Franz X. (setembro de 2008). «Serotonin research: contributions to understanding psychoses». CellPress. Trends in Pharmacological Sciences. 29 (9): 445-453. doi:10.1016/j.tips.2008.06.006. Consultado em 18 de março de 2022. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2022 
  4. a b Tylš 2013, p. 15.
  5. Grob, Charles S (6 de setembro de 2010). «Pilot study of psilocybin treatment for anxiety in patients with advanced-stage cancer». American Medical Association. JAMA Psychiatry. PMID 20819978. doi:10.1001/archgenpsychiatry.2010.116. Consultado em 18 de março de 2022. Cópia arquivada em 11 de março de 2022 
  6. Griffiths, Roland R (30 de dezembro de 2016). «Psilocybin produces substantial and sustained decreases in depression and anxiety in patients with life-threatening cancer: A randomized double-blind trial». Sage Publications. Journal of Psychopharmacology. 30: 1181–1197. PMID 27909165. doi:10.1177/0269881116675513. Consultado em 18 de março de 2022. Cópia arquivada em 17 de março de 2022 
  7. Tylš 2013, p. 14.
  8. Shirota, Osamu; Hakamata, Wataru; Goda, Yukihiro (junho de 2003). «Concise large-scale synthesis of psilocin and psilocybin, principal hallucinogenic constituents of "magic mushroom"». American Society of Pharmacognosy. Journal of Natural Products (66): 885-887. PMID 12828485. doi:10.1021/np030059u. Consultado em 17 de março de 2022. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2022 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


================================= '''Psilocibina''' é um [[enteógeno]], estando seu consumo substâncias estudadas há pouco mais de um século, ganhando popularidade, como os estudos de Drs. [[Timothy Leary]] e Richard Alpert na Universidade de Harvard ([https://en.wikipedia.org/wiki/Harvard_Psilocybin_Project Harvard Psilocybin Project]) na [[década de 1960]] sendo culturalmente associado ao movimento [[hippie]], junto ao [[LSD]]. Não foi tão popular quanto o mesmo apesar de produzir efeitos similares. <ref>Escobar, José Arturo Costa. Observação e exploração da percepção visual e do tempo em indivíduos sob o estado ampliado de consciência após o consumo de cogumelos “mágicos” (Psilocybe cubensis). Dissertação Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco Orientador: Prof. Dr. Antonio Roazzi, Recife, 2008 [http://www.neip.info/downloads/disser_arturo.pdf PDF - NEIP Dissert.] Acesso, agosto 2019</ref> <ref>RODRIGUES, Sandro Eduardo. Modulações de sentidos na experiência psicotrópica. Tese (Doutorado). Orientador: Eduardo Passos. – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de Psicologia, 2014. [https://neip.info/novo/wp-content/uploads/2015/04/rodrigues_modulacoes_sentidos_experiencia_psicotropica_uff_2014.pdf PDF - NEIP Dissert.] Acesso, agosto 2019</ref> Está presente em [[cogumelos alucinógenos]] usados na medicina tradicional asteca-nahuatl da Meso-América. Os [[astecas]] o chamavam genericamente de ''teonanácatl'' ou carne dos deuses, os mazatecos o denominam ntsi-si-tho onde ntsi é um diminutivo carinhoso e o restante da palavra poderia ser traduzido como "aquele que brota". <ref>GUZMÁN, Gastón. El uso tradicional de los hongos sagrados: pasado y presente. Etnobiología, ISSN-e 1665-2703, Vol. 9, Nº. 1, 2011, págs. 1-21 Disponível em https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5294476 Acesso em 25 de agosto de 2019</ref> <ref name="ESTRADA">ESTRADA, Álvaro. A Vida de Maria Sabina, a Sábia dos Cogumelos. SP: Martins Fontes. 1984</ref> <ref name="SCHULTES">SCHULTES, Richard Evans; HOFMANN, Albert. Plantas de los Dioses Las fuerzas mágicas de las plantas alucinogenas. Mexico: Fondo de Cultura, 2000 ISBN 968 16 6303-9</ref> A elevada frequência de provas arqueológicas, na forma de estatuetas de cogumelos, encontrados na Guatemala evidenciam seu uso na [[civilização maia]] e possível difusão para o México. <ref name="BORHEGYI">BORHEGYI, Stephan F. de Miniature Mushroom Stones from Guatemala. American Antiquity Vol. 26, No. 4 (Apr., 1961), pp. 498-504 Published by: Cambridge University Press DOI: 10.2307/278737 https://www.jstor.org/stable/278737 Aces. aug. 2019 </ref> <ref>LOWY, Bernard. New records of mushroom stones from Guatemala. Mycologia, 63, 983-993, 1971</ref> == Apresentação == A psilocibina (O-fosforil-4-hidróxi-N,N-dimetiltriptamina) é um alcaloide do grupo indólico e o principal componente psicoativo encontrado nos [[cogumelos]] do gênero ''[[Cogumelo psicadélico|Psilocybe]]'', de onde vem o seu nome. Sua estrutura molecular é análoga à [[serotonina]] especialmente se hidrolisada (desfosforilação) em [[psilocina]] (4-hidróxi-N,N-dimetiltriptamina) <ref>Litter, Manuel Compedio de farmacologia. Buenos Aires, El Ateneo, 1974</ref> <ref>Goth, Andrés. Farmacologia Médica. RJ, Guanabara Koogan, 1975 p. 230</ref> == Origem == Os fungos superiores dos [[género (biologia)|gêneros]] "[[Psilocybe]]", "[[Panaeolus]]" e "[[Conocybe]]" perfazem uma série de mais de 180 espécies, são utilizados pelo menos 3000 anos na cultura dos povos do México [[Asteca-Náhuatl]] possuindo características comuns à utilização xamânica, ainda mais antiga, do cogumelo ''[[Amanita muscaria]]'' nas populações siberianas.Esse último além da [[muscarina]], cujos efeitos [[parassimpaticomimético]]<nowiki/>s ou colinérgicos (atua feito a [[acetilcolina]]) são bem conhecidos, possuem substancias peptídicas ([[Neuropeptídeo|neuropeptídeos]]) ainda não bem conhecidas próximas do [[ácido ibotênico]] ([[muscimol]]) associadas ao seu efeito psicodisléptico. Wasson refere ainda que os os [[Dayak|Dyaks]] de Bornéu e os nativos do Monte Hagen da [[Papua-Nova Guiné|Nova Guiné]] também recorrem a cogumelos semelhantes. <ref name="WASSON">WASSON, Robert Gordon. Seeking the Magic Mushroom. LIFE Magazine (June 10, 1957) </ref> <ref>Treu, Roland; Adamson, Win. Ethnomycological Notes from Papua, New Guinea. McIlvainea 16 (2) Fall 2006 [http://auspace.athabascau.ca:8080/dspace/bitstream/2149/1669/1/Treu.pdf disponível em pdf]</ref> Entre os [[Basidiomycota|Basídiomicetos]] (classe de fungos com estrutura características para dispersão de esporos) encontram-se várias espécies com Psilocibina os mais conhecidos e utilizados pelas populações americanas fazem parte dos gêneros: ''Psilocybe'', ''Panaeolus'' e ''Conocybe'', atualmente reunidos na ordem [[Agaricales]] e família [https://es.wikipedia.org/wiki/Strophariaceae Strophariaceae] em sua maioria, principalmente o conhecido "golden top" ''Stropharia cubensis'' quando classificado como um gênero (Stropharia ) integrante antiga ordem Strophariaceae (atualmente Agaricales). <ref>Swann, Eric and David S. Hibbett. 2007. Basidiomycota. The Club Fungi. Version 20 April 2007. http://tolweb.org/Basidiomycota/20520/2007.04.20 in The Tree of Life Web Project, http://tolweb.org/ </ref> <ref> Redhead S, Moncalvo JM, Vilgalys R, Matheny PB, Guzmán-Davalos L, Guzmán G (2007). "Proposal to conserve the name Psilocybe (Basidiomycota) with a conserved type". Taxon. 56 (1): 255–257. [https://www.jstor.org/stable/25065762 JSTOR 25065762.]</ref> Entre os cogumelos de pasto um dos mais comuns na América do Sul e Central é o "golden top" mais recentemente classificado como ''Psilocybe cubensis'' por integrar ao gênero ''[[Psilocybe]]'' e tem como habitat: solo argiloso, pastos abertos com crescimento associado à incorporação ao solo de esterco bovino. Distinções se fazem por altitude, regiões geográficas e afinidade por água. O ''Psilocybe zapotecorum'', cresce nos charcos e lugares alagados por isso são chamados de apipiltzin (filhos das águas) por sua relação com o Deus das Chuvas (Tlaloc). Considerando-se a presença de Psilocibina e Psilocina além dos citados anteriormente, existem centenas de espécies do gêneros entre estes: ''[[Inocybe erubescens|Inocybe]]'', ''Copelandia'', ''[[Gymnopoulos]]'', ''Pluteus'' e outros. O gênero ''Psilocybe'' está presente em todos os continentes, mas nem todos possuem substancias psicotrópicas. Entre as espécies com propriedades "alucinogénas" mais utilizadas incluem-se cerca de 144-130 espécies perfeitamente classificadas no gênero ''Psilocybe'' entre as quais: ''[[Psilocybe mexicana|P. mexicana]]'', ''[[Psilocybe caerulescans|P. caerulescans]]'', ''[[Psilocybe semperviva|P. semperviva]]'', ''[[Psilocybe mazatecorum|P. mazatecorum]]'', ''[[Psilocybe zapotecorum|P. zapotecorum]]'', ''[[Psilocybe Aztecorum|P. Aztecorum]]''. <ref>Guzmán, Gastón. (2005). Species Diversity of the Genus Psilocybe (Basidiomycotina, Agaricales, Strophariaceae) in the World Mycobiota, with Special Attention to Hallucinogenic Properties. International Journal of Medicinal Mushrooms - INT J MED MUSHROOMS. 7. 305-332. 10.1615/IntJMedMushr.v7.i12.280. https://www.researchgate.net/publication/240299754_Species_Diversity_of_the_Genus_Psilocybe_Basidiomycotina_Agaricales_Strophariaceae_in_the_World_Mycobiota_with_Special_Attention_to_Hallucinogenic_Properties Aces. 11 de setembro de 2021 </ref> == Efeitos == Os efeitos da psilocibina têm caráter [[alucinógeno]] na maioria dos casos. Após a ingestão da substância (através do [[chá de cogumelo]] ou do cogumelo desidratado e moído, por exemplo) o indivíduo leva tipicamente cerca de 15 a 45 minutos para começar a sentir os efeitos. Os efeitos variam de pessoa para pessoa e também dependem do tipo de cogumelo ingerido. A princípio pode-se ter uma impressão de leve tontura e até mesmo um certo desconforto [[gástrico]] (que pode ocasionar vômito). Muitas sensações agradáveis que incluem simpatia com as outras pessoas e com o universo. Em um segundo momento é possível perceber alterações nas percepções visuais e noção de espaço. Por volta da 2º hora costuma-se alcançar o topo da "viagem". Neste ponto, dependendo da quantidade ingerida, pode-se estar em um estado totalmente desconexo da realidade. Variações intermitentes em todos os sentidos provocando [[sinestesia]] e desprendimento do [[ego]] são comuns. Experiências místicas de comunhão com a divindade, ou integração com a natureza, são também comuns, mas dependem do contexto de utilização. Wasson inquirindo seus informantes [[Mixtecas|''Mixetecos'']] das montanhas do México, sobre o que era esse efeito recebeu a seguinte resposta: "Le llevan ahí donde Dios está" (eles o levam lá onde Deus está) <ref name="WASSON"/> O ponto alto do efeito pode ser extremamente agradável e, segundo alguns usuários, descrito como "viagem" talvez pela profusão de imagens percebidas, é de um aprendizado (insight) considerável. No entanto, algumas pessoas ou em algumas situações pode-se realmente sentir-se desconfortável com as alucinações ou visões. Há pessoas que relatam experiências místicas com a psilocibina que lhes pareceram extremamente positivas, mas há também quem tenha viagens péssimas e cheias de medo ou paranoia. Tratando-se de psicodélicos ou alucinógenos não se pode ignorar o contexto ou set em que se consome a substância, contudo há diferenças farmacológicas no efeito agonístico do [[LSD]] e psilocibina de acordo com os sítios receptores de atuação. Segundo, Miranda;Taketa; Vilaroto-Vera, <ref>Miranda, R.P.;Taketa, A.T.C.; Vilaroto-Vera, R.A. Alucinógenos naturais, etnobotânica e psicofarmacologia in Simões, Cláudia Maria Oliveira; Guerra, Miguel Pedro…et al. Farmacognosia, da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis, Editora da UFRGS e UFSC, 2004</ref> o LSD atua sobre vários receptores da [[serotonina]] (5-HT) enquanto que a psilocibina é mais seletiva (especificamente em relação ao 5-HT2). Recentes pesquisas têm encontrados efeitos potenciais promissores para utilização da psilocibina e LSD sobre cefaleia em salvas. A enxaqueca vem sendo tradicionalmente tratada com [[Amina|triptaminas]] não psicodélicas e [[ergotamina]]s, ou seja, moléculas estruturalmente afins. Efeito de cura ritual ou [[psicoterapia]] ainda necessita maior aprofundamento face aos séculos de perseguição católica ou impedimentos legais decorrentes do uso recreativo descontrolado que inadequadamente foi combatido por proibição policial e hoje se sabe que não se pode destruir valores culturais sem efeitos deletérios sobre a organização social incluindo-se nesse contexto o consumo desorientado, ou seja, o ritual é uma forma de controlar o consumo. Entre as indicações de uso por médicos [[feiticeiro]]s (ticitl) da cultura asteca-nahuatl encontram-se : febre, dores de dente, gota, constipação gripe além dos males identificados no conhecimento médico religioso tradicional como o “espanto”, “ares” de doença (elhigattl cocolitzle) “castigos” de divindades específicas do vento água, da chuva, dos montes (frio) ou mesmo o tlazolmiquiztli (a morte causada pelo amor) e as manifestações psicossomáticas de enfeitiçamento maléfico entre outros agravos para as quais o diagnóstico através do uso ritual do ''teonanácatl'' é fundamental. == Estudos médicos == A Psilocibina tem sido objeto de pesquisas médicas desde a década de 1960, quando os médicos e cientistas estadounidenses, como referido, Leary e Alpert coordenavam o Projeto Psilocibina da [[Universidade Harvard|Universidade de Harvard]], onde conduziram vários experimentos para avaliar o valor terapêutico da psilocibina no tratamento de condições psiquiátricas, como os [[Transtorno de personalidade|transtornos de personalidade]], ou para averiguar se psilocibina melhorava os resultados positivos da [[psicoterapia]]. ''[veja referencias na página inglesa deste mesmo tópico, com os números aqui citados]<sup>[</sup>''<sup>146]</sup>  Na primeira década deste milênio (anos 2000s), renovou-se o interesse na pesquisa médica destes cogumelos e do uso de certos remédios psicodélicos com fins de aplicações clínicas, farmacêuticas e hospitalares, como o alívio da ansiedade crônica, depressão clínica, e vários tipos de dependências sofridas por adictos.<sup>[147][148]</sup><ref>{{citar livro|nome = Smith M. (Jul 12, 2006). "Medical News: Psilocybin Viewed as Therapy or Research Tool". Medpagetoday.com. Retrieved 2011-02-12. Jump up ^ Griffiths RR, Johnson MW, Richards WA, Richards BD, McCann U, Jesse R. (2011). "Psilocybin occasioned mystical-type experiences: immediate and persisting dose-related effects". Psychopharmacology 218 (4): 649–65. doi:10.1007/s00213-011-2358-5. PMC 3308357. PMID 21674151. Lay summary – Newswise.com (2011-06-13). Jump up ^ Wark C, Galliher JF. (2009). 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PMID 16539864.|sobrenome = |título = |ano = |isbn = }}</ref> Em 2008, a equipe de pesquisa médica da respeitada [[Universidade de Medicina de Johns Hopkins]], [[Estados Unidos|EUA]], publicou uma lista de recomendações para a condução responsável de pesquisa médica em testes com psilocibina e outros alucinógenos em humanos. Um estudo de 2010 sobre os efeitos de curto e longo prazo da psilocibina em ambientes clínicos concluiu que, apesar de um pequeno risco de reações emocionais agudas temporárias, como a ansiedade ou o pânico, "a administração de doses moderadas de psilocibina em pacientes saudáveis e capazes de cuidar-se de si mesmos, dentro de um contexto de um ambiente monitorado, demonstra um nível aceitável de risco."<sup>[28]</sup> No primeiro estudo clínico da psilocibina aprovado pela [[Food and Drug Administration|Administração de Remédios e Comidas dos Estados Unidos]] [''U.S.A. [[Food and Drug Administration|Food and Drug Administration (FDA)]]''] desde 1970<sup>[149]</sup>—conduzido por Francisco Moreno na Universidade de Arizona e apoiado pela [[Associação de Estudos Psicodélicos|Associação de Estudos Psicodélicos Multidisciplinários]]—estudaram-se os efeitos da psilocibina em pacientes com distúrbio ou [[Transtorno obsessivo-compulsivo|transtorno obsessivo–compulsivo]], comumente conhecidos como T.O.C. ou "toques<ref>{{Citar periódico|titulo = Transtorno obsessivo-compulsivo|url = https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Transtorno_obsessivo-compulsivo&oldid=42596853|data = 2015-06-14T12:11:05Z|idioma = pt}}</ref>". O estudo piloto constatou que, quando administrada por profissionais médicos em um ambiente clínico, o uso da psilocibina demonstra uma redução substancial de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo na maioria dos pacientes.<sup>[150][151]</sup> Tal efeito é causado porque a psilocibina é capaz de reduzir os níveis de [[Receptor 5-HT2A|receptores 5-HT<sub>2A</sub>]], resultando em menor reatividade a [[serotonina]].<sup>[84]</sup> Psicoterapia assistida por psilocibina para o tratamento da depressão está sendo pesquisada.<ref>{{Citar periódico|data=2018-08-23|titulo=FDA approves magic mushrooms depression drug trial|url=https://www.newsweek.com/fda-approves-psychedelic-magic-mushrooms-ingredient-psilocybin-depression-1086759|jornal=Newsweek|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo=The New Science of Psychedelics|url=https://michaelpollan.com/articles-archive/the-new-science-of-psychedelics/|lingua=en-US}}</ref> Em 2018, a Food and Drug Administration (FDA) concedeu a Designação de Breakthrough Therapy para terapia assistida por psilocibina para depressão resistente ao tratamento<ref>{{Citar web|url=https://compasspathways.com/compass-pathways-receives-fda-breakthrough-therapy-designation-for-psilocybin-therapy-for-treatment-resistant-depression/|titulo=COMPASS Pathways Receives FDA Breakthrough Therapy Designation for Psilocybin Therapy for Treatment-resistant Depression – COMPASS|acessodata=2018-12-06|lingua=en-US}}</ref> e em 2019 para transtorno depressivo maior.<ref>{{Citar web|titulo=FDA grants Breakthrough Therapy Designation to Usona Institute's psilocybin program for major depressive disorder|url=https://www.businesswire.com/news/home/20191122005452/en/FDA-grants-Breakthrough-Therapy-Designation-Usona-Institutes|obra=www.businesswire.com|data=2019-11-22|acessodata=2019-11-25|lingua=en}}</ref> Psilocibina também mostra-se bastante promissora em aliviar as dores insuportáveis causadas pelas debilitantes [[Enxaqueca|enxaquecas]] crônicas ([[cefaleia histamínica]] ou cefaleia em salvas) ,<sup>[152]</sup> consideradas "uma das piores síndromes de dor que afetam a humanidade."<sup>[153]</sup> Em um estudo de 2006, mais da metade dos pacientes com cefaleia histamínica confirmaram que a psilocibina abortou so ataque de dores; a grande maioria dos pacientes afirmaram que depois de tomá-la, entraram em perídos longos de remissão em que não sofreram dores nem ataques.<sup>[151]</sup> Uma análises de tratamentos alternativos para dores de cabeça, feito em 2011, concluiu que a psilocibina merece mais pesquisa como um remédio para o alívio da enxaqueca crônica (cefaleia histamínica)—também ressaltou-se que a dosagem eficaz é subhalucinógena, ou seja, em tão pouca quantidade que o paciente se mantêm lúcido. Nenhum outro medicamento existe no mercado para tratar ou eliminar os ciclos de enxaquecas crônicas.<sup>[152]</sup> Muitos estudos atuais pesquisaram o alívio do sofrimento psicológico que a psilocibina oferece a pacientes em estágios terminais de câncer. Resultados indicam que uma dose baixa de psilocibina melhora o ânimo e reduz a ansiedade dos pacientes com câncer avançado; tais efeitos duram entre duas semanas e seis meses.<sup>[151]</sup> Há uma perceptível vivência de efeitos humanitaristas e conexão com o "Todo Universal", o que leva os usuários a sentir uma espécie de integração com a Natureza e com o Cosmos. Bem direcionado, este aumento da percepção extrassensorial leva a uma experiência positiva de crescimento pessoal num nível mais sutil e evoluído. == Tolerância e dependência == Não existem documentações ou relatos de casos em que a psilocibina ou a [[psilocina]] causaram dependência. No entanto, a psilocibina e a psilocina geram [[Tolerância medicamentosa|tolerância]], sendo certo que seu consumo serial tende a aumentar em quantidade, já que os receptores neurais ficam saturados por alguns dias, ou até mesmo por um período de tempo maior. Também é sabido que há [[tolerância cruzada]] entre [[LSD]], a psilocibina e a [[mescalina]].<ref>{{Citar web |url=http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/as_117.htm |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2015-04-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150523071528/http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/as_117.htm |arquivodata=2015-05-23 |urlmorta=yes }}</ref> == Toxicidade == A toxicidade da psilocibina é baixa. Em ratos, a dose média letal (LD<sub>50</sub>) quando administrada oralmente é de 280miligramas por kilograma (mg/kg), aproximadamente uma vez e meia a da [[cafeína]]. Quando a administração endovenosa em coelhos, a LD<sub>50</sub> da psilocibina é de aproximadamente 12.5 mg/kg. A psilocibina representa aproximadamente 1% do peso dos cogumelos ''Psilocybe cubensis'', assim 1.7 kg de cogumelos secos ou 17 kg de cogumelos frescos seriam necessários para uma pessoa de 60Kg alcançar as 280mg/kg necessárias para uma overdose. Baseado nos resultados com estudos em animais, a [[dose letal]] da psilocibina é considerada 6g, 1000 vezes maior do que sua [[dose efetiva]] de 6 milligramas. == Uso étnico == Semelhantes a cultos de possessão, no ritual, os deuses meninos falam através de seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome de Jesus Cristo e Deuses da cultura nahuattl como [https://es.wikipedia.org/wiki/Piltzintecuhtli Piltzintecuhtli] ou [[Quetzalcóatl]]. Nessa cultura, entre os nahua e toltecas/ mazatecas, tais cogumelos fazem parte de ritos de cura (consultas individuais, veladas) onde os cogumelos são representados como meninos santos, que ensinam a causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e sofrimentos infligidos ao duplo animal ou nagual (naualli) são fórum de discussões éticas de feitiçaria e oráculos de relações interpessoais. <ref name="ESTRADA"/> <ref name="SCHULTES"/> Entre as fontes de pesquisa do conhecimento desse sistema etnomédico estão os depoimentos do os médicos – feiticeiros mais conhecidos encontram-se Maria Sabina; Don Miguel Ruyz e o mítico Don Juan “criado” pelo [[Carlos Castaneda]]. Os [[códices astecas]] descritos por Frei Bernadino de Shagún; o Codex Vibonense e relatos de proibições do Tribunal do Santo Ofício também trazem algumas informações analisadas em conjunto com estudos históricos da cultura asteca-nahualt. <ref name="BORHEGYI"/> <ref name="ESTRADA"/> <ref name="SCHULTES"/> <ref>CASTAÑEDA, Carlos. Uma Estranha Realidade (A Separate Reality: Further Conversations with Don Juan). RJ: Record, 1971</ref> <ref> RUIZ, Don Miguel Ruiz. Os quatro compromissos. O livro da Filosofia Tolteca. Editora Best Seller (1997) 2005 ISBN: 8576840707; ISBN 13: 9788571236370 </ref> {{Referências}} <references group="Smith M. (Jul 12, 2006). &;Medical News: Psilocybin Viewed as Therapy or Research Tool;. Medpagetoday.com. Retrieved 2011-02-12. Jump up ^ Griffiths RR, Johnson MW, Richards WA, Richards BD, McCann U, Jesse R. (2011). &quot;Psilocybin occasioned mystical-type experiences: immediate and persisting dose-related effects&quot;. 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Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco Orientador: Prof. Dr. Antonio Roazzi, Recife, 2008 [http://www.neip.info/downloads/disser_arturo.pdf PDF - NEIP Dissert.] Acesso, out. 2013 * Furst, Peter, E. Cogumelos psicodélicos, - tudo sobre drogas, SP, Nova Cultural, 1989 * Heim, Roger. História da descoberta dos cogumelos alucinógenos no México. In Bailly, J.C.; Guimard (org) A experiência alucinógena (Mandala). RJ, Civilização Brasileira, 1969 * MAPS, Research into psilocybin and LSD as potential treatments for people with cluster headaches http://www.maps.org/research/cluster/psilo-lsd/ e http://www.maps.org/research/psilo-lsd/ * Jerome, Lisa. Psilocybin Investigator’s Brochure. MAPS LSD and Psilocybin Related Documents and Resources [http://www.maps.org/research/psilo/psilo_ib.pdf MAPS - March-April 2007] == Ver também == [[Ficheiro:Golden teacher kookoskuidussa.jpg|thumb|direita|''[[Psilocybe cubensis]]''.]] * [[Cogumelo psicadélico]] * [[Psilocybe cubensis]] * [[Drogas alucinógenas|Psicodislépticos]] * [[Psicoterapia psicodélica]] * [[Medicina indígena]] * [[Astecas]] * [[Peiote]] * [[Jurema (árvore)]] * [[Dimetiltriptamina]] * [[Enteógeno]] == Ligações externas == {{Wikiquote|LSD}} * {{Link||2=http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/ |3=CEBRID - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas}} * {{Link|en|2=https://www.erowid.org/plants/mushrooms/mushrooms.shtml |3=Mushrooms in Erowid website}} {{/Portal3|Farmácia}} [[/Categoria:Drogas]] [[/Categoria:Enteógenos]] [[/Categoria:Psicoterapia]] [[/Categoria:Psiquiatria]] [[/Categoria:Antropologia médica]]