Wings in the Dark

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Wings in the Dark
Wings in the Dark
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Asas nas Trevas
 Estados Unidos
1935 •  p&b •  75 min 
Gênero drama romântico
Direção James Flood
Produção Arthur Hornblow, Jr.
Adolph Zukor
Produção executiva Emanuel Cohen
Roteiro Jack Kirkland
Frank Partos
Dale Van Every
Earl H. Robinson
Baseado em Eyes of the Eagle
de Nell Shipman
& Philip D. Hurn
Elenco Myrna Loy
Cary Grant
Música Heinz Roemheld
Cinematografia William C. Mellor
Dewey Wrigley
Direção de arte Hans Dreier
Earl Hedrick
Figurino Travis Banton
Edição William Shea
Companhia(s) produtora(s) Paramount Pictures
Distribuição Paramount Pictures
Lançamento
  • 1 de fevereiro de 1935 (1935-02-01) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês

Wings in the Dark (bra: Asas nas Trevas)[2][3][4] é um filme de aviação estadunidense de 1935, do gênero drama romântico, dirigido por James Flood, estrelado por Myrna Loy e Cary Grant, e coestrelado por Roscoe Karns, Hobart Cavanaugh e Dean Jagger. O roteiro de Jack Kirkland, Frank Partos, Dale Van Every e Earl H. Robinson foi baseado na história "Eyes of the Eagle", de Nell Shipman e Philip D. Hurn.[1]

A trama retrata a história de uma aviadora destemida e um inventor cego que enfrentam situações desafiadoras para validar seus experimentos visionários.[5][6]

Este foi o primeiro dos três filmes que Loy e Grant coestrelaram juntos, embora a biógrafa de Loy, Emily Leider, diga que a produção "desperdiça seus talentos e provoca uma risada involuntária".[7] O filme continua notável como uma rara representação cinematográfica de um protagonista cego (interpretado por Grant) durante a década de 1930, e também é conhecido por sua fotografia aérea realizada por Dewey Wrigley.[1]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O engenheiro aeroespacial Ken Gordon (Cary Grant) e seu leal mecânico, Mac (Hobart Cavanaugh), estão determinados a desenvolver uma tecnologia que permita aos pilotos voar com segurança, mesmo em condições climáticas adversas. No entanto, um repórter irresponsável, Nick Williams (Roscoe Karns), publica prematuramente uma história sobre um voo de longa distância que Gordon havia planejado para provar suas teorias, o que resulta na perda do financiamento que ele tinha para seu experimento.

Gordon é apresentado à habilidosa aviadora Sheila Mason (Myrna Loy) e, após ficar cego em um acidente na oficina, ela assume trabalhos perigosos de acrobacias aéreas para apoiar secretamente sua pesquisa em andamento. Quando Sheila embarca em um arriscado voo sem escalas de Moscou para Nova Iorque e corre o risco de cair sobre um campo de aviação envolto em neblina, apenas uma pessoa é capaz de salvá-la.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Myrna Loy como Sheila Mason
  • Cary Grant como Ken Gordon
  • Roscoe Karns como Nick Williams
  • Hobart Cavanaugh como Mac
  • Dean Jagger como Top Harmon
  • Russell Hopton como Jake Brashear
  • Matt McHugh como Mecânico
  • Graham McNamee como Anunciador de Rádio
  • Lightning, o Cão como Ele mesmo

Produção[editar | editar código-fonte]

As filmagens principais do filme começaram em 22 de outubro de 1934.[8] O capitão Earl H. Robinson foi o consultor técnico do filme, e adaptou o roteiro ao lado de Dale Van Every. A aeronave de Ken Gordon é um Lockheed Model 8 Sirius; outras aeronaves presentes no filme incluíram um Travel Air B 4000, pilotado por Sheila Mason, e um Lockheed Vega 5B.[9]

Myrna Loy, contratada da Metro-Goldwyn-Mayer, foi emprestada para a Paramount Pictures para participar do filme. Após isso, Loy negociou com sua produtora para receber mais dinheiro e controle criativo de suas produções. Eventualmente, suas demandas foram atendidas. Fontes afirmam que seu sucesso em suas negociações pode ter sido devido à "paixão implacável" que Louis B. Mayer possuía por ela.[1]

Amelia Earhart também trabalhou como consultora no set de gravações.[7] Embora não mencionado nos créditos, as cenas aéreas foram feitas pelo renomado piloto cinematográfico Paul Mantz, que utilizou aeronaves de sua própria frota, incluindo o Lockheed Vega.[10]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Andre Sennwald, em sua crítica para o jornal The New York Times, descreveu o filme como "... um melodrama agradavelmente interpretado e habilmente filmado das vias aéreas em tempo de paz, que é prejudicado por uma narrativa confusa. As altas altitudes têm a tendência de deixar os roteiristas um pouco tontos, com o resultado de que o grande clímax do novo filme da Paramount pareça ter sido composto durante um parafuso".[11]

Nell Shipman ficou muito desapontada com a atuação de Myrna Loy e com a diminuição do papel do cão-guia como um dos personagens principais. Ela foi uma das autoras da história que serviu de inspiração para o roteiro do filme, a qual foi criada a partir de uma versão ficcionalizada da vida de Amelia Earhart, uma pessoa com quem Shipman tinha uma relação pessoal.[12] Graham Greene chamou o filme de "tão sentimental quanto é improvável", mas "... tão emocionante quanto é ingênuo".[13]

Historiadores consideram-o como um dos vários filmes de aviação mal executados produzidos durante o início da Grande Depressão.[14][15]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «The First 100 Years 1893–1993: Wings in the Dark (1935)». American Film Institute Catalog. Consultado em 29 de março de 2024 
  2. «Diário de Notícias (RJ) – 1930 a 1939 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 31 de maio de 1935. p. 12. Consultado em 29 de março de 2024 
  3. «Cinearte (RJ) – 1926 a 1942 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 1 de agosto de 1935. p. 25. Consultado em 29 de março de 2024 
  4. «Asas nas Trevas (1935)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 29 de março de 2024 
  5. Erickson, Hal. «Wings in the Dark (1935)». AllMovie. Consultado em 29 de março de 2024 
  6. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  7. a b Leider, p. 151.
  8. «Wings in the Dark (1935) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 30 de março de 2024 
  9. Santoir, Christian. «Wings in the Dark (1935)». Aeromovies. Consultado em 30 de março de 2024. Arquivado do original em 20 de maio de 2015 – via Internet Archive 
  10. Dwiggins 1967, p. 59.
  11. Sennwald, Andre (2 de fevereiro de 1935). «Tale of a Sightless Aviator in 'Wings in the Dark', at the Paramount – Other New Pictures.»Subscrição paga é requerida. The New York Times (em inglês). Consultado em 30 de março de 2024 
  12. Mandell 2002, p. 307.
  13. Greene & Parkinson 1993, p. 7.
  14. Young 2007, p. 43.
  15. Harrison 2000, p. 116.