ZB-53
ZB-53, Vz.37 | |
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Tipo | Metralhadora média |
Local de origem | Tchecoslováquia |
História operacional | |
Em serviço | 1937–anos 1960 (Tchecoslováquia) |
Guerras | Segunda Guerra Mundial Segunda Guerra Sino-Japonesa Guerra da Palestina de 1948 Guerra Colonial Portuguesa Guerra do Vietnã Guerra de Independência de Bangladesh Invasão da Baía dos Porcos Guerra Civil da Nigéria |
Histórico de produção | |
Criador | Václav Holek |
Data de criação | 1935 |
Fabricante | Zbrojovka Brno |
Período de produção |
1936–anos 1950 |
Especificações | |
Peso | 21 kg vazia |
Comprimento | 1.105 mm |
Comprimento do cano |
736 mm |
Cartucho | 7,92×57mm Mauser |
Ação | Operada a gás |
Cadência de tiro | 500–800 tiros por minuto |
Sistema de suprimento | Fita de 225 tiros |
A ZB-53 era uma metralhadora média tchecoslovaca. Uma arma versátil, foi usada tanto como arma de apoio de esquadrão, como metralhadora montada para tanques e outros veículos blindados, e em posições fixas dentro das fortificações da fronteira da Checoslováquia. Adotada antes da Segunda Guerra Mundial pelos exércitos da Tchecoslováquia (como TK vz. 37) e da Romênia, também foi produzida sob licença no Reino Unido como Besa. Após a invasão alemã da Checoslováquia, grandes quantidades da arma foram capturadas pela Wehrmacht e utilizadas durante a guerra sob a designação de MG 37(t).
História
[editar | editar código-fonte]A ZB-53 foi projetada como um empreendimento privado por Václav Holek e Miroslav Rolčík da Zbrojovka Brno e funciona como uma substituta para a metralhadora Schwarzlose de origem na Primeira Guerra Mundial. A Tchecoslováquia comprou 500 para testes, dando-lhes a designação Vz.35 ("Modelo 1935").[1] Com base nestes testes foram solicitadas algumas melhorias e a ZB-53 melhorada foi adotada pelo Exército da Tchecoslováquia com a designação TK vz. 37 ("Metralhadora Pesada Modelo 1937").[a] Foi introduzida como a metralhadora padrão dos tanques LT-35 e LT-38 da Tchecoslováquia. A Tchecoslováquia exportou a arma para a Romênia, Iugoslávia (1.000 unidades em março-abril de 1940), Argentina, Afeganistão, Irã e China (um grande número foi usado durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa[2]), enquanto o Reino Unido comprou uma licença e começou a produzir a sua versão própria, conhecida como Besa (mais de 60.000 peças fabricadas). Durante a ocupação alemã da fábrica, grandes quantidades foram produzidas para a Waffen-SS até 1942.[3]
A tchecoslovaca Zbrojovka Brno e depois Zbrojovka Vsetín produziram a arma em grandes quantidades até a década de 1950.
A arma era uma metralhadora operada a gás, alimentada por fita e refrigerada a ar, que servia tanto para apoio à infantaria quanto para veículos. A metralhadora foi entregue em três variantes: metralhadora de infantaria (em tripé pesado), metralhadora pesada de bunker (com cano mais pesado, marcada com "O") e para veículos blindados (marcada com "ÚV"). Foi projetada para resistir a cinco minutos de fogo constante, após os quais o cano teve que ser trocado devido ao desgaste. Embora moderna, a arma estava sujeita a travar devido a um complicado mecanismo de seleção de cadência de tiro.
Operadores
[editar | editar código-fonte]- Afeganistão[4]
- Argentina
- Bangladesh: Usada pelas forças Mukti Bahini durante a Guerra de Independência de Bangladesh[5]
- Biafra: Pelo menos 20 foram vendidas para Biafra em 1967.[6]
- Chile
- República da China (1912–1949)[7]
- Tchecoslováquia[7]
- Cuba[8][9]
- Chipre
- Irão[7]
- Israel[10]
- Namíbia: Usada pelo Exército Popular de Libertação da Namíbia[11]
- Alemanha Nazista
- Panamá: Usada pelas extintas Forças de Defesa do Panamá, principalmente montada em jipes.[12]
- Peru: Instalada como metralhadora coaxial em tanques leves 38/39M (Praga LTP) em serviço peruano
- Roménia:[7] 5.500 adquiridas em meados de 1943[13]
- Espanha Franquista[14]
- Reino Unido: Metralhadora Besa[7]
- Venezuela
- Iugoslávia[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ "TK" significa "těžký kulomet", metralhadora pesada, enquanto "vz" significa "vzor", Modelo
Referências
- ↑ Popenker, Maxim (27 de outubro de 2010). «ZB 53 / Vz.37». Modern Weapons
- ↑ Jowett, Philip (20 de novembro de 2013). China's Wars: Rousing the Dragon 1894-1949. Col: General Military. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 306. ISBN 9781782004073
- ↑ «MG 37 (t) & VZ 37 & ZB 53». iwm.org.uk. Imperial War Museum
- ↑ Bhatia, Michael Vinai; Sedra, Mark (maio de 2008). Small Arms Survey, ed. Afghanistan, Arms and Conflict: Armed Groups, Disarmament and Security in a Post-War Society. [S.l.]: Routledge. p. 65. ISBN 978-0-415-45308-0
- ↑ «Arms for freedom». 29 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 7 de abril de 2018
- ↑ Jowett, Philip (2016). Modern African Wars (5): The Nigerian-Biafran War 1967-70. Oxford: Osprey Publishing Press. p. 22. ISBN 978-1472816092
- ↑ a b c d e f Popenker, Maxim (27 de outubro de 2010). «ZB 53 / Vz.37». modernfirearms.net
- ↑ Rob Krott (abril de 2000). «The Bay of Pigs Museum: Playa Giron, Cuba». Small Arms Review. 3 (7). Chipotle Publishing
- ↑ Smith, Joseph E. (1969). Small Arms of the World 11 ed. Harrisburg, Pennsylvania: The Stackpole Company. p. 300. ISBN 9780811715669
- ↑ Laffin, John (29 de julho de 1982). The Israeli Army in the Middle East Wars 1948–73. Col: Men-at-Arms 127. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 8. ISBN 9780850454505
- ↑ «Their Blood Waters our Freedom». Youtube.com. 25 de janeiro de 2020. Cópia arquivada em 15 de dezembro de 2021
- ↑ Rottman, Gordon (2010). Panama 1989-90. Col: Elite. 37. [S.l.]: Osprey Publishing. 13 páginas. ISBN 9781855321564
- ↑ Mark Axworthy, London: Arms and Armour, 1995, Third Axis, Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941–1945, p. 29
- ↑ Alejos Cutuli, Félix A. (maio de 2012). «La Coruña Military Museum». Small Arms Review SAW
- Andrzej Ciepliński; Ryszard Woźniak (1994). «Encyklopedia współczesnej broni palnej: Od połowy XIX wieku». Encyklopedia współczesnej broni palnej. Varsóvia: WiS. ISBN 83-86028-01-7
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Media relacionados com ZB-53 no Wikimedia Commons