Blek

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Blek
Blek
Ícone do aplicativo do jogo.
Desenvolvedora(s) Kunabi Brother
Publicadora(s) Kunabi Brother
Motor Unity
Plataforma(s)
Lançamento Android
3 de dezembro de 2013[1]
iOS
27 de junho de 2014[1]
Gênero(s) Quebra-cabeça
Modos de jogo Jogo eletrônico para um jogador
www.blekgame.com

Blek é um jogo eletrônico para um jogador criado pela equipe Kunabi Brother. Lançado em 2013 para a plataforma Android e em 2014 para a plataforma iOS, o objetivo do jogo é fazer com que o jogador desenhe uma linha preta semelhante a uma serpente que se repete em vários padrões e níveis de velocidade, removendo pontos coloridos e apagando pontos pretos. O caráter minimalista do jogo tem a colaboração dos artistas Erin Gee e Golan Levin, além da caligrafia de Bauhaus. A equipe propuseram o jogo como uma adaptação touchscreen do clássico Snake, sendo trabalhado durante seis meses.[1]

De modo geral, o jogo recebeu críticas positivas, elogiando o grau de restrição do aplicativo. Meses após o lançamento, o jogo chegou ao topo de aplicativos mais baixados da App Store. Em 2014, recebeu um Apple Design Awards 2014, além da venda de mais de um milhão de cópias.

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

Trailer e exemplos de enigma do jogo

Blek é um jogo de quebra-cabeça em que o jogador desenha uma linha preta semelhante a uma cobra, que é gravada e reproduzida repetidamente na tela.[2] O objetivo é, em primazia, remover alvos de pontos coloridos quando houver repetição na tela, mas sem tocar os pontos pretos. As linhas que sobrepõem a tela reajustam o nível, enquanto as linhas que se deslocam para a esquerda e direita da tela refletem de volta para os pontos. Além de repetir o padrão desenhado pelo jogador, o curso do jogo imita o ritmo do jogador ao desenhar as linhas.[3] O jogo é iniciado sem qualquer aviso ou tutorial, além de usar um dedo na tela como experimento. Os enigmas iniciais são em telas abertas e brancas, onde o jogador pode resolvê-los por "acidente". Contando com 80 níveis, as fases mudam de dificuldade e requerem soluções mais complexas. O aplicativo contém elementos adicionais, como um ponto que age em reação em cadeia, lançando outros pontos quando a linha for atingida. Quando os pontos coloridos são atingidos, o jogo emite uma onomatopeia whoosh. No entanto, quando os pontos pretos são atingidos, o nível é reiniciado. O jogo é representado em cores foscas, sem recurso de pausa ou menu adjacente. Os jogadores, portanto, navegam entre os enigmas usando três ícones na tela. Para manter a estadia do usuário, o jogo não conta com propagandas ou anúncios.[4]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Blek foi construído para a plataforma iOS pelos irmãos Denis Mikan e Davor Mikan. Devido à experiência de ambos em codificação, os desenvolvedores dos jogos não foram negociados. Blek é o primeiro jogo em conjunto com a empresa Kunabi Brother. Davor já havia criado jogos em Flash e apresentou esta ideia para o jogo. Aproximando-se a Denis sobre a adaptação do jogo Serpente, Denis atribuiu a ideia do jogo conter uma linha que represente uma ideia após desenhada. O pensamento foi inspirado pelos desenhos de caligrafia e tinta do artista e poeta japonês Matsuo Busho. Em meados de 2013, criaram protótipos para o jogo, quando Davor se juntou a um artista parisiense, no momento em que começou a conciliar o desenvolvimento e a música. A experiência no período de residência de Davor o estimulou a ganhar interesse no meio dos jogos, apoiando os irmãos a terminarem o jogo nos próximos seis meses.[4]

Denis Mikan, produtor do jogo Blek

As influências para o jogo vieram do livro Yellowtail de Golan Levin e Point and Line to Plane de Wassily Kandinsky. A sonoridade usa trechos da canção "Yamaguchi Mouthpiece I", da compositora Erin Gee. O design do jogo conta com influências da desenvolvedora Thatgamecompany, Vectorpark e Windosill. O jogo foi escrito no mecanismo Unity e testado pelos amigos dos desenvolvedores. Como o principal interesse era unir a arte, artesanato e tecnologia, o jogo não possuiu campanha de marketing ou midiática. Os criadores, portanto, expressaram pouco desejo em atribuir questões lucrativas ao jogo, embora compartilhassem nos meios de comunicação.[5][6]

Em 2013, o jogo foi lançado para iPads e, em 7 de janeiro de 2014, recebeu uma versão para o iPods e iPhones. Quatro meses após o lançamento, criaram campanhas de marketing para o jogo. Após algumas campanhas feitas no YouTube, o jogo passou a fazer parte das listas de downloads da App Store. Em julho do mesmo ano, lançou-se uma versão para Android. A empresa desenvolvedora Kunabi Brother não planejava uma sequência para o jogo, embora pretendessem continuam com jogos experimentais sensíveis ao touchscreen.[7][8]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Pontuações agregadas
Fonte Avaliação
Metacritic 78/100[9]
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
Game Rankings[10] 78%
Edge[2] 8/10
Eurogamer[3] 8/10
TouchArcade[11] 4.0 de 5 estrelas.

Em termos gerais, o jogo Blek recebeu críticas favoráveis. De acordo com o site avaliativo Metacritic, o jogo recebeu uma pontuação de 78 de 100 pontos.[9] Embora tenha sido lançado pela primeira vez em dezembro de 2013, o jogo recebeu a aclamação dos críticos de jogos. Em abril de 2014 na App Store, entrou para o ranking dos dez jogos pagos mais baixados.[12][13][14] Em maio,[15][16][17] chegou ao topo e, ainda em junho, permaneceu na listagem.[18][19] Em 2014, foi premiado com o Prêmio Apple Design Award, destacando-se na categoria de "Indie Game Showcase".[20][21] Apesar de ter vendido 30.000 cópias em fevereiro de 2014, depois de ser enviado à loja de aplicativos da Apple, vendeu 500.000 cópias até o mês de maio e mais de um milhão de cópias até junho do mesmo ano.[22] A revista Edge comparou o jogo com a estética do jogo Hundreds. Os críticos da revista aclamaram o jogo devido à liberdade oferecida aos usuários.[3][11]

A revista Edge comparou a estética de Blek ao jogo Hundreds

A revista Edge salientou a beleza elegante e intuitiva a de Blek. Compararam o jogo a uma serpente modernista, de forma livre e touchscreen, embora fosse muito mais calma. A revista descreveu Blek como nada menos que um jogo de quebra-cabeça, mas também um mecanismo de criação de formas livres, privilegiando processo de experimentação sobre o objetivo de resolver enigmas. A revista escreveu que o jogo tornou perspectivas complexas e irritantes em soluções naturais. Rod Green comparou Blek ao Tetris e Threes!, envolvendo uma premissa de jogo simples e bem executada, acrescentando que o jogo não seria tão facilmente copiado devido à complexidade do design.[17][a] Mike Fahey, do blog Kotaku, classificou Blek como o jogo mais brilhante para iPad que havia jogado em 2013.[26]

Christian Donlan, do site Eurogamer, descreveu a pessoalidade do jogo. Salientou a mecânica básica do jogo, a velocidade e a hesitação que o integram. Donlan escreveu que o jogo aborda vários tipos de quebra-cabeças, pois o jogador pode ter espaços para prever o movimento das linhas, semelhante aos jogos de campo minado e labirintos. Shaun Musgave, do portal TouchArcade, observou quea dificuldade do jogo aumenta a partir do vigésimo nível, requisitando maior precisão do jogador. Além disso, descreveu uma pequena margem de erro dos níveis anteriores. No entanto, classificou o jogo como ideal para touchscreen.[27]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. O jogo, no entanto, foi clonado. Algumas versões incluíram o título Blek.[23][24][25]

Referências

  1. a b c «Informações do jogo Blek em presskit». Consultado em 14 de novembro de 2017 
  2. a b Edge Staff (6 de dezembro de 2013). «Blek review». Edge. Future. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  3. a b c Donlan, Christian (24 de março de 2014). «Blek review». Eurogamer. Gamer Network. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  4. a b Long, Neil (12 de fevereiro de 2014). «The heartening story of Blek, the iOS game that cut through App Store cynicism with pure creativity». Edge. Future. Consultado em 20 de julho de 2014. Arquivado do original em 21 de julho de 2014 
  5. Borison, Rebecca (21 de maio de 2014). «Blek Founder Tells Us How He Got To No.1 In The App Store For 20 Straight Days». Business Insider. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 22 de maio de 2014 
  6. Rhodes, Dusty (16 de dezembro de 2013). «Video game features music by honored U. of I. composition professor». University of Illinois. Consultado em 22 de julho de 2014. Cópia arquivada em 23 de julho de 2014 
  7. Polson, John (4 de dezembro de 2013). «Stroke of genius Blek out now for iPad, in January for iPhone». IndieGames.com. UBM Tech. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 21 de julho de 2014 
  8. Farokhmanesh, Megan (7 de julho de 2014). «You can now play minimalist puzzle game Blek on Android devices». Polygon. Vox Media. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 21 de julho de 2014 
  9. a b «Blek Critic Reviews for iPhone/iPad». Metacritic. CBS Interactive. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 13 de julho de 2014 
  10. «Blek for iOS (iPhone/iPad)». GameRankings. CBS Interactive. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 13 de julho de 2014 
  11. a b Musgrave, Shaun (8 de maio de 2014). «'Blek' Review – A Unique And Challenging Puzzle Game». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  12. Nelson, Jared (3 de junho de 2014). «'Monument Valley', 'Device 6' and 'Threes!' Among the Five Games to Win Apple Design Awards». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  13. Hodapp, Eli (22 de abril de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 4/14 – 4/20 – 'A Dark Room', '2048', 'Minecraft', and 'Hearthstone' Pull Ahead». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  14. Hodapp, Eli (30 de abril de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 4/21 – 4/27 – 'A Dark Room', 'Piano Tiles', 'Minecraft', and 'FarmVille 2'». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  15. Hodapp, Eli (8 de maio de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 4/28 – 5/4 – 'Blek', 'Piano Tiles', 'Minecraft' and '2048'». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  16. Hodapp, Eli (20 de maio de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 5/12 – 5/18, 'Blek', '100 Balls' and 'Minecraft' Pull Ahead Again». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  17. a b Green, Rod (23 de maio de 2014). «The creation of Tetris would be impossible in today's mobile market». Polygon. Vox Media. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 13 de julho de 2014 
  18. Hodapp, Eli (10 de junho de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 6/2 – 6/8, 'Blek', 'TwoDots', 'Minecraft', and 'Bubble Witch Saga 2' in the Lead». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  19. Hodapp, Eli (17 de junho de 2014). «Apple's Official Weekly Top Games Chart: 6/9 – 6/15, 'Heads Up!', 'TwoDots', 'Minecraft' and 'Angry Birds Epic'». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  20. Tach, Dave (3 de junho de 2014). «Threes!, Monument Valley and more games win Apple Design Awards». Polygon. Vox Media. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 13 de julho de 2014 
  21. Hodapp, Eli (29 de maio de 2014). «Apple Posts New Indie Game Showcase Featuring 'Threes!'». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  22. Mckeand, Kirk (25 de junho de 2014). «Twist and shout: The making of Blek». Pocket Gamer. Steel Media. Consultado em 22 de julho de 2014. Cópia arquivada em 23 de julho de 2014 
  23. Dotson, Carter (9 de julho de 2014). «'Blek' is Cheap as Well, as the Apple Design Award Winners Fire Sale Continues». TouchArcade. Consultado em 20 de julho de 2014. Cópia arquivada em 20 de julho de 2014 
  24. Dotson, Carter (27 de junho de 2014). «Cloned Blek Sets a New Standard for Shameless Clones». Gamezebo. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 21 de julho de 2014 
  25. Webster, Andrew (27 de junho de 2014). «Bad clone of award-winning game 'Blek' is literally called 'Cloned Blek'». The Verge. Vox Media. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 21 de julho de 2014 
  26. Fahey, Mike (16 de dezembro de 2013). «The Most Brilliant iPad Game I've Played All Year». Kotaku. Gawker Media. Consultado em 21 de julho de 2014. Cópia arquivada em 21 de julho de 2014 
  27. «Blek review». Eurogamer. 24 de março de 2014. Consultado em 4 de dezembro de 2017