Sobrevivendo no Inferno: diferenças entre revisões
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O LP foi eleito em uma [[Lista dos 100 maiores discos da música brasileira|lista]] da versão [[brasil]]ieira da revista [[Rolling Stone]] como o décimo quarto melhor disco brasileiro de todos os tempos.<ref>''Os 100 maiores discos da Música Brasileira'' - Revista Rolling Stone, Outubro de 2007, edição nº 13, página 115</ref> |
O LP foi eleito em uma [[Lista dos 100 maiores discos da música brasileira|lista]] da versão [[brasil]]ieira da revista [[Rolling Stone]] como o décimo quarto melhor disco brasileiro de todos os tempos.<ref>''Os 100 maiores discos da Música Brasileira'' - Revista Rolling Stone, Outubro de 2007, edição nº 13, página 115</ref> |
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===Capítulo 4, Versículo 3=== |
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'''Capítulo 4, Versículo 3''' é a terceira faixa do disco. Escrita por [[Mano Brown]]<ref>{{citar notícia|url=http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL169176-7085,00-SOBREVIVENDO+NO+INFERNO+DOS+RACIONAIS+MCS+COMPLETA+DEZ+ANOS.html|titulo='Sobrevivendo no inferno', dos Racionais MC's, completa dez anos|acessodata=24/01/2009}}</ref> é considerada "uma das músicas mais fortes do disco e da história do grupo".<ref name="ZENI">{{Citar jornal|ultimo=ZENI|primeiro=Bruno|data=Jan./Apr. 2004|titulo=O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva|jornal=Estudos Avançados|local=São Paulo|volume=18 número 50|issn=0103-4014|oclc=doi: 10.1590/S0103-40142004000100020|idioma=português|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100020&script=sci_arttext&tlng=pt|accessadoem=2009-01-24}}</ref> O título faz |
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uma clara referência ao texto [[Bíblia|bíblico]], apresentando a discografia do grupo como uma coletânea de ensinamentos.<ref>{{Citar jornal|ultimo=PATROCÍNIO|primeiro=Paulo Roberto Tonani do|data=julho de 2008|titulo=“Sou negão, careca, da Ceilândia, mesmo, é daí?”, o corpo como suporte discursivo na construção da identidade através do RAP.|jornal=XI Congresso Internacional da ABRALIC|local=São Paulo|url=http://www.abralic.org.br/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/005/PAULO_PATROCINIO.pdf}}</ref> |
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Na música, que se aproxima do universo da criminalidade e da violência, o rapper cujo comportamento se assemelha ao de um bandido, esclarece que ao contrário daquele sua arma é o verbo.<ref name="ZENI"/> Esse jogo poético teria a finalidade de similar o poder das palavras ao das armas.<ref name="carvalho">{{Citar jornal|ultimo=CARVALHO|primeiro=João Batista Soares de|data=2006|titulo=A Constituição de Identidades, Representações e Violência de Gênero nas Letras de RAP (São Paulo na década de 1990)|editora=PUC|local=São Paulo|formato=Dissertação de mestrado|url=http://www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=161246|accessadoem=2009-01-27}}</ref> A violência simulada também é utilizada para demonstrar força, uma tática linguística utilizada pelo RAP, onde grupos oprimidos invertem as relações de força simulando a violência.<ref name="carvalho"/> A música também é utilizada para expressar características vistas como valores morais pelo grupo, como a humildade, que manteria uma aproximação entre iguais, contrapostos por aqueles que consideram desprezíveis, seja o consumismo que os distancia, ao mesmo tempo que os aproxima do grupo visto como oposto ("branquinhos do shopping"), ou com o uso de drogas, que criam dependência e submissão.<ref name="rosa>{{Citar jornal|ultimo=ROSA|primeiro=Waldemir|data=novembro de 2006|titulo=Homem Preto do Gueto: um estudo sobre a masculinidade no Rap brasileiro|editora=UNB|local=Brasília|formato=Dissertação de mestrado|paginas=57-60|idioma=português|url=http://www.unb.br/ics/dan/Dissertacao213.pdf|accessadoem=2009-01-24}}</ref><ref name="ZENI"/> |
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A canção foi apresentada ao vivo, com transmissão para todo o Brasil, durante o [[Video Music Brasil 1998]], no [[Complexo do Anhembi|Palácio de Convenções do Anhembi]], em [[São Paulo]].<ref>{{citar notícia|url=http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL174771-7085,00-REUNIOES+EM+LANCHONETE+DO+CENTRO+LEVARAM+RACIONAIS+A+MTV.html|título=Reuniões em lanchonete do Centro levaram Racionais à MTV|acessodata=27 de janeiro de 2009}}</ref> |
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=={{Bibliografia}}== |
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* {{Citar jornal|ultimo=ZENI|primeiro=Bruno|data=Jan./Apr. 2004|titulo=O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva|jornal=Estudos Avançados|local=São Paulo|volume=18 número 50|issn=0103-4014|oclc=doi: 10.1590/S0103-40142004000100020|idioma=português|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100020&script=sci_arttext&tlng=pt|accessadoem=2009-01-24}} |
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* Paulo Sérgio de Carvalho. A missão e as armas - uma proposta de análise semiótico-narrativa do rap paulista: Capítulo 4, Versículo 3. 2004. 77 f. |
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* BERGAMO, Alexandre. Elegância e atitude: diferenças sociais e de gênero no mundo da moda. Cad. Pagu, Campinas, n. 22, June 2004 . Disponível em: [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332004000100005&lng=en&nrm=iso 1]. Acesso em: 24 Jan. 2009. doi: 10.1590/S0104-83332004000100005. |
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* {{Citar jornal|ultimo=SANTOS|primeiro=Sales Augusto dos|data=jul/dez. 2008|titulo=Os rappers e o ‘rap consciência’: novos agentes e instrumentos na luta anti-racismo no Brasil na década de 1990|jornal=Sociedade e Cultura|volume=Vol. 11, No 2 (2008)|paginas=p. 169 a 182|issn=1980-8194 |idioma=português|url=http://www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/view/5254/4301|accessadoem=2009-01-24}} |
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* {{Citar jornal|ultimo=ROSA|primeiro=Waldemir|data=novembro de 2006|titulo=Homem Preto do Gueto: um estudo sobre a masculinidade no Rap brasileiro|editora=UNB|local=Brasília|formato=Dissertação de mestrado|paginas=57-60|idioma=português|url=http://www.unb.br/ics/dan/Dissertacao213.pdf|accessadoem=2009-01-24}} |
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* {{Citar jornal|ultimo=BARDINI|primeiro=Elvis Dieni|data=2006|titulo=A Influência da Indústria Fonográfica na Formação do Mercado de Consumo Musical e o RAP como Agente da Indústria e Alternativa de Produção Independente|local=Tubarão|formato=Dissertação de mestrado|url=http://busca.unisul.br/pdf/85038_Elvis.pdf|accessadoem=2008-01-24}} |
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=={{Links externos}}== |
=={{Links externos}}== |
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* [http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=3470 Clique]music |
* [http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=3470 Clique]music |
Revisão das 11h35min de 2 de fevereiro de 2009
Sobrevivendo no Inferno | |||||||
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Álbum de estúdio de Racionais MC's | |||||||
Lançamento | Dezembro de 1997 | ||||||
Gravação | 1997 | ||||||
Gênero(s) | Rap, Hip hop alternativo | ||||||
Formato(s) | CD | ||||||
Gravadora(s) | CNF | ||||||
Produção | Racionais MC's, Gertz Palma | ||||||
Opiniões da crítica | |||||||
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Cronologia de Racionais MC's | |||||||
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"Sobrevivendo no Inferno" é o quarto álbum do grupo brasileiro de rap Racionais MC's, lançado em dezembro de 1997.
Descrição
No final de 1997, os Racionais MC's lançaram "Sobrevivendo no Inferno", quarto disco de estúdio. O álbum ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas, apesar de ter sido lançado por uma gravadora independente.[1]
Uma novidade neste CD é a aproximação do grupo com Deus, demostrada nas canções "Genesis" e "Capítulo 4, Versículo 3" (ambas de Mano Brown). Mas a força do álbum advém mais uma vez do impacto das letras que discutem temas ligados a desigualdades sociais, miséria e racismo. Os grandes sucessos foram "Diário de um Detento" (baseado no diário do preso Jocenir, ex-detento da Presídio do Carandiru), "Fórmula Mágica da Paz" e "Mágico de Oz" (de Edy Rock). O grupo ainda fez uma homenagem ao cantor Jorge Ben, ao regravar "Jorge de Capadócia". Os arranjos musicais são simples, com uma bateria básica e alguma melodia nos teclados.
O LP foi eleito em uma lista da versão brasilieira da revista Rolling Stone como o décimo quarto melhor disco brasileiro de todos os tempos.[2]
Faixas
# | Título | Autor(es) | Produtor(es) | Sample(s) |
---|---|---|---|---|
1 | "Jorge de Capadócia" | Jorge Ben | KL Jay | "Glory Box" por Portishead e "Ike's Rap II" por Isaac Hayes. |
2 | "Genesis (Intro)" | Mano Brown | KL Jay | |
3 | "Capítulo 4, Versículo 3" | Edy Rock, Ice Blue, Mano Brown | KL Jay | "Slippin' Into Darkness" por War. |
4 | "Tô Ouvindo Alguém me Chamar" | Mano Brown | KL Jay | "Charisma" por Tom Browne. |
5 | "Rapaz Comum" | Edy Rock | KL Jay | "Black Steel in the Hour of Chaos" por Public Enemy. |
6 | "..." | Edy Rock | KL Jay | |
7 | "Diário de um Detento" | Ice Blue, Jocenir, Mano Brown | KL Jay | "Easin' In" por Edwin Starr. |
8 | "Periferia é Periferia (Em Qualquer Lugar)" | Edy Rock | KL Jay | "Cannot Find a Way" por Curtis Mayfield. |
9 | "Qual Mentira Vou Acreditar?" | Edy Rock, Ice Blue, Mano Brown | KL Jay | "Hip Dip Skippedabeat" por Mtume; "Esquinas" por Djavan; "Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo" por Barão Vermelho e "Chegou a Hora" por Boi Garantido. |
10 | "Mágico de Oz" | Edy Rock | KL Jay | "It's Too Late" por The Isley Brother's. |
11 | "Fórmula Mágica da Paz" | Mano Brown | KL Jay | "Attitudes" por The Bar-Kays. |
12 | "Salve" | Edy Rock, Ice Blue, Mano Brown | KL Jay | "Glory Box" por Portishead e "Ike's Rap II" por Isaac Hayes. |
Capítulo 4, Versículo 3
Capítulo 4, Versículo 3 é a terceira faixa do disco. Escrita por Mano Brown[3] é considerada "uma das músicas mais fortes do disco e da história do grupo".[4] O título faz uma clara referência ao texto bíblico, apresentando a discografia do grupo como uma coletânea de ensinamentos.[5]
Temática
Na música, que se aproxima do universo da criminalidade e da violência, o rapper cujo comportamento se assemelha ao de um bandido, esclarece que ao contrário daquele sua arma é o verbo.[4] Esse jogo poético teria a finalidade de similar o poder das palavras ao das armas.[6] A violência simulada também é utilizada para demonstrar força, uma tática linguística utilizada pelo RAP, onde grupos oprimidos invertem as relações de força simulando a violência.[6] A música também é utilizada para expressar características vistas como valores morais pelo grupo, como a humildade, que manteria uma aproximação entre iguais, contrapostos por aqueles que consideram desprezíveis, seja o consumismo que os distancia, ao mesmo tempo que os aproxima do grupo visto como oposto ("branquinhos do shopping"), ou com o uso de drogas, que criam dependência e submissão.[7][4]
Mídia
A canção foi apresentada ao vivo, com transmissão para todo o Brasil, durante o Video Music Brasil 1998, no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo.[8]
Referências
- ↑ «'Sobrevivendo no inferno', dos Racionais MC's, completa dez anos». 5 de novembro de 2007. Consultado em 27 de janeiro de 2009
- ↑ Os 100 maiores discos da Música Brasileira - Revista Rolling Stone, Outubro de 2007, edição nº 13, página 115
- ↑ «'Sobrevivendo no inferno', dos Racionais MC's, completa dez anos». Consultado em 24 de janeiro de 2009
- ↑ a b c ZENI, Bruno (Jan./Apr. 2004). «O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva». Estudos Avançados. 18 número 50. São Paulo. ISSN 0103-4014. OCLC doi: 10.1590/S0103-40142004000100020 Verifique
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(ajuda) - ↑ PATROCÍNIO, Paulo Roberto Tonani do (julho de 2008). «"Sou negão, careca, da Ceilândia, mesmo, é daí?", o corpo como suporte discursivo na construção da identidade através do RAP.» (PDF). XI Congresso Internacional da ABRALIC. São Paulo
- ↑ a b CARVALHO, João Batista Soares de (2006). «A Constituição de Identidades, Representações e Violência de Gênero nas Letras de RAP (São Paulo na década de 1990)» (Dissertação de mestrado). São Paulo: PUC Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda) - ↑ ROSA, Waldemir (novembro de 2006). «Homem Preto do Gueto: um estudo sobre a masculinidade no Rap brasileiro» (Dissertação de mestrado). Brasília: UNB. pp. 57–60 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda) - ↑ «Reuniões em lanchonete do Centro levaram Racionais à MTV». Consultado em 27 de janeiro de 2009
Formação
- ZENI, Bruno (Jan./Apr. 2004). «O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva». Estudos Avançados. 18 número 50. São Paulo. ISSN 0103-4014. OCLC doi: 10.1590/S0103-40142004000100020 Verifique
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(ajuda) - Paulo Sérgio de Carvalho. A missão e as armas - uma proposta de análise semiótico-narrativa do rap paulista: Capítulo 4, Versículo 3. 2004. 77 f.
- BERGAMO, Alexandre. Elegância e atitude: diferenças sociais e de gênero no mundo da moda. Cad. Pagu, Campinas, n. 22, June 2004 . Disponível em: 1. Acesso em: 24 Jan. 2009. doi: 10.1590/S0104-83332004000100005.
- SANTOS, Sales Augusto dos (jul/dez. 2008). «Os rappers e o 'rap consciência': novos agentes e instrumentos na luta anti-racismo no Brasil na década de 1990». Sociedade e Cultura. Vol. 11, No 2 (2008). pp. p. 169 a 182. ISSN 1980-8194 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda)
Ligações externas
- Cliquemusic
- Racionais fazem o retrato mais áspero de São Paulo - Crítica de Álvaro Pereira Júnior no jornal Folha de S.Paulo, 03 de novembro de 1997.
- Racionais fazem 'Canudos da periferia - Crítica de Xico Sá no jornal Folha de S.Paulo, 13 de novembro de 1997.
- http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq231203.htm Racionais MC's] - Matéria do jornal Folha de S.Paulo, 23 de dezembro de 1997.
- É o mais violento disco já produzido no país - Crítica de Paulo Vieria no jornal Folha de S.Paulo, 23 de dezembro de 1997.