Antônio Maciel Bonfim: diferenças entre revisões
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'''Antonio Maciel Bonfim''', o '''Miranda''' ([[Irará]],{{dni|10|2|1906|si}} — [[Alagoinhas]], [[2]] de [[abril]] de [[1947]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Moreira|primeiro=Raimundo Nonato Pereira|ultimo2=Moreira|primeiro2=Raimundo Nonato Pereira|data=August 2016|titulo=Antônio Maciel Bonfim (Miranda): um esboço biográfico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-01882016000200173&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de História|volume=36|numero=72|paginas=173–194|doi=10.1590/1806-93472016v36n72_010|issn=0102-0188}}</ref>) foi um [[educador]] e [[político]] [[brasileiro]], secretário geral do [[Partido Comunista Brasileiro]]. |
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Revisão das 14h52min de 8 de maio de 2018
Antonio Maciel Bonfim | |
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Miranda | |
Secretário-geral | |
Período | 1934 a |
Dados pessoais | |
Nascimento | 10 de fevereiro de 1906 Irará |
Morte | Bahia |
Nacionalidade | Brasileiro |
Partido | PCB |
Antonio Maciel Bonfim, o Miranda (Irará,10 de fevereiro de 1906 — Alagoinhas, 2 de abril de 1947[1]) foi um educador e político brasileiro, secretário geral do Partido Comunista Brasileiro.
Filho dos camponeses João Matos de Bonfim e Maria Maciel Bonfim.[2] Cursou uma escola religiosa em sua cidade natal e foi ser professor contratado pela Companhia de Petróleo Anglo-Mexicana.[3] Foi professor de cursos secundários em Alagoinhas, onde também foi redator do „Correio de Alagoinhas.[4] Em setembro de 1929 era auxiliar da firma Wilson, Sons & Company Ltd..[4]
Em setembro de 1930, era secretário do Centro Operário e foi preso em Alagoinhas, acusado de propaganda subversiva e implantar células clandestinas em Salvador.[4] Considerado nesta época chefe do comunismo na Bahia, pertencia à Liga de Ação Revolucionária criada por Luís Carlos Prestes.[4] Condenado à deportação para o Uruguai, conseguiu fugir no Paraná, tentou se juntar ao PCB, mas teve o pedido negado.[2] Foi preso novamente, ainda no Paraná e enviado à Ilha Grande, onde já havia diversos comunistas presos, desconfiados que fosse agente de polícia.[2] Ainda sem ter ingressado no partido, conseguiu fugir com outros membros em novembro de 1932 e se dirigiu para o Rio de Janeiro.[2] Nos primeiros meses de 1933 participou de um curso ministrado pela Internacional Comunista no Brasil, tendo obtido um excelente desempenho, ao lado de Lauro Reginaldo Rocha.[2] Finalmente foi aceito pelo partido, ascendendo rapidamente até chegar à secretaria-geral em julho de 1934.[4] Em 1933 ou 1934 teria enviado um emissário para cooptar para o partido, Golbery do Couto e Silva, então um jovem tenente de infantaria.[5]
No PCB ficou famoso como Miranda, mas adotou diverso outros codinomes: Adalberto de Andrade Fernandes, Américo de Carvalho, Américo, Queiroz e Tavares.[3]
Delegado à Terceira Conferência dos Partidos Comunistas da América do Sul e do Caribe, realizada em Moscou, falou sobre a conjuntura política brasileira e impressionou o dirigente máximo da Internacional Comunista, Dmitri Manuilski.[3] Com a derrota da Intentona Comunista foi preso em 12 de janeiro de 1936 com sua companheira Elvira Cupello Colônio, foi torturado e recebeu na prisão a notícia da execução dela, assassinada a mando de Prestes e da cúpula do partido.[3] Depois disso passou a colaborar com a polícia e foi condenado a 4 anos e 4 meses de prisão em 1937.[3] Ficou preso em Fernando de Noronha e no presídio de Ilha Grande.[3] Foi libertado em 19 de julho de 1940, sofrendo de tuberculose, sem um rim e na miséria.[3] Retornou para a Bahia, onde faleceu no final da década de 1940.[3]
Sua colaboração com a polícia foi duramente criticada por Graciliano Ramos, Agildo Barata, Leôncio Basbaum e Gregório Bezerra.[3]
Segundo alguns autores, como Leôncio Basbaum, Edgar Carone e John Foster Dulles, Bonfim teria sido um agente policial infiltrado no PCB, porém isto nunca foi confirmado.[2]
Referências
- ↑ Moreira, Raimundo Nonato Pereira; Moreira, Raimundo Nonato Pereira (August 2016). «Antônio Maciel Bonfim (Miranda): um esboço biográfico». Revista Brasileira de História. 36 (72): 173–194. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/1806-93472016v36n72_010 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ a b c d e f «Verbete BONFIM, Antônio Maciel». CPDOC. FGV. Consultado em 24 de março de 2016
- ↑ a b c d e f g h i Moreira, Raimundo Nonato Pereira; de Lima, Thiago Machado. «O célebre miranda: aventuras e desventuras de um militante comunista entre a história e a memória» (PDF). Praxis - revista eletrônica de história e cultura. Consultado em 24 de março de 2016
- ↑ a b c d e Moreira, Raimundo Notato Pereira (julho 2011). «ANTES DA FAMA: anotações sobre a trajetória política de Antônio Maciel Bonfim, vulgo "Miranda"» (PDF). São Paulo: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. Consultado em 24 de março de 2016
- ↑ Gaspari, Elio (2014). A Ditadura Derrotada 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca. p. 112. 544 páginas. ISBN 978-85-8057-432-6