Dimetilaminoetanol: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h28min de 5 de setembro de 2019

Dimetilaminoetanol
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 2-(Dimetilamino)etanol
Outros nomes Deanol, DMEA, Deaner, álcool metil-sarcosinílico, álcool deanílico, dimetiletanolamina, DMAE.
Identificadores
Abreviação DMAE, DMEA
Número CAS 108-01-0
PubChem 7902
Número EINECS 203-542-8
ChemSpider 13854944
KEGG D07777
MeSH Deanol
ChEBI 271436
Número RTECS KK6125000
SMILES
Referência Beilstein 1209235
Propriedades
Fórmula química C4H11NO
Massa molar 89.13 g mol-1
Aparência líquido incolor
Odor amoníaco
Densidade 890 mg mL−1
Ponto de fusão

214.15

Ponto de ebulição

407.2

log P −0.25
Pressão de vapor 816 Pa (a 20 °C)
Acidez (pKa) 9.23 (a 20 °C)[1]
Basicidade (pKb) 4.77 (a 20 °C)
Índice de refracção (nD) 1.4294
Farmacologia
Código ATC N06BX04
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Dimetilaminoetanol, Deanol, 2-(Dimetilamino)etanol, DMAE, Deaner (p-acetamidobenzoato de dimetilamônioetanol), álcool metil-sarcosinílico, álcool deanílico, dimetiletanolamina e DMEA. É um composto orgânico, e uma alcanolamina com a fórmula (CH3)2NCH2CH2OH. É uma molécula bifuncional, contendo os grupos funcionais amina terciária (nucleófilo) e um álcool primário (fonte de prótons), uma geometria piramidal ((R)2NROH) e a outra angular (ROH), e é uma molécula bipolo (apolar-polar).

É identificado como um líquido incolor para um líquido incolor claro para um líquido amarelo pálido, para um líquido com tons de âmbar, provenientes de impurezas. Apresenta um odor leve de amina. Formulações impuras apresentam odores semelhantes ao de peixe, indo para um odor penetrante, irritante, atordoante e malodorante de peixe[2]. É uma substância encontrada nas ovas de peixes e moluscos[3].[4]É miscível em água, alcoóis, cetonas, gasolina, benzeno e éteres.

Aplicação e uso industrial

É usado como precursor químico de uma extensa linha de produtos dermatológicos, químicos, estimulantes, analgésicos, polímeros, anticolinérgicos, colinérgicos, pseudo-neurotransmissores, e etc. É aplicado principalmente como ingrediente ativo na formulação de produtos dermocosméticos[5], atuando como um agente tensor facial[6] de ação rápida, e aplicado em produtos que melhoram a função cognitiva e o humor.

É feito reagir com diversos herbicidas desfoliantes, tais como os ésteres do ácido p-clorofenoxiacético, dando origem ao meclofenoxato, um produto para pacientes com psicossíndrome orgânica. É um ligante, no grupo fenólico, do fármaco Beloranib. A centrofenoxina foi sintetizada na França a partir de dimetilaminoetanol e ácido p-clorofenoxiacético (Thuillier et al., 1960 US. Thuillier Germaine US3131195A[7])[8].

A amina, uma função do composto, é uma base que é neutralizada por ácidos próticos. O bitartarato de dimetiletanolamônio[5], um sal resultante da adição do Bitartarato de potássio acidificado (ácido tartárico), à uma solução aquosa de DMAE, é comercializado como suplemento dietético[9].

O DMAE é usado mais para elaboração industrial da colina. Os suplementos de colina podem ser adquiridos em muitas farmácias e fornecedoras de suplementos. É sugerido não haver diferença na compra de produtos a base de DMAE ou de colina, pois DMAE é convertido em colina[10]. A conversão de DMAE é algo contestado em testes com roedores[11][12][13].

Deanol já há sido comercializado na sua forma de p-acetamidobenzoato de dimetilamônioetanol, mas foi descontinuado, devido a medicamentos mais eficientes tornarem-se disponíveis. A administração de p-acetamidobenzoato de dimetilamônioetanol apresentou competição entre colina pela captação da corrente sanguínea no cérebro[14]. Isso pode explicar os resultados de laboratórios que descrevem aumentos na acetilcolina cerebral ou melhora clínica em pacientes com discinesia tardia após o tratamento com produtos a base de deanol.

Métodos de produção

É preparado pela etoxilação do óxido de etileno em dimetilamina, pela alquilação da dimetilamina pela etilcloridrina, via hidrólise ácida da etilenodiamina com posterior alquilação do resultante usando a sua base hidrolisada, devidamente alcalinizada, como agente redutor. É extraído a partir das ovas do salmão com etanol, seguidas de acidificação e centrifugação do extrato e usando métodos de extração com solventes lipofílicos[15]. É obtido a partir da hidrólise do Dimetilaminocloroetano na presença de base aquosa.

Referências

  1. Littel, RJ; Bos, M; Knoop, GJ (1990). «Dissociation constants of some alkanolamines at 293, 303, 318, and 333 K» (PDF). Journal of Chemical and Engineering Data. 35 (3): 276–77. doi:10.1021/je00061a014. INIST:19352048 
  2. 2-Dimethylaminoethanol http://datasheets.scbt.com/sc-238021.pdf
  3. Dimethylethanolamine (DMAE) [108-01-0] and Selected Salts and Esters https://ntp.niehs.nih.gov/ntp/htdocs/chem_background/exsumpdf/dmae_update_110002_508.pdf
  4. «2-DIMETHYLAMINOETHANOL - National Library of Medicine HSDB Database». toxnet.nlm.nih.gov. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  5. a b DMAE BITARTARATO https://www.dermomanipulacoes.com.br/assets/uploads/DMAE.pdf
  6. Lopez, Renata Fonseca Vianna; Gelfuso, Guilherme Martins; Gratieri, Taís. «Princípios básicos e aplicação da iontoforese na penetração cutânea de fármacos». Química Nova. 31 (6): 1490–1498. ISSN 0100-4042. doi:10.1590/S0100-40422008000600040 
  7. Beta-dimethylaminoethyl ester of parachlorophenoxy acetic acid and its pharmaceutically acceptable acid addition salts (em inglês), 12 de abril de 1960, consultado em 5 de setembro de 2019 
  8. «Dimethylethanolamine - an overview | ScienceDirect Topics». www.sciencedirect.com. Consultado em 5 de setembro de 2019 
  9. R I S K P R O F I L E Dimethyl MEA (DMAE) https://www.mattilsynet.no/kosmetikk/stoffer_i_kosmetikk/risk_profile_dimethyl_mea.9957/binary/Risk%20Profile%20Dimethyl%20Mea
  10. Honegger, Ruth; Honegger, Conrad G. (agosto de 1959). «Occurrence and Quantitative Determination of 2-Dimethylaminoethanol in Animal Tissue Extracts». Nature (em inglês). 184 (4685): 550–552. ISSN 1476-4687. doi:10.1038/184550a0 
  11. Zahniser, N. R.; Chou, D.; Hanin, I. (março de 1977). «Is 2-dimethylaminoethanol (deanol) indeed a precursor of brain acetylcholine? A gas chromatographic evaluation». The Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics. 200 (3): 545–559. ISSN 0022-3565. PMID 850128 
  12. https://pdfs.semanticscholar.org/2562/1175ab271bfedd602050824ec2f2c8ddcd66.pdf
  13. Millington, William R.; McCall, Anthony L.; Wurtman, Richard J. (1978). «Deanol acetamidobenzoate inhibits the blood-brain barrier transport of choline». Annals of Neurology (em inglês). 4 (4): 302–306. ISSN 1531-8249. doi:10.1002/ana.410040403 
  14. Bingham, Eula; Cohrssen, Barbara (31 de julho de 2012). Patty's Toxicology, 6 Volume Set (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. pp. página 500. ISBN 9780470410813 
  15. Honegger, Ruth; Honegger, Conrad G. (fevereiro de 1960). «Volatile Amines in Brain». Nature (em inglês). 185 (4712): 530–532. ISSN 1476-4687. doi:10.1038/185530b0