Hidrometeorologia: diferenças entre revisões
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'''Hidrometeorologia''' é um ramo da [[meteorologia]] e da [[hidrologia]] que estuda a transferência de [[água]] e [[energia]] entre a [[superfície terrestre]] e a baixa [[atmosfera]]. Os hidrólogos costumam usar dados fornecidos por meteorologistas.<ref>{{citar periódico|título=Hydrometeorology |data=1978 |número=5 |último=Peck |primeiro=Eugene L. |páginas=609–612 |bibcode=1978BAMS...59..609P |doi=10.1175/1520-0477-59.5.609 |volume=59 |doi-access=free |periódico=Bulletin of the American Meteorological Society}}</ref> Como exemplo, um meteorologista pode prever duas a três [[polegada]]s (51 a 76 [[Metro|milímetros]]) de [[chuva]] em uma área específica, e um hidrólogo pode então prever qual seria o impacto específico dessa chuva no [[Terreno (geologia)|terreno]] local.<ref name=":0">{{citar livro|título=Hydrometeorology: Forecasting and Applications|último=Sene|primeiro=Kevin|publicado=Springer International Publishing Switzerland|isbn=978-3-319-23546-2|ano=2015|páginas=1}}</ref> |
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Hidrometeorologia é um ramo das Ciências Atmosféricas que trata dos ramos do ciclo da água na atmosfera e na superfície. Considera os temas comuns da hidrologia e meteorologia, estabelecendo linguagem comum e buscando integração de abordagens para construção de modelos teóricos e operacionais.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/56334052|título=Hydrology: an introduction|nome1=W.|sobrenome1=Brutsaert|data=2005|editora=Cambridge University Press|isbn=0521531861|oclc=56334052}}</ref> |
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A [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|UNESCO]] tem vários programas e atividades em andamento que lidam com o estudo de [[Perigo natural|riscos naturais]] de origem hidrometeorológica e a mitigação de seus efeitos.<ref>{{citar web|url=http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/special-themes/disaster-risk-reduction/natural-hazards/hydro-meteorological-hazards/|título=Hydro-meteorological hazards | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization|publicado=Unesco.org|acessodata=2016-08-05}}</ref> Entre esses perigos estão os resultados de processos naturais e fenômenos atmosféricos, hidrológicos ou [[Oceanografia|oceanográficos]], como [[Inundação|enchentes]], [[Ciclone tropical|ciclones tropicais]], [[seca]] e [[desertificação]]. Muitos países estabeleceram uma capacidade hidrometeorológica operacional para auxiliar na [[Previsão do tempo|previsão]], alerta e informação ao público sobre esses perigos em desenvolvimento. |
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== Hidrologia de superfície terrestre == |
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Hidrologia é propriamente ciência da água. Etimologicamente, a palavra tem sua raiz na Grécia antiga, o termo é muito amplo para descrever aspectos específicos de diferentes áreas. A busca de definição específica foi realizada nos anos 60. Price e Heindl (1968) pesquisaram a literatura de 100 anos anteriores para responder a questão do que é hidrologia. Notaram um consenso de que a hidrologia é uma ciência física, que se preocupa principalmente com o ciclo da água no solo e em áreas costeiras. Além disso, houve uma tendência de ampliar o termo ao invés de restringi-lo, chegando ao ponto de incluir aspectos socioeconômicos. |
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== Previsão hidrometeorológica == |
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Ao longo das últimas décadas do século XX, entretanto, com a crescente atividade e a maturidade na área, surgiu uma definição mais precisa. De acordo com Eagleson (1991), a hidrologia é a ciência que trata de aspectos do ciclo da água na natureza, especificamente: |
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* ''processos continentais de água -'' os processos físicos e químicos ao longo dos vários caminhos da água continental (sólido, líquido e vapor) em todas as escalas, incluindo os processos biológicos que influenciam diretamente este ciclo hídrico; e |
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* ''balanço hídrico global'' - as características espaciais e temporais das transferências de água (sólido, líquido e vapor) entre todos as divisões do sistema global, isto é, a atmosfera, os oceanos e os continentes, além das quantidades de água armazenada e dos tempos de residência nessas divisões. |
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Um dos aspectos mais significativos da hidrometeorologia envolve previsões e tentativas de mitigar os efeitos de eventos de alta [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]].<ref>{{citar periódico|título=Review of recent advances in UK operational hydrometeorology |data=2012 |número=2 |último=Dale |primeiro=Murray |último2=Davies |primeiro2=Paul |páginas=55–64 |doi=10.1680/wama.2012.165.2.55 |último3=Harrison |primeiro3=Tim |volume=165 |periódico=Proceedings of the Institution of Civil Engineers : Water Management}}</ref> Existem três maneiras principais de modelar fenômenos meteorológicos na previsão do tempo, incluindo ''[[nowcasting]]'', [[previsão numérica do tempo]] e técnicas estatísticas.<ref name=":0" /> O ''nowcasting'' é bom para prever eventos em poucas horas, utilizando observações e dados de [[radar]] em tempo real para combiná-los com modelos numéricos de previsão do tempo.<ref name=":0" /> A principal técnica usada para prever o tempo, a previsão numérica do tempo, usa modelos [[Matemática|matemáticos]] para explicar a atmosfera, o oceano e muitas outras variáveis ao produzir previsões.<ref name=":0" /> Essas previsões geralmente são usadas para prever eventos em dias ou semanas.<ref name=":0" /> Finalmente, as técnicas estatísticas usam regressões e outros métodos estatísticos para criar projeções de longo prazo que saem semanas e meses de cada vez.<ref name=":0" /> Esses modelos permitem que os [[cientista]]s visualizem como uma infinidade de variáveis diferentes interagem umas com as outras e ilustram uma grande imagem de como o clima da [[Terra]] interage consigo mesmo.<ref>{{citar periódico|título=Understanding Hydrometeorology Using Global Models |data=2004 |número=11 |último=Betts |primeiro=Alan |páginas=1673–1688 |bibcode=2004BAMS...85.1673B |doi=10.1175/BAMS-85-11-1673 |volume=85 |doi-access=free |periódico=Bulletin of the American Meteorological Society}}</ref> |
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Por ser definida especificamente como um processo hídrico continental, a hidrologia é uma disciplina distinta da meteorologia, da climatologia, da oceanologia, da glaciologia e de outras que também lidam com o ciclo da água nos seus domínios específicos, isto é, a atmosfera, o oceano, massas de gelo, etc., da Terra; ao mesmo tempo, no entanto, a hidrologia integra e liga essas outras geociências, na medida em que, através do balanço hídrico global, se preocupa também com as trocas de água entre todas essas divisões separadas. |
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== Avaliação de risco == |
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Com esta definição agora também é possível delinear o âmbito prático da análise hidrológica na engenharia e em outras disciplinas aplicadas. Consiste na determinação da quantidade e/ou taxa do fluxo de água que será encontrada em um dado local e em um dado momento em condições naturais, sem controle direto de intervenção humana. A última especificação, de que nenhum controle humano está envolvido, é necessária para distinguir hidrologia da disciplina relacionada à hidráulica. Hidráulica está preocupado com o estudo do movimento controlado de fluido bem definido e, muitas vezes em ambiente feito pelo homem. Por exemplo, os problemas que envolvem fluxos em tubos, a distribuição de água em irrigação ou o bombeamento de águas subterrâneas não são de natureza hidrológica, mas são mais adequadamente atribuídos ao domínio hidráulico. |
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Um componente importante da hidrometeorologia é mitigar o risco associado a inundações e outras ameaças hidrológicas. Primeiro, deve haver conhecimento das possíveis ameaças hidrológicas que são esperadas em uma região específica.<ref name=":0" /> Depois de analisar as possíveis ameaças, sistemas de alerta são implementados para alertar rapidamente as pessoas e comunicar a elas a identidade e a magnitude da ameaça.<ref name=":0" /> Muitas nações têm seus próprios centros hidrometeorológicos regionais específicos que comunicam ameaças ao público. Finalmente, deve haver protocolos de resposta adequados para proteger o público durante um evento perigoso.<ref name=":0" /> |
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== Hidrometeorologia == |
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A '''hidrometeorologia''' é o ramo compartilhado entre as ciências atmosféricas ([[meteorologia]]) e [[hidrologia]] que estuda a transferência de [[água]] e [[energia]] entre a superfície e a [[atmosfera]] e, lida com problemas envolvendo o ciclo hidrológico, a distribuição e o acumulado de água na atmosfera e superfície, faz estatísticas de eventos de risco associados ao ciclo da água, como tempestades, furações, enchentes repentinas, regionais, deslizamentos de encostas, investigando a presença de água na atmosfera em suas diferentes fases. De forma simples, a hidrometeorologia pode ser tratada como a meteorologia aplicada, de grande-escala a mesoescala, considerando escalas de tempo muito variadas. Envolve também a previsão de alta resolução espacial e temporal, particularmente de eventos severos de tempo, usando metodologia de previsão de muito curtíssimo prazo (''nowcasting''). |
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== Hidrometeorologia operacional na prática == |
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A Hidrometeorologia estuda os processos de precipitação e evaporação da água na atmosfera e na superfície terrestre. A precipitação é a fonte básica de água que se evapora, move-se para os córregos e rios, ou então se infiltra no chão e se funde às águas subterrâneas. Compreender esses processos é imprescindível para o gerenciamento de recursos de águas superficiais e águas subterrâneas. |
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[[Ficheiro:1932_Velasco_hurricane_rainfall_totals.png|miniaturadaimagem|Previsões de chuva para o [[Furacão em Velasco em 1909|furacão em Velasco]] de 1909 produzido pelo [[Centro de Previsão Hidrometeorológica]] dos EUA (agora o Centro de Previsão do Tempo)]] |
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Os países com um serviço hidrometeorológico operacional atual incluem, entre outros: |
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* [[Austrália]] ([[Bureau de Meteorologia]]) |
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O trabalho de um hidrometeorologista envolve a medição, análise e modelagem de processos atmosféricos e terrestres ligados ao ciclo hidrológico. Essas análises servem como bases para o projeto de estruturas de controle de inundações e uso de água. Dessa forma, é importante a investigação da formação de nuvens e tempestades e seus agrupamentos em sistemas meteorológicos, para a determinação das probabilidades de precipitação, a distribuição espacial e horária das chuvas e evaporação e o intervalo de recorrência das principais tempestades. Além disso o hidrometeorologista que trabalha junto a centros de gestão de risco locais e regionais é responsável por ''nowcasting'', a previsão de muito curto período, entre 1 minuto e 6 horas, isot e, no limite de resolução dos modelos numéricos de previsão de tempo do início do século XXI. |
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* [[Brasil]] ([[Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais]])<ref>{{citar web|url=http://www.cemaden.gov.br/|título=Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)|publicado=labhidro-IGEO-UFRJ|acessodata=2017-06-29}}</ref> |
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* [[Canadá]] (''[[Environment Canada]]'') |
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* [[Inglaterra]] e [[País de Gales]] ([[Centro de Previsão de Inundações]])<ref>{{citar web|url=http://www.ffc-environment-agency.metoffice.gov.uk|título=Flood Forecasting Centre|data=2011-09-22|publicado=Ffc-environment-agency.metoffice.gov.uk|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
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* [[França]]<ref>{{citar web|url=http://www.vigicrues.gouv.fr|título=Information nationale|publicado=Vigicrues|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
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* [[Alemanha]]<ref>{{citar web|url=https://www.dwd.de/EN/specialusers/water_management/water_management_node.html|título=Hydrometeorology and water management|publicado=Deutscher Wetterdienst|acessodata=2021-11-20}}</ref> |
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* [[Índia]]<ref>{{citar web|url=http://www.imd.gov.in/section/hydro/static/welcome.htm|título=Hydro-Meteorology|publicado=Imd.gov.in|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140630013814/http://www.imd.gov.in/section/hydro/static/welcome.htm|arquivodata=2014-06-30|urlmorta= sim|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
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* [[Escócia]] (Serviço de Previsão de Inundações)<ref>{{citar web|url=http://www.sepa.org.uk/flooding/flood_forecasting_service.aspx|título=Flood Forecasting Service|publicado=Sepa.org.uk|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
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* [[Sérvia]] (Serviço Hidrometeorológico da República da Sérvia)<ref>{{citar web|url=http://www.hidmet.gov.rs/index_eng.php|título=Republic Hydrometeorological service of Serbia Kneza Višeslava 66 Beograd|data=2014-05-18|publicado=Hidmet.gov.rs|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
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* [[Rússia]] ([[Centro Hidrometeorológico da Rússia]]) |
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* [[Estados Unidos]] ([[Centro de Previsões Hidrometeorológicas]], conhecido como Centro de Previsão do Tempo desde 2013) |
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{{Referências}} |
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Os objetivos da hidrometeorologia envolvem tanto medidas de longo e curto prazo. É necessário a caracterização climatológica de bacias hidrográficas e a análise da influência das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e o estabelecimento de modelos de previsão de vazões de longo prazo. Além disso, é de suma importância o estabelecimento de modelos de previsão de vazões em tempo real e sistemas de alerta com a utilização de informações de radares meteorológicos e pluviômetros, investigando o risco associado a deslizamentos de terra e enchentes de rápido desenvolvimento (''flash floods''). |
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Entre os seus objetos de estudo encontram-se: |
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* o [[ciclo da água]] |
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* a dinâmica dos processos úmidos |
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* as circulações atmosféricas associadas às precipitações de água |
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* a modelagem numérica dos fenômenos hidrometeorológicos, |
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* a [[análise objetiva]] dos campos de [[precipitação]] medidos por [[pluviômetros]] e diferentes [[Radar meteorológico|radares meteorológicos]] |
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* os projetos de [[redes de medição em hidrometeorologia]] e [[sistemas de medição]] e instrumentação em [[mesoescala]] e [[microescala]] |
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* as estratégias teóricas, estatísticas e numéricas de previsão de precipitações ([[chuva]], [[neve]], [[granizo]], etc.) |
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* as [[simulação numérica|simulações computacionais]] de chuva acopladas aos modelos de vazão de água em superfície |
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* os problemas urbanos de enchentes e inundações |
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* a [[previsão de chuvas]] a curto e curtíssimo prazo ("''[[nowcasting]]''") |
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* o acoplamento de modelos atmosféricos de precipitação, da camada limite planetária e das superfícies vegetadas e urbanas |
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* o [[balanço hídrico]] e a hidrologia de superfície |
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* as técnicas de análise dos campos de refletividade de [[radar meteorológico|radares meteorológicos]]. |
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Tem como áreas afins a [[microfísica de nuvens]] (quentes e frias) e a [[microfísica de precipitação]], a [[meteorologia de latitudes médias]] e a [[meteorologia tropical]], a dinâmica da [[camada limite planetária]] (CLP), os sistemas de medição meteorológicos (hidrometeorológicos), a calibração instrumental e verificação de qualidade de medidas de redes de medição (mesoescala, microescala,escala sinóptica etc), a eletricidade atmosférica, a formação de tempestades e sistemas precipitantes, a meteorologia sinóptica e de mesoescala. |
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Atualmente a hidrometeorologia tem dado atenção especial às condições superficiais das áreas urbanizadas onde o impacto das tempestades severas tem provocado consideráveis perdas materiais e humanas. |
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O nowcasting é a previsão do tempo imediato, realizada de forma operacional e automaticamente distribuída aos usuários (população, sua organização e liderança, como prefeitos e Defesa Civil), dos fenômenos atmosféricos associados a risco ambiental. Com a existência desses alertas, é possível a mobilização das instituições responsáveis pela prestação de auxílio à população, podendo realizar a evacuação do local de risco antes que o deslizamento de terra ou as enchentes aconteçam, evitando assim a maior parte das perdas humanas e podendo reduzir as perdas materiais. |
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== Teoria do Reservatório Linear == |
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Uma das aplicações de hidrometeorologia consiste no uso de modelos de escoamento para o prognóstico do ciclo hidrológico em uma determinada região. Um modelo de escoamento superficial é um modelo matemático que descreve as relações chuva-escoamento de uma área de captação, bacia hidrográfica ou bacia hidrográfica produzindo um hidrograma de escoamento de superfície em resposta a um evento de precipitação, representado e inserido como um hietograma. Em outras palavras, o modelo calcula a conversão da precipitação em escoamento. Um destes modelos de escoamento é o modelo de reservatório linear. |
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A hidrologia de um reservatório linear é comandada por duas equações, a equação do fluxo e a equação da continuidade. |
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Equação de fluxo: Q = A.S [Q]= [L / T], onde L é comprimento (por exemplo, mm) e T é tempo (por exemplo, h, dia) |
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Equação de continuidade: R = Q + dS / dT [R]= [L / T] |
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Onde: |
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Q é o escoamento |
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R é a taxa de precipitação efetiva ou recarga superficial (entrada atmosférica do modelo) |
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A é o inverso do tempo de resposta, com a unidade [1 / T] |
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S é a unidade de armazenamento de água [L] |
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DS é um incremento diferencial ou pequeno de S |
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DT é um incremento diferencial ou pequeno de T |
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Uma combinação das duas equações anteriores resulta em uma equação diferencial, cuja solução, para R=cte, é: |
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Q2 = Q1 exp{-A (T2 - T1)} + R [1 - exp{-A (T2 - T1)}] |
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Esta solução permite obter a vazão. Q1 e Q2 são os valores de Q no tempo T1 e T2, respectivamente. T2-T1 é o passo de tempo durante o qual a recarga R é assumida constante. |
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=== Solução de uma Equação Diferencial de Primeira Ordem com Coeficientes Variáveis === |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>\frac{dy}{dx} + P(x)y = Q(x).</math> |
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| style="text-align: right;" |(1) |
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|} |
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Multiplicando (1) por <math>h(x)</math>, onde <math>h(x)</math> é uma função arbitrária, tem-se que: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>h(x){dy \over dx}+h(x)P(x)y=h(x)Q(x)</math> |
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| style="text-align: right;" |(2) |
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|} |
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Lembrando da regra da cadeia: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>{d \over dx}[h(x)y]=h(x){dy \over dx}+y{dh(x) \over dx}</math> |
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| style="text-align: right;" |(3) |
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|} |
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Rearranjando em função do primeiro termo: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>h(x){dy \over dx}={d \over dx}[h(x)y]-y{dh(x) \over dx}</math> |
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| style="text-align: right;" |(4) |
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|} |
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Substituindo (4) em (2): |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>{d \over dx}[h(x)y]-y{dh(x) \over dx}+h(x)P(x)y=h(x)Q(x)</math> |
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| style="text-align: right;" |(5) |
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|} |
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Colocando em função do segundo e terceiro termos da equação acima: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>{d \over dx}[h(x)y]-\frac{d}{dx} \left [{dh(x) \over dx}-h(x)P(x)\right ]y=h(x)Q(x)</math> |
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| style="text-align: right;" |(6) |
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|} |
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Como <math>h(x)</math> é arbitrário, escolher <math>h(x)</math> de forma que o segundo termo da equação acima seja igual a zero: |
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: <math>-{dh(x) \over dx}+h(x)P(x)=0 \therefore {dh(x) \over dx}=h(x)P(x)</math> |
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: <math>{dh(x) \over h(x)}=P(x)dx |
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</math> |
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: <math>\int {dh(x) \over h(x)}= \int P(x)dx |
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</math> |
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: <math>\ln(h(x))+C_1=\int P(x)dx |
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</math> |
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: <math>\ln(h(x))=\int P(x)dx-C_1=C_2+\int P(x)dx |
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</math> |
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: <math>h(x)=e^{(C_2+\int P(x)dx)}=e^{C_2}e^{\int P(x)dx} |
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</math> |
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: |
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Logo, |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>h(x)=Ce^{\int P(x)dx} |
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</math> |
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| style="text-align: right;" |(7) |
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|} |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>h(x)=Ce^{\int P(x)dx} |
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</math> |
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| style="text-align: right;" |(7) |
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|} |
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Podemos ver que existe uma família de soluções para a função <math>h(x)</math>. Como nos basta ter uma solução qualquer não nula para <math>h(x)</math>, tomamos aquela onde <math>C=1 |
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</math>. Portanto: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>h(x)=e^{\int P(x)dx} |
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</math> |
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| style="text-align: right;" |(8) |
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|} |
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Resolvendo a equação (6) e lembrando que o segundo termo é igual a zero, conforme admitido anteriormente, tem-se: |
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: <math>{d \over dx}[h(x)y]=h(x)Q(x)</math> |
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: <math>\int {d \over dx}[h(x)y]dx=\int h(x)Q(x)dx</math> |
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: <math>h(x)y-C_3=\int h(x)Q(x)dx</math> |
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: <math>y={\bar{C}\over h(x)}+{1\over h(x)}\int h(x)Q(x)dx</math> |
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onde <math>\bar {C}</math> é uma constante<ref>Piskounov, N., Cálculo Diferencial e Integral. Volumes 1 e 2. In Portuguese.</ref>. |
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== Lei de Darcy == |
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A lei de Darcy descreve o fluxo de um fluido através de um meio poroso. A lei foi formulada por Henry Darcy com base nos resultados das experiências sobre o fluxo de água através dos bancos de areia, formando a base da hidrogeologia. |
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=== História === |
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A lei de Darcy é uma derivação da segunda lei de Newton, foi determinada experimentalmente por Darcy, foi desde então derivada das equações de Navier-Stokes via homogeneização. |
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Uma aplicação da lei de Darcy é analisar o fluxo de água através de um aquífero. A lei de Darcy, juntamente com a equação da conservação de massa, é equivalente à equação do fluxo de águas subterrâneas, uma das relações básicas da hidrogeologia. |
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Morris Muskat propôs uma adaptação da equação de Darcy para o fluxo monofásico, incluindo a viscosidade na equação de Darcy, essa mudança viabilizou a utilização na indústria do petróleo. Com base em resultados experimentais elaborados por seus colegas Wyckoff e Botset, Muskat e Meres também generalizaram a lei de Darcy para cobrir o fluxo multifásico de água, petróleo e gás no meio poroso de um reservatório de petróleo. As equações de fluxo multifásico generalizadas de Muskat fornecem a base analítica para a engenharia de reservatórios que existe até hoje. |
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=== Descrição === |
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[[Ficheiro:Darcy's_Law.svg|direita|miniaturadaimagem|300x300px| |
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Diagrama mostrando as definições e direções para a Lei de Darcy |
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A lei de Darcy, refinada por Morris Muskat, em elevação constante é uma relação proporcional simples entre a taxa de descarga instantânea através de um meio poroso, a viscosidade do fluido e a queda de pressão sobre uma dada distância:<blockquote><math>Q=-\frac{\kappa A \left(p_\mathrm{b} - p_\mathrm{a}\right)}{\mu L}\,.</math></blockquote>A equação acima para o fluxo monofásico (fluido) é a equação que define a permeabilidade absoluta (permeabilidade monofásica). A descarga total, {{mvar|Q}} (em unidades de volume por tempo, por exemplo, m<sup>3</sup>/s) é igual ao produto da permeabilidade intrínseca do meio, {{mvar|κ}} (m<sup>2</sup>), a área da seção transversal do fluxo, {{mvar|A}} (unidades de área, por exemplo, (m<sup>2</sup>) e a queda de pressão total {{math|''p''<sub>b</sub> − ''p''<sub>a</sub>}} (pascal), tudo dividido pela viscosidade, {{mvar|μ}} (Pa · s) e o comprimento sobre o qual a queda de pressão ocorre {{mvar|L}} (m). O sinal negativo é necessário porque o fluido flui da alta pressão para baixa pressão. Observe que a cabeceira de elevação deve ser levada em consideração se a entrada e saída estiverem em elevações diferentes. Se a mudança de pressão for negativa (onde {{math|''p''<sub>a</sub> > ''p''<sub>b</sub>}}), o fluxo estará na direção x positiva. Houve várias propostas para uma equação constitutiva para a permeabilidade absoluta, e a mais famosa é provavelmente a equação de Kozeny (também conhecida como equação Kozeny-Carman). |
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Dividindo ambos os lados da equação pela área e usando a notação geral, chega-se a:<blockquote><math>q=-\frac{\kappa}{\mu} \nabla p\,,</math></blockquote>onde {{mvar|q}} é o fluxo (descarga por unidade de área, com unidades de comprimento por tempo, m/s) e {{math|∇''p''}} é o vetor de gradiente de pressão (Pa/m). Esse valor de fluxo, muitas vezes referido como o fluxo de Darcy ou a velocidade de Darcy, não é a velocidade que o fluido que viaja através dos poros está experimentando. A velocidade do fluido ({{mvar|v}}) está relacionada ao fluxo Darcy ({{mvar|q}}) pela porosidade ({{mvar|φ}}). O fluxo é dividido pela porosidade para explicar o fato de que apenas uma fração do volume de formação total está disponível para o fluxo. A velocidade do fluido seria a velocidade de marcador se transportado pelo fluido através da formação.<blockquote><math>{{v=\frac q \varphi \,.}}</math></blockquote>A lei de Darcy é uma simples afirmação matemática que sintetiza bem várias propriedades familiares que as águas subterrâneas que fluem nos aquíferos, incluindo: |
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* Se não houver gradiente de pressão a uma distância, não ocorre fluxo (são condições hidrostáticas); |
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* Se houver um gradiente de pressão, o fluxo irá ocorrer de alta pressão para baixa pressão (oposta à direção do gradiente positivo - portanto, o sinal é negativo na lei de Darcy); |
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* Quanto maior o gradiente de pressão (através do mesmo material de formação), maior a taxa de descarga; |
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* A taxa de descarga de fluido será muitas vezes diferente - através de diferentes materiais de formação (ou mesmo através do mesmo material, em uma direção diferente) - mesmo que exista o mesmo gradiente de pressão em ambos os casos. |
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até 10 ainda podem ser Darcian, como no caso do fluxo de águas subterrâneas. O número deUm exemplo do uso da equação de fluxo de água subterrânea em estado estacionário (com base na lei de Darcy e na conservação de massa) é a construção de flownets, para quantificar a quantidade de água subterrânea que flui sob uma barragem. |
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A lei de Darcy só é válida para o fluxo lento e viscoso; Felizmente, a maioria dos casos de fluxo de águas subterrâneas se enquadra nesta categoria. Normalmente, qualquer fluxo com um número de Reynolds inferior a um é claramente laminar, e seria válido aplicar a lei de Darcy. Testes experimentais mostraram que regimes de fluxo com números de Reynolds Reynolds (um parâmetro adimensional) para o fluxo de mídia porosa normalmente é expresso como:<blockquote><math>\mathrm{Re} = \frac{\rho v d_{30}}{\mu}\,,</math></blockquote>onde {{mvar|ρ}} é a [[densidade]] da água (m/v), {{mvar|v}} é a descarga específica (não a velocidade do poro - com unidades de comprimento por tempo), {{math|''d''<sub>30</sub>}} é um diâmetro de grão representativo para o meio poroso (muitas vezes tomado como 30% do tamanho a partir de uma análise de tamanho de grão usando peneiras - com unidades de comprimento) e {{mvar|μ}} é a viscosidade do fluido. |
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=== Derivação === |
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Para um fluido laminar, incompressível e estacionário {{math|{{sfrac|''D''(''ρu<sub>i</sub>'')|''Dt''}} ≈ 0}}, a equacao de Navier-Stokes : |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>\mu\nabla^2 u_i +\rho g_i -\partial_i p=0\,,</math> |
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|} |
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onde μ é a viscosidade, ui é a velocidade na direção i, gi é o componente de gravidade na direção i e p é a pressão. Supondo que a força de resistência viscosa é linear com a velocidade e que podemos escrever: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>-\left(\kappa_{ij}\right)^{-1} \mu\varphi u_j+\rho g_i-\partial_i p=0\,,</math> |
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|} |
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onde φ é a porosidade, e κij é o tensor de permeabilidade de segunda ordem. Esta equacao dá a velocidade na direção n, |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>\kappa_{ni}\left(\kappa_{ij}\right)^{-1} u_j= \delta_{nj} u_j = u_n = -\frac{\kappa_{ni}}{\varphi\mu} \left(\partial_i p-\rho g_i\right)\,,</math> |
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|} |
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que dá a lei de Darcy para a densidade de fluxo volumétrico na direção n, |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>q_n=-\frac{\kappa_{ni}}{\mu}\left(\partial_i p -\rho g_i\right)\,.</math> |
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|} |
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Em meios porosos isotrópicos, os elementos fora da diagonal no tensor de permeabilidade são nulos, κij = 0 para i ≠ j e os elementos diagonais são idênticos, κii = κ. Obtém-se então: |
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{| style="width: 100%;" |
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| style="text-align: left;" |<math>\boldsymbol{q}=-\frac{\kappa}{\mu}\left(\boldsymbol{\nabla} p -\rho \boldsymbol{g}\right)\,.</math> |
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|} |
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A equação acima é a equação governante para fluxo de fluido monofásico em um meio poroso. |
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=== Formas adicionais da Lei de Darcy === |
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==== Lei de Darcy na Engenharia de Petróleo ==== |
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Outra derivação da lei de Darcy é amplamente utilizada na engenharia do petróleo para determinar o fluxo através de meios permeáveis - a forma mais simples é a de rocha homogênea unidimensional com uma única fase fluida e viscosidade constante do fluido.<blockquote><math>Q= \frac {\kappa A}{\mu} \left( \frac{\partial p}{\partial x} \right)\,,</math></blockquote>onde {{mvar|Q}} é o fluxo da formação (em unidades de volume por unidade de tempo), {{mvar|k}} é a permeabilidade da formação (tipicamente em milidarcys), {{mvar|A}} é a área de seção transversal da formação, {{mvar|μ}} é a viscosidade do fluido (tipicamente em unidades de '''centipoise'''). {{math|{{sfrac|∂''p''|∂''x''}}}} representa a mudança de pressão por unidade de comprimento da formação. Esta equação também pode ser resolvida para a permeabilidade e é usada para medida, forçando um fluido de viscosidade conhecida através de um núcleo de um comprimento e área conhecidos e medindo a queda de pressão ao longo do comprimento do núcleo. |
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Quase todos os reservatórios de óleo têm uma zona de água abaixo da camada de óleo, e alguns também possuem uma tampa de gás acima da camada de óleo. Quando a pressão do reservatório cai devido à produção de óleo, a água flui para a zona de óleo abaixo e o gás flui para a zona de óleo de cima (se a tampa do gás existe) e obtemos um fluxo simultâneo e uma mistura imiscível de todas as fases do fluido no óleo. O operador do campo de petróleo também pode injetar água (e / ou gás) para melhorar a produção de óleo. A indústria do petróleo está, portanto, usando uma equação generalizada de Darcy para o fluxo multifásico desenvolvido por Muskat e colaboradores. Como o nome de Darcy é tão difundido e fortemente associado ao fluxo em meio poroso, a equação multifásica é denotada a lei de Darcy para o fluxo multifásico ou a equação Darcy (lei) generalizada ou simplesmente a equação (lei) de Darcy ou simplesmente a equação de fluxo. |
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==== Lei Darcy-Forchheimer ==== |
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Para fluxos em meios porosos com números de Reynolds entre 1 e 10, os efeitos inerciais também podem se tornar significativos. Às vezes, um termo inercial é adicionado à equação de Darcy, conhecido como termo de Forchheimer. Este termo é capaz de explicar o comportamento não-linear da diferença de pressão versus dados de fluxo. <blockquote><math>\frac{\partial p}{\partial x}=-\frac{\mu}{\kappa}q-\frac{\rho}{\kappa_1}q^2\,,</math></blockquote>onde o termo adicional {{math|''κ''<sub>1</sub>}} é conhecido como permeabilidade inercial. |
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O fluxo no meio de um reservatório de arenito é tão lento que a equação de Forchheimer geralmente não é necessária, mas o fluxo de gás em um poço de produção de gás pode ser suficientemente alto para justificar o uso da equação de Forchheimer. Neste caso, os cálculos de desempenho de entrada para o poço são baseados na equação de Forchheimer. O efeito disso é que uma camada adicional dependente da taxa aparece na fórmula de desempenho de entrada. |
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Alguns reservatórios de carbonato têm muitas fraturas, e a equação de Darcy para o fluxo multifásico é generalizada para governar fluxo em fraturas e fluxo na matriz (ou seja, a rocha porosa tradicional). A superfície irregular das paredes da fratura e a alta taxa de fluxo nas fraturas podem justificar o uso da equação de Forchheimer. |
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==== Lei de Darcy para gases em meios finos (efeito Knudsen ou Klinkenberg) ==== |
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Para o fluxo de gás em pequenas dimensões características (por exemplo, areia muito fina, estruturas nanoporosas, etc.), as interações partículas-paredes tornam-se mais frequentes, dando origem a fricção adicional da parede (fricção Knudsen). Para um fluxo nesta região, onde tanto o atrito viscoso como o Knudsen estão presentes, é necessário usar uma nova formulação. Knudsen apresentou um modelo semi-empírico para fluxo em regime de transição com base em seus experimentos em pequenos capilares. Para um meio poroso, a equação de Knudsen pode ser dada como''':'''<blockquote><math>N=-\left(\frac{\kappa}{\mu}\frac{p_a+p_b}{2}+D_\mathrm{K}^\mathrm{eff}\right)\frac{1}{R_\mathrm{g}T}\frac{p_\mathrm{b}-p_\mathrm{a}}{L}\,,</math></blockquote>onde N é o fluxo molar, Rg é a constante do gás, T é a temperatura, {{math|''D''{{su|b=K|p=eff}}}} é a difusividade efetiva de Knudsen do meio poroso. O modelo também pode ser derivado do modelo de fricção binary friction model (BFM). A equação diferencial do fluxo de transição em meio poroso baseado em BFM é dada como''':'''<blockquote><math>\frac{\partial p}{\partial x}=-R_\mathrm{g}T\left(\frac{\kappa p}{\mu}+D_\mathrm{K}\right)^{-1}N\,.</math></blockquote>A terminologia do efeito Knudsen e a difusividade de Knudsen são mais comuns na engenharia mecânica e química. Na engenharia geológica e petroquímica, esse efeito é conhecido como efeito Klinkenberg. Usando a definição de fluxo molar, a equação acima pode ser reescrita como:<blockquote><math>\frac{\partial p}{\partial x}=-R_\mathrm{g}T\left(\frac{\kappa p}{\mu}+D_\mathrm{K}\right)^{-1}\dfrac{p}{R_\mathrm{g}T}q\,.</math></blockquote>Esta equação pode ser reorganizada na seguinte equação:<blockquote><math>q=-\frac{\kappa}{\mu}\left(1+\frac{D_\mathrm{K}\mu}{\kappa}\frac{1}{p}\right)\frac{\partial p}{\partial x}\,.</math></blockquote>Comparando esta equação com a lei convencional de Darcy, uma nova formulação pode ser dada:<blockquote><math>q=-\frac{\kappa^\mathrm{eff}}{\mu}\frac{\partial p}{\partial x}\,,</math></blockquote>onde<blockquote><math>\kappa^\mathrm{eff}=\kappa\left(1+\frac{D_\mathrm{K}\mu}{\kappa}\frac{1}{p}\right)\,.</math></blockquote>Isto é equivalente à formulação de permeabilidade efetiva proposta por Klinkenberg: <blockquote><math>\kappa^\mathrm{eff}=\kappa\left(1+\frac{b}{p}\right)\,.</math></blockquote>onde b é conhecido como o parâmetro Klinkenberg, que depende do gás e da estrutura do meio poroso. Isso é bastante evidente se compararmos as formulações acima. O parâmetro B de Klinkenberg é dependente da permeabilidade, da difusividade de Knudsen e da viscosidade (isto é, propriedades de gás e de meio poroso). |
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==== Lei de Darcy para escala de tempo pequena ==== |
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Para escalas de tempo muito curtas, uma derivada de fluxo de tempo pode ser adicionada à lei de Darcy, que resulta em soluções válidas em períodos muito pequenos (na transferência de calor, isso é chamado de forma modificada da lei de Fourier),<blockquote><math>\tau \frac{\partial q}{\partial t}+q=-\kappa \nabla h\,,</math></blockquote>onde τ é uma constante de tempo muito pequena que faz com que esta equação reduza a forma normal da lei de Darcy em tempos "normais" (maiores que nanosegundos). Esta forma é mais matematicamente rigorosa, mas conduz a uma equação hiperbólica de fluxo de água subterrânea, que é mais difícil de resolver e só é útil em tempos muito pequenos, tipicamente fora do domínio do uso prático. |
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==== Forma de Brinkman ==== |
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Outra extensão da forma tradicional da lei de Darcy é o termo Brinkman, que é usado para explicar o fluxo de transição entre fronteiras (introduzido por Brinkman em 1949),<blockquote><math>-\beta \nabla^2 q +q =-\frac{\kappa}{\mu} \nabla p\,,</math></blockquote>onde {{mvar|β}} é um termo de viscosidade efetivo. Este termo de correção explica o fluxo através do meio onde os grãos são porosos, mas são difíceis de usar, e geralmente são negligenciados. |
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==== Validade da Lei de Darcy ==== |
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A lei de Darcy é válida para o fluxo laminar através dos sedimentos. Em sedimentos de grão fino, o fluxo é laminar. Os sedimentos de grão grosseiro também se comportam de forma semelhante, mas em sedimentos de grãos muito grosseiros, o fluxo pode ser turbulento. Daí a lei de Darcy nem sempre é válida em tais sedimentos. Para o fluido através de tubos comerciais circulares, o fluxo é laminar quando o número de Reynolds é inferior a 2000 e turbulento quando é mais de 4000, mas em alguns sedimentos descobriu-se que o fluxo é laminar quando o valor do número de Reynolds é inferior a 1. |
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==Permeabilidade== |
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'''A Permeabilidade''' na [[mecânica dos fluidos]] e as [[ciências da terra]] (comumente simbolizada como ''κ'', or ''k'') é uma medida da capacidade de um [[porous media|material poroso]] de permitir que fluidos passem pelo seu meio. A permeabilidade de um meio está relacionada à porosidade, mas também às formas dos poros no meio e ao seu nível de ligação. |
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A alta permeabilidade permite que os fluidos se movam rapidamente através de rochas. A permeabilidade é afetada pela pressão em uma rocha. A unidade de medida é chamada de [[Lei de Darcy|darcy]], com o nome de [[Henry Darcy]] (1803-1858). As pedras de areia podem variar em permeabilidade de menos de um a mais de 50.000 milidarcys (md). Permeabilidades são mais comuns na faixa de dezenas a centenas de milidarcies. Uma rocha com 25% de porosidade e uma permeabilidade de 1 md não produzirá um fluxo significativo de água. Tais rochas pressionadas geralmente são estimuladas artificialmente (fraturado ou acidificado) para criar permeabilidade e produzir um fluxo. |
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=== Unidades === |
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A unidade no SI para a permeabilidade é m<sup>2</sup>. Uma unidade prática de permeabilidade é o darcy (d), ou mais comumente a milidarcy (md) (1 darcy <math>\approx</math>10<sup>−12</sup>m<sup>2</sup>). O nome é em homenagem ao engenheiro francês Henry Darcy, o primeiro a descrever o fluxo de água através de filtros de areia para abastecimento o de água potável. Os valores de permeabilidade para arenitos variam tipicamente de uma fração de darcy até vários darcys. A unidade de cm<sup>2</sup> também é comumente usada (1 cm<sup>2</sup> = 10<sup>−4</sup> m<sup>2</sup> <math>\approx</math> 10<sup>8</sup> d). |
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=== Aplicações === |
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O conceito de permeabilidade é importante na determinação das características de fluxo de hidrocarbonetos em reservatórios de petróleo e gás e de águas subterrâneas em aquíferos. |
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Para que uma rocha seja considerada um reservatório de hidrocarbonetos explorável sem estimulação, sua permeabilidade deve ser maior do que aproximadamente 100 md (dependendo da natureza dos reservatórios de hidrocarbonetos e gases com permeabilidades menores ainda são exploráveis devido à menor viscosidade do gás em relação a óleo). Rochas com permeabilidades significativamente inferiores a 100 md podem formar selos eficientes (ver geologia do petróleo). As areias não consolidadas podem ter permeabilidades de mais de 5000 md. |
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O conceito também possui muitas aplicações práticas fora da geologia, por exemplo em engenharia química (por exemplo, filtração). |
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=== Descrição === |
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A permeabilidade faz parte da constante de proporcionalidade na lei de Darcy que relaciona as vazões de descarga (taxa de vazão) e as propriedades físicas do fluido (por exemplo, a viscosidade), a um gradiente de pressão aplicado aos meios porosos: |
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:<math>v = \frac {\kappa}{\mu} \frac{\Delta P}{\Delta x}</math> (para escoamento linear) |
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Logo, |
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: <math>\kappa = v \frac{\mu \Delta x}{\Delta P}</math> |
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onde: |
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:<math>v</math> é a velocidade superficial do fluxo de fluido através do meio (isto é, a velocidade média calculada como se o fluido fosse a única fase presente no meio poroso) (m/s) |
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:<math>\kappa</math> é a permeabilidade de um meio (m<sup>2</sup>) |
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:<math>\mu</math> é a viscosidade dinâmica do fluido (Pa·s) |
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:<math>\Delta P</math> é a diferença de pressão aplicada (Pa) |
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:<math>\Delta x</math> é a espessura do leito do meio poroso (m) |
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Em materiais de ocorrência natural, os valores de permeabilidade variam em várias ordens de grandeza (veja a tabela abaixo para um exemplo desse intervalo). |
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=== Relação com a condutividade hidráulica === |
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A constante de proporcionalidade especificamente para o fluxo de água através de uma mídia porosa é chamada de condutividade hidráulica; A permeabilidade é uma porção disso, e é apenas uma propriedade da mídia porosa, e não o fluido. Dado o valor da condutividade hidráulica para um sistema subterrâneo, a permeabilidade pode ser calculada da seguinte forma: |
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<math> \kappa = K \frac {\mu} {\rho g}</math> |
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:onde: |
|||
* <math>\kappa</math> é a permeabilidade, m<sup>2</sup> |
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* <math>K</math> é a condutividade hidráulica, m/s |
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* <math>\mu</math> é a viscosidade dinâmica do fluido, kg/(m·s) |
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* <math>\rho</math> é a densidade do fluido, kg/m<sup>3</sup> |
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* <math>g</math> é a aceleração devida à gravidade, m/s<sup>2</sup>. |
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=== Determinação === |
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A permeabilidade é tipicamente determinada no laboratório por aplicação da lei de Darcy em condições de estado estacionário ou, mais geralmente, pela aplicação de várias soluções para a equação de difusão para condições de fluxo instáveis. |
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A permeabilidade precisa ser medida, diretamente (usando a lei de Darcy), ou através de estimativas usando fórmulas empiricamente derivadas. No entanto, para alguns modelos simples de meios porosos, a permeabilidade pode ser calculada (por exemplo, embalagem fechada aleatória de esferas idênticas). |
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===Modelo básico de permeabilidade em um fluxo condutor=== |
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Com base na equação de Hagen-Poiseuille para fluxo viscoso em um tubo, a permeabilidade pode ser expressa como: |
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:<math>{\kappa}_{I}=C \cdot d^2</math> |
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onde: |
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:<math>{\kappa}_{I}</math> é a permeabilidade intrínseca [comprimento<sup>2</sup>]. |
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:<math>C</math> é uma constante sem dimensão que está relacionada à configuração dos fluxos. |
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:<math>d</math> é o diâmetro de poro médio ou efetivo [comprimento]. |
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===Permeabilidade intríseca e absoluta=== |
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Os termos permeabilidade intrínseca e permeabilidade absoluta indicam que o valor de permeabilidade em questão é uma propriedade intensiva (não uma média espacial de um bloco heterogêneo de material), que é função apenas da estrutura do material (e não do fluido), e distingue explicitamente o valor da permeabilidade relativa. |
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===Permeabilidade dos gases=== |
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Às vezes, a permeabilidade aos gases pode ser um pouco diferente daqueles para líquidos na mesma mídia. Uma diferença é atribuível ao "deslizamento" de gás na interface com o sólido [1] quando o caminho médio do gás é comparável ao tamanho do poro (cerca de 0,01 a 0.1 μm à temperatura e pressão padrão). Veja também a difusão e constrictividade Knudsen. Por exemplo, a medição da permeabilidade através de arenitos e esqueletos produziu valores de 9.0x10<sup>−19</sup> m<sup>2</sup> a 2.4x10<sup>−12</sup> m<sup>2</sup> m2 para água e entre 1.7x10<sup>−17</sup> m<sup>2</sup> a 2.6x10<sup>−12</sup> m<sup>2</sup> para nitrogênio gasoso. A permeabilidade ao gás da rocha do reservatório e da rocha-fonte é importante na engenharia de petróleo, considerando a extração ideal de gás de xisto, gás apertado ou metano de carvão. |
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=== Tensor permeabilidade === |
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Para modelar permeabilidade em meios anisotrópicos, é necessário um tensor de permeabilidade. A pressão pode ser aplicada em três direções e, para cada direção, a permeabilidade pode ser medida (através da lei de Darcy em 3D) em três direções, levando a um tensor 3 por 3. O tensor é realizado usando uma matriz 3 por 3 sendo simétrica e positiva definida (matriz SPD): |
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* O tensor é simétrico pelas relações recíprocas Onsager. |
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* O tensor é positivo, uma vez que o componente do fluxo paralelo à queda de pressão está sempre na mesma direção que a queda de pressão. |
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O tensor de permeabilidade é sempre diagonalizável (sendo simétrico e positivo definido). Os autovetores renderão as principais direções de fluxo, ou seja, as direções onde o fluxo é paralelo à queda de pressão e os valores próprios que representam as permeabilidades principais. |
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===Alcance da permeabilidade intríseca comum=== |
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Esses valores não dependem das propriedades do fluido. |
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Veja a tabela derivada da mesma fonte para valores de condutividade hidráulica, que são específicos para o material através do qual o fluido está fluindo: |
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{| border="1" width="600" |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" | Permeabilidade |
|||
| colspan="4" align="center" bgcolor="#FAEBD7" | Permeável |
|||
| colspan="4" align="center" bgcolor="#FAEBD7" | Semi-Permeável |
|||
| colspan="5" align="center" bgcolor="#FAEBD7" | Impermeável |
|||
|- |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" |Areia e cascalho não consolidados |
|||
| colspan="2" align="center" |Cascalho bem classificado |
|||
| colspan="3" align="center" |Areia ou areia e cascalho bem ordenados |
|||
| colspan="4" align="center" |Areia muito fina, limo, loess, limão |
|||
| colspan="4" | |
|||
|- |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" |Argila não consolidada e orgânica |
|||
| colspan="4" | |
|||
| colspan="2" align="center" | |
|||
| colspan="3" align="center" |Argila em camadas |
|||
| colspan="4" align="center" |Argila não trabalhada |
|||
|- |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" |Rochas consolidadas |
|||
| colspan="4" align="center" |Rochas altamente fraturadas |
|||
| colspan="3" align="center" |Rochas do reservatório de óleo |
|||
| colspan="2" align="center" |Arenito fresco |
|||
| colspan="2" align="center" |Calcário fresco, dolomite |
|||
| colspan="2" align="center" |Granito fresco |
|||
|- |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" | ''κ'' (cm<sup>2</sup>) |
|||
| 0.001 |
|||
| 0.0001 |
|||
| 10<sup>−5</sup> |
|||
| 10<sup>−6</sup> |
|||
| 10<sup>−7</sup> |
|||
| 10<sup>−8</sup> |
|||
| 10<sup>−9</sup> |
|||
| 10<sup>−10</sup> |
|||
| 10<sup>−11</sup> |
|||
| 10<sup>−12</sup> |
|||
| 10<sup>−13</sup> |
|||
| 10<sup>−14</sup> |
|||
| 10<sup>−15</sup> |
|||
|- |
|||
| bgcolor="#FAEBD7" | ''κ'' (millidarcy) |
|||
| 10<sup>+8</sup> |
|||
| 10<sup>+7</sup> |
|||
| 10<sup>+6</sup> |
|||
| 10<sup>+5</sup> |
|||
| 10,000 |
|||
| 1,000 |
|||
| 100 |
|||
| 10 |
|||
| 1 |
|||
| 0.1 |
|||
| 0.01 |
|||
| 0.001 |
|||
| 0.0001 |
|||
|} |
|||
== Centros hidrometeorológicos operacionais == |
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[[UNESCO]]<ref>{{citar web|url=http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/special-themes/disaster-risk-reduction/natural-hazards/hydro-meteorological-hazards/ |título=Hydro-meteorological hazards | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization |publicado=Unesco.org |data= |acessodata=2016-08-05}}</ref> tem diversos programas e atividades operacionais que tem como meta estudar os [[riscos naturais]] com origem em fenômenos hidrometeorológicos e na mitigação de seus efeitos. Na origem desses riscos tem-se processo naturais, fenômenos de natureza atmosféricos, hidrológicos ou oceanográficos, tais como: [[enchente]]s, [[ciclone tropical|ciclones tropicais]], [[seca]] e [[desertificação]]. Muitos países tem estableciodo capacidade hidrometeológica operacional para assistir com [[precisão de tempo]] e [[nowcasting]], alerta (risk warning) e informando a [[Defesa civil]] e o público do riscos em desenvolvimento ou iminentes. |
|||
==Centros de previsão hidrometeorológica no mundo (lista parcial)== |
|||
Países com serviços operacionais hidrometeorológicos (i.e., centros de gestão de emergências), entre outros: |
|||
* [[Bureau of Meteorology|Australia]] |
|||
* Brazil<ref>{{citar web|url=http://www.cemaden.gov.br/ |título=Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) |publicado=|acessodata=2017-06-29}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www2.ana.gov.br/ |título=Agência Nacional de Águas (ANA)|publicado=|acessodata=2017-06-30}}</ref><ref>{{citar web|url=http://alertario.rio.rj.gov.br/ |título=Sistema Alerta Rio da Prefeitura do Rio de Janeiro|publicado=|acessodata=2017-06-30}}</ref> |
|||
* [[Environment Canada|Canada]] |
|||
* [[Flood Forecasting Centre|England and Wales (Flood Forecasting Centre)]]<ref>{{citar web|url=http://www.ffc-environment-agency.metoffice.gov.uk |título=Flood Forecasting Centre |publicado=Ffc-environment-agency.metoffice.gov.uk|data=2011-09-22|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
|||
* France<ref>{{citar web|url=http://www.vigicrues.gouv.fr |título=Information nationale |publicado=Vigicrues|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
|||
* India<ref>{{citar web|url=http://www.imd.gov.in/section/hydro/static/welcome.htm |título=Hydro-Meteorology |publicado=Imd.gov.in |acessodata=2014-05-28 |deadurl=yes |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140630013814/http://www.imd.gov.in/section/hydro/static/welcome.htm |arquivodata=2014-06-30 |df= }}</ref> |
|||
* Scotland<ref>{{citar web|url=http://www.sepa.org.uk/flooding/flood_forecasting_service.aspx |título=Flood Forecasting Service |publicado=Sepa.org.uk|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
|||
* Serbia<ref>{{citar web|url=http://www.hidmet.gov.rs/index_eng.php |título=Republic Hydrometeorological service of Serbia Kneza Višeslava 66 Beograd|publicado=Hidmet.gov.rs |data=2014-05-18|acessodata=2014-05-28}}</ref> |
|||
* [[Hydrometeorological Centre of Russia|Russia]] |
|||
* [[Hydrometeorological Prediction Center|The United States of America]] |
|||
== Hydrometeorological Prediction Center (HPC) == |
|||
O Centro de Previsão Hidrometeorológico (''Hydrometeorological Prediction Center'', HPC) <ref name="Hydrometeorological Prediction Center"> |
|||
{{en}} [http://www.hpc.ncep.noaa.gov/ Hydrometeorological Prediction Center] {{Wayback|url=http://www.hpc.ncep.noaa.gov/ |date=20080616184329 }} |
|||
</ref> é responsável pela previsão, regulamentação e análise de produtos e serviços hidrometeorológicos dos EUA. Fornece suporte às atividades de previsão hidrometeorológica em escala diária para os operadores do Serviço Nacional de Tempo, ''National Weather Service'' (NWS) <ref name="National Weather Service">{{en}} [http://www.nws.noaa.gov/ "National Weather Service" da ''National Oceanic and Atmospheric Administration'' - NOOA]</ref> dos EUA e aos seus usuários e é responsável por suporte, durante emergências e situações especiais, a outras agências do governo. |
|||
== Alerta Rio == |
|||
O Alerta Rio é o sistema de alerta de chuvas intensas e de deslizamentos em encostas da cidade do Rio de Janeiro, relacionado a área de Hidrometeorologia. Foi criado em 25 de setembro de 1996 (Decreto Nº 15142) e desde então é gerenciado pela Fundação GEO-RIO, com o objetivo de emitir '''BOLETINS DE ALERTA''' à população sempre que houver previsão de chuvas intensas que possam gerar inundações de vias públicas e/ou acidentes geotécnicos em encostas (deslizamentos). |
|||
O Sistema conta com uma rede de 33 estações telemétricas espalhadas por todas as regiões do Município do Rio de Janeiro. Estas estações enviam dados em tempo real, a cada 15 minutos, para a central do Alerta Rio. Deste total de 33 estações, 26 são pluviométricas, ou seja, enviam apenas leituras de chuva. Cinco delas são estações meteorológicas que enviam leituras de chuva, temperatura e umidade do ar (Irajá, Jardim Botânico, Barra/Riocentro, Santa Cruz e Alto da Boa Vista), e duas são estações meteorológicas completas que transmitem dados de chuva, vento, temperatura, umidade do ar e pressão atmosférica (Guaratiba e São Cristóvão). |
|||
A equipe do Alerta Rio/GEO-RIO é composta por Meteorologistas, Engenheiros, Geólogos e Técnicos que realizam monitoramento das condições do tempo e manutenção da rede de equipamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nas situações em que há a previsão de chuvas intensas para o Município do Rio de Janeiro são emitidos avisos para os órgãos da Prefeitura envolvidos na mitigação dos danos causados por chuva forte (como Defesa Civil, RioÁguas e outros). A população é avisada através dos canais do Alerta Rio na Internet (Facebook, Instragram e app Alerta Rio) e pela imprensa. |
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O site do Alerta Rio conta com relatórios anuais de chuva, climatologia mensal do rio, relatórios anuais de escorregamentos e os 50 maiores acidentes. A previsão de tempo é feita para 24h e também uma previsão estendida de 4 dias à frente. No portal pode-se encontrar registros de chuva em tempo real, mapas de chuva, sensação térmica diária e dados pluviométricos e meteorológicos disponíveis para download. |
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O sistema do Alerta Rio ainda conta com o Radar Meteorológico do Sumaré, que é um radar do tipo banda-C e está localizado no alto da Serra da Carioca, dentro do Parque Nacional da Tijuca. Sua operação teve início em dezembro de 2010 e atualmente é operado pelo Sistema Alerta Rio, diretamente do Centro de Operações Rio (COR), no bairro da Cidade Nova, de forma remota através de links de rádio. A base do radar está a uma altitude de 695,51 metros e suas coordenadas de localização são: Latitude: 22º 57′ 18.5″ S e Longitude: 43º 14′ 53.8″ W. |
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A lista de estações incluídas no sistema é a seguinte: |
|||
{| class="wikitable" |
|||
! colspan="5" |Localização |
|||
! colspan="2" |UTM (SAD69 Zona 23) |
|||
|- |
|||
!N° |
|||
!Estação |
|||
!Latitude |
|||
!Longitude |
|||
!Cota (m) |
|||
!X |
|||
!Y |
|||
|- |
|||
|1 |
|||
|Vidigal |
|||
| -22,99250° |
|||
| -43,23306° |
|||
|85 |
|||
|681138,532 |
|||
|7456241,298 |
|||
|- |
|||
|2 |
|||
|Urca |
|||
| -22,95583° |
|||
| -43,16667° |
|||
|90 |
|||
|688004,213 |
|||
|7460236,157 |
|||
|- |
|||
|3 |
|||
|Rocinha |
|||
| -22,98583° |
|||
| -43,24500° |
|||
|160 |
|||
|679831,802 |
|||
|7457041,035 |
|||
|- |
|||
|4 |
|||
|Tijuca |
|||
| -22,93194° |
|||
| -43,22167° |
|||
|340 |
|||
|682358,108 |
|||
|7462941,416 |
|||
|- |
|||
|5 |
|||
|Santa Teresa |
|||
| -22,93167° |
|||
| -43,19639° |
|||
|170 |
|||
|684951,792 |
|||
|7462971,838 |
|||
|- |
|||
|6 |
|||
|Copacabana |
|||
| -22,98639° |
|||
| -43,18944° |
|||
|90 |
|||
|685675,030 |
|||
|7456902,449 |
|||
|- |
|||
|7 |
|||
|Grajaú |
|||
| -22,92222° |
|||
| -43,26750° |
|||
|80 |
|||
|677639,269 |
|||
|7463809,403 |
|||
|- |
|||
|8 |
|||
|Ilha do Governador |
|||
| -22,81806° |
|||
| -43,21028° |
|||
|0 |
|||
|683708,659 |
|||
|7475959,609 |
|||
|- |
|||
|9 |
|||
|Penha |
|||
| -22,84444° |
|||
| -43,27528° |
|||
|111 |
|||
|677059,917 |
|||
|7472757,104 |
|||
|- |
|||
|10 |
|||
|Madureira |
|||
| -22,87333° |
|||
| -43,33889° |
|||
|45 |
|||
|670409,679 |
|||
|7469665,020 |
|||
|- |
|||
|11 |
|||
|Irajá |
|||
| -22,82694° |
|||
| -43,33694° |
|||
|20 |
|||
|670692,602 |
|||
|7474733,927 |
|||
|- |
|||
|12 |
|||
|Bangu |
|||
| -22,88028° |
|||
| -43,46583° |
|||
|15 |
|||
|657403,761 |
|||
|7468956,662 |
|||
|- |
|||
|13 |
|||
|Piedade |
|||
| -22,89182° |
|||
| -43,31005° |
|||
|50 |
|||
|673344,642 |
|||
|7467452,646 |
|||
|- |
|||
|14 |
|||
|Jacarepaguá/Tanque |
|||
| -22,91250° |
|||
| -43,36472° |
|||
|73 |
|||
|667541,219 |
|||
|7465482,186 |
|||
|- |
|||
|15 |
|||
|Saúde |
|||
| -22,89606° |
|||
| -43,18786° |
|||
|15 |
|||
|685875,072 |
|||
|7466833,239 |
|||
|- |
|||
|16 |
|||
|Jardim Botânico |
|||
| -22,97278° |
|||
| -43,22389° |
|||
|0 |
|||
|682133,530 |
|||
|7458453,116 |
|||
|- |
|||
|17 |
|||
|Barra/Barrinha |
|||
| -23,00849° |
|||
| -43,29965° |
|||
|7 |
|||
|674262,081 |
|||
|7454520,709 |
|||
|- |
|||
|18 |
|||
|Jacarepaguá/Cidade de Deus |
|||
| -22,94556° |
|||
| -43,36278° |
|||
|15 |
|||
|667928,198 |
|||
|7461632,847 |
|||
|- |
|||
|19 |
|||
|Barra/Riocentro |
|||
| -22,98129° |
|||
| -43,40508° |
|||
|0 |
|||
|662819,045 |
|||
|7458366,675 |
|||
|- |
|||
|20 |
|||
|Guaratiba |
|||
| -23,05028° |
|||
| -43,59472° |
|||
|0 |
|||
|646759,839 |
|||
|7560709,033 |
|||
|- |
|||
|21 |
|||
|Est. Grajaú/Jacarepaguá |
|||
| -22,92556° |
|||
| -43,31583° |
|||
|105 |
|||
|672722,551 |
|||
|7463726,025 |
|||
|- |
|||
|22 |
|||
|Santa Cruz |
|||
| -22,90944° |
|||
| -43,68444° |
|||
|15 |
|||
|634915,936 |
|||
|7465594,315 |
|||
|- |
|||
|23 |
|||
|Grande Méier |
|||
| -22,89056° |
|||
| -43,27806° |
|||
|25 |
|||
|676628,743 |
|||
|7467665,546 |
|||
|- |
|||
|24 |
|||
|Anchieta |
|||
| -22,82694° |
|||
| -43,40333° |
|||
|50 |
|||
|663886,431 |
|||
|7474809,856 |
|||
|- |
|||
|25 |
|||
|Grota Funda |
|||
| -23,01444° |
|||
| -43,52139° |
|||
|11 |
|||
|651526,394 |
|||
|7454108,412 |
|||
|- |
|||
|26 |
|||
|Campo Grande |
|||
| -22,90361° |
|||
| -43,56194° |
|||
|30 |
|||
|647538,728 |
|||
|7466493,819 |
|||
|- |
|||
|27 |
|||
|Sepetiba |
|||
| -22,96889° |
|||
| -43,71167° |
|||
|62 |
|||
|632068,601 |
|||
|7459406,612 |
|||
|- |
|||
|28 |
|||
|Alto da Boa Vista |
|||
| -22,96583° |
|||
| -43,27833° |
|||
|355 |
|||
|676494,085 |
|||
|7459222,483 |
|||
|- |
|||
|29 |
|||
|Av. Brasil/Mendanha |
|||
| -22,85694° |
|||
| -43,54111° |
|||
|30 |
|||
|649669,378 |
|||
|7471561,078 |
|||
|- |
|||
|30 |
|||
|Recreio dos Bandeirantes |
|||
| -23,01000° |
|||
| -43,44056° |
|||
|10 |
|||
|662606,110 |
|||
|7565320,204 |
|||
|- |
|||
|31 |
|||
|Laranjeiras |
|||
| -22,94056° |
|||
| -43,18750° |
|||
|60 |
|||
|685883,625 |
|||
|7462252,656 |
|||
|- |
|||
|32 |
|||
|São Cristóvão |
|||
| -22,89667° |
|||
| -43,22167° |
|||
|25 |
|||
|682404,960 |
|||
|7466817,174 |
|||
|- |
|||
|33 |
|||
|Tijuca/Muda |
|||
| -22,93278° |
|||
| -43,24333° |
|||
|31 |
|||
|680136,137 |
|||
|7462851,843 |
|||
|} |
|||
{| class="wikitable" |
|||
! colspan="3" |Endereços |
|||
|- |
|||
!N° |
|||
!Estação |
|||
!Endereço |
|||
|- |
|||
|1 |
|||
|Vidigal |
|||
|Hotel Sheraton - Av. Niemeyer,121 |
|||
|- |
|||
|2 |
|||
|Urca |
|||
|Instituto Militar de Engenharia - Av. Pasteur,35 |
|||
|- |
|||
|3 |
|||
|Rocinha |
|||
|Região Administrativa - Estrada da Gávea,242 |
|||
|- |
|||
|4 |
|||
|Tijuca |
|||
|Centro de Estudos do Sumaré - Estrada do Sumaré,670 |
|||
|- |
|||
|5 |
|||
|Santa Teresa |
|||
|Escola Estadual Monteiro de Carvalho - Rua Almirante Alexandrino,2495 |
|||
|- |
|||
|6 |
|||
|Copacabana |
|||
|Hotel Sofitel - Av. Atlântica,4240 |
|||
|- |
|||
|7 |
|||
|Grajaú |
|||
|Grajaú Country Clube - Rua Professor Valadares,262 |
|||
|- |
|||
|8 |
|||
|Ilha do Governador |
|||
|Iate Clube Jardim Guanabara - Rua Orestes Barbosa,229 |
|||
|- |
|||
|9 |
|||
|Penha |
|||
|Irmandade de N. S. da Penha de França - Largo da Penha,19 |
|||
|- |
|||
|10 |
|||
|Madureira |
|||
|Edifício Pólo I - Estrada do Portela,99 |
|||
|- |
|||
|11 |
|||
|Irajá |
|||
|Ceasa - Av. Brasil,19001 |
|||
|- |
|||
|12 |
|||
|Bangu |
|||
|Cassino Bangu - Rua Fonseca,534 |
|||
|- |
|||
|13 |
|||
|Piedade |
|||
|Hospital Municipal da Piedade - Rua da Capela,96 |
|||
|- |
|||
|14 |
|||
|Jacarepaguá/Tanque |
|||
|Inst. Est. de Dermatologia Sanitária - Rua Godofredo Viana,64 |
|||
|- |
|||
|15 |
|||
|Saúde |
|||
|Hospital Federal dos Servidores do Estado - Rua Sacadura Cabral,178 |
|||
|- |
|||
|16 |
|||
|Jardim Botânico |
|||
|Jóquei Clube - Rua Jardim Botânico,1003 |
|||
|- |
|||
|17 |
|||
|Barra/Barrinha |
|||
|Rua Major Rolinda da Silva,65 |
|||
|- |
|||
|18 |
|||
|Jacarepaguá/Cidade de Deus |
|||
|Telemar - Estrada Mal. Salazar de Moraes,1409 |
|||
|- |
|||
|19 |
|||
|Barra/Riocentro |
|||
|Sarah Rio Centro de Reabilitação Infantil - Ilha da Pombeba - Av. Salvador Allende ,S/N |
|||
|- |
|||
|20 |
|||
|Guaratiba |
|||
|Campo de Provas Marambaia - Estrada Roberto Burle Marx,9140 |
|||
|- |
|||
|21 |
|||
|Est. Grajaú/Jacarepaguá |
|||
|Hospital Cardoso Fontes - Av. Menezes Cortes,3245 |
|||
|- |
|||
|22 |
|||
|Santa Cruz |
|||
|IBEComb - Praça Ruão ,S/N |
|||
|- |
|||
|23 |
|||
|Grande Méier |
|||
|Paróquia Sto. Antônio de Pádua - Rua Tenente França,141 |
|||
|- |
|||
|24 |
|||
|Anchieta |
|||
|Esc. Municipal Cyro Monteiro - Rua Antúria ,31 |
|||
|- |
|||
|25 |
|||
|Grota Funda |
|||
|Base Operacional da Transoeste - Entrada Recreio do Túnel da Grota Funda - Recreio dos Bandeirantes,S/N |
|||
|- |
|||
|26 |
|||
|Campo Grande |
|||
|Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos - Rua Eng. Trindade,229 |
|||
|- |
|||
|27 |
|||
|Sepetiba |
|||
|Base Aérea de Santa Cruz - Rua do Império,S/N |
|||
|- |
|||
|28 |
|||
|Alto da Boa Vista |
|||
|Rua Boa Vista,196 |
|||
|- |
|||
|29 |
|||
|Av. Brasil/Mendanha |
|||
|Escola Municipal Casemiro de Abreu - Estrada do Mendanha,4842 |
|||
|- |
|||
|30 |
|||
|Recreio dos Bandeirantes |
|||
|Avenida Baltazar da Silveira,335 |
|||
|- |
|||
|31 |
|||
|Laranjeiras |
|||
|1a. CIPM - Rua Cardoso Junior,479 |
|||
|- |
|||
|32 |
|||
|São Cristóvão |
|||
|GEORIO - Rua Campo de São Cristóvão,268 |
|||
|- |
|||
|33 |
|||
|Tijuca/Muda |
|||
|Escola Municipal Soares Pereira - Av. Maracanã,1450 |
|||
|} |
|||
{{referências}} |
|||
==Ligações externas== |
|||
*[http://www.wmo.int/pages/members/membership/nhs_en.html Organização Meteorológica Mundial — Lista de serviços hidrológicos e hidrometeorológicos nacionais] |
|||
{{Portal3|Meteorologia}} |
|||
{{Controle de autoridade}} |
{{Controle de autoridade}} |
||
{{Portal3|Meteorologia}} |
|||
[[Categoria:Ramos da meteorologia]] |
[[Categoria:Ramos da meteorologia]] |
Edição atual tal como às 02h12min de 3 de agosto de 2022
Hidrometeorologia é um ramo da meteorologia e da hidrologia que estuda a transferência de água e energia entre a superfície terrestre e a baixa atmosfera. Os hidrólogos costumam usar dados fornecidos por meteorologistas.[1] Como exemplo, um meteorologista pode prever duas a três polegadas (51 a 76 milímetros) de chuva em uma área específica, e um hidrólogo pode então prever qual seria o impacto específico dessa chuva no terreno local.[2]
A UNESCO tem vários programas e atividades em andamento que lidam com o estudo de riscos naturais de origem hidrometeorológica e a mitigação de seus efeitos.[3] Entre esses perigos estão os resultados de processos naturais e fenômenos atmosféricos, hidrológicos ou oceanográficos, como enchentes, ciclones tropicais, seca e desertificação. Muitos países estabeleceram uma capacidade hidrometeorológica operacional para auxiliar na previsão, alerta e informação ao público sobre esses perigos em desenvolvimento.
Previsão hidrometeorológica[editar | editar código-fonte]
Um dos aspectos mais significativos da hidrometeorologia envolve previsões e tentativas de mitigar os efeitos de eventos de alta precipitação.[4] Existem três maneiras principais de modelar fenômenos meteorológicos na previsão do tempo, incluindo nowcasting, previsão numérica do tempo e técnicas estatísticas.[2] O nowcasting é bom para prever eventos em poucas horas, utilizando observações e dados de radar em tempo real para combiná-los com modelos numéricos de previsão do tempo.[2] A principal técnica usada para prever o tempo, a previsão numérica do tempo, usa modelos matemáticos para explicar a atmosfera, o oceano e muitas outras variáveis ao produzir previsões.[2] Essas previsões geralmente são usadas para prever eventos em dias ou semanas.[2] Finalmente, as técnicas estatísticas usam regressões e outros métodos estatísticos para criar projeções de longo prazo que saem semanas e meses de cada vez.[2] Esses modelos permitem que os cientistas visualizem como uma infinidade de variáveis diferentes interagem umas com as outras e ilustram uma grande imagem de como o clima da Terra interage consigo mesmo.[5]
Avaliação de risco[editar | editar código-fonte]
Um componente importante da hidrometeorologia é mitigar o risco associado a inundações e outras ameaças hidrológicas. Primeiro, deve haver conhecimento das possíveis ameaças hidrológicas que são esperadas em uma região específica.[2] Depois de analisar as possíveis ameaças, sistemas de alerta são implementados para alertar rapidamente as pessoas e comunicar a elas a identidade e a magnitude da ameaça.[2] Muitas nações têm seus próprios centros hidrometeorológicos regionais específicos que comunicam ameaças ao público. Finalmente, deve haver protocolos de resposta adequados para proteger o público durante um evento perigoso.[2]
Hidrometeorologia operacional na prática[editar | editar código-fonte]
Os países com um serviço hidrometeorológico operacional atual incluem, entre outros:
- Austrália (Bureau de Meteorologia)
- Brasil (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais)[6]
- Canadá (Environment Canada)
- Inglaterra e País de Gales (Centro de Previsão de Inundações)[7]
- França[8]
- Alemanha[9]
- Índia[10]
- Escócia (Serviço de Previsão de Inundações)[11]
- Sérvia (Serviço Hidrometeorológico da República da Sérvia)[12]
- Rússia (Centro Hidrometeorológico da Rússia)
- Estados Unidos (Centro de Previsões Hidrometeorológicas, conhecido como Centro de Previsão do Tempo desde 2013)
Referências
- ↑ Peck, Eugene L. (1978). «Hydrometeorology». Bulletin of the American Meteorological Society. 59 (5): 609–612. Bibcode:1978BAMS...59..609P. doi:10.1175/1520-0477-59.5.609
- ↑ a b c d e f g h i Sene, Kevin (2015). Hydrometeorology: Forecasting and Applications. [S.l.]: Springer International Publishing Switzerland. 1 páginas. ISBN 978-3-319-23546-2
- ↑ «Hydro-meteorological hazards | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization». Unesco.org. Consultado em 5 de agosto de 2016
- ↑ Dale, Murray; Davies, Paul; Harrison, Tim (2012). «Review of recent advances in UK operational hydrometeorology». Proceedings of the Institution of Civil Engineers : Water Management. 165 (2): 55–64. doi:10.1680/wama.2012.165.2.55
- ↑ Betts, Alan (2004). «Understanding Hydrometeorology Using Global Models». Bulletin of the American Meteorological Society. 85 (11): 1673–1688. Bibcode:2004BAMS...85.1673B. doi:10.1175/BAMS-85-11-1673
- ↑ «Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)». labhidro-IGEO-UFRJ. Consultado em 29 de junho de 2017
- ↑ «Flood Forecasting Centre». Ffc-environment-agency.metoffice.gov.uk. 22 de setembro de 2011. Consultado em 28 de maio de 2014
- ↑ «Information nationale». Vigicrues. Consultado em 28 de maio de 2014
- ↑ «Hydrometeorology and water management». Deutscher Wetterdienst. Consultado em 20 de novembro de 2021
- ↑ «Hydro-Meteorology». Imd.gov.in. Consultado em 28 de maio de 2014. Arquivado do original em 30 de junho de 2014
- ↑ «Flood Forecasting Service». Sepa.org.uk. Consultado em 28 de maio de 2014
- ↑ «Republic Hydrometeorological service of Serbia Kneza Višeslava 66 Beograd». Hidmet.gov.rs. 18 de maio de 2014. Consultado em 28 de maio de 2014