Alfa (biologia): diferenças entre revisões

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Primatas
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Popularmente, a expressão é aplicada, de forma irônica ou depreciativa, ao [[homem]] que abertamente empenhado em demonstrar alguma forma de superioridade sexual em relação aos demais.<ref>[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR76422-6077,00.html A aposentadoria do macho alfa]. [[Revista Época|''Época'']].</ref> No entanto, em seres humanos o conceito de um macho alfa não tem qualquer base científica. Os papéis de liderança humana variam de forma drástica com base no contexto social atual e os traços atribuídos a um "Alfa" e traços atribuídos a um "Beta" podem ser exibidos em cenários diferentes pelo mesmo indivíduo.<ref>{{citar web|último1 =Burnett|primeiro1 =Dean|título=Do alpha males even exist?|url=https://www.theguardian.com/science/brain-flapping/2016/oct/10/do-alpha-males-even-exist-donald-trump|website=The Guardian|publicado=Guardian News and Media Limited|acessodata=8 de dezembro de 2017|data=10 de outubro de 2016}}</ref>
Popularmente, a expressão é aplicada, de forma irônica ou depreciativa, ao [[homem]] que abertamente empenhado em demonstrar alguma forma de superioridade sexual em relação aos demais.<ref>[http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR76422-6077,00.html A aposentadoria do macho alfa]. [[Revista Época|''Época'']].</ref> No entanto, em seres humanos o conceito de um macho alfa não tem qualquer base científica. Os papéis de liderança humana variam de forma drástica com base no contexto social atual e os traços atribuídos a um "Alfa" e traços atribuídos a um "Beta" podem ser exibidos em cenários diferentes pelo mesmo indivíduo.<ref>{{citar web|último1 =Burnett|primeiro1 =Dean|título=Do alpha males even exist?|url=https://www.theguardian.com/science/brain-flapping/2016/oct/10/do-alpha-males-even-exist-donald-trump|website=The Guardian|publicado=Guardian News and Media Limited|acessodata=8 de dezembro de 2017|data=10 de outubro de 2016}}</ref>

==Primatas==
O pesquisador M. W. Foster investigou primatas e descobriu que os líderes eram mais propensos a serem aqueles que faziam mais pelas pessoas ao seu redor, em vez de serem determinados pela força.<ref>{{Citar periódico|último=Foster |primeiro=M.W. |s2cid=8536293 |ano=2009 |título=Alpha male chimpanzee grooming patterns: implications for dominance "style" |periódico=American Journal of Primatology |volume=2009 |issue=2 |páginas=136–144 |doi=10.1002/ajp.20632 |pmid=19025996}}</ref>

===Babuínos===
Os [[babuíno]]s machos alfa monopolizam os recursos e o acesso ao acasalamento das fêmeas, e também são mais propensos a sofrer de estresse.<ref>{{Citar web |url=https://www.wired.com/2011/07/baboon-stress/|título=Alpha-Baboon Benefits Come at Stressful Cost |data=15 de julho de 2011 |website=Wired.com}}</ref> Os machos de status mais baixo devem gastar mais tempo e energia em oportunidades de acasalamento. Os machos alfa às vezes permitem que machos subordinados tenham acesso ao acasalamento, de modo que os machos subordinados podem servir como "pais sobressalentes" e proteger seus descendentes de outros machos alfa.<ref>{{Citar web |url=https://www.newscientist.com/article/dn18366-why-alpha-male-baboons-allow-subordinates-sex-treats/ |título=Why alpha-male baboons allow subordinates sex treats |data=11 de janeiro de 2010 |primeiro=Bob |último=Holmes |website=New Scientist}}</ref>

===Macacos-prego===
Um estudo sobre a associação de machos alfa e fêmeas durante a estação não reprodutiva em [[Cebíneos|macacos-prego]] selvagens (''Cebus apella nigritus'') examinou se os machos alfa são os parceiros preferidos das fêmeas e, em segundo lugar, se o status de fêmea-alfa e a relação com o alfa do sexo masculino pode ser explicado através das características individuais e/ou da rede social da fêmea. Os resultados indicaram que os machos alfa são os parceiros preferidos das fêmeas adultas. No entanto, apenas as fêmeas alfa tiveram fortes interações com os machos alfa em virtude de uma [[hierarquia de dominância]] entre as fêmeas em que apenas as fêmeas mais dominantes e fortes foram capazes de interagir com o macho alfa.<ref>{{Citar periódico |último=Tiddi |primeiro=Barbara |ano=2011 |título=Social relationships between adult females and the alpha male in wild tufted Capuchin monkeys |periódico=American Journal of Primatology |volume=73 |issue=8 |páginas=812–20 |doi=10.1002/ajp.20939 |pmid=21698660|s2cid=205329683 }}</ref>

===Chimpanzés===
Os [[chimpanzé]]s usam força, inteligência e alianças políticas para estabelecer e manter a posição alfa.<ref>{{Citar periódico|último1=Foster|primeiro1=M|último2=Gilby|primeiro2=I|último3=Murray|primeiro3=C|último4=Johnson|primeiro4=A|último5=Wroblewski|primeiro5=E|último6=Pusey|primeiro6=A|data=2009|título=Alpha Male Chimpanzee Grooming Patterns: Implications for Dominance ''Style''|url=https://evolutionaryanthropology.duke.edu/sites/evolutionaryanthropology.duke.edu/files/Foster%20et%20al%202009%20Alhpa%20male%20chimapanzee%20styles.pdf|periódico=American Journal of Primatology |volume=71|issue=2|páginas=136–144 |doi=10.1002/ajp.20632|pmid=19025996 |s2cid=8536293}}</ref> Houve casos raros em que um grupo matou o macho alfa.<ref>{{Citar web |url=http://news.nationalgeographic.com/2017/01/chimpanzees-murder-cannibalism-senegal/ |arquivo-url=https://web.archive.org/web/20170130225931/http://news.nationalgeographic.com/2017/01/chimpanzees-murder-cannibalism-senegal/ |url-status=morto |arquivo-data=30 de janeiro de 2017 |título=In Rare Killing, Chimpanzees Cannibalize Former Leader |último=Greshko |primeiro=Michael |data=30 de janeiro de 2017 |website=National Geographic}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.newscientist.com/article/2119677-chimps-beat-up-murder-and-then-cannibalise-their-former-tyrant/ |título=Chimps beat up, murder and then cannibalize their former tyrant |último=Whyte |primeiro=Chelsea |data=30 de janeiro de 2017 |website=New Scientist}}</ref> Os chimpanzés comuns mostram deferência ao alfa da comunidade por meio de posturas e gestos ritualizados, como apresentar as costas, agachar-se, curvar-se ou balançar-se. Chimpanzés de posição inferior à do macho alfa oferecerão a mão enquanto grunhem para o macho alfa em sinal de submissão.<ref>{{Citar web |url=http://www.conservenature.org/learn_about_wildlife/chimpanzees/chimp_community.htm |título=Inside a Chimpanzee Community |último=Noonan |primeiro=Michael |website=Canisius Ambassadors for Conservation}}</ref>

A sociedade [[bonobo]], por outro lado, é governada por fêmeas alfa. Os machos se associam às fêmeas para adquirir posição porque as fêmeas dominam o ambiente social. Se um macho deseja alcançar o status alfa em um grupo de bonobos, ele deve ser aceito pela fêmea alfa.<ref>{{Citar web |url=http://pin.primate.wisc.edu/factsheets/entry/bonobo/behav |título=Primate Factsheets: Bonobo |último=Cawthon Lang |primeiro=Kristina |data=1 de dezembro de 2010 |website=Primate Info Net}}</ref> As fêmeas bonobos usam o sexo homossexual para aumentar o status social. As fêmeas de alto escalão raramente interagem sexualmente com outras fêmeas, mas as fêmeas de baixo escalão interagem sexualmente com todas as fêmeas.<ref>{{Citar web |url=https://phys.org/news/2012-03-female-bonobos-homosexual-sex-social.html |título=Female bonobos use homosexual sex to increase social status |último=Edwards |principalmente=Lin |data=02 de março de 2012 |website=Phys.org}}</ref>

===Gorilas===
Os gorilas usam a intimidação para estabelecer e manter a posição alfa. Um estudo realizado sobre o comportamento reprodutivo de [[Gorila-da-montanha|gorilas-da-montanha]] machos (''Gorilla beringei beringei'') encontrou mais evidências de que os machos dominantes são favorecidos para gerar descendentes, mesmo quando há um número maior de machos em um grupo notavelmente maior. O estudo também concluiu que o acesso ao acasalamento caiu menos acentuadamente com o status, de modo que os machos não dominantes tiveram um sucesso de acasalamento mais semelhante ao do macho alfa do que se esperava.<ref>{{Citar periódico|último1=Stoinski |primeiro1=T.S. |último2=Rosenbaum |primeito2=T. |último3=Ngaboyamahina |primeiro3=T. |último4=Vecellio |primeiro4=V. |último5=Ndagijimana |primeiro5=F. |último6=Fawcett |primeiro6=K. |ano=2009 |título=Patterns of male reproductive behaviour in multi-male groups of mountain gorillas: examining theories of reproductive skew |periódico=Behaviour |volume=146 |issue=9 |páginas=1193–1215 |doi=10.1163/156853909x419992 }}</ref>

===Mandris===
[[Mandril|Mandris]] machos adultos com status alfa apresentam coloração viva na pele, enquanto aqueles com status beta têm cores mais opacas. Ambos os tipos de machos acasalam, mas apenas os machos alfa dominantes têm a capacidade de produzir descendentes. Os mandris machos às vezes lutam pelos direitos de reprodução, o que resulta em domínio. Embora os conflitos sejam raros, eles podem ser mortais. Ganhar domínio, ou seja, tornar-se o macho alfa, resulta em "aumento do volume testicular, vermelhidão da pele sexual na face e genitália e aumento da secreção da glândula cutânea esternal".<ref >{{citar periódico|autor1=Setchell, J. M. |autor2=Dixson A.F. |título=Changes in the Secondary Sexual Adornments of Male Mandrills (''Mandrillus sphinx'') Are Associated with Gain and Loss of Alpha Status |pmid=11300708|ano=2001|volume=39|issue=3|páginas=177–84|doi=10.1006/hbeh.2000.1628|periódico=Hormones and Behavior|s2cid=7560147 }}</ref>



Quando um macho perde a dominância ou seu status alfa, acontece o inverso, embora as cristas azuis permaneçam iluminadas. Há também uma queda no seu sucesso reprodutivo. Esse efeito é gradual e ocorre ao longo de alguns anos.<ref>{{citar web | url = https://www.pbs.org/wnet/nature/episodes/mask-of-the-mandrill/introduction/2351/ | título = Mask of the Mandrill | data = Novembro de 2006 | editora = PBS | acesso-data= 4 debfevereiro de 2012}}</ref><ref>{{Citar periódico | último1 = Setchell | primeiro1= J. M. | ultimo2 = Jean Wickings | primeiro2 = E. | doi = 10.1111/j.1439-0310.2004.01054.x | título = Dominance, status signals and coloration in male mandrills (''Mandrillus sphinx'') | periódico = Ethology | volume = 111 | páginas = 25–50 | ano = 2005 }}</ref><ref>{{Citar periódico | último1= Dixson | primeiro1 = A. F. | último2 = Bossi | primeiro2 = T. | último3 = Wickings | primeiro3 = E. J. | doi = 10.1007/BF02382663 | título = Male dominance and genetically determined reproductive success in the mandrill (''Mandrillus sphinx'') | periódico = Primates | volume = 34 | issue = 4 | páginas = 525–532 | ano = 1993 | s2cid = 23310067 }}</ref> Quando machos beta protegem uma fêmea, a competição entre eles permite que os machos alfa tenham uma chance maior de produzir descendentes,<ref>{{citar periódico|autor1=Setchell, J. M. |autor2=Dixson A.F. |título=Developmental Variables and Dominance Rank in Adolescent Male Mandrills (''Mandrillus sphinx'')|pmid=11793410|ano=2002|volume=56|issue=1|páginas=9–25|doi=10.1002/ajp.1060|periódico=American Journal of Primatology|s2cid=25762754 }}</ref> uma vez que os betas superam os alfas em 21 para 1.


==Macho alfa humano==
==Macho alfa humano==

Revisão das 15h19min de 24 de abril de 2024

 Nota: Se procura outro significado de Alfa, veja Alfa (desambiguação).
Gorillas machos de "costas prateadas" são, geralmente, os alfas no seu grupo, e recebem tratamento preferencial, como a catação, por outros membros

Alfa (ou Alpha), no estudo do comportamento animal, é a designação por vezes dada ao indivíduo com o estatuto social mais elevado dentro de um grupo. Machos ou fêmeas, ou até mesmo ambos, podem ser alfa, dependendo da espécie. Quando um macho e uma fêmea assumem este papel em conjunto, são designados o par alfa.[1]

Os indivíduos alfa normalmente têm preferência no acesso a comida e outros itens e atividades, apesar dessas vantagens serem diferentes para cada espécie. Machos ou fêmeas alfa podem ter mais fácil acesso a pretendentes de ambos os sexos, e, em algumas espécies, apenas o alfa pode copular e se reproduzir.[2]

Os indivíduos alfa podem ganhar esta posição através de força física e agressão ou através de um esforço social e até mediante a construção de alianças dentro de um grupo.[3]

O indivíduo alfa pode ser desafiado e, eventualmente, perder sua posição para um outro integrante do grupo ou mesmo por um indivíduo recém-chegado. Nesse caso, ambos lutarão pela posição de alfa,[4] e o derrotado - normalmente, o mais fraco ou mais velho -, se não morrer, pode ter que deixar o grupo.

Popularmente, a expressão é aplicada, de forma irônica ou depreciativa, ao homem que abertamente empenhado em demonstrar alguma forma de superioridade sexual em relação aos demais.[5] No entanto, em seres humanos o conceito de um macho alfa não tem qualquer base científica. Os papéis de liderança humana variam de forma drástica com base no contexto social atual e os traços atribuídos a um "Alfa" e traços atribuídos a um "Beta" podem ser exibidos em cenários diferentes pelo mesmo indivíduo.[6]

Primatas

O pesquisador M. W. Foster investigou primatas e descobriu que os líderes eram mais propensos a serem aqueles que faziam mais pelas pessoas ao seu redor, em vez de serem determinados pela força.[7]

Babuínos

Os babuínos machos alfa monopolizam os recursos e o acesso ao acasalamento das fêmeas, e também são mais propensos a sofrer de estresse.[8] Os machos de status mais baixo devem gastar mais tempo e energia em oportunidades de acasalamento. Os machos alfa às vezes permitem que machos subordinados tenham acesso ao acasalamento, de modo que os machos subordinados podem servir como "pais sobressalentes" e proteger seus descendentes de outros machos alfa.[9]

Macacos-prego

Um estudo sobre a associação de machos alfa e fêmeas durante a estação não reprodutiva em macacos-prego selvagens (Cebus apella nigritus) examinou se os machos alfa são os parceiros preferidos das fêmeas e, em segundo lugar, se o status de fêmea-alfa e a relação com o alfa do sexo masculino pode ser explicado através das características individuais e/ou da rede social da fêmea. Os resultados indicaram que os machos alfa são os parceiros preferidos das fêmeas adultas. No entanto, apenas as fêmeas alfa tiveram fortes interações com os machos alfa em virtude de uma hierarquia de dominância entre as fêmeas em que apenas as fêmeas mais dominantes e fortes foram capazes de interagir com o macho alfa.[10]

Chimpanzés

Os chimpanzés usam força, inteligência e alianças políticas para estabelecer e manter a posição alfa.[11] Houve casos raros em que um grupo matou o macho alfa.[12][13] Os chimpanzés comuns mostram deferência ao alfa da comunidade por meio de posturas e gestos ritualizados, como apresentar as costas, agachar-se, curvar-se ou balançar-se. Chimpanzés de posição inferior à do macho alfa oferecerão a mão enquanto grunhem para o macho alfa em sinal de submissão.[14]

A sociedade bonobo, por outro lado, é governada por fêmeas alfa. Os machos se associam às fêmeas para adquirir posição porque as fêmeas dominam o ambiente social. Se um macho deseja alcançar o status alfa em um grupo de bonobos, ele deve ser aceito pela fêmea alfa.[15] As fêmeas bonobos usam o sexo homossexual para aumentar o status social. As fêmeas de alto escalão raramente interagem sexualmente com outras fêmeas, mas as fêmeas de baixo escalão interagem sexualmente com todas as fêmeas.[16]

Gorilas

Os gorilas usam a intimidação para estabelecer e manter a posição alfa. Um estudo realizado sobre o comportamento reprodutivo de gorilas-da-montanha machos (Gorilla beringei beringei) encontrou mais evidências de que os machos dominantes são favorecidos para gerar descendentes, mesmo quando há um número maior de machos em um grupo notavelmente maior. O estudo também concluiu que o acesso ao acasalamento caiu menos acentuadamente com o status, de modo que os machos não dominantes tiveram um sucesso de acasalamento mais semelhante ao do macho alfa do que se esperava.[17]

Mandris

Mandris machos adultos com status alfa apresentam coloração viva na pele, enquanto aqueles com status beta têm cores mais opacas. Ambos os tipos de machos acasalam, mas apenas os machos alfa dominantes têm a capacidade de produzir descendentes. Os mandris machos às vezes lutam pelos direitos de reprodução, o que resulta em domínio. Embora os conflitos sejam raros, eles podem ser mortais. Ganhar domínio, ou seja, tornar-se o macho alfa, resulta em "aumento do volume testicular, vermelhidão da pele sexual na face e genitália e aumento da secreção da glândula cutânea esternal".[18]


Quando um macho perde a dominância ou seu status alfa, acontece o inverso, embora as cristas azuis permaneçam iluminadas. Há também uma queda no seu sucesso reprodutivo. Esse efeito é gradual e ocorre ao longo de alguns anos.[19][20][21] Quando machos beta protegem uma fêmea, a competição entre eles permite que os machos alfa tenham uma chance maior de produzir descendentes,[22] uma vez que os betas superam os alfas em 21 para 1.

Macho alfa humano

Assim como funciona na hierarquia da maioria das espécies mamíferas e primatas, o termo alfa e beta são normalmente usados para descrever a posição de um indivíduo dentro de uma hierarquia social. Em hierarquias lineares, os machos alfa são os machos com classificação mais alta dentro de um grupo, seguidos pelos machos beta e depois pelos machos gama.[23]

A posição do macho na hierarquia irá prever grande parte de seu sucesso reprodutivo, embora isso não seja determinante.[24] As características mais colocadas como importantes para sua classificação são estatura,[25] massa muscular, estrutura óssea do corpo e rosto.[26][27] No caso dos humanos, outras características entram em evidência como habilidades sociais e sucesso financeiro,[28][29] e outras são excluídas como o olfato aguçado usado para detectar feromônios sexuais.[30] Outras características como a inteligência[31] também são discutidas no artigo Seleção sexual nos humanos.[32]

É importante destacar que fêmeas alfas também existem na natureza, mas por conta de sua menor expressão nas espécies, normalmente não são usadas como exemplo nas hierarquias sociais.[33]

Exemplos

Ver também

Referências

  1. C. Michael Hogan, 2009. Painted Hunting Dog: Lycaon pictus, GlobalTwitcher.com, ed. N. Stromberg Arquivado em 9 de dezembro de 2010, no Wayback Machine.
  2. Mech, L. David. (1999). «Alpha status, dominance, and division of labor in wolf packs». Canadian Journal of Zoology. 77 (8): 1196–1203. doi:10.1139/z99-099. Consultado em 15 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 14 de dezembro de 2005 
  3. de Waal, Frans (2007) [1982]. Chimpanzee Politics: Power and Sex Among Apes 25th Anniversary ed. Baltimore, MD: JHU Press. ISBN 978-0-8018-8656-0. Consultado em 13 de julho de 2011 
  4. Kate Ludeman and Eddie Erlandson. Alpha male syndrome. Harvard Business Press; 2006. ISBN 978-1-59139-913-1.
  5. A aposentadoria do macho alfa. Época.
  6. Burnett, Dean (10 de outubro de 2016). «Do alpha males even exist?». The Guardian. Guardian News and Media Limited. Consultado em 8 de dezembro de 2017 
  7. Foster, M.W. (2009). «Alpha male chimpanzee grooming patterns: implications for dominance "style"». American Journal of Primatology. 2009 (2): 136–144. PMID 19025996. doi:10.1002/ajp.20632 
  8. «Alpha-Baboon Benefits Come at Stressful Cost». Wired.com. 15 de julho de 2011 
  9. Holmes, Bob (11 de janeiro de 2010). «Why alpha-male baboons allow subordinates sex treats». New Scientist 
  10. Tiddi, Barbara (2011). «Social relationships between adult females and the alpha male in wild tufted Capuchin monkeys». American Journal of Primatology. 73 (8): 812–20. PMID 21698660. doi:10.1002/ajp.20939 
  11. Foster, M; Gilby, I; Murray, C; Johnson, A; Wroblewski, E; Pusey, A (2009). «Alpha Male Chimpanzee Grooming Patterns: Implications for Dominance Style» (PDF). American Journal of Primatology. 71 (2): 136–144. PMID 19025996. doi:10.1002/ajp.20632 
  12. Greshko, Michael (30 de janeiro de 2017). «In Rare Killing, Chimpanzees Cannibalize Former Leader». National Geographic. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2017 
  13. Whyte, Chelsea (30 de janeiro de 2017). «Chimps beat up, murder and then cannibalize their former tyrant». New Scientist 
  14. Noonan, Michael. «Inside a Chimpanzee Community». Canisius Ambassadors for Conservation 
  15. Cawthon Lang, Kristina (1 de dezembro de 2010). «Primate Factsheets: Bonobo». Primate Info Net 
  16. Edwards (02 de março de 2012). «Female bonobos use homosexual sex to increase social status». Phys.org  Parâmetro desconhecido |principalmente= ignorado (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)
  17. Stoinski, T.S.; Rosenbaum; Ngaboyamahina, T.; Vecellio, V.; Ndagijimana, F.; Fawcett, K. (2009). «Patterns of male reproductive behaviour in multi-male groups of mountain gorillas: examining theories of reproductive skew». Behaviour. 146 (9): 1193–1215. doi:10.1163/156853909x419992  Parâmetro desconhecido |primeito2= ignorado (ajuda)
  18. Setchell, J. M.; Dixson A.F. (2001). «Changes in the Secondary Sexual Adornments of Male Mandrills (Mandrillus sphinx) Are Associated with Gain and Loss of Alpha Status». Hormones and Behavior. 39 (3): 177–84. PMID 11300708. doi:10.1006/hbeh.2000.1628 
  19. «Mask of the Mandrill». PBS. Novembro de 2006. Consultado em 4 debfevereiro de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  20. Setchell, J. M.; Jean Wickings, E. (2005). «Dominance, status signals and coloration in male mandrills (Mandrillus sphinx)». Ethology. 111: 25–50. doi:10.1111/j.1439-0310.2004.01054.x 
  21. Dixson, A. F.; Bossi, T.; Wickings, E. J. (1993). «Male dominance and genetically determined reproductive success in the mandrill (Mandrillus sphinx)». Primates. 34 (4): 525–532. doi:10.1007/BF02382663 
  22. Setchell, J. M.; Dixson A.F. (2002). «Developmental Variables and Dominance Rank in Adolescent Male Mandrills (Mandrillus sphinx)». American Journal of Primatology. 56 (1): 9–25. PMID 11793410. doi:10.1002/ajp.1060 
  23. Partridge, Charlyn (2021). «Alpha, Beta, and Gamma Males». Encyclopedia of Evolutionary Psychological Science: 229–232. doi:10.1007/978-3-319-19650-3_2695 
  24. Agapakis, Christina. «Alpha males and adventurous human females: gender and synthetic genomics». Scientific American 
  25. «Conditional mate preferences: Factors influencing preferences for height». ScienceDirect. 2007. doi:10.1016/j.paid.2007.08.008 
  26. «Facial attractiveness: evolutionary based research». Philosophical transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological Sciences. 366: 1638–1659. doi:10.1098/rstb.2010.0404 
  27. «What Does Women's Facial Attractiveness Signal? Implications for an Evolutionary Perspective on Appearance Enhancement». Archives of Sexual Behavior. 51: 67-71. doi:10.1007/s10508-021-01955-4 
  28. «Social status predicts different mating and reproductive success for men and women in China: evidence from the 2010–2017 CGSS data». Behavioral Ecology and Sociobiology. 76 (101). doi:10.1007/s00265-022-03209-2 
  29. «Do alpha males deliver alpha? Facial width-to-height ratio and hedge funds». Institutional Knowledge at Singapore Management University. 57 (5). doi:10.1017/S0022109021000399 
  30. Gough, Nancy. «Essence of Alpha Male». Science Signaling. 2007 (397). doi:10.1126/stke.3972007tw272 
  31. Miller, Geoffrey. «Sexual selection for indicators of intelligence». The nature of intelligence. Novartis Foundation Symposium 233. G. Bock, J. Goode, & K. Webb. pp. 260–275 
  32. «Sex Differences in Human Mate Preferences: Evolutionary hypotheses tested in 37 cultures» (PDF). Behavioral and Brain Sciences. 12: 1-49 
  33. «Defining the Alpha Female: A Female Leadership Measure». Sage Journals. 17 (3). doi:10.1177/1548051810368681 
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