Abdolkarim Soroush

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Abdolkarim Soroush
Abdolkarim Soroush
Nascimento Hossein Haj Faraj Dabbagh
16 de dezembro de 1945 (78 anos)
Teerã
Cidadania Irã
Filho(a)(s) Soroush Dabbagh, Hossein Dabbagh
Alma mater
Ocupação filósofo, escritor, professor universitário
Prêmios
Empregador(a) Universidade Harvard, Universidade de Georgetown, Imam Khomeini International University
Religião Islamismo, xiismo
Página oficial
http://www.drsoroush.com

Hosein Haj Faraj Dabbagh, conhecido como Abdolkarim Sorush, o Lutero iraniano, é o intelectual iraniano mais conhecido no Ocidente. É considerado como o pensador emblemático do Postislamismo e é-lhe reconhecida certa influência sobre o âmbito político do Islã.

É filósofo islamista laico e professor de ética. Antigo apoiante de Khomeini, ocupou um posto no Conselho da Revolução Cultural. Desde então, Sorush mudou até o ponto de ser um dos principais adversários do princípio de indissociabilidade do religioso e do político.

Seu pensamento fica na linha de Mohamed Khatami. Encarna uma tendência anticlerical, mas é um “laico” quanto a seu status social e a sua formação universitária.

Seu conceito do "conhecimento religioso"[editar | editar código-fonte]

As principais perguntas que propõe Sorush são: pode existir uma interpretação definitiva do Islã? Que papel pode ter em política a religião? É o Islã compatível com a democracia?

Dado que o Islã está considerado como invariável, não cambiável e transcendendo todas as representações e as manipulações das que pode ser objeto, Sorush quer conciliar o Islã com um mundo dinâmico, desligando os fundamentos da religião e o “conhecimento religioso” que se obtém por seu estudo. Este raciocínio desemboca na aceitação do “conhecimento religioso” como uma construção humana que está necessariamente em contínua mudança.

Sorush propõe o abandono de qualquer ideologia islâmica que não seja um conhecimento da religião senão um instrumento político e social destinado a orientar e determinar o comportamento público a partir de certa concepção da religião. Transformar uma religião em ideologia implica limitar a liberdade de interpretação dos dogmas religiosos.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FILALI-ANSARY Abdou, Repensar el islam: los discursos de la reforma, bellaterra, Barcelona 2004.
  • KHOSROKHAVAR Farhard e ROY Oliver, Irán, de la revolución a la reforma, bellaterra, Barcelona 2000.

Ligacões externas[editar | editar código-fonte]