Aniceto Guterres Lopes

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Aniceto Guterres Lopes
Aniceto Guterres Lopes
Aniceto Guterres Lopes em 2017
5.º Presidente do Parlamento Nacional
Período 19 de maio de 2020
a atualidade
Antecessor(a) Arão Noé da Costa Amaral
Período 5 de setembro de 2017
a 5 de abril de 2018
Antecessor(a) Adérito Hugo da Costa
Sucessor(a) Arão Noé da Costa Amaral
Dados pessoais
Nascimento 16 de abril de 1967 (54 anos)
Maliana, Timor-Leste
Partido FRETLIN
Profissão Advogado

Aniceto Longuinhos Guterres Lopes (Maliana, 16 de Abril de 1967[1]) é um advogado e ativista dos direitos humanos timorense, que vive atualmente na capital do seu país, Díli. É um dos principais nomes da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste e recebeu o título de líder emergente pelo Prémio Ramon Magsaysay em 2003.[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Guterres Lopes nasceu em Maliana, cidade de Bobonaro, a 16 de abril de 1967. Sua família fugiu de Timor-Leste para Builalu, na Indonésia, a 7 de dezembro de 1975 para escapar das tropas indonésias que invadiram seu país.[3] A seu regresso, um ano depois, descobriu que sua aldeia de Tapo foi destruída; estudou Direito na Universidade Udayana em 1985 depois de obter uma bolsa de estudos pelo governo timorense.[4]

Carreira ativista[editar | editar código-fonte]

Enquanto estudava na Indonésia, Lopes entrou para a Resistência Nacional dos Estudantes Timorenses (RENETIL) em 1989 e se engajou, transmitindo à população do seu país a informação política. Em 1991, voluntariou-se a trabalhar para uma organização não-governamental em Díli. De 1992 a 1996, Lopes serviu como o secretário-geral da Fundação de Agricultura e Desenvolvimento de Timor-Leste (ETAFED).[5]

Numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em 1999, Lopes falou sobre os problemas que ele e outros timorenses encontraram durante a ocupação da Indonésia em Timor-Leste.[4] Ressaltou que a milícia indonésia destruiu sua casa e escritório em setembro daquele ano; além disso, mencionou que vinha recebendo ameaças de morte por causa da sua posição política como advogado e ativista dos direitos humanos.[6]

Aniceto Guterres Lopes também foi empossado presidente da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET), organização a qual criou e organizou a Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação em 2002, responsável pela análise de casos de abuso dos direitos humanos durante a invasão indonésia no país asiático.[7] Em 2003, o ativista timorense foi condecorado como "líder emergente" por sua "posição corajosa em favor da justiça" pelo Prémio Ramon Magsaysay.[2]

Referências

  1. «Aniceto Longuinhos Guterres Lopes». Parlamento Nacional de Timor-Leste. Consultado em 22 de novembro de 2016. Arquivado do original em 23 de novembro de 2016 
  2. a b «Lopes, Aniceto Guterres Biography» (em inglês). Fundação do Prémio Ramon Magsaysay. Consultado em 22 de novembro de 2016. Arquivado do original em 18 de novembro de 2015 
  3. «Members of judicial service commission swore in» (em inglês). Organização das Nações Unidas. 4 de fevereiro de 2002. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  4. a b «Lopes, Aniceto Guterres Citation» (em inglês). Fundação do Prémio Ramon Magsaysay. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  5. «UN Commission on Human Rights - Special Session on East Timor: Statement by Aniceto Guterres Lopes» (em inglês). ReliefWeb. 24 de setembro de 1999. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  6. «Magsaysay awardee wants to give prize to East Timor people». Union of Catholic Asian News (em inglês). 31 de julho de 2003. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  7. «Ancieto Guterres Lopes» (em inglês). Ashoka Empreendedores Sociais. Consultado em 22 de novembro de 2016 
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