Carlos Habib Chater

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Nome completo Carlos Habib Chater
Nascimento 25 de fevereiro de 1968 (56 anos)
Brasília, DF
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Empresário
Carlos Habib Chater
Crime(s) lavagem de dinheiro[1]
evasão de divisas
Pena 5 anos e 6 meses[2]
4 anos e 9 meses de reclusão[1]
10 anos e 11 meses de regime fechado[3]

Carlos Habib Chater (25 de fevereiro de 1968) é um empresário e doleiro brasiliense que ganhou notoriedade por ser o primeiro preso no escândalo Petrobras,[4] e o posto de gasolina de sua propriedade ter sido o que deu o nome[5] a maior operação da história da Polícia Federal.[6]

Biografia[editar | editar código-fonte]

É dono do Posto da Torre, usado para lavagem de dinheiro e que deu nome à operação conhecida como Operação Lava Jato.[7][8] Além dele, os doleiros Alberto Youssef, Nelma Kodama e Raul Henrique Srour, todos presos posteriormente na operação, estabeleceram uma rede de lavagem de dinheiro que, no decorrer das investigações, descobriu-se que era utilizada para operacionalizar o pagamento de propinas a agentes públicos e políticos envolvendo contratos da Petrobras.[4]

Em 2014, um laudo da Polícia Federal (PF) indicou que o Posto da Torre, apontado pelos investigadores da Lava Jato como uma espécie de "caixa eletrônico da propina" em Brasília, gerenciou contas que movimentaram pelo menos 10,8 milhões de reais entre 2007 e 2014. A perícia mostra que o dinheiro transitou por 375 contas sob investigação da PF.[9]

Em 6 de julho de 2015, teve um carro modelo Volvo XC60 leiloado por 109 mil reais.[10]

Em 8 de dezembro de 2015, a PF deflagrou a Operação Crátons tendo com um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados, com sede em Brasília. As investigações têm relação com os negócios do doleiro Carlos Habib Chater.[4]

Condenações[editar | editar código-fonte]

No dia 20 de outubro de 2014, foi condenado a 5 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro.[2]

Em 6 de maio de 2015, foi condenado a 4 anos e 9 meses de prisão, inicialmente em regime fechado.[1]

Em setembro de 2018, foi condenado pelo juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato a 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado, pelos crimes de operação irregular de instituição financeira e evasão de divisas.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Adriana Justi, Fernando Castro e Thais Kaniak (6 de maio de 2015). «Justiça condena 4 réus da Lava Jato por lavagem de dinheiro de Janene». G1. Globo. Consultado em 17 de julho de 2016 
  2. a b https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/sai-primeira-sentenca-da-operacao-lava-jato-youssef-e-absolvido-ef6q2vbyt96vf95vdd8orf8em/
  3. a b «Moro condena dono do posto que deu origem a Operação Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  4. a b c Andreza Matais, de Brasília e Mateus Coutinho (8 de dezembro de 2015). «PF cumpre 90 mandados por diamantes da Lava Jato». Estadão. Consultado em 17 de julho de 2016 
  5. Brandt, Fábio (9 de dezembro de 2014). «O negócio que deu nome à Operação Lava Jato». Estadão. O Estado de São Paulo. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  6. «Propina chega a R$ 10 bilhões, estima procurador da Lava-Jato». O Globo. Globo. 9 de outubro de 2015. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  7. «Posto que deu nome à Lava Jato funciona normalmente em Brasília mesmo com o dono preso há dois anos». R7. 17 de março de 2016. Consultado em 17 de julho de 2016 
  8. Fábio Brandt. «O negócio que deu nome à Operação Lava Jato». Estadão. Consultado em 17 de julho de 2016 
  9. «Sem título». Senado. Consultado em 17 de julho de 2016 
  10. «Carro de doleiro preso na Lava Jato é vendido em leilão por R$ 109 mil». G1. Globo. 6 de julho de 2015. Consultado em 17 de julho de 2016