Classe Courageous (cruzadores de batalha)

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Classe Courageous

O HMS Courageous, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Armstrong Whitworth
Harland and Wolff
Período de construção 1915–1917
Predecessora Classe Renown
Sucessora Classe Admiral
Em serviço 1916–1919
Construídos 3
Características gerais
Tipo Cruzador de batalha
Deslocamento 22 719 a 22 922 t (carregado)
Comprimento 239,8 m
Boca 24,7 a 26,8 m
Calado 7,6 a 7,9 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
18 caldeiras
Velocidade 32 nós (59 km/h)
Autonomia 6 000 milhas náuticas a 20 nós
(11 000 km a 37 km/h)
Armamento 4 canhões de 381 mm
18 canhões de 102 mm
2 canhões de 76 mm
2 tubos de torpedo de 533 mm
Blindagem Cinturão: 51 a 76 mm
Convés: 19 a 76 mm
Torres de artilharia: 178 a 229 mm
Barbetas: 76 a 178 mm
Torre de comando: 254 mm
Anteparas: 25 a 38 mm
Tripulação 842

A Classe Courageous foi uma classe de cruzadores de batalha operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Courageous, HMS Glorious e HMS Furious. Suas construções começaram em 1915 nos estaleiros da Armstrong Whitworth e Harland and Wolff, sendo lançados ao mar em 1916 e comissionados entre 1916 e 1917.[1] Eles foram projetados como parte do Projeto Báltico, um plano para invadir o litoral báltico alemão na Primeira Guerra Mundial. As embarcações foram pensadas para terem um calado raso o bastante para permitir sua operação no Mar Báltico, sendo originalmente designadas como cruzadores rápidos para contornar proibições de construção de navios.[2]

O Courageous e o Glorious eram armados com uma bateria principal composta por quatro canhões de 381 milímetros, porém o Furious seria armado com dois canhões de 457 milímetros.[3] Tinham um comprimento de fora a fora de 239 metros, boca de 24 até 26 metros, calado de quase oito metros e um deslocamento carregado de mais de 22 mil toneladas.[4] Seus sistemas de propulsão eram compostos por dezoito caldeiras a óleo combustível que alimentavam quatro turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 32 nós (59 quilômetros por hora).[5] Os navios também tinham um cinturão de blindagem entre 51 a 76 milímetros de espessura.[6]

Os dois primeiros navios patrulharam o Mar do Norte,[7] participaram da Segunda Batalha da Angra da Heligolândia em novembro de 1917[8] e estiveram presentes na rendição da Frota de Alto-Mar em novembro de 1918.[9] O Furious foi modificado durante sua construção, recebendo um canhão na popa e tendo sua proa reconstruída para acomodar um hangar e uma plataforma de lançamento de aeronaves no lugar da torre de artilharia dianteira. A arma traseira foi removida pouco depois e outro convés de voo adicionado,[10] com suas aeronaves atacando zepelins alemães em julho de 1918.[11] Os três foram tirados de serviço em 1919 e convertidos em porta-aviões da Classe Courageous.[12]

Referências

  1. Roberts 1997, p. 63
  2. Burt 1986, p. 303
  3. Burt 1986, p. 306
  4. Roberts 1997, pp. 64–65
  5. Roberts 1997, pp. 71, 74, 76, 79
  6. Burt 1986, pp. 308, 313
  7. Newbolt 1996, pp. 150–151
  8. McBride 1990, pp. 110–112
  9. Burt 1986, p. 314
  10. Parkes 1990, p. 622
  11. Newbolt 1996, p. 347
  12. Parkes 1990, p. 647

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Burt, R. A. (1986). British Battleships of World War One. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-863-8 
  • McBride, Keith (1990). «The Weird Sisters». In: Gardiner, Robert. Warship 1990. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-903-4 
  • Newbolt, Henry (1996) [1931]. Naval Operations. Col: History of the Great War Based on Official Documents. V. Nashville: Battery Press. ISBN 0-89839-255-1 
  • Parkes, Oscar (1990) [1957]. British Battleships. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-075-4 
  • Roberts, John (1997). Battlecruisers. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-068-1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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