Eleições na Namíbia

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Namíbia

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Política e governo da
Namíbia



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As eleições na Namíbia determinam quais cidadãos namibianos irão ocupar os cargos públicos eletivos do sistema político do país. A Namíbia é uma república semipresidencialista, no qual as funções de chefe de governo são compartilhadas entre o presidente, eleito de forma direta, e o primeiro-ministro, eleito de forma indireta pela Assembleia Nacional.

Organização política[editar | editar código-fonte]

O eleitorado namibiano elege a nível nacional o presidente, os deputados e conselheiros da Assembleia Nacional. No que se refere à eleição presidencial, esta ocorre periodicamente a cada 5 anos, conferindo ao vencedor um mandato de igual período. Ao chefe de Estado incumbente, é permitida a possibilidade de disputar apenas uma reeleição consecutiva ao final de seu mandato.

O Poder Legislativo do país adota o modelo bicameral, sendo composto pela Assembleia Nacional, a câmara baixa, ocupada por 104 deputados, dos quais 96 são eleitos de forma direta e 8 são nomeados pelo presidente para um mandato de 5 anos. Por sua vez, o Conselho Nacional, a câmara alta, é ocupada por 42 conselheiros, sendo que todos os 14 estados do país possuem a mesma representação política ao elegerem, cada um, 3 conselheiros para um igual mandato de 5 anos.

No tocante às relações entre as forças políticas do país, a Namíbia é, em tese, uma democracia, porém na prática constitui-se em um sistema de partido dominante, com a Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO) sendo o partido governista desde 1994.

Voto eletrônico[editar | editar código-fonte]

A Namíbia foi o primeiro país da África a adotar o sistema de voto eletrônico para registro e apuração de votos do eleitorado em eleições a nível nacional, tendo sido a eleição presidencial de 2014 a primeira em que se implementou urnas eletrônicas em todas as seções eleitorais do país.[1]

No entanto, o modelo de urna eletrônica adquirido pela Comissão Nacional Eleitoral (ECN) não permite a comprovação do voto computado por meio impresso, o que levou a Suprema Corte da Namíbia a declarar em 2020 que o sistema de voto eletrônico sem comprovante impresso de votação era inconstitucional, determinando que as eleições a serem realizadas no país a partir de então voltassem a ser realizadas pelo método tradicional de cédulas eleitorais.[2]

Referências

  1. France-Presse', 'Agência (26 de novembro de 2014). «Namíbia será o primeiro país africano a utilizar voto eletrônico». Acervo. Consultado em 16 de novembro de 2022 
  2. Namibian, The (23 de setembro de 2020). «ECN undecided on discarded EVMs». The Namibian (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2022