A Rosa do Povo: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h54min de 5 de março de 2016
A Rosa do Povo | |||||||
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Autor(es) | Carlos Drummond de Andrade | ||||||
Idioma | Português | ||||||
País | Brasil | ||||||
Gênero | Poema | ||||||
Editora | José Olympio | ||||||
Lançamento | 1945 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A Rosa do Povo é um livro de poesia brasileiro, escrito pelo modernista Carlos Drummond de Andrade entre 1943 e 1945. É a mais extensa obra do autor sendo composta por 55 poemas, também sendo a primeira obra madura e a de maior expressão do lirismo social e modernista. A obra é considerada como uma tradução de uma época sombria, que reflete um tempo, não só individual, mas coletivo no país e no mundo onde o autor capta o sentimento, as dores, e a agonia de seu tempo. No título A Rosa do Povo, a rosa representa a poesia (expressão), das pessoas daquela época.[1]
Contexto histórico
A Rosa do Povo foi escrito quando os horrores da 2ª Guerra Mundial angustiavam a humanidade e o exército nazista recuava, especialmente na então União Soviética. As mais importantes divisões alemãs haviam sido derrotadas no leste europeu pelos russos, prenunciando a capitulação do III Reich.
Simultaneamente no Brasil, sob a ditadura de Getúlio Vargas (Estado Novo), ainda que economicamente modernizador e socialmente avançado, perdia o apoio entre as classes médias e as elites intelectuais identificadas com o próprio regime democrático através de altos cargos burocráticos. Nos anos subseqüentes à publicação de A Rosa do Povo, o autor desilude-se com o regime soviético e abandona suas posições esquerdistas.[2]
Características
- Embora seu próprio título tenha uma simbologia revolucionária e seja composta de várias redações sociais, apresenta grande variedade temática e técnica.
- Os textos são constituídos de metáforas, com frequência também aparecem elipses e fotos surrealistas. São poemas refinados, complexos e acessíveis somente a leitores com significativa informação poética.
- A obra de construção civil representa na poesia uma tensão entre o governo política (adesão às utopias de esquerda) e a visão amorosa (desencantada). Não devemos entender esta triplicidade como contraditória. Toda a obra do pedreiro é marcada por uma visão preguiçosa, politécnica.
A realidade possui várias faces e são vistas de várias perspectivas, o que nunca, quase sempre, gera uma opinião, ou não, e o fluxo desordenado, ou ordenado, da vida, ou da morte, não permite certezas, ou permite.
- O poeta utiliza tanto do "estilo sublime" (padrão elevado da língua culta) quanto do "estilo mesclado" (linguagem elevada e linguagem coloquial).
- Os versos curtos das obras inaugurais, tornam-se mais longos. Há um predomínio do verso livre (métrica irregular) e do verso branco (sem rimas).
- Em relação às obras anteriores, o humor quase desaparece, o coloquial é atenuado e um tom grave e solene passa a impregnar os versos.
- As inquietações sociais ganham uma historicidade mais plena.
Temáticas
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Poemas de A Rosa do Povo
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