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Ana Luísa Janeira: diferenças entre revisões

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== Percurso ==
== Percurso ==
Ana Luísa Cardoso Dias Janeira, nasceu no dia 15 de maio de 1943, na cidade do [[Porto]], em [[Portugal]]. <ref name=":0">{{Citar web |ultimo=epulata |url=https://epulata.com/2020/04/06/entrevistas-7/ |titulo=Entrevistas |data=2020-04-06 |acessodata=2021-04-14 |lingua=pt-PT}}</ref><ref name=":1">{{Citar web |ultimo=Wolfart |primeiro=Graziela |url=http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/2881-perfil-2 |titulo=Perfil - Ana Luisa Janeira |acessodata=2021-04-14 |website=www.ihuonline.unisinos.br |lingua=pt-br}}</ref> É filha de António Ferreira da Silva Janeira e de Adozinda Seara Cardoso Dias, é ainda sobrinha de [[João Maria Ferreira Sarmento Pimentel|João Sarmento Pimentel]], figura que teve uma grande influencia no seu pensamento político<ref>{{citar web |url=https://www.youtube.com/watch?v=Lz-um5hVV3g |titulo=SARMENTO PIMENTEL - UM SÉCULO DE HISTÓRIA {{!}} Abertura do Colóquio |data=01-05-2017 |website=Canal Multimédia TRIPLOV}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Janeira |primeiro=Ana Luísa |url=https://www.triplov.com/hist_fil_ciencia/sarmento_pimentel/A25A/programa.htm |titulo=Memórias familiares do meu tio Capitão}}</ref>.
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Revisão das 19h26min de 3 de agosto de 2021

Ana Luísa Janeira
Ana Luísa Janeira
Nascimento 1943 (81 anos)
Arcozelo
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação filósofa, professora universitária, escritora
Empregador(a) Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Ana Luísa Janeira (Porto), é uma filósofa portuguesa, co-fundadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa e do Centro de Reflexão Cristã. Em 2011, a revista Revista Triplov de Artes, Religiões e Ciências publicou uma edição especial, no qual autores como Maria Alzira Brum Lemos lhe prestaram homenagem.

Contribuiu para a implementação da área de História e Filosofia das Ciências em Portugal. [1][2][3]

Percurso

Ana Luísa Cardoso Dias Janeira, nasceu no dia 15 de maio de 1943, na cidade do Porto, em Portugal. [4][5]

Após ter terminado o ensino secundário foi estudar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde em 1961 frequentou a licenciatura em História, de seguida regressou ao Porto e inscreveu-se no curso de filosofia da Faculdade de Letras que terminou em outubro de 1967, tendo sido a primeira licenciada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto renovada, como noticiou o jornal "O Comércio do Porto". [6][7]

Defendeu a tese - O vazio no pensamento de Simone Weil. Ensaio de uma leitura interpretativa - que veio posteriormente a ser publicada no livro Conhecer Simone Weil. [8]

Segue-se Paris onde é aluna do antropólogo Claude Lévi-Strauss e do filósofo Henri Gouhier, professores no Collège de France e na Sorbonne respectivamente, é nesta última que obtém o doutoramento em filosofia contemporânea em 1971. [4][5][6][9] Em 1978, viu a sua tese de doutoramento - Réflexion philosophique sur l'Energétique dans la pensée de Pierre Teilhard de Chardin - ser traduzida e publicada, na Coleção Filosofia, pela antiga Livraria Cruz .[10]

Concluído o doutoramento deu início à sua carreira de docente universitária tendo trabalhado em universidades de vários países, entre eles: Canadá, Brasil, França e Grã-Bretanha. [4][9]

Em Portugal, trabalhou como professora associada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no Departamento de Química e na Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências, da qual se reformou em 2011. Deu a sua última aula no dia 31 de Março de 2011. [11]

Vários autores e investigadores prestaram-lhe homenagem, encontrando-se entre eles a escritora brasileira Maria Alzira Brum Lemos foi que gravou um depoimento. [12]

Paralelamente à sua carreira docente, Ana Luísa Janeira co-fundou com Clara Queiroz o Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa, com o objectivo de promover uma atitude critica e reflexiva entre a comunidade cientifica. [13] Fez também parte do grupo de fundadores do Centro de Reflexão Cristã em 1975. [14]

Trabalho

Sujeitou o pensamento de Simone Weil (tese de licenciatura, 1967) e de Pierre Teilhard de Chardin (tese de doutoramento, 1972) a um tratamento com grelhas de reflexão e categorias de tipo filosófico. [15]

Inspirada em Michel Foucault, realizou um percurso teórico-metodológico orientado para a organização do espaço, a produção do discurso e o sistema epistémico de instituições científicas, ou sobre condições de emergência, transformação e sobrevivência dos laboratórios de química, jardins botânicos e museus cientificos (1976-2000). [16]

Com outras vertentes do mesmo modelo, estudou o dispositivo saber-poder nas missões jesuítas sul-americanas e asiáticas (1983-2013) e no coleccionismo moderno (2005-2008), bem como as articulações entre universidade-empresa (2008-2020) e a memória inerente a patrimónios científicos e culturais (desde 2016). [17]

Reconhecimentos e prémios

Em 2011 a revista TriploV de Artes, Religiões e Ciências, dedicou a Ana Luísa Janeira uma edição especial da revista.[18][19]

Tem citações em livros de outros autores como:

  • The Literary and Cultural Reception of Charles Darwin in Europe, de Thomas F. Glick e Elinor Shaffer [20]
  • Urban Histories of Science: Making Knowledge in the City (1820-1940), de Oliver Hochadel, Agustí Nieto-Galan [21]
  • Early Responses to the Periodic System, de Masanori Kaji, Helge Kragh, Gabor Pallo [22]

Obras seleccionadas

Entre as suas obras encontram-se:[23][24]

  • 2010 - Figuras e configurações do Porto: marcas em espaços escolares, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-293-9
  • 2009 - A memória entre a Europa, a Ásia e as Américas, co-autora Ana Maria Haddad Baptista, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-257-1
  • 2009 - Eixos e configurações de Lisboa, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-249-6
  • 2007 - Curiosidades de Frei Manuel do Cenáculo: Bispo de Beja e Arcebispo de Évora, 1724-1814, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-95261-4-3
  • 2007 - Os povos nos novos mundos, co-autoras Tânia Maria Galli Fonseca e Ana Maria Haddad Baptista, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-134-5
  • 2007 - Modos de fazer e de saber a cor, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-118-5
  • 2007 - A natureza nos novos mundos, co-autores Alessandro Zir e Marina Massimi, Lisboa, editora Apenas Livros, ISBN 978-989-618-103-1
  • 1996 - Demonstrar Ou Manipular?, editora Escolar Editora, ISBN 978-972-592-096-1 [25]
  • 1987 - Sistemas Epistémicos e Ciências, editora Imprensa Nacional Casa da Moeda, ISBN 9789722703000 [26]
  • 1981 - Sobre as Ciências e as Tecnologias Livro, co-autores P. Martins da Silva e José Baptista, Didáctica Editora, ISBN 9789726500889 [27]
  • 1978 - A energética no pensamento de Pierre Teilhard de Chardin: introdução e estudo evolutivo, editora Faculdade de Filosofia de Braga [28]
  • 1973 - Conhecer Simone Weil, Braga, editora Livraria Cruz [29]

Escreveu diversos artigos para revistas e publicações portuguesas e estrangeiras, entre elas a Revista Portuguesa de Filosofia, Análise Social, Brotéria, Bulletin de Liaison (Association pour l'Etude de la Pensée de Simone Weil), Jornal de Letras, Artes e Ideias, Boletim da Sociedade Portuguesa de Química e a Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade. [6][30][31][32][33][34][35]

Referências

  1. M. Abrantes, Luísa. «Combate à Insensibilidade Cultural» 
  2. A. Lértora Mendoza, Celina. «Elogio del nomadismo filosófico - Homenaje a la Prof. Dra. Ana Luisa Janeira» 
  3. Zir, Alessandro. «Da epistemologia à ontologia: Ana Luisa Janeira e a tarefa de escrita do pensamento» 
  4. a b c epulata (6 de abril de 2020). «Entrevistas». Consultado em 14 de abril de 2021 
  5. a b Wolfart, Graziela. «Perfil - Ana Luisa Janeira». www.ihuonline.unisinos.br. Consultado em 14 de abril de 2021 
  6. a b c «ANA LUÍSA JANEIRA - CV». www.triplov.com. Revista TriploV de Artes, Religiões e Ciências. Consultado em 14 de abril de 2021 
  7. «Primeira Licenciada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto». O Comércio do Porto. 21 de outubro de 1967 
  8. Janeira, Ana Luísa (1973). Conhecer Simone Weil. [S.l.]: Braga 
  9. a b Fonseca, Tania Mara Galli. «Entrevista com Ana Luísa Janeira». Researchgate 
  10. «A Energética no Pensamento de Teilhard De Chardin». 1978 
  11. aminhaultimaula. «a minha última aula». a minha última aula. Consultado em 15 de julho de 2021 
  12. «Revista TriploV de Artes, Religiões e Ciências». www.triplov.com. Consultado em 14 de abril de 2021 
  13. «Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa» 
  14. Crc (20 de novembro de 2015). «CRC, 40 Anos - Os Fundadores». CENTRO DE REFLEXÃO CRISTÃ. Consultado em 14 de abril de 2021 
  15. Tsukada, Sumiyo (2011). «Ma chère Ana, Madame «écoute», ma bienfaitrice» 
  16. A. Filgueiras, Carlos (2011). «A Ana Luísa Janeira, ao deixar a Universidade de Lisboa» 
  17. Zamith-Cruz, Judite (2019). Da co-construção de significados para a mudança psicológica e profissional. In N. Fraga (Org.), O professor do século XXI em Perspetiva Comparada: Transformações e Desafios para a construção de sociedades sustentáveis, Centro de Investigação em Educação: Universidade da Madeira. [S.l.: s.n.] p. 329-343 
  18. Dias, L. S.; Dias, A. S. (2011). «Porque «Uma língua é o lugar donde se vê o mundo» - Considerações sobre a forma de ver a árvore». Consultado em 9 de abril de 2021 
  19. «Revista TriploV de Artes, Religiões e Ciências». novaserie.revista.triplov.com. Consultado em 9 de abril de 2021 
  20. Glick, Thomas F.; Shaffer, Elinor (22 de maio de 2014). The Literary and Cultural Reception of Charles Darwin in Europe (em inglês). [S.l.]: A&C Black 
  21. Hochadel, Oliver; Nieto-Galan, Agustí (20 de setembro de 2018). Urban Histories of Science: Making Knowledge in the City, 1820-1940 (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  22. Kaji, Masanori; Kragh, Helge; Pallo, Gabor (29 de janeiro de 2015). Early Responses to the Periodic System (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  23. «Obras de Ana Luísa Janeira presentes no catálogo da Biblioteca Nacional Portuguesa». bibliografia.bnportugal.gov.pt. BNP - Bibliografia Nacional Portuguesa. Consultado em 9 de abril de 2021 
  24. «Most widely held works by Ana Luísa Janeira». Worldcat 
  25. «Demonstrar Ou Manipular? - Livro - WOOK». www.wook.pt. Consultado em 9 de abril de 2021 
  26. «Sistemas Epistémicos e Ciências - Livro - WOOK». www.wook.pt. Consultado em 9 de abril de 2021 
  27. «Sobre as Ciências e as Tecnologias - Livro - WOOK». www.wook.pt. Consultado em 9 de abril de 2021 
  28. Janeira, Ana Luísa (1978). A energética no pensamento de Pierre Teilhard de Chardin: introdução e estudo evolutivo. O Braga; Faculdade de Filosofia: Livraria Cruz ;. OCLC 36124548 
  29. Janeira, Ana Luísa (1973). Conhecer Simone Weil. Braga: Livraria Cruz. OCLC 5503356 
  30. Janeira, Ana Luisa (1971). «O Problema Do Uno E Do Múltiplo No Pensamento de Simone Weil». Revista Portuguesa de Filosofia (1): 37–62. Consultado em 14 de abril de 2021 
  31. Janeira, Ana Luísa (1972). «A técnica de análise de conteúdo nas ciências sociais, natureza e aplicações». Análise social : revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Análise social : revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. - Lisboa, ISSN 0003-2573, ZDB-ID 434001-2. - Vol. 9.1972, p. 370-399. Consultado em 14 de abril de 2021 
  32. «:: IECC-PMA». www.iecc-pma.eu. Consultado em 14 de abril de 2021 
  33. «Visão | JL 40 anos 40 capas». Visão. 11 de março de 2020. Consultado em 14 de abril de 2021 
  34. «Sociedade Portuguesa de Química». Sociedade Portuguesa de Química. Consultado em 14 de abril de 2021 
  35. «Ana Luísa Janeira - Google Search». www.google.pt. Consultado em 14 de abril de 2021 

Ligações externas