Oswaldo Cruz: diferenças entre revisões
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[[Imagem:FIOCRUZ-Palace-CCBYSA.jpg|thumb|300px|right|<center>'''Instituto Oswaldo Cruz'''<center>Rio de Janeiro - RJ]]Paulista, ingressou na [[Faculdade de Medicina da UFRJ|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]] em [[1887]], formando-se em [[1892]]. Em [[1896]], estagiou no [[Instituto Pasteur]], em [[Paris]], onde foi discípulo de [[Émile Roux]], seu diretor à época. Voltou ao Brasil em [[1899]] e organizou o combate ao surto de [[peste bubônica]] registrado em [[Santos]] ([[São Paulo|SP]]) e em outras cidades portuárias brasileiras. Demonstrou que a [[epidemia]] era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada à época, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo. |
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[[Imagem:Revista da Semana.jpg|thumb|250px|left|Capa da ''[[Revista da Semana]]'' (outubro de 1904) sobre a [[Revolta da Vacina]].]] |
Revisão das 04h59min de 18 de outubro de 2007
Oswaldo Gonçalves Cruz[1] (São Luís do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro.
Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz e, hoje, respeitado internacionalmente.
Biografia
Paulista, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando-se em 1892. Em 1896, estagiou no Instituto Pasteur, em Paris, onde foi discípulo de Émile Roux, seu diretor à época. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias brasileiras. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada à época, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo.
Foi então criado o Instituto Soroterápico Nacional (1900), cuja direção assumiu em 1902. Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu o presidente Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada o que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato.
Reconhecimento
Em 1909, o cientista Carlos Chagas descobriu o protozoário causador da tripanossomíase americana ( doença de Chagas ) ao qual deu o nome de Trypanosoma cruzi, em sua homenagem.
Um município do estado de São Paulo - SP recebeu seu nome.
Em 2001, André Sturm realizou um filme sobre Oswaldo Cruz, com o título Sonhos Tropicais, baseado no romance homônimo de Moacyr Scliar. O papel do sanitarista foi interpretado por Bruno Giordano.
O sanitarista teve a sua efígie impressa nas notas de Cz$ 50,00 (cinqüenta cruzados), em 1986. A partir de 1989, essas notas passaram a valer cinqüenta centavos de cruzados novos.
Observação
↑ Em conformidade com as normas ortográficas atualmente vigentes para a língua portuguesa, o prenome "Osvaldo" deveria ser grafado com a letra "v" e não com "w", pois nomes de pessoas falecidas devem ter sua grafia adaptada às regras ortográficas em vigor.