Hans Staden: diferenças entre revisões
m Revertidas edições por 189.68.187.84, para a última versão por 201.51.10.121 |
|||
Linha 21: | Linha 21: | ||
Partiu de [[Castela]] rumo ao [[Novo Mundo]]. Chegou ao Brasil em 24 de Novembro. |
Partiu de [[Castela]] rumo ao [[Novo Mundo]]. Chegou ao Brasil em 24 de Novembro. |
||
Depois de violentos enfrentamentos com indígenas e passar por fortes tempestades, seu navio naufragou próximo a [[São Vicente]]. |
|||
Hans Staden foi feito prisioneiro por uma tribo [[tupinambá]] que conduziu-o a [[Ubatuba]]. Desde o início ficou claro que a intenção dos seus captores era devorá-lo. Pouco tempo depois os [[tupiniquins]] aliados dos portugueses atacaram a aldeia onde ele era mantido prisioneiro. |
|||
Resgatado por um navio corsário francês, conseguiu retornar à Europa, onde redigiu um relato sobre as peripécias de suas viagens e aventuras no [[Novo Mundo]], uma das primeiras descrições para o grande público acerca dos costumes dos nativos americanos. O livro é intitulado "''Warhaftige Historia und Beschreibung eyner Landtschafft der wilden, nacketen, grimmigen Menschfresser Leuthen in der Newenwelt America gelegen''" e foi publicado em [[Marburgo]], Alemanha, por [[Andres Colben]] em [[1557]]. Chama-se comumente "[[Duas viagens ao Brasil]]". |
Resgatado por um navio corsário francês, conseguiu retornar à Europa, onde redigiu um relato sobre as peripécias de suas viagens e aventuras no [[Novo Mundo]], uma das primeiras descrições para o grande público acerca dos costumes dos nativos americanos. O livro é intitulado "''Warhaftige Historia und Beschreibung eyner Landtschafft der wilden, nacketen, grimmigen Menschfresser Leuthen in der Newenwelt America gelegen''" e foi publicado em [[Marburgo]], Alemanha, por [[Andres Colben]] em [[1557]]. Chama-se comumente "[[Duas viagens ao Brasil]]". |
Revisão das 05h24min de 9 de novembro de 2007
Hans Staden (Homberg, c. 1525 — Wolfhagen, c. 1579) foi um aventureiro mercenário alemão.
Por duas vezes Staden passou pela América Portuguesa no início do século XVI, onde teve oportunidade de participar de combates na Capitania de Pernambuco e na Capitania de São Vicente, contra corsários franceses e seus aliados indígenas. Aprisionado pelos Tupinambás no litoral da Bertioga (atual Estado de São Paulo), quase foi executado e devorado por eles.
Conta-se que, em certa ocasião, as crianças de uma tribo em que ele ensinava música foram assassinadas e usadas em uma sopa dada a ele sem seu conhecimento; Hans Staden só acabou por descobrir que a sopa fora feita a partir de seus alunos porque viu seus mini-crânios na panela.
A primeira viagem ao Brasil
Partindo de Bremen (Alemanha) e depois de passar por Holanda e Portugal, Hans Staden chega à Capitania de Pernambuco em 28 de Janeiro de 1548. Dirijiam-se ao Brasil para traficar ( negociar ) pau-brasil, deveriam tambem atacar navios franceses que negociavam com os nativos do Brasil e transportar degredados enviados para habitar a colônia.
O governador de Pernambuco,Duarte da Costa que enfrentava uma revolta indígena pediu ajuda aos europeus recém-chegados. Hans Staden e os demais europeus rumaram para Igaraçú próxima a Olinda em um navio para auxiliar na luta contra os índios. Igaraçú era defendida por aproximadamente 120 pessoas aos quais uniram-se mais 40 europeus incluindo Hans Staden. Enfrentaram 8 mil índios. Depois de uma renhida luta, um cerco prolongado e falta de provisões os defensores conseguiram enfim vencer os indígenas. O governador Duarte da Costa ficou muito agradecido a eles.
Dias depois enfrentaram um navio francês e logo depois retornaram a Europa, chegando à Lisboa no dia 8 de Outubro.
O retorno ao Brasil
Partiu de Castela rumo ao Novo Mundo. Chegou ao Brasil em 24 de Novembro.
Depois de violentos enfrentamentos com indígenas e passar por fortes tempestades, seu navio naufragou próximo a São Vicente.
Hans Staden foi feito prisioneiro por uma tribo tupinambá que conduziu-o a Ubatuba. Desde o início ficou claro que a intenção dos seus captores era devorá-lo. Pouco tempo depois os tupiniquins aliados dos portugueses atacaram a aldeia onde ele era mantido prisioneiro.
Resgatado por um navio corsário francês, conseguiu retornar à Europa, onde redigiu um relato sobre as peripécias de suas viagens e aventuras no Novo Mundo, uma das primeiras descrições para o grande público acerca dos costumes dos nativos americanos. O livro é intitulado "Warhaftige Historia und Beschreibung eyner Landtschafft der wilden, nacketen, grimmigen Menschfresser Leuthen in der Newenwelt America gelegen" e foi publicado em Marburgo, Alemanha, por Andres Colben em 1557. Chama-se comumente "Duas viagens ao Brasil".
Conheceu sucessivas edições, constituindo-se num sucesso editorial devido às suas ilustrações, descrições de rituais antropofágicos, animais, plantas e costumes exóticos.
Segundo a "Brasiliana da Biblioteca Nacional", de 2001:
- "A sua influência no meio culto da época ajudou a criar, no imaginário europeu quinhentista, a idéia da terra brasílica como o país dos canibais, devido às ilustrações com cenas de antropofagia."
Para o estudioso, a obra contém informações de interesse antropológico, sociológico, linguístico e cultural sobre a vida, os costumes e as crenças dos indígenas do litoral brasileiro na primeira metade do século XVI.
- STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1974. 218 p. il.