Evangelho dos Ebionitas

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Inspiração de Mateus.
Por Caravaggio (1602), atualmente na Igreja de São Luis dos franceses, em Roma.

O Evangelho dos Ebionitas é o nome convencional dado por estudiosos a um evangelho apócrifo, as vezes mencionado como sendo uma versão truncada e modificada do Evangelho de Mateus ou ainda evangelho segundo os Hebreus, pelos pais da igreja católica, utilizado pelos ebionitas [1][2][3]. Os fragmentos desse evangelho, oriundos provavelmente do século I ou II, apresentam uma cristologia com Jesus na pessoa de um Messias Judaico e humano, rejeitando a divindade de sua pessoa[4][5][6].

Descrição[editar | editar código-fonte]

Não há evidências de que o Evangelho dos Ebionitas não era o mesmo que o Evangelho dos Hebreus e o Evangelho dos Nazarenos, visto que os primeiros pais da igreja católica relataram que ambos eram utilizados pelos ebionitas[1][2][7]. Jerônimo o traduziu o evangelho para o latim, mas ainda há um debate sobre o chamado Matthaei Authenticum (ou "Autêntico Mateus"). Ele sobrevive somente em fragmentos ou como citações em obras alheias e, por isso, é difícil afirmar se ele era um texto independente ou simplesmente uma variação.[8]

Há fragmentos do Evangelho dos Ebionitas composto em grego [9][10]. Há similaridades temáticas entre o Evangelho dos Ebionitas e a Literatura Pseudo-Clementina. [11][12]. Relatos dos pais da igreja, por volta do primeiro e segundo século (de 67 d.C em diante), narram a utilização do evangelho de Mateus em hebraico pelos ebionitas [1] e ainda, evangelho segundo os Hebreus [2].

Ebionitas[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ebionismo

Os Ebionitas[13] eram um seguimento judaico-cristão que acreditavam que Jesus era o Messias, mas ao mesmo tempo um homem comum [4][5], nascido de Maria e José, que não era um deus, que foi crucificado mas ressuscitado na forma humana [14][15]. Eles insistiam na necessidade de seguir os ritos e leis judaicas,[16] que eles interpretavam agora à luz dos ensinamentos de Jesus[17] utilizando apenas o evangelho judaico-cristão de Mateus ou evangelho segundo os Hebreus[1][2]. Os ebionitas rejeitavam as epístolas paulinas, cujo autor eles consideravam um apóstata da Lei.[18][19][20]

Evangelhos judaico-cristãos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Evangelho dos Hebreus
Ver artigo principal: Evangelho dos Nazarenos

Os ebionitas tinham outros textos como parte de seu cânon. Eles parecem ter aceitado um evangelho em aramaico, mas com letras hebraicas. É provável também que este evangelho fosse diferente do que é o Evangelho de Mateus no cânone do Novo Testamento, dado aos relatos dos próprios pais da igreja católica no primeiro século de que a crença dos ebionitas em Jesus Cristo era diferente da crença dos cristãos. Há quem diga haver distinção do Evangelho dos Hebreus, apensar de existirem registros de que os Ebionitas também o usavam, e o Evangelho dos Nazarenos, incluindo a tese de Carl August Credner que em 1832 identificou a possibilidade de três Evangelhos Judaico-Cristãos. Esses seriam o Evangelho dos Nazarenos mencionado por Jerônimo, o Evangelho Grego dos Ebionitas citado por Epifânio e um Evangelho Grego citado por Orígenes como o Evangelho dos Hebreus.

Jerônimo afirmou que tanto os nazarenos quanto os ebionitas se utilizavam do Evangelho dos Hebreus, que era considerado como sendo o "Mateus Autêntico" por muitos deles. O relato de Jerônimo é consistente com os anteriores, feitos por Ireneu de Lyon e Eusébio de Cesareia. Epifânio também se refere a um "Evangelho dos Hebreus" como sendo a fonte utilizada pelos ebionitas, talvez combinando os testemunhos destes mesmos Padres da Igreja.[3]

Jerônimo apontou que não seria provável a versão canônica de Mateus ser apenas uma tradução grega da versão hebraica ou aramaica de Mateus. Uma carta do Papa Dâmaso I em 383, ele apontou que havia muitas discrepâncias entres os dois[21] Hoje em dia, a maior parte dos estudiosos concorda que o Mateus canônico não foi escrito por Mateus, mas por um autor desconhecido, no final do século I d.C., e se baseando no Evangelho de Marcos e nas fontes Q e M (veja Problema sinótico). Também, a maior parte dos estudiosos não se refere mais a este evangelho como Matthaei Authenticum.

A designação Evangelho dos Ebionitas é um neologismo acadêmico, pois nunca houve um texto com este nome circulando durante o Cristianismo primitivo.[22] No século XIX, críticos textuais como Andrews Norton em 1846, propuseram a designação de "Evangelho dos Ebionitas" a esse evangelho descrito por Epifânio de Salamina utilizado pelos ebionitas.[23] O nome também foi utilizado por Bernhard Pick em 1908.[24]

Trechos do Evangelho citados por Epifânio[editar | editar código-fonte]

O Evangelho dos Ebionitas sobrevive apenas em curtas citações feitas por Epifânio em sua heresiologia "Panarion" (cap. 30), uma polêmica contra os ebionitas.

“E aconteceu depois de os dias de Herodes, rei da Judeia, no sumo sacerdócio de Caifás, que um certo homem por nome João veio batizar com o batismo de arrependimento, no rio Jordão, e ele se dizia ser da linhagem de Arão, o sacerdote, filho de Zacarias e Isabel, e todos saíram com ele.”.[25]

“E aconteceu que, quando João batizou, os fariseus se aproximaram dele e foram batizados, e toda Jerusalém também. Ele tinha uma roupa de pelos de camelos, e um cinto de couro em torno de seus lombos. E seu alimento foi mel da floresta, que tinha gosto de maná, formado como bolos de azeite.”.[26]

“O povo tendo sido batizado, Jesus veio também, e foi batizado por João. E como ele saiu da água os céus se abriram, e ele viu o espírito o santo descendo sob a forma de uma pomba, e entrando nele. E uma voz foi ouvida do céu: "Tu és o meu filho amado, em ti estou bem satisfeito, e ainda: "neste dia te gerei". E de repente uma grande luz brilhou naquele lugar. E João ao vê-lo, disse: "Quem és tu, senhor?" Então uma voz foi ouvida do céu: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo". Por causa disto João caiu a seus pés e disse: "Peço-te, senhor, batiza-me". Mas ele negou, dizendo: Deixe-me sozinho, pois, assim é certo que tudo seja realizado".[26]

"Havia certo homem chamado Jesus, e ele tinha cerca de trinta anos de idade, ele nos escolheu. E vindo a Cafarnaum, ele entrou na casa de Simão, por sobrenome Pedro, e abriu a boca e disse: “Passando ao lado do mar de Tiberíades eu escolhi João e Tiago, filhos de Zebedeu, e Simão e André e Filipe e Bartolomeu, Tiago, filho de Alfeu e Thomas, Tadeu, Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes. Tu também, Mateus, sentado na coletoria, que eu chamei, e tu me seguiu. Segundo a minha intenção sois doze apóstolos para um testemunho a Israel"”.[26]

"Eis aí tua mãe e teus irmãos estão lá fora. Ele disse: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os seus discípulos e disse: Estes são meus irmãos e minha mãe e irmãs, que fazem a vontade de meu Pai.".[27]

"Nenhum discípulo está acima de seu mestre, nem o servo acima de seu senhor".[28]

"Eu vim para abolir os sacrifícios: Se vós não deixardes de sacrificar, a ira (de Deus) não deixará de pesar sobre vós".[29]

"Onde queres que vamos preparar para Ti para comer a Páscoa?" Ao que ele respondeu: Que eu não tenho vontade de comer a carne do cordeiro pascal com vocês".[30]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Irineu (130-200 d.C.), Contra Heresias 3:11:7: "Tais, então, são os primeiros princípios do Evangelho: que existe um só Deus, o Criador deste universo; Ele, que também estava anunciado pelos profetas, e que por Moisés apresentou a dispensação da lei,-[princípios] que proclamam o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e ignoram qualquer outro Deus ou Pai exceto Ele. Tão firme é o chão em que estes Evangelhos repousam, que os muito hereges eles mesmos dão testemunho deles, e, a partir destes [documentos], cada um deles esforça-se para estabelecer sua própria doutrina peculiar. Porque os ebionitas, que usam o Evangelho do Mateus somente, são refutados por este mesmo, fazendo suposições falsas em relação ao Senhor. Mas Marcião, mutilando aquele segundo Lucas, é provado ser um blasfemador do único Deus existente, por aquelas [passagens] que ele ainda retém. Aqueles, novamente, que separam Jesus de Cristo, alegando que Cristo permaneceu impassível, mas que foi Jesus que sofreu, preferindo o Evangelho segundo Marcos, se eles o lessem com amor pela verdade, teriam seus erros retificados. Aqueles, além disso, que seguem Valentino, fazendo uso copioso daquele segundo João, para ilustrar suas conjunções, será provado estarem totalmente em erro por meio deste mesmo Evangelho, como eu mostrei no primeiro livro. Então, visto que nossos oponentes dão testemunho para nós, e fazem uso destes [documentos], nossa prova derivada deles é firme e verdadeira.
  2. a b c d Eusébio de Cesaréia (264-340 d.C.), História Eclesiástica 3:27. “Capítulo XXVII. A Heresia dos Ebionitas. 1 O mau demônio, porém, sendo incapaz de rasgar certos outros da sua lealdade ao Cristo de Deus, ainda os achou suscetíveis em uma direção diferente, e assim os levou para os seus próprios propósitos. Os antigos muito propriamente chamaram estes homens ebionitas, porque eles mantinham opiniões pobres e medíocres a respeito de Cristo. 2 Pois eles o consideravam um simples e comum homem, que foi justificado somente por causa de sua superior virtude, e que era o fruto do intercurso de um homem com Maria. Em sua opinião a observância da lei cerimonial era completamente necessária, pelo motivo de que eles não podiam ser salvos pela fé em Cristo somente e por uma vida correspondente. 3 Havia outros, porém, além deles, que eram do mesmo nome, mas evitavam as estranhas e absurdas crenças dos anteriores, e não negavam que o Senhor nasceu de um virgem e do Espírito Santo. Mas não obstante, tendo em vista que eles também se recusavam a reconhecer que ele pré-existiu, sendo Deus, Palavra, e Sabedoria, eles se desviavam para a impiedade dos anteriores, especialmente quando eles, como eles, esforçavam-se para observar estritamente o culto corporal da lei. 4 Estes homens, além disso, pensavam que era necessário rejeitar todas as epístolas do apóstolo, que eles chamavam um apóstata da lei; e eles usavam somente o assim chamado Evangelho segundo os Hebreus e tinham em pequena conta o resto. 5 O Sábado e o resto da disciplina dos judeus eles observavam exatamente como eles, mas ao mesmo tempo, como nós, eles celebravam os dias do Senhor como um memorial da ressurreição do Salvador. 6 Portanto, em conseqüência de tal curso eles receberam o nome de ebionitas, que significava a pobreza do seu entendimento. Pois este é o nome pelo qual um homem pobre é chamado entre os hebreus.“
  3. a b Skarsaune, Oscar (2007). Jewish Believers in Jesus (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. pp. 544–545. ISBN 9781565637634 , Jerônimo - "No Evangelho que os nazarenos e os ebionitas utilizam, que eu traduzi recentemente do hebreu para o grego e que é chamado de 'autêntico texto de Mateus' por muitos, está escrito …" Comm. Matt. 12.13; p.435; Ireneu - "Pois os ebionitas, que utilizam o evangelho de acordo com Mateus apenas, são refutados por este mesmo livro, quando eles fazem falsas suposições sobre o Senhor" Haer. 3.11.7; p.446; Eusébio - "Este homens, além disso, pensaram que fosse necessário rejeitar todas as epístolas do Apóstolo, a quem eles chamam de apóstata da Lei. E então eles se utilizam do chamado Evangelho segundo os Hebreus e fizeram pouco caso do resto." Hist. eccl. 3.27.1; p.45; Epifânio - "Eles também aceitam o Evangelho segundo Mateus. Eles também se utilizam dele como o fazem os seguidores de Cerinto e Merinto. Eles o chamam, porém, 'de acordo com os Hebreus', que é o nome correto, pois Mateus é o único nome de evangelista no Novo Testamento que escreveu em hebraico e com as letras hebraicas." Panarion 30.3.7
  4. a b Inácio (67-110 d.C.), em Epístola aos Filadelfenses, capítulo VI: “Se alguém diz que existe um só Deus, e também confessa Cristo Jesus, mas pensa que o Senhor é um mero homem, e não o unigênito Deus, e a Sabedoria, e a Palavra de Deus, e considera que Ele consiste meramente de uma alma e corpo, este tal é uma serpente, que prega engano e erro para a destruição dos homens. E tal homem é pobre em entendimento, até mesmo por nome ele é um Ebionita.”.
  5. a b Eusébio de Cesaréia (264-340 d.C.), História Eclesiástica 6:17. “CAPÍTULO XVII – O Tradutor Símaco. Sobre estes tradutores, deve ser declarado que Símaco era um ebionita. Mas a heresia dos Ebionitas, como é chamada, afirma que Cristo era o filho de José e Maria, considerando-o um mero homem, e insiste fortemente em guardar a lei de uma maneira judaica, como nós já vimos nesta história. Comentários de Símaco ainda são existentes, nos quais ele parece apoiar esta heresia, atacando o Evangelho de Mateus. Orígenes declara que obteve estes e outros comentários de Símaco sobre as Escrituras de uma certa Juliana, que, ele diz, recebeu os livros por herança do próprio Símaco.
  6. Paget, James Carleton. "The Ebionites in recent research". Jews, Christians, and Jewish–Christians in Antiquity. Tübingen: Mohr Siebeck, 2010, pp. 349–357.
  7. Gregory, Andrew. "Jewish-Christian Gospels." The Expository Times 118.11 (2007): 521-529.
  8. "Apocrypha" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  9. Bertrand, Daniel A. "L'Évangile des Ébionites: une harmonie évangélique antérieure au Diatessaron." New Testament Studies 26.4 (1980): 548-563.
  10. Gregory, Andrew. "Prior or posterior? The Gospel of the Ebionites and the Gospel of Luke." New Testament Studies 51.3 (2005): 344.
  11. Compare com o Pseudo-Clementina R 1.27-71
  12. Lapham, Fred. An Introduction to the New Testament Apocrypha. London: T&T Clark International, 2003, p. 48.
  13. «Ebionites» (em inglês). Encyclopædia Britannica. Consultado em 6 de fevereiro de 2011 
  14. Registro de Irineu de Lyon: “Mas não como alguns alegam, entre aqueles que agora a pretensão de expor a Escritura, [assim]: Eis que uma jovem mulher conceberá e dará à luz um filho, Isaías 7:14, como Theodotion o Éfeso interpretou, e Aquila de Pontus, tanto Judaico prosélitos. Os ebionitas, seguindo estes, afirmam que Ele foi gerado por Joseph”. – (Irineu em Contra Heresias, cap.21:1)
  15. Manuscritos a, g1, k e q da versão latina antiga diz o seguinte: “E Jacó gerou a José, ao qual estava compromissada a virgem Maria, gerou Jesus, o chamado Cristo”. E nos manuscritos das versões gregas ‘Theta’ e ‘Fi’, também diz que José gerou Jesus. Citação retirada da sitio eletrônico do Ebionismo
  16. Este artigo incorpora texto da Enciclopédia Judaica (Jewish Encyclopedia) (em inglês) de 1901–1906 (artigo "Ebionites" por Kaufmann Kohler), uma publicação agora em domínio público.
  17. Francois P. Viljoen (2006). «Jesus' Teaching on the Torah in the Sermon on the Mount» (PDF). Neotestamenica (40.1): 135-155. Consultado em 6 de fevereiro de 2011 
  18. MACCOBY, Hyam (1987). The Mythmaker: Paul and the Invention of Christianity (em inglês). [S.l.]: HarperCollins. pp. 172–183. ISBN 0062505858 
  19. Irineu (130-200 d.C.), Contra Heresias 1:26:2: “Aqueles que são chamados ebionitas concordam que o mundo foi feito por Deus; mas suas opiniões a respeito do Senhor são semelhantes àquelas de Cerinto e Carpócrates. Eles usam o Evangelho segundo Mateus somente, e repudiam o Apóstolo Paulo, afirmando que ele era um apóstata da lei. Quanto aos escritos proféticos, eles esforçam-se para os exporem uma maneira um pouco singular: eles praticam a circuncisão, perseveram na observância daqueles costumes que são ordenados pela lei, e são tão Judaicos em seu estilo de vida, que eles até adoram Jerusalém como se ela fosse a casa de Deus.”
  20. Orígenes (185-254 d.C.), Contra Celso 5:65. “Pois existem certas seitas heréticas que não recebem as Epístolas do Apóstolo Paulo, como as duas seitas dos ebionitas, e aqueles que são chamados Encratitas. Aqueles, então, que não consideram o apóstolo como um homem santo e sábio, não adotarão sua linguagem e não dirão: "O mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo".
  21. "Eu vou agora falar do Novo Testamento, que foi indubitavelmente composto em grego, cuja exceção é a tradução do Apóstolo Mateus, que estava primeiro na Judeia a produzir um Evangelho de Cristo em letras (e língua) hebraicas. Precisamos confessar que, como temos o Evangelho de Mateus em nossa língua, ele está marcado por discrepâncias e agora que a corrente foi distribuída em diversos canais, por isso precisamos retornar de volta à fonte." - Carta ao papa Dâmaso, 384 d.C.
  22. Edwards, James R (2009). The Hebrew Gospel and the Development of the Synoptic Tradition (em inglês). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing. p. 121 
  23. Norton, Andrews. Additions made in the second edition of the first volume of Norton's Evidences Of The Genuineness Of The Gospels (em inglês). [S.l.: s.n.] 46 páginas 
  24. Pick (1908). Paralipomena: Remains of Gospels and Sayings of Christ (em inglês). [S.l.: s.n.] 
  25. Epifânio, Haeres. XXX 13 e XXX 14
  26. a b c Haeres. XXX 13
  27. Haeres. XXX 14
  28. Tertuliano, Contra todas as Heresias III
  29. Epifânio, Haeres. XXX 16
  30. Epifânio, Haeres. XXX 22

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Este assunto é um dos em que não existe consenso. Segue uma lista do que cada um já escreveu sobre o assunto:

  • Johann Ernst Grabe (1666–1711) - Spicilegium SS. Patrum ut et Haereticorum Seculi Post Christum natum 1700
  • John Kitto - A cyclopædia of Biblical literature.
  • Adolf von Harnack - Texte und untersuchungen zur geschichte der altchristlichen literatur
  • Christian Friedrich Weber - Neue Untersuchung über das Alter und Ansehen des Evangeliums.
  • William Binnington Boyce - The higher criticism and the Bible.
  • Archibald Hamilton Charteris, Johannes Kirchhofer - Canonicity: a collection of early testimonies :to the canonical books of the New Testament.
  • Rudolf Handmann - Das Hebräer-Evangelium.
  • Edward Byron Nicholson - The Gospel According to the Hebrews. 1879
  • Pierson Parker - A Proto-Lucan basis for the Gospel according to the Hebrews".
  • William Reuben Farmer - The Synoptic Problem: a Critical Analysis. New York: Macmillan. 1964
  • Walter Richard Cassels - Supernatural Religion. 1902
  • James R. Edwards - The Hebrew Gospel and the development of the synoptic tradition. 2009