Insurreição de São Leopoldo

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Insurreição de São Leopoldo
Guerra dos Farrapos
Data 21 de janeiro de 1836
Local São Leopoldo, Rio Grande do Sul
Desfecho Tomada da Colônia de São Leopoldo pelos farroupilhas e a dispersão das forças legalistas na região
Beligerantes
Revolucionários Liberais Farroupilhas Revolucionários Liberais Farroupilhas Império do Brasil
Comandantes
Revolucionários Liberais Farroupilhas Capitão Hermann von Salisch Brigadeiro Gaspar Francisco Menna Barreto
Visconde de Castro
Forças
50 homens e alguns colonos Cerca de 50 imperais, 80 alemães cavalarianos e 200 na infantaria
Baixas
Nenhuma Nenhuma

A Insurreição de São Leopoldo foi um episódio ocorrido durante a Revolução Farroupilha ao dia 21 de janeiro de 1836, quando rebeldes farrapos, comandados pelo Capitão Hermann von Salisch convenceram os colonos alemães da Colônia São Leopoldo a se amotinarem contra os comandantes imperiais que ali ocupavam a colônia, o Brigadeiro Gaspar Francisco Menna Barreto e João do Canto e Melo, o Visconde de Castro.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O pomerano Hermann von Salisch era a principal figura que representava os interesses dos rebeldes farroupilhas dentro da Colônia São Leopoldo, havendo se instalado lá em 1824 após a dissolução de sua unidade, o 27º Batalhão de caçadores, no qual fazia parte do oficialato. Em 1836, após a tomada de Porto Alegre um ano antes pelos Farroupilhas, Salisch foi de Porto Alegre para a colônia com ordens de fazer o possível para debandar os legalistas que, liderados pelo brigadeiro Gaspar Francisco Menna Barreto, estavam alocados em São Leopoldo. Salisch, comandando um número de 50 brasileiros e alguns colonos, se defrontou “com as forças superiores do brig. Menna Barreto: cerca de 50 lusos, 80 alemães cavalarianos e 200 na infantaria, que se deslocavam para ocupar a margem esquerda do rio dos Sinos”.[1][2]

O líder farroupilha conseguiu permissão para ter rápida conversa com o brigadeiro. Em seguida, passou a discursar para seus conterrâneos que formavam a tropa legalista, em alemão, língua que Menna Barreto não compreendia. Salvo o mistério do conteúdo das palavras de Salisch, o fato é que sua fala convenceu os alemães a abandonar as fileiras imperiais, muitos aderindo às hostes farroupilhas e outros se retirando para suas casas.[2]

Referências

  1. a b Donato, Hernâni, 1922-2012. (2001). Dicionário das batalhas brasileiras. [S.l.]: Biblioteca do Exército Editora. OCLC 52873416 
  2. a b Schmitt, Ânderson Marcelo (4 de setembro de 2017). «"A mais estrita neutralidade em assunto que nada vos diz respeito": a participação de imigrantes alemães na Guerra Civil Sul-Rio-Grandense (1835-1845)». Revista Territórios e Fronteiras (1). 201 páginas. ISSN 1984-9036. doi:10.22228/rt-f.v10i1.495. Consultado em 12 de setembro de 2020