Intervenção e Resgate Animal

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Intervenção e Resgate Animal
(IRA)
Logótipo
Intervenção e Resgate Animal
Tipo Organização sem fins lucrativos
Fundação 20 de setembro de 2016[1]
Propósito Assistência, proteção e resgate de animais vitimas de maus-tratos e/ou negligência.
Sede Avenida General Roçadas, 19 A, 1170-156 Lisboa
Fundador(a) Desconhecido[1]
Sítio oficial nira.pt/

O Núcleo de Intervenção e Resgate Animal (conhecido como Intervenção e Resgate Animal ou IRA) é uma organização não governamental portuguesa de ações de assistência e resgate animal.[2][3][4] Alguns dos seus elementos são membros ativos de forças de segurança, militares e bombeiros.[1]

Tem como propósitos a deteção, planeamento e resgate de animais vítimas de negligência e/ou maus-tratos, o resgate de animais em risco imediato de vida (ou que coloquem a vida dos cidadãos em risco), a intervenção em cenários de calamidade, catástrofe ou desastre e a prestação de apoio logístico aos órgãos de polícia criminal e entidades municipais.[5]

Os seus membros atuam sempre vestidos de negro e de cara coberta, devido a quererem manter a sua identidade desconhecida.[1][6]

Partilham a sua atividade na rede social Facebook, onde têm mais de 300 mil seguidores. Nesta rede social, para além de mostrarem os seus resgates, costumam divulgar imagens de animais mal tratados, fazer apelos para a adoção de animais e divulgar ações de sensibilização em escolas.[6][7]

A sua área de atuação está circunscrita a parte da Área Metropolitana de Lisboa, mas no que toca a situações de calamidade pública, o grupo intervém a nível nacional.[5]

Atualmente procuram ser integrados como uma Organização de Voluntariado de Proteção Civil (OVPC), de forma a estarem aptos a colaborar diretamente com o Estado português em cenários de catástrofe.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Surge em 2016, no âmbito de um apelo de adoção a uma cadela Staffordshire bull terrier, que foi resgatada após ser utilizada em lutas ilegais de animais. Após esse resgate, dado o método e a forma de atuação, começaram a receber mais denúncias de maus-tratos a animais.[1]

Em 2018, foram acusados de ser uma organização terrorista por uma reportagem da TVI, o que levou a que a Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária e o Ministério Público abrissem uma investigação sobre o grupo, por crimes como assalto à mão armada, sequestro e terrorismo.[8] Segundo a reportagem, um dos integrantes do grupo seria uma, nessa altura, dirigente do partido Pessoas-Animais-Natureza, Cristina Rodrigues (atualmente deputada não inscrita à Assembleia da República).[6][9][10] Para além de negar qualquer ligação com partidos políticos, o grupo negou todas as acusações e referiu que nenhum elemento do IRA foi constituído arguído em qualquer processo. O grupo referiu que o envolvimento de Cristina Rodrigues foi meramente de aconselhamento e apoio pro bono na área jurídica.[1][11][12] Após uns dias, apresentaram queixa-crime contra a TVI por difamação do nome da organização.[13]

No final do mesmo ano, anunciaram a abertura de um centro veterinário em Lisboa, de forma a financiar a sustentabilidade do grupo, gerando mais fundos para o seu crescimento.[14]

Em 2019 era constituído por três delegados, cinco subdelegados e nove voluntários de proximidade (17 elementos).[1]

Em 2020, anunciou a criação de um cartão de associado que servirá como forma de financiamento das suas intervenções, resgates e expansão da sua área de atuação.[15]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h Mafalda Tello Silva (20 de dezembro de 2019). «"Não somos nem ativistas nem criminosos. Somos assertivos e íntegros"». Notícias ao Minuto. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  2. Luís Ribeiro & Sara Rodrigues (16 de novembro de 2018). «Animais maltratados: Conheça o IRA, o grupo que faz justiça pelas próprias mãos». Visão. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  3. IRA. «A nossa Missão». Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  4. Tânia Pereirinha & João Porfírio (1 de novembro de 2017). «IRA. O grupo de durões que defende os animais de Lisboa e arredores». Observador. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  5. a b Carmen Silva (16 de novembro de 2018). «Resgatar animais com IRA». Veterinária Atual. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  6. a b c «Não há rostos, só caras tapadas. Afinal o que é o IRA - Intervenção e Resgate Animal?». Jornal de Notícias. 16 de novembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  7. «Investigação CM acompanha de perto trabalho do IRA na intervenção e resgate animal». Correio da Manhã. 5 de novembro de 2019. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  8. Rita Marques Costa & Maria Lopes (16 de novembro de 2018). «PJ investiga grupo Intervenção e Resgate Animal por suspeita de crimes violentos». Público. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  9. Susete Francisco & Valentina Marcelino (16 de novembro de 2018). «Intervenção e Resgate Animal está a ser investigado por assalto à mão armada». Diário de Notícias. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  10. «A ex-assessora do IRA que para já salvou o Orçamento a Costa». Sábado. 26 de outubro de 2020. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  11. «IRA contrapõe reportagem da TVI e garante que só actua em caso de maus tratos animais». Sábado. 16 de novembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  12. «A resposta do IRA à TVI. "Esta tentativa de ligação IRA-PAN é totalmente descabida"». i. 16 de novembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  13. «Reportagem polémica da TVI: IRA avança com queixa em tribunal e critica jornalista». SAPO. 19 de novembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  14. «IRA vai abrir centro veterinário em Lisboa». Sábado. 30 de dezembro de 2018. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
  15. «IRA – Intervenção e Resgate Animal cria cartão sócio com vantagens». Semanário V. 22 de janeiro de 2020. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
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