Iporanga
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Município do Brasil | |||
Vista da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | iporanguense | ||
Localização | |||
Localização de Iporanga em São Paulo | |||
Localização de Iporanga no Brasil | |||
Mapa de Iporanga | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | Ribeirão Grande, Guapiara, Barra do Turvo, Apiaí, Eldorado, Itaoca e estado do Paraná | ||
Distância até a capital | 360 km | ||
História | |||
Fundação | 1576 (439 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Alessandro Mendes Rodrigues (PTB, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 160,293 km² | ||
População total (estatísticas IBGE/2014[2]) | 4 351 hab. | ||
Densidade | 3,7 hab./km² | ||
Clima | tropical úmido | ||
Altitude | 81 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 18330-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,693 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 23 823,146 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 4 992,28 | ||
Sítio | iporanga.sp.gov.br (Prefeitura) www.camaraiporanga.sp.gov.br (Câmara) |
Iporanga é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Localizado na região do Vale do Ribeira a uma latitude 24º35'09" sul e a uma longitude 48º35'34" oeste, estando a uma altitude de 81 metros. Sua população estimada em 2004 era de 4 535 habitantes.
Toponímia[editar | editar código-fonte]
"Iporanga" é um vocábulo de origem tupi que significa "rio bonito", através da junção dos termos 'y (rio) e porang (bonito)[5]. É uma referência ao Ribeirão Iporanga, na foz do qual se localiza o município.
História[editar | editar código-fonte]
Os primeiros vestígios de ocupação de ascendência europeia em Iporanga datam de 1600, sendo que só veio a ser habitada por este tipo de colonizador em meados de 1650, com a exploração do ouro, quando se deu a formação do garimpo de Santo Antônio e quando teve seu primeiro registro por escrito: um registro de terras em que aparece com o nome de Upuranga. Iporanga teve a fundação oficial do arraial no ano de 1755.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Situa-se no coração da mata atlântica, junto às margens do Rio Ribeira de Iguape e na foz do Ribeirão Iporanga. É conhecida como "Capital das Cavernas", devido à grande incidência de cavernas calcárias na área do município. Destaque para a Caverna de Santana, que recebe anualmente dezenas de milhares de visitantes e a Casa de Pedra, a caverna com o maior maior portal do mundo. São cerca de 360 cavernas catalogadas, a maior concentração do Brasil e, possivelmente, do mundo.
Demografia[editar | editar código-fonte]
Dados do Censo - 2000
População total: 4 562
- Urbana: 2 076
- Rural: 2 486
- Homens: 2 370
- Mulheres: 2 192
Densidade demográfica (hab./km²): 3,93
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 26,70
Expectativa de vida (anos): 66,28
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,01
Taxa de alfabetização: 80,89%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,693
- IDH-M Renda: 0,592
- IDH-M Longevidade: 0,688
- IDH-M Educação: 0,798
(Fonte: IPEADATA)
Turismo[editar | editar código-fonte]
O município é cercado por unidades de conservação, dentre as quais se destacam o Parque Estadual Caverna do Diabo e o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR, que com cerca de 35 712 hectares abriga o valioso patrimônio natural, composto por sítios espeleológicos, paleontológicos, arqueológicos e históricos além da grande diversidade biológica característica da Mata Atlântica preservada em toda sua extensão. Em 1999, essa região foi reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.
Cavernas[editar | editar código-fonte]
Santana, Morro Preto, Couto, Água Suja, Lage Branca, Lambari de Baixo, Lambari de cima, Casa de Pedra, dentre outras (catalogadas mais de 300).
Cachoeiras[editar | editar código-fonte]
Sem fim, Andorinhas, Beija - Flor, Taquaruvira, dentre outras.
Cultura[editar | editar código-fonte]
Possui 70% da população afrodescendente, devido à ocupação humana ocorrida no século XVII pela mão de obra escrava trazida pelos portugueses. Nhunguara, Pilões e Bombas estão entre as dezenas de comunidades quilombolas do município. O puxirão, danças e a roça de coivara são eventos da cultura quilombola. A procissão fluvial do dia 31 de dezembro é um importante evento cultural da cidade.
Geologia[editar | editar código-fonte]
Iporanga possui uma das mais belas e complexas paisagens geológicas do Estado de São Paulo. Na região, que possui um relevo jovem e bastante movimentado, afloram rochas metassedimentares marinhas e metaígneas numa extensa faixa de dobramentos deformada segundo a direção Nordeste-Sudoeste que constitui o Grupo Açungui (Neoproterozóico, cerca de 1,1 bilhão de anos), incluindo o Subgrupo Lageado, constituído por metacalcários sobre os quais se instalam as famosas cavernas; Formação Iporanga e Formação Votuverava, essas últimas com predomínio de filitos, metaconglomerados e localmente rochas metabásicas. Na região, efetuaram-se diversos estudos de mapeamento geológico e pesquisa mineral, sobretudo pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil. A seção geológica mais conhecida é o famoso perfil Apiaí-Iporanga. O município de Iporanga foi palco da exploração de ouro no período colonial e posteriormente chumbo e zinco no século passado.
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Comunicações[editar | editar código-fonte]
No setor de telefonia a cidade era atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP), que inaugurou em 1974 a central telefônica que é utilizada até os dias atuais[6].
Em 1975 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[7], até que em 1998 esta empresa foi vendida para a Telefônica, que em 2012 adotou a marca Vivo para suas operações[8][9].
Esporte[editar | editar código-fonte]
Boiacross (aquaraid), rapel, cascading, canionismo, tirolesa, passeios de canoa e caiaque, espeleoturismo e diversas trilhas.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1º de julho de 2014). «Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data em 1º de julho de 2014» (PDF). Consultado em 7 de setembro de 2014. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2014
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
- ↑ «Patrimônio da COTESP incorporado pela TELESP» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Telesp vai servir mais 86 cidades do estado». Acervo Folha de S.Paulo
- ↑ «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada)
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO