Jorge Zelada

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Jorge Zelada
Jorge Zelada
Jorge Zelada, a esquerda, na CPMI da Petrobras em 2014
Nome completo Jorge Luiz Zelada
Nascimento 20 de janeiro de 1957 (67 anos)
Porto Alegre (RS), Brasil
Residência Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Yone Maria Schwengber
Pai: Felidor Alfonso Zelada Saavedra
Cônjuge Divorciado
Profissão Engenheiro
Cargo Ex-diretor internacional da Petrobras (2008 a 2012)[1]
Jorge Zelada
Crime(s)
Pena
Situação cumprindo pena em prisão[2]

Jorge Luiz Zelada (Porto Alegre, 20 de janeiro de 1957) é um engenheiro[4] e foi diretor da área internacional da Petrobras, como sucessor de Nestor Cerveró, de 2008 a 2012.[1] Zelada foi preso em 2 de julho de 2015, na 15ª fase da Operação Lava Jato[5], batizada de Conexão Mônaco[6], por envolvimento no maior esquema de corrupção da história, conhecido como Petrolão.[7] Zelada foi o quarto diretor da Petrobras preso na Lava Jato, após as prisões de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró.[8]

Em agosto de 2015, Zelada foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF).[9] Em janeiro de 2016, foi condenado a quatro anos por fraude em licitação e fevereiro do mesmo ano, foi condenado a 12 anos e meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[10]

Operação Lava Jato[editar | editar código-fonte]

Investigações[editar | editar código-fonte]

A Polícia Federal localizou o registro de viagem de Jorge Zelada, para abrir uma conta no Principado de Mônaco. O executivo saiu do País, em 7 de fevereiro de 2011, às 21h03, rumo a Paris, no mesmo voo em que estava Miloud Hassene, ex-sócio do lobista do PMDB João Augusto Rezende Henriques na empresa Trend. De acordo com a PF, Jorge Zelada abriu sua conta no Banco Julius Bar, em Mônaco, em 15 de fevereiro de 2011, período em que estava na França.[11]

Em 27 de agosto de 2015, a CPI da Petrobras aprovou a convocação de Jorge Zelada e José Dirceu para depor em 31 de agosto sobre o esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.[12] No dia 31 de agosto de 2015, Zelada permaneceu em silêncio durante a CPI.[13]

Em 8 de maio de 2018, foi um dos alvos da Operação Déjà vu, 51ª fase da Operação Lava Jato,[14] que investiga um esquema de propina de 200 milhões na Petrobras.[15]

Confisco de bens[editar | editar código-fonte]

O juiz federal Sergio Moro decretou o confisco de 123,6 milhões de reais dos saldos sequestrados em duas contas em nome de Zelada e da offshore Rockfield International, constituída no Panamá, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo total de cerca de 11,6 milhões de euros.[2]

Condenações[editar | editar código-fonte]

Em 12 de janeiro de 2016, a Justiça do Rio de Janeiro condenou Zelada a 4 anos por fraude em licitação.[3] Em 1º de fevereiro de 2016, a Justiça Federal do Paraná condenou Zelada a 12 anos e 2 meses de prisão Jorge Luiz Zelada, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[10]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Daniel Haidar (17 de março de 2015). «Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras, escondeu dinheiro em Mônaco». VEJA. Consultado em 19 de maio de 2016 
  2. a b c d Fausto Macedo. «Moro condena Zelada a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro». Estadão. Consultado em 19 de maio de 2016 
  3. a b c «Justiça do Rio condena Zelada a 4 anos de prisão por fraude em licitação». pombalfm.com.br. 12 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de maio de 2016 
  4. «Sentença». MPF. Consultado em 19 de maio de 2016 
  5. «PF prende ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada na 15ª fase da Lava Jato». R7. 27 de julho de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  6. «Ex-diretor da Petrobras é preso na 15º fase da Operação Lava Jato». G1. 2 de julho de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  7. «Entenda o caso». Operação Lava Jato. Consultado em 19 de maio de 2016 
  8. Marina Rossi (2 de julho de 2015). «Ex-diretor da Petrobras preso fecha cerco sobre núcleo duro da Lava Jato». El País Brasil. Consultado em 19 de maio de 2016 
  9. Fernando Castro. «MPF denuncia ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada na Operação Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 19 de maio de 2016 
  10. a b Bibiana Dionísio e Adriana Justi (1 de fevereiro de 2016). «Justiça condena Zelada, ex-diretor da Petrobras, a 12 anos de prisão». G1. Globo.com. Consultado em 19 de maio de 2016 
  11. «PF acha registro de viagem de Zelada com ex-sócio de lobista do PMDB». Estadão. 16 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  12. «CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu e Jorge Zelada». G1. Globo.com. 27 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  13. «Na CPI da Petrobras, Otávio Azevedo e Jorge Zelada também ficam calados». Folha de S.Paulo. 31 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  14. Pedro Peduzzi (8 de maio de 2018). «Desvios apurados na Operação Deja Vu podem chegar a R$ 200 milhões». Agência Brasil. EBC. Consultado em 11 de maio de 2018 
  15. «Dejà vu age contra esquema de R$ 200 mi na Petrobrás que envolve MDB». 8 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]