José de Castro (ator)

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José de Castro
José de Castro (ator)
Monumento ao Ator José de Castro - Paço de Arcos
Nome completo José Manuel Maria da Conceição Pinhanços
Nascimento 16 de novembro de 1931
Paço de Arcos, Oeiras
Nacionalidade português
Morte 6 de outubro de 1977 (45 anos)
Lisboa
Ocupação ator
Outros prémios
Prémio da Crítica (1958)
Prémio Eduardo Brazão (1962)
Prémio da Imprensa (1964) Actor de Teatro
Prémio da Imprensa (1968) Actor de Teatro
Prémio da Imprensa (1970) Actor de Teatro
Prémio Eduardo Brazão (1971)

José de Castro, pseudónimo de José Manuel Maria da Conceição Pinhanços[1] (Paço de Arcos, Oeiras, 16 de Novembro de 1931Lisboa, 6 de Outubro de 1977)[2][3] foi um premiado actor português.[4]

Iniciou a sua carreira no Grupo Cénico do Clube Desportivo de Paço de Arcos.[carece de fontes?]

José de Castro estreou-se profissionalmente no teatro em 22 de novembro de 1952, na peça A Hipócrita (Emlyn Williams), na Companhia Maria Lalande - Assis Pacheco, no Teatro Maria Vitória.[4]

Em meados da década de 1950 ingressa na Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, companhia residente do Teatro Nacional D. Maria II, onde participaria em quase 3 dezenas de produções.[5][6]

No cinema estreou-se em As Ilhas Encantadas (1965) de Carlos Vilardebó[3] e participou como actor em filmes como Vinte e Nove Irmãos (1965) de Augusto Fraga ou A Santa Aliança (1978) de Eduardo Geada.[7]

José de Castro foi distinguido com o Prémio da Crítica de 1958 pelo seu trabalho em O Processo de Jesus (Diego Fabbri).[4]

José de Castro recebeu o Prémio Eduardo Brazão (1962), do SNI, para para "melhor intérprete masculino de teatro declamado", por Romeu e Julieta (Shakespeare),[4] voltando a receber o galardão em 1971 pela sua interpretação em O Rei Está a Morrer (Ionesco).[8]

José de Castro recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, o seu primeiro, na categoria "Teatro", pelas interpretações em Divinas Palavras (Valle-Inclán) e Joana de Lorena (Anderson). Na cerimónia de entrega realizada a 3 de abril de 1965, no Pavilhão dos Desportos, a Casa da Imprensa também distinguiu nesta categoria a actriz Eunice Muñoz e autor da peça O Braço da Justiça, Joaquim Paço de Arcos.[9]

Recebeu Prémio da Imprensa (1968), o seu segundo, na categoria "Teatro", entregue 1969 no Pavilhão dos Desportos, quando a Casa da Imprensa também distinguiu nesta categoria a actriz Helena Félix, o encenador Artur Ramos e o autor José Régio.[9]

José de Castro recebeu Prémio da Imprensa (1970) o seu terceiro, novamente como actor na categoria "Teatro", "pela criação em O Rei Está a Morrer" (Ionesco). Na ocasião, a 23 de março de 1971, no Coliseu dos Recreios, a Casa da Imprensa distinguiu ainda a actriz Helena Félix, a encenadora Luzia Maria Martins , o cenógrafo José Rodrigues, o Teatro Estúdio de Lisboa (Prémio de Conjunto) e os espectáculos Melim 4 (encenado por Adolfo Gutkin) e Breve Sumário da História de Deus (encenado por Carlos Avilez). Nesta edição de 1971, foi ainda atribuído o "Prémio Especial de Revelação" a Margarida Mauperrin que, alegando razões pessoais não aceitou o prémio.[9]

Foi homenageado com um busto, no Largo 5 de Outubro, em Paço de Arcos.[10]

Referências

  1. Jorge Leitão Ramos (2024). «José de Castro». cinemaportuguesmemoriale.pt. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  2. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 3. 1.ª actualização. Lisboa ; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia. 1983. OCLC 253749461 
  3. a b «Cinema português : Cronologia : 1931». Instituto Camões. 2007. Consultado em 11 de janeiro de 2019 
  4. a b c d Luciano Reis (2005). Os Grandes Actores Portugueses. Não indica autores de peças. Lisboa: Sete Caminhos. p. 23,24. ISBN 989-602-033-7. OCLC 500394473. Consultado em 11 de janeiro de 2019 
  5. «Ficha de Pessoa : José de Castro». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 25 de Novembro de 2008. Consultado em 18 de maio de 2016 
  6. «Ficha de Companhia : Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 12 de Outubro de 2012. Consultado em 18 de maio de 2016 
  7. «Pessoa : José de Castro». Não indica realizadores. CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 11 de janeiro de 2019 
  8. Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 7 : Prémios Artísticos (entre 1959 e 1973)». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Troca as definições de "Prémio Eduardo Brazão" com "Prémio António Pinheiro" na página 48. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 48, 49, 53. Consultado em 11 de janeiro de 2019 
  9. a b c «Prémios Bordalo». Em 1964, 1968 e 1970 denominado "Prémio da Imprensa". Não indica autores de peças. Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 11 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  10. «Ator José de Castro homenageado em Oeiras». e-cultura (Centro Nacional de Cultura). Consultado em 11 de janeiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]