Jota Mombaça

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jota Mombaça
Nascimento 1991 (33 anos)
Natal
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, performista

Jota Mombaça (Natal, 1991), ou Monstra Errátik e Mc K-trina,[1] é escritora e artista visual brasileira que trabalha em torno das relações entre monstruosidade e humanidade, estudos cuir, diáspora, violência e resiliência, justiça anticolonial, ficção visionária[2] e tensões entre arte e política nas produções de conhecimentos do Sul-do-Sul globalizado.[3][4]

Mombaça faz parte de uma geração de artistas ativistas voltados para o debate sobre a descolonização e o racismo através de um cruzamento com as dimensões de classe social e de identidade de gênero.[3] Define-se como "bicha não binária, racializada como parda, nascida e criada no nordeste do Brasil".[3][1]

Jota participou em 2020 como palestrante da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, na mesa de debate Vocigrafias Insurgentes, em uma conversa com o poeta trans americano Danez Smith. No mesmo ano foi selecionada para a 34ª Bienal de São Paulo, evento anual do qual já havia participado em 2016 com o coletivo Oficina de Imaginação Política.[5][6]

Em 2021, Jota Mombaça é um dos nomes brasileiros que integra o livro 20 em 2020, Os artistas da próxima década: América Latina, que aponta vinte artistas latino-americanos para pautar a próxima década da arte. O livro é organizado por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes fundadores da Art Consulting Tool.[7]

Obra[editar | editar código-fonte]

  • 2020: Black El Dorado. Com a artista Ikí Yos Piña Narváez. Residência artística no âmbito do Pernod Ricard Fellowship, Villa Vassilief, Paris, França[8]
  • 2020: The Daughters of the Driest Rain. Bienalle of Sydney, na Ilha de Cockatoo, Austrália[9]
  • 2019: Laboratório de Ficção Visionária no Centro de Residências Artísticas do Centro de Criação Contemporânea Matadero Madrid[2]
  • 2019: Fragment of "Towards a Gender Disobedient and Anticolonial Redistribution of Violence": Naming the Norm[10]
  • 2019: Não Vão Nos Matar Agora. Coletânea de textos publicada pela EGEAC, em Lisboa, Portugal [11]
  • 2018: Dor, Dívida, Dilema: O que significa descolonizar. Conferência na Praia do Homem do Leme, Porto, Portugal[12]
  • 2018: Ocupação Jota Mombaça. Exposição na Galeria Municipal da Avenida da Índia, em Lisboa, Portugal[11][4]
  • 2013: Gordo Pass. Ação performática[13][14]

Referências

  1. a b c Ferreira, Glauco B. Ferreira. «Arte Queer no Brasil? Relações raciais e não-binarismos de gênero e sexualidades em expressões artísticas em contextos sociais brasileiros.». Portal das Ciências Sociais Brasileiras. Consultado em 16 de março de 2020 
  2. a b «El Centro de residencias artísticas de Matadero Madrid crea un Laboratorio de Ficción Visionaria» (em espanhol). Centro de Residências Artísticas, Matadero Madrid. 2019. Consultado em 17 de março de 2020 
  3. a b c Morais, Pedro F. (15 de julho de 2018). «O corpo de Jota Mombaça é um manifesto». Ípsilon, Público. Consultado em 17 de março de 2020 
  4. a b Portugal, Rádio e Televisão de. «Artista Jota Mombaça apresenta obras sobre sobrevivência na diáspora» 
  5. «Corro risco ao andar na rua, não na performance, diz artista não binária da Flip». FOLHA DE S. PAULO. 3 de dezembro de 2020. Consultado em 6 de abril de 2021 
  6. «Tudo o que Voce Precisa Saber Para Visitar a Bienal de Sao Paulo». Consultado em 6 de abril de 2021 
  7. «Livro aponta vinte artistas latino-americanos para a próxima década». Casa Vogue. Consultado em 6 de abril de 2021 
  8. «Iki Yos Piña Narváez & Jota Mombaça» (em inglês) 
  9. «Jota Mombaça». Biennale of Sydney. Consultado em 17 de março de 2020 
  10. Mombaça, Jota (2017). «Fragment of "Towards a Gender Disobedient and Anticolonial Redistribution of Violence": Naming the Norm» (PDF). Night School. Consultado em 17 de março de 2020 
  11. a b «Jota Mombaça – Galerias Municipais» (em inglês) 
  12. «Mlynarczyk e Jota Mombaça juntam-se à revisitação da história marítima com a Nau! - Notícias - Portal de notícias do Porto. Ponto.» 
  13. Mombaça, Jota. «Gordo Pass 94036546 / Fat Bottom 94036546». Cargo Collective. Consultado em 17 de março de 2020 
  14. «Gordo Pass 94036546 / Fat Bottom 94036546» (em inglês). 28 de abril de 2019 
  15. «Corpo-Colônia / Settled-Body» (em inglês). 28 de abril de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]