Kenjirō Tokutomi

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Kenjirō Tokutomi
Kenjirō Tokutomi
Pseudónimo(s) Tokutomi Roka
(徳冨 蘆花)
Nascimento 8 de dezembro de 1868
Minamata, Kumamoto
Morte 18 de setembro de 1927 (58 anos)
Ikaho, Gunma
Nacionalidade japonês
Ocupação Escritor

Kenjirō Tokutomi (徳冨 健次郎?) (Minamata, 8 de dezembro de 1868 — Ikaho, 18 de setembro de 1927), também conhecido pelo pseudónimo de Tokutomi Roka (徳冨 蘆花?), foi um escritor e filósofo cristão japonês das eras Meiji e Taishō.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Kenjirō Tokutomi foi o segundo filho do erudito confucionista e samurai rural Tokutomi Kazutaka e irmão mais novo do historiador e jornalista Tokutomi Sohō. Tokutomi ingressou na Universidade Dōshisha em 1874, cuja universidade foi fundada por Niijima Jō e fortemente influenciada pelos valores do puritanismo, mas nunca chegou a terminar a carreira. Aos vinte anos, ele se mudou para Tóquio, para trabalhar como revisor e tradutor na editora Min'yūsha, fundada por seu irmão. Nessa época, Tokutomi mostrou interesse pelas obras de Tolstói e Goethe. A principal influência literária de Tokutomi foi Leão Tolstói, cujo escritor russo marcou o seu estilo literário, suas ideias filosóficas e seu modo de vida. Em 1906, enquanto realizava uma viagem pela Europa até sua peregrinação em Jerusalém, Tokutomi teve a oportunidade de conhecer Tolstói em sua residência Iasnaia Poliana. Tokutomi reflectiu as impressões da viagem e do seu encontro com Tolstoy na obra Junrei Kiko. De volta ao Japão, ele decidiu implementar os ideais do anarquismo cristão e do regresso à natureza e se mudou com sua esposa numa pequena granja da zona rural de Kasuya (actual bairro de Setagaya), onde praticou a agricultura como um “camponês-esteta” (美的百姓 biteki hyakushō?), até sua morte em 1927. Após a morte de sua esposa, a propriedade foi doada à cidade de Tóquio para ser transformada num parque, chamado Roka Kōshun-en, em sua honra.

Como romancista, Roka conheceu o sucesso com a obra Namiko, publicada pela primeira vez em forma de série, no jornal Kokumin Shinbun entre 1898 e 1899. Esta obra tornou-se uma das mais vendidas da era Meiji, quando foi publicada em forma de livro, um ano depois. Seu êxito atravessou as fronteiras e o livro foi traduzido em inglês, francês, alemão, italiano e espanhol. Seus ensaios agrupados intitulados Shizen to jinsei, encontraram um surpreendente apoio popular com duzentas reimpressões durante os quinze anos do período Taishō. A obra Omoide no ki, reimpressa cento e quarenta e cinco vezes em vinte anos após a sua publicação, ainda é considerada um clássico da época.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Hototogisu (不如帰?), 1900.
  • Shizen to jinsei (自然と人生?), 1900.
  • Omoide no ki (思出の記?), 1901.
  • Kuroshio (黒潮?), 1902.
  • Yadorigi (寄生木?), 1909.
  • Mimizu no tawakoto (みみずのたはこと?), 1912.
  • Kuroi me to chairo no me (黒い目と茶色の目?), 1914.
  • Fuji (富士山?), 1925.
  • Kaijin (灰燼?), 1929.

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Kenjirō Tokutomi» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão) e «Tokutomi Roka» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).

  • Laurence Kominz: Pilgrimage to Tolstoy: Tokutomi Roka's Junrei Kikō. In: Monumenta Nipponica, Jg. 41, nº 1, 1986, (ISSN 0027-2741 Erro de parâmetro em {{ISSN}}: ISSN inválido.) p. 51–101.
  • Ken K. Ito: The Family and the Nation in Tokutomi Roka's Hototogisu. In: Harvard Journal of Asiatic Studies, Jg. 60, nº 2, 2000, (ISSN 0073-0548) p. 489–536.
  • Biografia detalhada com um prefácio do tradutor em: Tokutomi Kenjirō: Footprints in the Snow. (tradução em inglês de Omoide no ki por Kenneth Strong), Londres, George Allen e Unwin 1970, p. 9–46.
  • Ekkehard May (2008). Natur und Menschenleben. Mogúncia: Dieterich'schen Verlagsbuchhandlung 
  • Tokutomi Roka e Ekkehard May (tradutores) (2008). Natur und Menschenleben. Mogúncia: Dieterich'schen Verlagsbuchhandlung 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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