Maria Pereira Maia

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Maria Pereira Maia
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Biografia
Nascimento
Morte
14 de Junho de 2011
Faro
Nome nativo
Maria Adelaide Figueiredo Garcia Pereira Maia
Cidadania
Portuguesa
Atividade
Arqueóloga

Maria Adelaide Figueiredo Garcia Pereira Maia (Lisboa, 1947 - 14 de Junho de 2011) foi uma arqueóloga portuguesa, que se destacou pelos seus trabalhos nas regiões do Algarve e do Alentejo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento[editar | editar código-fonte]

Maria Pereira Maia nasceu na cidade de Lisboa.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Destacou-se como investigadora na área da arqueologia, onde teve uma longa carreira e obteve reconhecimento nos meios académicos.[1] O seu trabalho centrou-se principalmente no concelho de Castro Verde, onde deu um importante contributo para o estudo da história local, e participou num grande número de estudos arqueológicos, como responsável ou como coordenadora, alguns destes em conjunto com o seu esposo, Manuel Maia. [1] Fez um inventário dos vários sítios arqueológicos no concelho, e trabalhou como conservadora no Museu da Lucerna, na vila de Castro Verde.[1] Durante investigações em Santa Bárbara de Padrões, Maria e Manuel Maia descobriram os vestígios de um importante complexo religioso romano e paleocristão, onde foi recolhido o maior conjunto de lucernas romanas do mundo, com cerca de vinte mil peças.[2] Também trabalhou para a Câmara Municipal de Castro Verde, e na altura no seu falecimento estava integrada na Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde.[1]

Realizou igualmente trabalhos arqueológicos em Tavira, no Algarve, em conjunto com o seu esposo Manuel Maia, tendo sido responsáveis pela coordenação de escavações no local da antiga Pensão Arcada, onde foram descobertos vários importantes vestígios do período islâmico, incluindo um vaso que se revelou de grande interesse devido aos seus motivos decorativos.[3]

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 14 de Junho de 2011, aos 64 anos de idade, na sequência de uma doença prolongada.[1] Na altura da sua morte, a associação do Campo Arqueológico de Mértola[4] e a Câmara Municipal de Castro Verde emitiram notas de pesar, tendo a autarquia realçado o seu importante contributo para os conhecimentos sobre a história do concelho.[1] Maria Pereira Maia também foi homenageada na conferência Os Signos do Quotidiano, organizada pelo Campo Arqueológico de Mértola em Janeiro de 2012.[5]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • MAIA, Maria Garcia Pereira (1999). Catálogo da Exposição Lendas das mouras encantadas de Tavira: a propósito do 2º centario de Almeida Garrett. [S.l.: s.n.] 
  • MAIA, Maria Garcia Pereira Maia (2000). Levantamento da carta arqueológica da freguesia de Cachopo. Tavira: Associação Campo Arqueológico de Tavira. 56 páginas 
  • MAIA, Maria Garcia Pereira; MAIA, Manuel (1997). Lucernas de Santa Bárbara. [S.l.]: Cortiçol. 154 páginas 
  • MAIA, Maria Garcia Pereira; MAIA, Manuel. Os Castella do Sul de Portugal e a Mineração da Prata nos primórdios do Império. [S.l.: s.n.] 
  • TAHIRI, Ahmed; et al. (2012). MARIA, Maia Garcia Pereira; et al., eds. Tavira islâmica: Núcleo Islâmico do Museu Municipal de Tavira. Tavira: Museu Municipal e Câmara Municipal de Tavira. 125 páginas. ISBN 978-972-8705-45-9. Consultado em 20 de Julho de 2021 – via Issuu 
  • MAIA, Maria Garcia Pereira Maia (2012). Vaso de Tavira. Tavira: Museu Municipal e Câmara Municipal de Tavira. 31 páginas. ISBN 978-972-8705-44-2 

Referências

  1. a b c d e f g «Faleceu Dra. Maria Maia, conservadora do Museu da Lucerna» (PDF). O Campaniço (88). Castro Verde: Câmara Municipal de Castro Verde. Agosto de 2011. p. 19. Consultado em 20 de Julho de 2021 
  2. ROSA, Gonçalo Pereira. «A maior colecção de lucernas romanas em Castro Verde». National Geographic. Consultado em 20 de Julho de 2021 
  3. RODRIGUES, Elisabete (24 de Fevereiro de 2012). «Mil anos depois, o «Vaso de Tavira» voltou a casa». Sul Informação. Consultado em 20 de Julho de 2021 
  4. «Falecimento de Maria Maia». Campo Arqueológico de Mértola. 18 de Julho de 2011. Consultado em 20 de Julho de 2021 
  5. «Colóquio em Mértola relembra vida e obra da arqueóloga Maria Maia». Correio Alentejo. 14 de Janeiro de 2012. Consultado em 20 de Julho de 2021