Max Caspar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Max Caspar
Max Caspar
Nascimento 7 de maio de 1880
Friedrichshafen
Morte 1 de setembro de 1956 (76 anos)
Munique
Cidadania Alemanha
Alma mater
Ocupação matemático, historiador da matemática, astrônomo, historiador, editor, professor do ensino secundário
Prêmios
  • Silver Leibniz medal (1943)
  • honorary doctor of the University of Tübingen
Obras destacadas Kepler

Max Caspar (Friedrichshafen, 7 de maio de 1880Munique, 1 de setembro de 1956) foi um historiador da astronomia alemão, editor das obras de Johannes Kepler.

Vida[editar | editar código-fonte]

Caspar frequentou a Escola de Latim em Rottenburg am Neckar e o Obergymnasium em Ehingen. De 1900 a 1904 estudou teologia e matemática em Tübingen e começou o treinamento teológico prático em Rottenburg após o exame estatal teológico. A partir de 1906 continuou a estudar matemática na Universidade Técnica de Stuttgart e depois em Göttingen com Felix Klein e David Hilbert, antes de fazer os exames de ensino em Stuttgart em 1907/1908 e obter um doutorado em 1908 orientado por Alexander von Brill em Tübingen, com a tese Über die Darstellbarkeit der homomorphen Formenscharen durch Poincarésche Z-Reihen.[1] Foi depois professor de matemática em Ravensburg (a partir de 1909), Rottweil (a partir de 1916, como professor ginasial) e Cannstatt (1928 a 1934). Dedicou-se depois a editar as obras de Kepler até sua morte.

Irmão do pintor Karl Caspar.

Trabalho[editar | editar código-fonte]

Recebeu a inspiração para seu trabalho com Kepler de Alexander von Brill, que também deu aulas sobre mecânica celeste. Caspar publicou as traduções alemãs de Kepler Mysterium Cosmographicum (Weltgeheimnis, 1923), Astronomia Nova (Neue Astronomie, 1929) e Harmonice Mundi (Weltharmonik, 1939). Isso chamou a atenção de Walther von Dyck, iniciador de uma nova edição das obras coletadas de Kepler[2] por uma comissão da Academia de Ciências da Baviera em Munique, com base na primeira edição incompleta e agora obsoleta da obra de Kepler por Christian von Frisch de meados do século XIX. Quando van Dyck morreu em 1934, Caspar tornou-se o diretor científico da edição. Ele editou os seguintes de um total de 26 volumes (todos na Beck-Verlag em Munique):

  • Vol. 1: Mysterium Cosmographicum, De Stella Nova, 1938
  • Vol. 3: Astronomia Nova, 1937
  • Vol. 4: Kleinere Schriften 1602/1611, Dioptrice, 1941 (zusammen mit Hammer)
  • Vol. 6: Harmonice Mundi, 1940
  • Vol. 7: Epitome Astronomiae Copernicanae, 1953
  • Vol. 13: Briefe 1590–1599, 1945
  • Vol. 14: Briefe 1599–1603, 1949
  • Vol. 15: Briefe 1604–1607, 1951
  • Vol. 16: Briefe 1607–1611, 1954
  • Vol. 17: Briefe 1612–1620, 1955
  • Vol. 18: Briefe 1620–1630, 1959.

Após a morte de Caspar, seu colega de longa data Franz Hammer assumiu a gestão da edição. Caspar foi o principal especialista em Kepler e escreveu a primeira biografia abrangente de Kepler, editou o primeiro volume da bibliografia de Kepler e traduziu as cartas latinas de Kepler.

Por iniciativa de Caspar, a casa em que nasceu Kepler em Weil der Stadt foi comprada, reformada e inaugurada como Museu Kepler em 1940 pela Keplerhaus (atual Sociedade Kepler), fundada para esse fim. Caspar foi o primeiro presidente da Soiedade Kepler.

Na década de 1940 ele também foi presidente da Kopernikus-Kommission, que estava trabalhando em uma edição completa (Nicolaus Copernicus Gesamtausgabe).

Caspar foi doutor honoris causa da Universidade de Tübingen. Em 1943 recebeu a Medalha Leibniz de Prata da Academia de Ciências da Prússia[3] e em 1941 foi eleito membro da Academia Leopoldina. Em 1940 foi cidadão honorário de Weil der Stadt.

Obras[editar | editar código-fonte]

(Autor ou Editor, salvo indicação em contrário)

  • Johannes Kepler: Gesammelte Werke, 22 Volumes (in 26). Beck, Munique, 1937–2017
  • Über die Darstellbarkeit der homomorphen Formenscharen durch Poincarésche Z-Reihen. Inaugural-Dissertation Universität Tübingen, Noske, Borna/Leipzig, 1908
  • Johannes Keplers wissenschaftliche und philosophische Stellung. In: Corona. 5 (1934/35), p. 293–325
  • com Walther von Dyck: Johannes Kepler in seinen Briefen. 2 Volumes Oldenbourg, Munique/Berlim, 1930
  • com Ludwig Rothenfelder, Martha List, Jürgen Hamel: Bibliographia Kepleriana. Beck, München, Volume 1 2.A. 1968, Volume 2 1998
  • Johannes Kepler. GNT-Verlag, Stuttgart, 4.A. 1995 (englische Übersetzung Dover, New York, 1959)

Referências

  1. Max Caspar (em inglês) no Mathematics Genealogy Project
  2. Van Dyck obteve fotocópias dos despojos principais de Kepler no observatório Pulkowo na Rússia - Catarina II da Rússia comprou-os em 1774 a conselho de Leonhard Euler.
  3. Forschungen und Fortschritte. Nachrichtenblatt der Deutschen Wissenschaft und Technik, Organ des Reichsforschungsrates. 19, 23/24. [S.l.: s.n.] 1943. 252 páginas 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Volker Bialas: Die Kepler-Edition – gegenwärtiger Stand und editorische Probleme. In: Bayerische Akademie der Wissenschaften. Mathematisch-Naturwissenschaftliche Klasse. Sitzungsberichte, 1985, S. 11–21
  • Ludwig F. Biermann, Ulrich Grigull: 50 Jahre Kepler-Kommission. In: Bayerische Akademie der Wissenschaften. Mathematisch-Naturwissenschaftliche Klasse. Sitzungsberichte, 1985, S. 23–31
  • Joseph W. Dauben, Christoph J. Scriba (Hrsg.): Writing the history of mathematics. Birkhäuser, Basel, 2002, S. 393
  • Bruno Effinger: Max Caspar und Franz Hammer. Zwei bedeutende Kepler-Forscher aus Oberschwaben. In: Bad Saulgauer Hefte zur Stadtgeschichte und Heimatkunde, 14 (2000), S. 34–48
  • Ulrich Grigull: Sechzig Jahre Kepler-Kommission. In: Bayerische Akademie der Wissenschaften. Mathematisch-Naturwissenschaftliche Klasse. Sitzungsberichte, 1996, S. 1–37
  • Franz Hammer: Ein Leben im Dienst der Kepler-Forschung. in: Bernhard Sticker, Friedrich Klemm (Hrsg.): Wege zur Wissenschaftsgeschichte, Bd. 1. Lebenserinnerungen von Franz Hammer, Joseph E. Hoffmann, Adolf Meyer-Abich, Martin Plessner, Hans Schimank, Johannes Steudel und Kurt Vogel. Beiträge zur Geschichte der Wissenschaft und der Technik, Bd. 10. Steiner, Wiesbaden, 1969, S. 9–24

Ligações externas[editar | editar código-fonte]