Olho Seco (banda)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Olho Seco
Informação geral
Origem São Paulo
País  Brasil
Gênero(s) punk rock
Período em atividade 1980 - 1990
1995 - 2001
2011 - 2017
2018
Ex-integrantes Fabio Sampaio
Sartana
Redson Pozzi
Val Pinheiro
Alexandre Cacciatore
Luís
Wilson Alviano
Mingau
Ricardo Quattrucci
Arnaldo Rogano
Luiz Corrêa
Fabio Braga
Felipe Khaos
Marcos
Jeferson
André
Página oficial https://www.instagram.com/olho_seco/

Olho Seco é uma banda brasileira de punk rock, formada nos anos 1980, em São Paulo. É reconhecida com uma das grandes bandas do gênero no país.[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Fábio Sampaio começa a se relacionar com o punk durante os anos 70, e em junho de 1979 abre a loja Punk Rock Discos, que acaba por se tornar um ponto de encontro em S. Paulo para os admiradores do estilo musical.

No ano seguinte, em um ensaio do Cólera no bairro da Casa Verde, em São Paulo, Fábio Sampaio pediu para o baterista da banda Osso Oco, chamado Sartana, que também ensaiava no local e era admirado por Fábio pelo seu modo de tocar, para que fazesse uma levada de bateria para que Fábio cantasse uma letra de sua autoria. Para a formação original, Fábio juntou integrantes dessas suas bandas da banda foi Val (baixo), Fábio Sampaio (vocal), Redson (guitarra) e Sartana (bateria).[3] A intenção era gravar um compacto e acabar com a banda.

Em 1982, a banda participou da primeira coletânea de bandas punks brasileiras, o Grito Suburbano. O vocalista Fábio Sampaio foi quem alugou um estúdio de oito canais da Gravodisc para que Olho Seco, Cólera, Inocentes, Anarkólatras e M-19 registrassem suas músicas, em apenas 12 horas. No confuso processo de captação, Anarkóltras e M-19 acabaram ficando de fora do disco.[4]

Neste mesmo ano, em 1982, a banda se apresenta no festival O Começo do Fim do Mundo, o maior festival punk do Brasil até então[5], que aconteceu no Sesc Pompeia.[6][7][8]

Um ano depois, a banda lançou seu primeiro compacto, o EP "Botas, Fuzis, Capacetes"[9][10], que rendeu para banda o convite para participar de várias de coletâneas internacionais, uma delas é a Welcome to 1984.[11][12] Os frequentadores da loja começaram a gostar muito do compacto e a vida da banda se prolonga. Porém após a saída de Redson e Val, os novos integrantes começam a fazer um som muito brutal que como o próprio Fábio diz em entrevistas, apartir dali não tinha mais para onde ir. Então Fábio decide sair da banda que continua como um trio.

Com formação de trio, composta por Luís na guitarrista do Ulster, Wilson Alviano, baixista do Brigada do Ódio e o baterista Sartana, a banda grava o EP Fome Nuclear em 1988 e o álbum Olho por Olho em 1989 e depois encerra suas atividades.

Já nos anos 90, Fábio decide voltar a ter loja na Galeria do Rock. Enquanto procurava uma loja Mingau, Marcos e Arnaldo começam a dizer que Fábio deveria voltar com o Olho Seco porém Fábio nega inicialmente. Os três começam a ensaiar músicas da banda e Fábio se vê novamente na banda gravando o disco Haverá Futuro?.

Em 1999, a banda realiza sua primeira turnê internacional, passando por nove países e cerca de 25 shows, porém dessa vez com integrantes da banda Agrotóxico como banda de apoio.[13] No dia 11 de dezembro, é realizado um show tributo à banda, no Hangar 110, em São Paulo, com a presença das bandas Ação Direta, Pacto Social, FDS, Calibre 12, Ulster, Kolapso 77, Downhill, Cólera e Agrotóxico. Neste show é lançado um CD-tributo à banda, pelo selo independente Red Star Records, com participação do grupo finlandês Força Macabra e do italiano Cripple Bastards, seguidos por diversos grupos brasileiros.[13][14]

Em 2011, depois de 10 anos sem se apresentar, a banda retorna aos palcos, com a mesma formação com a qual vinha trabalhando desde 1998, com Fábio (vocal), Marcos (guitarra), Jeferson (baixo) e André (bateria).[15]

Em 2014, a banda saí em turnê comemorativa aos 35 anos da banda, com Fabio Sampaio, Ricardo Quattrucci (guitarra), Fabio Braga (baixo) e Luiz Corrêa (bateria).[16] Nesse ano, em 26 de abril, se apresentam no Festival Abril Pro Rock, no Chevrolet Hall, em Olinda (PE), abrindo para a banda norte-americana Conquest for Death.[17][18]

Em 2015, Felipe Khaos assume a bateria. Junto da banda Cólera, lançam o Split "Ao Vivo no Hangar 110", gravado em 2014, e contam com a participação de Clemente (Inocentes), Thunderbird e Mauro (Ulster).[19]

Em março de 2017 Fábio anuncia uma pausa na banda em seu Instagram. Apesar disso a banda ainda voltaria a se reunir para tocar numa única apresentação no Matanza Fest de 2018.

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Botas, Fuzis e Capacetes EP
  • Botas, Fuzis e Capacetes
  • Olho Seco EP
  • Os Primeiros Dias EP
  • Olho por Olho
  • Fome Nuclear EP
  • Haverá Futuro?
  • European Tour
  • Os Primeiros Dias
  • Fome Nuclear
  • Ao Vivo no Hangar 110

Videografia[editar | editar código-fonte]

  • Capturado Vivo

Referências

  1. Anubis, Marcos (19 de março de 2014). «Olho Seco, um dos alicerces do punk rock nacional». Cwb Live. Consultado em 31 de março de 2021 
  2. Nordeste, João CarvalhoDa Globo (19 de abril de 2012). «'Era impossível imaginar futuro com música', diz Jão, do Ratos de Porão». Pernambuco. Consultado em 31 de março de 2021 
  3. Paraná, Jornal Bem. «Banda "Olho Seco" faz show em Curitiba - Bem Paraná». www.bemparana.com.br. Consultado em 31 de março de 2021 
  4. «Funk: Garotos do suburbio». Super. Consultado em 31 de março de 2021 
  5. «LP de festival punk é documento essencial da cena alternativa». Folha de S.Paulo. 20 de novembro de 2017. Consultado em 31 de março de 2021 
  6. «MP: O movimento punk. O começo do fim do mundo. E do punk no Brasil.». NOIZE | Música do site à revista. 26 de novembro de 2012. Consultado em 31 de março de 2021 
  7. SãoPauloSão. «'O Começo do Fim do Mundo' e a invasão punk na fábrica da Pompeia». São Paulo São. Consultado em 31 de março de 2021 
  8. «Berço do rock nacional, Pompeia gerou de 'Os Mutantes' aos primeiros festivais de punk de SP - Especial Perdizes/Vila Leopoldina». especial.folha.uol.com.br. Consultado em 31 de março de 2021 
  9. www.sescsp.org.br https://www.sescsp.org.br/online/artigo/compartilhar/11039_O+PUNK+RESISTE. Consultado em 31 de março de 2021  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  10. «Olho Seco e as Botas, Fuzis e Capacetes». Revolution Radio. 16 de agosto de 2018. Consultado em 31 de março de 2021 
  11. «Punk Brasil: Olho Seco Completo». Punk Brasil. Consultado em 31 de março de 2021 
  12. «Olho Seco». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 31 de março de 2021 
  13. a b Canuto, Jean (11 de dezembro de 1999). «Olho Seco é homenageado hoje em SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de março de 2012 
  14. hedflow (27 de dezembro de 2019). «Vocalista da banda Olho Seco apoia ataque terrorista ao Porta dos Fundos». Hedflow. Consultado em 31 de março de 2021 
  15. «Olho Seco: Banda volta aos palcos depois de 10 anos». whiplash.net. Consultado em 31 de março de 2021 
  16. «Olho Seco: banda inicia sua tour comemorativa de 35 anos». whiplash.net. Consultado em 31 de março de 2021 
  17. PE, Katherine CoutinhoDo G1 (27 de abril de 2014). «Hardcore gringo e punk brasileiro empolgam plateia do Abril Pro Rock». Música em Pernambuco. Consultado em 31 de março de 2021 
  18. «Abril Pro Rock: em balanço positivo, produtora comenta festival». whiplash.net. Consultado em 31 de março de 2021 
  19. «Ícones do punk nacional, bandas Cólera e Olho Seco lançam disco em homenagem ao vocalista Redson». R7.com. 28 de outubro de 2015. Consultado em 31 de março de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]