Tabajaras
Tabajara | ||||||
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População total | ||||||
Desconhecido | ||||||
Regiões com população significativa | ||||||
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Línguas | ||||||
Tupi | ||||||
Religiões | ||||||
Animismo, cristianismo |
Os tabajaras foram um povo indígena que habitou o litoral brasileiro no trecho entre a foz do Rio Paraíba e a Ilha de Itamaracá. No século XVI eram 40 mil indivíduos, os quais se aliaram aos colonizadores portugueses para ajudar a fundar o que viria a ser a capitania da Paraíba.[1]
Atualmente, grupos dos estados da Paraíba e do Ceará reivindicam a identidade e a ancestralidade tabajara.[2][3][4]
História
Pacíficos com os luso-brasileiros após acordo de paz assinado durante as tentativas de conquista da Paraíba, foram os primeiros nativos dessa região do Nordeste Oriental a entrar em contato com os conquistadores portugueses.
Duarte Coelho viu, durante seis meses, os seus desejos de colonização da Paraíba frustrados devido à resistência pertinaz oferecida pelos potiguaras, inimigos tradicional dos tabajaras. Por fim, os conquistadores conseguiram uma aliança com os chefes indígenas tabajaras Pirajibe, Tabira e Itajiba e, com eles, dominaram completamente os potiguaras, conquistando o litoral paraibano e fundando Filipeia de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa).
A tribo foi paulatinamente fragmentada pela miscigenação e integração aos conquistadores após a conquista da capitania. Antes da migração para o litoral centro–sul paraibano, seu território estendia-se das proximidades da Ilha de Itamaracá, no litoral pernambucano, até o agreste, no vale do rio Pajeú.
Presença atual
Desde 2008 diversas famílias no estado da Paraíba vêm reivindicando o reconhecimento étnico oficial de sua condição de indígenas tabajaras nos seguintes municípios e localidades:[2][3][4]
- Conde: Barra de Gramame, Jacumã e periferia do Conde
- Alhandra: Mucatu
- Pitimbu: Abiaí e Pitimbu
- João Pessoa: Mandacaru, Cristo Redentor, Geisel, Jardim Veneza
O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) enviou em 24 de novembro de 2011 um representante à localidade de Mucatu, município de Alhandra), para verificar a situação de conflito entre a comunidade indígena tabajara local, os assentados rurais do assentamento da reforma agrária João Gomes e compradores de terra.[4] No lugar, será implantada uma fábrica de cimento, empreendimento apoiado pelo governo do estado e pelo município.[4]
Ver também
Referências
- ↑ BUENO, Eduardo (2003). Brasil: uma história – 2ª edição. [S.l.]: Ática. 447 páginas. ISBN: 9788508082131
- ↑ a b FARIAS, Elaine S. de; et alii (2010). «rompendo barreiras da exclusão através de suas crenças». Universidade Federal da Paraíba- UFPB. Consultado em 4 de agosto de 2014
- ↑ a b Adm. do sítio web (30 de novembro de 2011). «Urgente: mais de 200 policiais armados e encapuzados cercam índios Tabajara em Alhandra-Mucatu, PB». Blog Combate ao Racismo Ambiental. Consultado em 4 de agosto de 2014
- ↑ a b c d Adm. do portal (25 de novembro de 2011). «MPF visita área de conflito indígena em Alhandra (PB)». Ministério Público Federal. Consultado em 4 de agosto de 2014