Televisão por assinatura

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Televisão por assinatura ou TV paga este sendo chamado no Brasil desde 2012 de Serviço de Acesso Condicionado[1] é um termo que se refere a serviços de televisão baseados em assinatura. Uma televisão por assinatura oferece uma quantidade elevada de canais em relação à televisão aberta, e cobra uma quantia por isso, geralmente em frequência mensal.

História

A história da televisão por assinatura começou nos Estados Unidos com a televisão a cabo, onde pessoas pagavam para ter acesso a um cabo que captava sinais de televisão (para mais detalhes veja o artigo televisão a cabo). No Brasil a televisão por assinatura surgiu primeiro com o Serviço Especial de Televisão por Assinatura, em 1989 (Canal+, inspirado no nome e no logotipo do homônimo francês que transmitia a programação da programadora norte-americano ESPN através do canal UHF 29, em São Paulo), posteriormente também com as retransmissões da italiana RAI e da norte-americana CNN, através dos canais SHF 4 e 5, além da nacional TVM (canal 2 SHF), especializada em programas musicais; e depois com o cabo, em 30 de julho de 1990. A ideia deu tão certo nos EUA que de 1984 a 1992 foram investidos US$ 15 bilhões para o cabeamento de ruas e mais bilhões para o desenvolvimento de programação, financiados pelas operadoras de televisão a cabo.

O grande número de assinantes das operadoras de televisão por assinatura fez com que no meado dos anos 90 o grande número de cabos instalados nas ruas fosse usado para oferecer outros tipos de serviço, como Internet de banda larga, nascendo assim a Internet a cabo. Em 1997 a indústria de televisão por assinatura faturaria US$ 1,2 bilhão só com vendas de pay-per-view, que representa uma das principais fontes de lucro para as operadoras. Em 1999 pela primeira vez os domicílios somaram mais tempo assistindo à televisão por assinatura do que a televisão aberta.

Métodos

Os métodos de distribuição de televisão por assinatura mais populares são o cabo e satélite. Ao lado desses métodos mais populares, há também o serviço chamado MMDS (cuja transmissão de sinais é via micro-ondas) e o Serviço Especial de Televisão por Assinatura (TVA), este já praticamente em desuso.

Mercado brasileiro

A televisão por assinatura no Brasil tinha, até o mês de Agosto do ano de 2011, 11,6 milhões de clientes(com 38,3 milhões de moradores) em todo o país.[2] O setor era praticamente monopolizado pelas empresas NET e SKY Brasil que distribuem praticamente os mesmos canais de televisão paga, com poucas variações, no entanto, a Claro TV - que, como a NET, também é de propriedade da mexicana Telmex -, chegou com novos preços e canais, e já é a 3ª maior operadora do Brasil. Entre os canais que estes operadores distribuem estão os canais Globosat considerados entre os mais vistos do mercado. Estes canais são de propriedade da Organizações Globo. Recentemente, devido a acordos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), produto de uma ação da associação Neo TV que nucleia a maioria dos operadores independentes de este mercado, tais canais poderão ser distribuídos por tais operadores independentes

A NET de propriedade da mexicana Telmex, com parcela minoritária da Globo, [3] consolidou sua liderança no mercado com a aquisição da VIVAX em 2006 e da operadora BIGTV no final de 2007. A Vivax operava no interior de São Paulo e a BIGTV opera a praça de Guarulhos, considerada estratégica.

Em 2006 novos jogadores entraram neste mercado. Eles são as operadores de telefonia fixa ou operadores incumbentes. A espanhola Telefônica, gigante da telefonia no estado de São Paulo lançou serviços de DTH em parceria com uma empresa que já operava no segmento, a Astralsat, criando a VocêTV. Em 2007, a multinacional espanhola obteve permissão da Anatel para lançar um serviço próprio, a Telefônica TV Digital, atualmente Vivo TV. Com a queda de receita do negócio de voz e dados, avançar em cima deste mercado de TV paga era um passo lógico para eles, e uma forma de defender seu negócio tradicional avançando no negócio dos operadores de televisão paga. Já estes últimos, faz alguns anos entraram no serviço de internet em banda larga concorrendo com o serviço ADSL operadora pelas incumbentes.

Também em 2006, a Telefônica entrou com autorização para a aquisição da TVA, do Grupo Abril, na forma permitida pela lei. Nisto, encontrou grande oposição da ABTA, entidade de classe que nucleia operadores de televisão paga e os principais programadores. Mesmo assim, a operação foi autorizada pois não vulnera a lei no parecer da Anatel.

A operadora Oi antiga Telemar conseguiu permissão para a aquisição da operadora mineira Way TV atual Oi TV comprada em um leilão em 2006. Em novembro de 2008 a Embratel, também do ramo de telefonia entrou no negócio com sua operadora, inicialmente chamada Via Embratel, e atualmente operando com o nome Claro TV.

No ano de 2011, a operadora telefônica GVT entrou no mercado de TV paga, através de um sistema híbrido de DTH e IPTV [4].

Em setembro de 2011 o Brasil chegou a quase 11,9 milhões de domicílios com TV por assinatura totalizando 258,5 mil novos assinantes. Em apenas um ano foram 2,1 milhões de novos assinantes totalizando um crescimento de 21,7% segundo a Anatel.[5]

No mesmo mês presidente do Brasil sancionou a lei 12.485/2011, que com a nova lei as operadoras de telefonia poderão oferecer serviços de TV por assinatura, estabelecimento de novas cotas para conteúdo de nacional incluindo três horas e meia por semana de produções Brasileiras entre 18h e 22h.

Em Outubro de 2014 o Brasil registrou 19,65 milhões de assinantes de TV por assinatura.

Operadoras no Brasil

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Ver também

Referências

  1. Daniel Castro; Vilson Malacrida (19 de janeiro de 2012). «Horário nobre na TV paga vai das 19h à 0h, determina Ancine». R7. Consultado em 19 de janeiro de 2012 
  2. Daniel Castro (26 de setembro de 2011). «TV paga via satélite cresce 5%; setor tem melhor agosto em 5 anos». Consultado em 21 de novembro de 2011 
  3. Folha.com (24 de outubro de 2007). «Claro vai investir R$ 2 bi em 2008, diz Carlos Slim» 
  4. Telesintese (26 de janeiro de 2011). «GVT contrata capacidade satelital e vai oferecer TV paga via DTH e IPTV» 
  5. «TV paga chega a quase 12 milhões de domicílios». AdNews. 27 de outubro de 2011. Consultado em 27 de outubro de 2011 
  6. «Sumicity, provedor de RJ e MG, opta por não incluir Globosat no pacote de TV por assinatura». 19 de novembro de 2014 
  7. «Contrato de Concessão de Serviços; Contrato de Concessão Tech Cable do Brasil, publicado no Diário Oficial de 08/02/2002». 5 de fevereiro de 2002. Consultado em 13 de janeiro de 2015 
  8. «Contrato de Concessão da RCA Company Telecomunicações Ltda. , publicado no Diário Oficial de 25/07/2001». 20 de julho de 2001. Consultado em 13 de janeiro de 2015 

Ligações externas

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