Usuário:GualdimG/Alcanena (vila)

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 Nota: Para o município, veja Alcanena. Para antiga freguesia, veja Alcanena (freguesia).
Alcanena
  Vila  
Vista de Alcanena
Vista de Alcanena
Vista de Alcanena
Símbolos
Brasão de armas de Alcanena
Brasão de armas
Localização
Coordenadas 39° 27' 32" N 8° 40' 8" O
Município Alcanena
Freguesia Alcanena e Vila Moreira
História
Elevação a vila 8 de maio de 1914
Outras informações
Orago São Pedro

Alcanena é uma vila portuguesa situada na freguesia de Alcanena e Vila Moreira que pertence ao município de Alcanena, no distrito de Santarém, província do Ribatejo, região do Centro (NUTS II) e sub-região do Médio Tejo (NUTS III).

A povoação de Alcanena foi elevada a categoria de vila pela Lei nº 156 de 8 de Maio de 1914, lei que igualmente criou o município de Alcanena, sendo deste município a sua sede.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Sobre a origem do nome Alcanena existem diversas versões, tendo todas,no entanto, como base o artigo árabe "Al". As duas versões mais prováveis são "Cabaga Seca", do termo árabe "Alcalina" e "Lugar Sombreado", do termo árabe "Al-Kinan".

Na época de dominação árabe, a região de Alcanena caracterizava-se pela debilidade dos solos em termos agrícolas (aptos somente para as culturas de sequeiro, cevada, trigo e oliveira). Situada no imenso maciço calcário estremanho, entalada entre as serras dos Candeeiros e de Aire, e os planaltos de Stº António e de S. Mamede, os povos desta região dedicavam-se sobretudo à pastorícia, ao comércio e à criação de bichos de seda, entre outras actividades.

Fazendo parte até ao ínício do séc. XX do concelho de Torres Novas, a sua história dilui-se na deste concelho, pelo menos até à altura em que, por via da implantação progressiva e dinâmica das indústrias de curtumes (e mais tarde de malhas), esta região se começa a destacar, não só no distrito mas também no país.

A data mais antiga que se revela em edifício fabril é a de 1792. 0 referido edifício ostenta um brasão representando as armas nacionais, acompanhado de inscrição que indica ser uma fábrica de sola com previlégio Real do governo Pombalino.

O progressivo desenvolvimento da indústria de solas, pelarias para calçado, maquinaria e vestuário, atraiu à região um grande número de industriais, tendo-se feito, progressivamente, uma reconversão industrial, baseada na modernização das técnicas de fabrico e das máquinas industriais. Esta modernização tem vindo a acabar com a maior parte dos pequenos produtores da região de Alcanena, colocando-a na vanguarda da produgão do género a nível nacional.

A par deste desenvolvimento das indústrias de curtumes e de malhas, assistiu-se ultimamente à implantação de diversas unidades de fabrico e montagem de máquinas (e ainda reparação) do apoio àquelas.

A indústria têxtil (especialmente implantada na região da freguesia de Minde) fez parte intrínseca da história do concelho de Alcanena, a par da de curtumes. Desde os tempos mais remotos, a produção de mantas, alforges, tapetes e carpetes veio tornando popular esta região. A maior parte das feiras em todo o país eram percorridas por vendedores de mantas de Minde. Célebre ficou o "calão míndrico", vocabulário utilizado por estes vendedores ambulantes a fim de não serem entendidos senão entre si.

A partir de meados do século XX iniciou-se a fabricação de malhas, facto que trouxe a esta região novos focos de desenvolvimento. Segundo reza a história, esta indústria foi trazida para Portugal por cidadãos polacos instalados em Lisboa por altura da II Guerra Mundial. Começara a ser difícil a aquisição de matéria prima - lãs - para os textéiss tradicionais, problema que estaria ultrapassado para as malhas. Por volta de 1942, nasceu a primeira fábrica de malhas, a "Sociedade Industrial de Malhas Mindense".

Cultura[editar | editar código-fonte]

Orago[editar | editar código-fonte]

A Paróquia de Alcanena tem por orago São Pedro.[2]

Geminações[editar | editar código-fonte]

Alcanena possui acordos de geminação com:[3]

Referências

  1. Diário do Governo de 8 de Maio de 1914, I Série, nº 70, [1]
  2. Contactos da Igreja Católica em Portugal no portal Anuário Católico, [2]
  3. No portal da Associação Nacional de Municípios Portugueses, [3]
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]