Wally

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Wally
Wally
Wally em 2006
Informação geral
Nome completo Eduardo Ippolito Torrano Gomes
Nascimento 7 de janeiro de 1978 (46 anos)
País Brasil
Instrumento(s) guitarra
Período em atividade 1995 – presente
Afiliação(ões) CPM 22, Paulo Schroeber

Eduardo Ippolito Torrano Gomes (nascido em 7 de janeiro de 1978), mais conhecido como Wally, é um músico e compositor brasileiro. Ficou conhecido por ser o guitarrista e um dos fundadores da banda de rock CPM 22, em que permaneceu de 1995 até 2007, quando saiu por conta própria.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carreira no CPM 22 e saída[editar | editar código-fonte]

Wally, guitarrista, fundou o CPM 22 em 1995, junto com o vocalista Badauí. O baterista Japinha entrou na banda a convite de Wally.[1] Nas palavras de Wally, "De 1995 a 2001, cuidei de tudo, fiz as correrias de show, dava uma de produtor, empresário, quebrava todos os galhos". Depois que a banda entrou para a Abril Music, "emendamos uma turnê na outra, lançamos discos". Em dezembro de 2007, declarou: "Agora comecei a sentir esse desgaste. Tem uma hora que o corpo pede para parar, e é mais do que dizer: 'Ah, não tô a fim'. Preciso mesmo dar um tempo". Anunciou, assim, uma "afastamento temporário", em meio à turnê de Cidade Cinza.[2] Até então, Wally havia composto músicas para todos os álbuns de estúdio da banda: A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum (2000), CPM 22 (2001), Chegou a Hora de Recomeçar (2002), Felicidade Instantânea (2005) e Cidade Cinza (2007). Badauí disse na época que "Não teve briga, a porta estará sempre aberta".[2] No entanto, sua saída definitiva foi confirmada mais tarde.[3] O também guitarrista Luciano Garcia disse em retrospecto que "Quando o Wally saiu, perdeu muito porque era um puta compositor".[4]

Em entrevista de 2011, Badauí disse: "A gente limou esse cara da nossa vida", demonstrando ressentimento com a saída do músico no meio da turnê do disco Cidade Cinza e em meio ao auge da banda, que havia acabado de receber um Grammy Latino.[3] Luciano disse em 2017 que, desde então, a banda não mantinha qualquer contato com Wally, "até porque não foi muito legal a saída dele".[4]

Registro do nome "CPM 22"[editar | editar código-fonte]

Wally era dono do registro do nome "CPM 22". Um processo judicial foi aberto em 2008 pedindo que o registro fosse transferido para a banda. A banda alegava que "apesar de a marca CPM 22 pertencer a todos os integrantes do grupo, foi registrada no nome" de Wally. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) indicava que a banda poderia buscar uma alternativa caso o acordo com Wally não fosse firmado: Badauí entrou com o pedido de registro do nome "CPM 99". Poucos dias antes da sentença que decidiria a questão, em 2009, segundo Wally, o grupo o procurou para fazer um acordo de transferência do nome mediante pagamento. O processo judicial foi arquivado em junho de 2013, quatro anos após o acordo de transferência da propriedade do nome, que resolveu a questão. Em 2013, Wally demonstrou ressentimento e amor em relação aos ex-colegas:[5]

Astafix[editar | editar código-fonte]

Em 2008, fundou a banda Astafix,[6] mudando significativamente seu gênero musical, indo para o heavy metal e thrash metal, ao contrário do hardcore melódico do CPM 22. Tocou ao lado de Ayka (do Chipset Zero), de Paulo Schroeber (do Almah) e do baterista Adriano Daga. Seu primeiro álbum, End Ever (2009), foi bem recebido nas redes sociais e por fãs do CPM 22.[7] Em 2013, o G1 fez uma "busca" por Wally, que estava "fora dos holofotes" após a saída do CPM 22. Segundo a reportagem, Wally estava em São Paulo, compondo músicas para o próximo trabalho do Astafix. No final de 2012, foi visto em pequenos shows em Portugal, Espanha, Bélgica, Países Baixos, Alemanha e Rússia, em uma turnê europeia, ao que Wally respondeu: "O underground europeu nos recebeu muito bem".[5] Paulo Schroeber morreu no dia 24 de março de 2014, vítima de problemas cardíacos.[6] No ano seguinte, a banda lançou o álbum Internal Saboteur.[8]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Com o CPM 22
Com o Astafix
  • End Ever (2009)
  • Internal Saboteur (2015)

Referências

  1. «CPM 22 anuncia saída definitiva de Japinha após acusação de pedofilia». NaTelinha. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  2. a b Alves, Adriana (12 de dezembro de 2007). «Hora de Reciclar». Rolling Stone. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  3. a b «'Sonora Live': Badauí, do CPM 22, diz que Wally nunca voltará à banda». Terra. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  4. a b Ribeiro, Laís (14 de março de 2017). «Entrevistamos o CPM 22 e falamos sobre os detalhes do novo disco da banda». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 13 de janeiro de 2023 
  5. a b c Ortega, Rodrigo (1 de novembro de 2013). «CPM 22 faz 'Acústico' com 'essência' de hits; ex-membro aposta no metal». G1. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  6. a b Ortega, Rodrigo (26 de março de 2014). «Wally, ex-CPM 22, lamenta morte de Paulo Schroeber aos 40: 'Lutou muito'». G1. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  7. «Astafix: a nova banda, de heavy metal, do ex-guitarrista do CPM 22 Wally». Vírgula. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  8. «Notas roqueiras: Rebaelliun, Hibria, Astafix...». Combate Rock (UOL). Consultado em 25 de outubro de 2022