Xisto

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Xisto

Xisto (do grego σχιστός schistós, ‘cindido’) é o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. Em linguagem popular, em Portugal é também conhecida por "lousa" (e, por extensão, designa-se como "terra lousinha" aos solos com base xistosa).

A argila metamorfizada, devido ao aumento de pressão e temperatura (metamorfismo), torna-se primeiro um xisto argiloso (folhelho), e em seguida, ao continuar o metamorfismo, passa a ardósia, que depois vira filito e finalmente passa a xisto. Ou seja, a sequência de formação é: argila - folhelho (xisto argiloso) - ardósia - xisto - gnaisse.

Definição

O xisto apresenta aspeto nitidamente cristalino, e tem foliação mais ou menos nítida como resultado das fortíssimas pressões a que a rocha é sujeita. Esta foliação é fina em rochas holocristalinas, por via de regra de grão médio a fino, por vezes sendo tão pequeno que não se distingue macroscopicamente. Em geral, as "folhas" têm composição sensivelmente igual.

Podem ser definidos vários grupos de xisto, conforme o grau de xistosidade (foliação) e os minerais que predominam na sua constituição: nos micaxistos predominam o quartzo e as micas (biotite/moscovite), nos anfiboloxistos a anfíbola e o quartzo, nos cloritoxistos a clorite, e nos talcoxistos o talco.[1]

Xistos Azuis

Comumente as ocorrências de xistos azuis devem-se a metamorfismo retrógrado de fácies anidras eclogíticas, frequentemente reliquiares como bolsões dentro do xisto azul, ao sofrerem hidratação e condições cristais menos severas do que as do pico metamórfico.

Deriva de rochas máficas metamorfizadas em condições de baixa temperatura e alta pressão, caracterizando a crosta oceânica colisionada, da série de fácies Sanbagawa, de Myashiro.

A cor deve-se a minerais azuis e verde-azulados como o anfibólio sódico glaucofano que se associa a minerais da paragênese hidratada lawsonita, epidoto, clorita com pouco ou nenhum plagioclásio consumido nas reações metamórficas.

Fonte de combustíveis

O xisto betuminoso (também conhecido como folhelho ou xisto argiloso) é uma fonte de combustível.[2] Quando submetido a altas temperaturas, produz petróleo de xisto – um petróleo não convencional de composição semelhante à do petróleo convencional do qual se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina.

Estados Unidos, Brasil, China e Argentina são os países com as maiores reservas mundiais de Xisto.[3] A empresa brasileira Petrobrás desenvolveu o Processo Petrosix ® [4] para produção de óleo de xisto em larga escala.

Ver também

Referências

  1. Botelho da Costa, J. (1992) Estudo e Classificação das Rochas por Exame Macroscópico, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
  2. (em português) Petrobras - Espaço Conhecer
  3. (em português) Química e Derivados
  4. (em português) Petrobras - O processo Petrosix ®

Fontes

  • Petrobrás. Folder Xisto Agrícola - Produção para o novo mercado mundial.