Peixe-boi-marinho: diferenças entre revisões

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Os peixes-boi são herbívoros, desenvolveram habilidades de comunicação vocal e são cobertos por [[vibrissa]]s altamente sensíveis que são usadas para alimentação e navegação.<ref name="Gaspard22">{{citar periódico|último1 =Gaspard|primeiro1 =JC|último2 =Bauer|primeiro2 =GB|último3 =Reep|primeiro3 =RL|último4 =Dziuk|primeiro4 =K|último5 =Read|primeiro5 =L|último6 =Mann|primeiro6 =DA|ano=2013|título=Detection of Hydrodynamic Stimuli by the Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'')|periódico=Journal of Comparative Physiology|volume=199|número=6|páginas=441–50|doi=10.1007/s00359-013-0822-x|pmid=23660811}}</ref> Na época de reprodução, vários machos formam rebanhos de acasalamento em torno de uma única fêmea; em média, um filhote nasce de uma fêmea de peixe-boi a cada dois ou três anos.<ref name=":23">{{citar web|url=https://www.fws.gov/verobeach/ListedSpeciesMSRP.html|título=South Florida Multi-Species Recovery Plan}}</ref>
Os peixes-boi são herbívoros, desenvolveram habilidades de comunicação vocal e são cobertos por [[vibrissa]]s altamente sensíveis que são usadas para alimentação e navegação.<ref name="Gaspard22">{{citar periódico|último1 =Gaspard|primeiro1 =JC|último2 =Bauer|primeiro2 =GB|último3 =Reep|primeiro3 =RL|último4 =Dziuk|primeiro4 =K|último5 =Read|primeiro5 =L|último6 =Mann|primeiro6 =DA|ano=2013|título=Detection of Hydrodynamic Stimuli by the Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'')|periódico=Journal of Comparative Physiology|volume=199|número=6|páginas=441–50|doi=10.1007/s00359-013-0822-x|pmid=23660811}}</ref> Na época de reprodução, vários machos formam rebanhos de acasalamento em torno de uma única fêmea; em média, um filhote nasce de uma fêmea de peixe-boi a cada dois ou três anos.<ref name=":23">{{citar web|url=https://www.fws.gov/verobeach/ListedSpeciesMSRP.html|título=South Florida Multi-Species Recovery Plan}}</ref>


O peixe-boi-marinho foi listado como ameaçado de extinção pela ''[[Endangered Species Act]]'' dos [[Estados Unidos]] na década de 1970, quando havia apenas várias centenas restantes,<ref name="smithsonianmag_201722">{{citation|último =Daley|primeiro =Jason|título=Manatees Move From Endangered to Threatened: But conservationists say the species still faces significant threats|data=3 de abril de 2017|url=http://www.smithsonianmag.com/smart-news/manatee-moves-endangered-threaten-180962758/|obra=[[Smithsonian (magazine)|Smithsonian]]|acessodata=2 de agosto de 2021}}</ref> e as décadas desde então testemunharam esforços significativos por organizações federais, estaduais, privadas e sem fins lucrativos para proteger essas espécies de ameaças naturais e induzidas pelo homem, particularmente colisões com embarcações.<ref>{{citar periódico|último1 =Martin|primeiro1 =Julien|último2 =Sabatier|primeiro2 =Quentin|último3 =Gowan|primeiro3 =Timothy A.|último4 =Giraud|primeiro4 =Christophe|último5 =Gurarie|primeiro5 =Eliezer|último6 =Calleson|primeiro6 =Charles Scott|último7 =Ortega‐Ortiz|primeiro7 =Joel G.|último8 =Deutsch|primeiro8 =Charles J.|último9 =Rycyk|primeiro9 =Athena|último10 =Koslovsky|primeiro10 =Stacie M.|data=2016|título=A quantitative framework for investigating risk of deadly collisions between marine wildlife and boats|periódico=Methods in Ecology and Evolution|língua=en|volume=7|número=1|páginas=42–50|doi=10.1111/2041-210X.12447|issn=2041-210X}}</ref> Em 30 de março de 2017, o [[Secretário do Interior dos Estados Unidos]], [[Ryan Zinke]], anunciou a reclassificação federal do peixe-boi de ameaçado para vulnerável, citando um aumento substancial na população total.<ref name="smithsonianmag_201722" /><ref name="fws_manatee_threatened_201733">{{citar comunicado de imprensa|url=https://www.fws.gov/news/ShowNews.cfm?ref=manatee-reclassified-from-endangered-to-threatened-as-habitat-improves-a&_ID=36003|data=30 de março de 2017|acessodata=2 de agosto de 2021|título=Manatee Reclassified from Endangered to Threatened as Habitat Improves and Population Expands|website=fws.gov|publicado=[[United States Fish & Wildlife Service|Fish & Wildlife Service]], [[US Department of the Interior]]|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170407143427/https://www.fws.gov/news/ShowNews.cfm?ref=manatee-reclassified-from-endangered-to-threatened-as-habitat-improves-a&_ID=36003|arquivodata=7 de abril de 2017}}</ref>
O peixe-boi-marinho foi listado como ameaçado de extinção pela ''[[Endangered Species Act]]'' dos [[Estados Unidos]] na década de 1970, quando havia apenas várias centenas restantes,<ref name="smithsonianmag_201722">{{citation|último =Daley|primeiro =Jason|título=Manatees Move From Endangered to Threatened: But conservationists say the species still faces significant threats|data=3 de abril de 2017|url=http://www.smithsonianmag.com/smart-news/manatee-moves-endangered-threaten-180962758/|obra=[[Smithsonian (magazine)|Smithsonian]]|acessodata=2 de agosto de 2021}}</ref> e as décadas desde então testemunharam esforços significativos por organizações federais, estaduais, privadas e sem fins lucrativos para proteger essas espécies de ameaças naturais e induzidas pelo homem, particularmente colisões com embarcações.<ref>{{citar periódico|último1 =Martin|primeiro1 =Julien|último2 =Sabatier|primeiro2 =Quentin|último3 =Gowan|primeiro3 =Timothy A.|último4 =Giraud|primeiro4 =Christophe|último5 =Gurarie|primeiro5 =Eliezer|último6 =Calleson|primeiro6 =Charles Scott|último7 =Ortega‐Ortiz|primeiro7 =Joel G.|último8 =Deutsch|primeiro8 =Charles J.|último9 =Rycyk|primeiro9 =Athena|último10 =Koslovsky|primeiro10 =Stacie M.|data=2016|título=A quantitative framework for investigating risk of deadly collisions between marine wildlife and boats|periódico=Methods in Ecology and Evolution|língua=en|volume=7|número=1|páginas=42–50|doi=10.1111/2041-210X.12447|issn=2041-210X}}</ref> Em 30 de março de 2017, o [[Secretário do Interior dos Estados Unidos]], [[Ryan Zinke]], anunciou a reclassificação federal do peixe-boi de ameaçado para vulnerável, citando um aumento substancial na população total.<ref name="smithsonianmag_201722" /><ref name="fws_manatee_threatened_201733">{{citar comunicado de imprensa|url=https://www.fws.gov/news/ShowNews.cfm?ref=manatee-reclassified-from-endangered-to-threatened-as-habitat-improves-a&_ID=36003|data=30 de março de 2017|acessodata=2 de agosto de 2021|título=Manatee Reclassified from Endangered to Threatened as Habitat Improves and Population Expands|website=fws.gov|publicado=[[Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos|Serviço de Pesca e Vida Selvagem]], [[Departamento do Interior dos Estados Unidos]]|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170407143427/https://www.fws.gov/news/ShowNews.cfm?ref=manatee-reclassified-from-endangered-to-threatened-as-habitat-improves-a&_ID=36003|arquivodata=7 de abril de 2017}}</ref>


== Etimologia ==
== Etimologia ==
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O período de gestação em peixes-boi dura de 12 a 14 meses, após os quais dão à luz um filhote por vez ou raramente gêmeos.<ref name=":5" /> Quando um filhote nasce, geralmente pesa 60–70 libras (27–32 quilos) e tem 4,0–4,5 pés (1,2–1,4 metro) de comprimento. Os peixes-boi não formam um par permanente e o macho não contribui com os cuidados parentais com o filhote, que permanece com a mãe por até dois anos antes do desmame. Uma única fêmea pode reproduzir uma vez a cada 2-3 anos.<ref name=":23"/> Os peixes-boi selvagens foram documentados produzindo descendentes em seus 30 anos de idade, e uma fêmea de peixe-boi em cativeiro deu à luz aos 40 anos.<ref name=iucn />
O período de gestação em peixes-boi dura de 12 a 14 meses, após os quais dão à luz um filhote por vez ou raramente gêmeos.<ref name=":5" /> Quando um filhote nasce, geralmente pesa 60–70 libras (27–32 quilos) e tem 4,0–4,5 pés (1,2–1,4 metro) de comprimento. Os peixes-boi não formam um par permanente e o macho não contribui com os cuidados parentais com o filhote, que permanece com a mãe por até dois anos antes do desmame. Uma única fêmea pode reproduzir uma vez a cada 2-3 anos.<ref name=":23"/> Os peixes-boi selvagens foram documentados produzindo descendentes em seus 30 anos de idade, e uma fêmea de peixe-boi em cativeiro deu à luz aos 40 anos.<ref name=iucn />


== Conservação do Peixe-Boi ==
== Ameaças e conservação ==

[[imagem:West Indian manatee Paraba Brazil.jpg|thumb|Peixes-boi em projeto de conservação no [[Região Nordeste (Brasil)|Nordeste]] do [[Brasil]]]]

O peixe-boi está incluído no ''[[Endangered Species Act]]'' dos [[Estados Unidos]]. Em outubro de 2007, a [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN) avaliou o peixe-boi como vulnerável e as subespécies da Flórida e das Antilhas como ameaçadas de extinção.<ref name=iucn /> As ameaças às subespécies da Flórida e das Antilhas são relativamente separadas, embora às vezes se sobreponham. As maiores causas de mortes de peixes-boi-da-flórida incluem colisões com embarcações, alta mortalidade perinatal, perda de ''habitat'' de água quente e maré vermelha.<ref>{{citar periódico|último1 =Halvorsen|primeiro1 =K. M.|último2 =Keith|primeiro2 =E. O.|ano=2008|título=Immunosuppression cascade in the Florida manatee (''Trichechus manatus latirostris'')|periódico=Aquatic Mammals|volume=34|número=4|páginas=412–419|doi=10.1578/AM.34.4.2008.412|url=https://semanticscholar.org/paper/38d505af148896835198e316b56e65180025b549}}</ref><ref name="USGS2">{{citar livro|título=Scientific Investigations Report|último1 =Runge|primeiro1 =Michael C.|último2 =Sanders-Reed|primeiro2 =Carol A.|último3 =Langtimm|primeiro3 =Catherine A.|último4 =Hostetler|primeiro4 =Jeffrey A.|último5 =Martin|primeiro5 =Julien|último6 =Deutsch|primeiro6 =Charles J.|último7 =Ward-Geiger|primeiro7 =Leslie I.|último8 =Mahon|primeiro8 =Gary L.|ano=2017|capítulo=Status and threats analysis for the Florida manatee (''Trichechus manatus latirostris''), 2016|url=https://pubs.usgs.gov/sir/2017/5030/sir20175030.pdf|editora=Departamento do Interior; Departamento Geológico|local=Washington|doi=10.3133/sir20175030}}</ref> Os peixes-boi das Antilhas enfrentam uma severa fragmentação do ''habitat'',<ref name=":6">{{citar periódico|último1 =Castelblanco-Martínez|primeiro1 =Dn|último2 =Nourisson|primeiro2 =C|último3 =Quintana-Rizzo|primeiro3 =E|último4 =Padilla-Saldivar|primeiro4 =J|último5 =Schmitter-Soto|primeiro5 =Jj|data=2012-08-16|título=Potential effects of human pressure and habitat fragmentation on population viability of the Antillean manatee ''Trichechus manatus manatus'': a predictive model|periódico=Endangered Species Research|língua=en|volume=18|número=2|páginas=129–145|doi=10.3354/esr00439|issn=1863-5407}}</ref> bem como a pressão contínua da caça ilegal.<ref>{{citar periódico|último1 =Olivera-Gómez|primeiro1 =L. D|último2 =Mellink|primeiro2 =E|data=2005-01-01|título=Distribution of the Antillean manatee (''Trichechus manatus manatus'') as a function of habitat characteristics, in Bahı́a de Chetumal, Mexico|periódico=Biological Conservation|volume=121|número=1|páginas=127–133|doi=10.1016/j.biocon.2004.02.023|issn=0006-3207}}</ref>

A decisão de 2017 de reclassificar o peixe-boi das de ameaçado para vulnerável de acordo com o ''Endangered Species Act'' citou o aumento nas populações de ambas as subespécies.<ref name="fws_manatee_threatened_201733"/> A decisão não ficou isenta de controvérsia, no entanto: de acordo com o ''[[Save the Manatee Club]]'', o [[Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos]] não considerou adequadamente os dados de 2010 a 2016, período durante o qual os peixes-boi sofreram eventos de mortalidade sem precedentes ligados à poluição do ''habitat'', dependência de fontes artificiais de água quente e registros de mortes por colisões com embarcações.<ref name=":3">{{citar comunicado de imprensa|url=http://www.savethemanatee.org/news_pr_downlisting_3-17.html|título=Highly Controversial Federal Action Puts Manatees in Harm's Way|website=savethemanatee.org|publicado=Save the Manatee Club|acessodata=2017-07-02|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170606065459/http://www.savethemanatee.org/news_pr_downlisting_3-17.html|arquivodata=2017-06-06}}</ref> O aviso oficial da reclassificação deixou claro que, mesmo com a redução, todas as proteções federais para o peixe-boi permaneceriam em vigor.<ref name="smithsonianmag_201722"/>

O peixe-boi das Índias Ocidentais tem sido caçado por centenas de anos por carne e couro, e continua sendo caçado nas Américas Central e do Sul. Com a caça ilegal, e as colisões com embarcações, são constantes as mortes dos peixes-bois. Além disso, os estresses ambientais, como a maré vermelha e as águas frias, causam vários problemas de saúde aos peixes-boi, como a imunossupressão, a doença e até a morte.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Halvorsen|primeiro=Katherine M.|ultimo2=Keith|primeiro2=Edward O.|data=2008-12-01|titulo=Immunosuppression Cascade in the Florida Manatee (<I>Trichechus manatus latirostris</I>)|url=http://dx.doi.org/10.1578/am.34.4.2008.412|jornal=Aquatic Mammals|volume=34|numero=4|paginas=412–419|doi=10.1578/am.34.4.2008.412|issn=0167-5427}}</ref>
O peixe-boi das Índias Ocidentais tem sido caçado por centenas de anos por carne e couro, e continua sendo caçado nas Américas Central e do Sul. Com a caça ilegal, e as colisões com embarcações, são constantes as mortes dos peixes-bois. Além disso, os estresses ambientais, como a maré vermelha e as águas frias, causam vários problemas de saúde aos peixes-boi, como a imunossupressão, a doença e até a morte.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Halvorsen|primeiro=Katherine M.|ultimo2=Keith|primeiro2=Edward O.|data=2008-12-01|titulo=Immunosuppression Cascade in the Florida Manatee (<I>Trichechus manatus latirostris</I>)|url=http://dx.doi.org/10.1578/am.34.4.2008.412|jornal=Aquatic Mammals|volume=34|numero=4|paginas=412–419|doi=10.1578/am.34.4.2008.412|issn=0167-5427}}</ref>


=== ''T. m. latirostris'' (peixe-boi-da-flórida) ===
A subespécie do [[peixe-boi-da-flórida]] (''T. m. Latirostris'') foi listada em outubro de 2007 como ameaçada pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN) com base em um tamanho populacional inferior a {{fmtn|2500}} indivíduos maduros e uma população estimada em declínio de pelo menos 20% nas próximas duas gerações (estimadas em cerca de 40 anos), devido às mudanças futuras previstas no habitat de águas quentes e às ameaças do aumento do tráfego de embarcações nas próximas décadas.<ref>{{citar web|autor=Deutsch, C. J.|título=Florida Manatee - ''Trichechus manatus ssp. latirostris''|periódico= [[Lista Vermelha da IUCN]] | volume = 2008 |página=e.T22106A9359881|publicado= [[União Internacional para Conservação da Natureza]] (UICN) |data= 2008| doi =10.2305/IUCN.UK.2008.RLTS.T22106A9359881.en| url=https://www.iucnredlist.org/species/22106/9359881|acessodata=2 de agosto de 2021}}</ref>

[[imagem:Manatee Crossing Sign.jpg|thumb|Sinal no Museu do Sul da Flórida]]

Uma análise de viabilidade populacional do peixe-boi-da-flórida em 1997 projetou 44% de chance de extinção nos próximos {{fmtn|1000}} anos sem melhorias nas condições do habitat e novas regulamentações de proteção.<ref>{{citar periódico|último1 =Marmontel|primeiro1 =Miriam|último2 =Humphrey|primeiro2 =Stephen R.|último3 =O'Shea|primeiro3 =Thomas J.|data=1997|título=Population Viability Analysis of the Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris''), 1976-1991|periódico=Conservation Biology|volume=11|número=2|páginas=467–481|issn=0888-8892|doi=10.1046/j.1523-1739.1997.96019.x|jstor=2387620|url=https://semanticscholar.org/paper/9099ed80bca048926c739767e2e4dff05e2d8b02}}</ref> Desde então, as perspectivas para as subespécies melhoraram. Em 2016, o [[Serviço Geológico dos Estados Unidos]] colaborou com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem da Flórida para reavaliar a situação do peixe-boi sob o Modelo Biológico Básico, que é usado para estimar a viabilidade da população. Esta avaliação analisou a população total nas costas leste e oeste da Flórida e estimou que a probabilidade de qualquer população cair abaixo de 500 adultos em 100 anos era de cerca de 0,42%.<ref name="USGS2" />

Estima-se que pelo menos 35% das mortes resultem de colisões de embarcações.<ref>{{citar livro|último1 =Runge|primeiro1 =Michael C.|último2 =Sanders-Reed|primeiro2 =Carol A.|último3 =Langtimm|primeiro3 =Catherine A.|último4 =Fonnesbeck|primeiro4 =Christopher J.|data=2007|capítulo=A Quantitative Threats Analysis for the Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'')|url=http://pubs.er.usgs.gov/publication/ofr20071086|doi=10.3133/ofr20071086|título=Open-File Report|capítulourl=https://semanticscholar.org/paper/915249e106598ca23a779b1e6ca5e9f86ebfde6f|editora=Departamento do Interior; Departamento Geológico|local=Washington}}</ref> Os peixes boi respondem à aproximação de navios orientando-se para águas mais profundas e aumentando sua velocidade,<ref>{{citar periódico|último1 =Nowacek|primeiro1 =Stephanie M|último2 =Wells|primeiro2 =Randall S|último3 =Owen|primeiro3 =Edward C. G|último4 =Speakman|primeiro4 =Todd R|último5 =Flamm|primeiro5 =Richard O|último6 =Nowacek|primeiro6 =Douglas P|data=2004-10-01|título=Florida manatees, ''Trichechus manatus latirostris'', respond to approaching vessels|periódico=Biological Conservation|volume=119|número=4|páginas=517–523|doi=10.1016/j.biocon.2003.11.020|issn=0006-3207}}</ref> mas, mesmo assim, são frequentemente atingidos devido ao seu grande tamanho e lentidão.<ref name="MMC_20062">{{citar periódico|autor =Laist, David|ano=2006|título=Preliminary Evidence That Boat Speed Restrictions Reduce Deaths of Florida Manatees|url=http://www.mmc.gov/wp-content/uploads/laist2006.pdf|urlmorta= não|periódico=Marine Mammal Science|volume=22|número=2|páginas=472–479|doi=10.1111/j.1748-7692.2006.00027.x|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161221210759/https://www.mmc.gov/wp-content/uploads/laist2006.pdf|arquivodata=2016-12-21}}</ref> Levantamentos aéreos da distribuição de peixes-boi e barcos da Flórida foram conduzidos para mapear as áreas nas quais as colisões são mais prováveis de ocorrer, levando em consideração fatores ambientais e sazonais.<ref>{{citar periódico|último1 =Bauduin|primeiro1 =Sarah|último2 =Martin|primeiro2 =Julien|último3 =Edwards|primeiro3 =Holly H.|último4 =Gimenez|primeiro4 =Olivier|último5 =Koslovsky|primeiro5 =Stacie M.|último6 =Fagan|primeiro6 =Daniel E.|data=2013-03-01|título=An index of risk of e mammals and watercraft: Example of the Florida manatee|periódico=Biological Conservation|volume=159|páginas=127–136|doi=10.1016/j.biocon.2012.10.031|issn=0006-3207}}</ref> As embarcações podem frequentemente evitar atingi-los simplesmente reduzindo a velocidade, dando tempo para que fique fora do alcance.<ref>{{citar periódico|último1 =Rycyk|primeiro1 =Athena M.|último2 =Deutsch|primeiro2 =Charles J.|último3 =Barlas|primeiro3 =Margaret E.|último4 =Hardy|primeiro4 =Stacie K.|último5 =Frisch|primeiro5 =Katherine|último6 =Leone|primeiro6 =Erin H.|último7 =Nowacek|primeiro7 =Douglas P.|data=2018|título=Manatee behavioral response to boats|periódico=Marine Mammal Science|língua=en|volume=34|número=4|páginas=924–962|doi=10.1111/mms.12491|issn=1748-7692}}</ref> Apesar das melhorias na modelagem e mudanças nas regulamentações locais, um relatório de 2017 descobriu que 104 peixes-boi foram mortos por colisões com embarcações no ano anterior, um dos maiores totais já registrados.<ref name="orlandosentinel_watercraft_manatee_20172">{{citation|título=Boats kill record number of Florida manatees in 2016|data=17 de janeiro de 2017|url=http://www.orlandosentinel.com/news/environment/os-ap-boats-kill-record-number-of-florida-manatees-in-2016-20170117-story.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170407053723/http://www.orlandosentinel.com/news/environment/os-ap-boats-kill-record-number-of-florida-manatees-in-2016-20170117-story.html|publicado=[[Orlando Sentinel]]|acessodata=5 de abril de 2017|arquivodata=7 de abril de 2017|urlmorta= não}}</ref>

A perda projetada em longo prazo de ''habitats'' de água quente apresenta um risco significativo para os peixes-boi, que são incapazes de tolerar temperaturas abaixo de 20 °C (68 °F).<ref name="haubold_200722">{{citar relatório|url=http://myfwc.com/media/415109/Manatee_BSR.pdf|título=Final Biological Status Review of the Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'')]|autor =Haubold, E.|data=abril de 2006|páginas=133|acessodata=5 de abril de 2017|display-authors=etal|series=Assessment 2005–2006|agência=Florida Manatee Biological Review Panel}}</ref><ref name="“reep2006”2"/> Os peixes-boi frequentemente se reúnem em torno da descarga quente emitida por usinas de energia durante os meses de inverno; no entanto, conforme as plantas mais antigas são substituídas por estruturas mais eficientes em termos de energia, podem correr o risco de morte induzida pelo frio devido à disponibilidade reduzida de refúgios de água quente.<ref>{{citar periódico|último1 =Laist|primeiro1 =David W.|último2 =Reynolds|primeiro2 =John E.|data=2005|título=Influence of Power Plants and Other Warm-Water Refuges on Florida Manatees|periódico=Marine Mammal Science|língua=en|volume=21|número=4|páginas=739–764|doi=10.1111/j.1748-7692.2005.tb01263.x|issn=1748-7692}}</ref> Os peixes-boi podem lembrar locais de refúgio anteriores e frequentemente retornar a eles em invernos sucessivos, mas alguns conservacionistas temem que possam se tornar excessivamente dependentes de locais de água quente gerados por usinas de energia que podem fechar em breve.<ref>{{citar web|url=http://www2.tbo.com/content/2011/jan/07/100913/can-manatees-survive-without-warm-waters-from-powe/|título=Can manatees survive without warm waters from power plants?|data=2011-03-15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110315095511/http://www2.tbo.com/content/2011/jan/07/100913/can-manatees-survive-without-warm-waters-from-powe/|acessodata=2019-12-09|arquivodata=2011-03-15}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Alvarez-Alemán|primeiro=Anmari|ultimo2=Beck|primeiro2=Cathy A.|ultimo3=Powell|primeiro3=James A.|data=2010-06-01|titulo=First Report of a Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'') in Cuba|url=http://dx.doi.org/10.1578/am.36.2.2010.148|jornal=Aquatic Mammals|volume=36|numero=2|paginas=148–153|doi=10.1578/am.36.2.2010.148|issn=0167-5427}}</ref> Em áreas onde não têm acesso a usinas de energia ou fontes naturais quentes, procuram zonas naturais de águas profundas que permanecem passivamente acima das temperaturas toleráveis.<ref>{{citar periódico|último1 =Stith|primeiro1 =Bradley M.|último2 =Reid|primeiro2 =James P.|último3 =Langtimm|primeiro3 =Catherine A.|último4 =Swain|primeiro4 =Eric D.|último5 =Doyle|primeiro5 =Terry J.|último6 =Slone|primeiro6 =Daniel H.|último7 =Decker|primeiro7 =Jeremy D.|último8 =Soderqvist|primeiro8 =Lars E.|data=2011|título=Temperature Inverted Haloclines Provide Winter Warm-Water Refugia for Manatees in Southwest Florida|periódico=Estuaries and Coasts|volume=34|número=1|páginas=106–119|issn=1559-2723|doi=10.1007/s12237-010-9286-1|jstor=41059029}}</ref> De acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (2010), 237 peixes-boi registrados morreram naquele ano, sendo que 42% dessas fatalidades resultaram da síndrome do estresse pelo frio.<ref>{{Citar web|titulo=Sensory Processes of Florida Manatees: A Review|url=http://dx.doi.org/10.1037/e603982013-097|obra=PsycEXTRA Dataset|data=2007|acessodata=2 de agosto de 2021|primeiro=G. B.|ultimo=Bauer|primeiro2=D. E.|ultimo2=Colbert|primeiro3=J. C.|ultimo3=Gaspard|primeiro4=R.|ultimo4=Reep|primeiro5=D.|ultimo5=Mann}}</ref>

Maré vermelha é um nome comum para a proliferação de algas, derivando sua cor distinta das moléculas de pigmentação nas algas. As flores produzem brevetoxinas, que são potencialmente fatais para a vida marinha. A maioria das mortes de peixes-boi na maré vermelha ocorre quando ingerem a maré vermelha junto com as ervas marinhas, sua principal fonte de alimento.<ref>{{citar periódico|último1 =Landsberg|primeiro1 =J. H.|último2 =Flewelling|primeiro2 =L. J.|último3 =Naar|primeiro3 =J.|data=2009-03-01|título=Karenia brevis red tides, brevetoxins in the food web, and impacts on natural resources: Decadal advancements|periódico=Harmful Algae|series=Understanding the causes and impacts of the Florida Red Tide and improving management and response|volume=8|número=4|páginas=598–607|doi=10.1016/j.hal.2008.11.010|issn=1568-9883}}</ref>

=== ''T. m. manatus'' (peixe-boi-das-antilhas) ===

[[imagem:West Indian manatee skeletons NC.jpg|thumb|esquerda|Esqueletos de peixes-boi em exibição no [[Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte]] em [[Raleigh (Carolina do Norte)|Raleigh]], [[Carolina do Norte]]]]


Existem relativamente poucos dados sobre o peixe-boi-das-antilhas em comparação com seu homólogo da Flórida. Estudos filogenéticos revelaram baixa diversidade genética entre suas populações, provavelmente devido às limitações na dispersão.<ref>{{citar periódico|último1 =Hunter|primeiro1 =M. E.|último2 =Auil‐Gomez|primeiro2 =N. E.|último3 =Tucker|primeiro3 =K. P.|último4 =Bonde|primeiro4 =R. K.|último5 =Powell|primeiro5 =J.|último6 =McGuire|primeiro6 =P. M.|data=2010|título=Low genetic variation and evidence of limited dispersal in the regionally important Belize manatee|periódico=Animal Conservation|língua=en|volume=13|número=6|páginas=592–602|doi=10.1111/j.1469-1795.2010.00383.x|issn=1469-1795}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Nourisson|primeiro1 =Coralie|último2 =Morales-Vela|primeiro2 =Benjamín|último3 =Padilla-Saldívar|primeiro3 =Janneth|último4 =Tucker|primeiro4 =Kimberly Pause|último5 =Clark|primeiro5 =AnnMarie|último6 =Olivera-Gómez|primeiro6 =Leon David|último7 =Bonde|primeiro7 =Robert|último8 =McGuire|primeiro8 =Peter|data=2011-06-17|título=Evidence of two genetic clusters of manatees with low genetic diversity in Mexico and implications for their conservation|periódico=Genetica|língua=en|volume=139|número=7|páginas=833–42|doi=10.1007/s10709-011-9583-z|pmid=21681472|issn=1573-6857}}</ref> A reprodução em cativeiro, bem como a reabilitação de filhotes descobertos sem suas mães por perto, podem complementar as estratégias de conservação local, mas as populações estão, no entanto, em risco de depressão por [[endogamia]] e extinção local.<ref>{{citar periódico|último1 =Luna|primeiro1 =Fábia O.|último2 =Bonde|primeiro2 =Robert K.|último3 =Attademo|primeiro3 =Fernanda L. N.|último4 =Saunders|primeiro4 =Jonathan W.|último5 =Meigs‐Friend|primeiro5 =Gaia|último6 =Passavante|primeiro6 =José Zanon O.|último7 =Hunter|primeiro7 =Margaret E.|data=2012-07-01|título=Phylogeographic implications for release of critically endangered manatee calves rescued in Northeast Brazil|periódico=Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems|língua=en|volume=22|número=5|páginas=665–672|doi=10.1002/aqc.2260|issn=1099-0755}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Serrano|primeiro1 =Arturo|último2 =Daniel-Rentería|primeiro2 =Iliana del Carmen|último3 =Hernández-Cabrera|primeiro3 =Tania|último4 =Sánchez-Rojas|primeiro4 =Gerardo|último5 =Cuervo-López|primeiro5 =Liliana|último6 =Basáñez-Muñoz|primeiro6 =Agustín|data=2017-03-15|título=Is the West Indian Manatee (''Trichechus manatus'') at the Brink of Extinction in the State of Veracruz, Mexico?|periódico=Aquatic Mammals|volume=43|número=2|páginas=201–207|doi=10.1578/AM.43.2.2017.201}}</ref>
De acordo com o US Fish & Wildlife Service (FWS) e a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida, a categoria "em perigo" da UICN é equivalente à categoria de "ameaçada" da Lei de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos (ESA). Em 2013, o peixe-boi estava listado na ESA como "ameaçado", o que equivale à categoria de "criticamente ameaçada" da UICN. Em abril de 2007, o US Fish and Wildlife Service recomendou que a espécie fosse reclassificada como ameaçada em vez de ameaçada. A Comissão de Conservação de Peixes e Animais Selvagens da Flórida não inclui mais o peixe-boi na sua lista de [[espécie]]s ameaçadas do estado.<ref>{{Citar periódico|data=2007-06-15|titulo=NETWATCH: Botany's Wayback Machine|url=http://dx.doi.org/10.1126/science.316.5831.1547d|jornal=Science|volume=316|numero=5831|paginas=1547d–1547d|doi=10.1126/science.316.5831.1547d|issn=0036-8075}}</ref>


Considerando que as tendências populacionais do peixe-boi-da-flórida são relativamente bem monitoradas, os dados populacionais para o peixe-boi-das-antilhas são esparsos devido à sua distribuição irregular, bem como à turbidez relativa e baixos níveis de luz em seu habitat que podem mitigar a eficácia da antena ou sonar com base em pesquisas, geralmente resultando em medições imprecisas ou errôneas.<ref>{{citar periódico|último1 =Puc-Carrasco|primeiro1 =Gissel|último2 =Morales-Vela|primeiro2 =Benjamín|último3 =Olivera-Gomez|primeiro3 =León David|último4 =González-Solís|primeiro4 =David|data=2017-12-22|título=First field-based estimate of Antillean manatee abundance in the San Pedro River system suggests large errors in current estimates for Mexico|periódico=Ciencias Marinas|língua=en|volume=43|número=4|páginas=285–299–285–299|doi=10.7773/cm.v43i4.2704|issn=2395-9053}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Collazo|primeiro1 =Jaime A.|último2 =Krachey|primeiro2 =Matthew J.|último3 =Pollock|primeiro3 =Kenneth H.|último4 =Pérez-Aguilo|primeiro4 =Francisco J.|último5 =Zegarra|primeiro5 =Jan P.|último6 =Mignucci-Giannoni|primeiro6 =Antonio A.|data=setembro de 2019|título=Population estimates of Antillean manatees in Puerto Rico: an analytical framework for aerial surveys using multi-pass removal sampling|periódico=Journal of Mammalogy|volume=100|número=4|páginas=1340–1349|doi=10.1093/jmammal/gyz076|issn=0022-2372}}</ref> Um estudo de 2016 sobre a população de peixes-boi-das-antilhas no [[Brasil]] encontrou uma faixa potencial para o tamanho da população atual entre 485 e {{fmtn|2221}} indivíduos.<ref>{{citar periódico|último1 =Alves|primeiro1 =Maria Danise|último2 =Kinas|primeiro2 =Paul Gerhard|último3 =Marmontel|primeiro3 =Miriam|último4 =Borges|primeiro4 =João Carlos Gomes|último5 =Costa|primeiro5 =Alexandra Fernandes|último6 =Schiel|primeiro6 =Nicola|último7 =Araújo|primeiro7 =Maria Elisabeth|data=junho de 2016|título=First abundance estimate of the Antillean manatee (''Trichechus manatus manatus'') in Brazil by aerial survey|periódico=Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom|língua=en|volume=96|número=4|páginas=955–966|doi=10.1017/S0025315415000855|issn=0025-3154}}</ref> O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos estimou em 2017 que até {{fmtn|6782}} indivíduos da subespécie das Antilhas podem existir, mas esses resultados dependem em grande parte de anedotas pessoais e podem superestimar o número real da população.<ref name="fws_manatee_threatened_201733" /> Um estudo de 2012 da população das Antilhas documentou importantes causas de mortalidade relacionadas ao homem e projetou que se a proporção de mortes por peixes-boi por ano aumentasse para 5% ou mais, a população enfrentaria um declínio severo e eventual extinção.<ref name=":6" />
Em 2007, o Painel de Revisão Biológica do Peixe-boi da Flórida apresentou sua avaliação do peixe-boi da Flórida para o ano de 2005-2006. Relataram que não havia "estimativas estatisticamente baseadas em variância de abundância para todo o peixe-boi da Flórida". população "e que a maior contagem obtida a partir de pesquisas realizadas desde 1991, foi" 3300 peixes-boi em janeiro de 2001.<ref>{{Citar periódico|data=1982|titulo=Water resources and data-network assessment of the Manasota Basin, Manatee and Sarasota Counties, Florida|url=https://pubs.usgs.gov/wri/1982/0037/report.pdf}}</ref> A avaliação do Painel de Revisão Biológica de 2007 confirmou que a maior ameaça à população do peixe-boi da Flórida era a potencial perda futura de habitat de águas quentes. O peixe-boi das Índias Ocidentais tem uma alta taxa de baixas devido ao choque térmico causado por temperaturas baixas. Durante o tempo frio, muitos morrem devido ao seu trato digestivo desligar a temperaturas da água abaixo de 20 °C (68 °F). O peixe-boi da Flórida é uma espécie tropical incapaz de tolerar temperaturas da água abaixo de 20 ° C (68 ° F). Durante os meses de inverno, mais de 300 peixes-boi frequentemente se reúnem perto da saída de água quente das usinas ao longo da costa da Flórida, em vez de migrar para o sul como antes, fazendo com que alguns conservacionistas se preocupem com o fato de os peixes-boi ficarem dependentes demais dessas áreas artificialmente aquecidas. De acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (2010), 237 peixes-bois registrados morreram naquele ano, sendo que 42% dessas fatalidades resultaram da síndrome do estresse pelo frio.<ref>{{Citar web|titulo=Sensory Processes of Florida Manatees: A Review|url=http://dx.doi.org/10.1037/e603982013-097|obra=PsycEXTRA Dataset|data=2007|acessodata=2 de agosto de 2021|primeiro=G. B.|ultimo=Bauer|primeiro2=D. E.|ultimo2=Colbert|primeiro3=J. C.|ultimo3=Gaspard|primeiro4=R.|ultimo4=Reep|primeiro5=D.|ultimo5=Mann}}</ref> O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA está tentando encontrar uma nova maneira de aquecer a água para os peixes-boi que dependem das plantas que fecharam. Segundo Alvarez-Aleman et al. (2010), o primeiro peixe-boi conhecido da Flórida foi registrado utilizando as águas quentes expelidas por um canal de usina em Cuba em julho de 2006 e no ano seguinte em janeiro, fevereiro e abril, um peixe-boi e seu filhote foram relatados na usina em Havana, Cuba.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Alvarez-Alemán|primeiro=Anmari|ultimo2=Beck|primeiro2=Cathy A.|ultimo3=Powell|primeiro3=James A.|data=2010-06-01|titulo=First Report of a Florida Manatee (''Trichechus manatus latirostris'') in Cuba|url=http://dx.doi.org/10.1578/am.36.2.2010.148|jornal=Aquatic Mammals|volume=36|numero=2|paginas=148–153|doi=10.1578/am.36.2.2010.148|issn=0167-5427}}</ref>


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Revisão das 19h22min de 2 de agosto de 2021

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPeixe-boi-marinho

Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Cordados
Classe: Mamíferos
Ordem: Sirênios
Família: Triquecídeos
Género: Trichechus
Espécie: T. manatus
Nome binomial
Trichechus manatus[1]
Lineu, 1758
Distribuição geográfica

O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), também conhecido como guarabá, guaraguá, manaí, manati, manatim,[3] manatim-das-caraíbas, vaca-marinha,[4] é o maior gênero da ordem dos mamíferos aquáticos sirênios (que também inclui o dugongo e o extinto Hydrodamalis gigas) e pertence à família dos triquecídeos.[5][6][7][8][9] É ainda dividido em duas subespécies, o peixe-boi-da-flórida (T. m. Latirostris) e o peixe-boi-das-antilhas (T. m. Manatus), com base em estudos genéticos e morfológicos.[10][11] A subespécie da Flórida é encontrada principalmente ao longo da costa, mas seu alcance se estende até o oeste do Texas e ao norte até Massachussetes.[12] A subespécie das Antilhas tem uma distribuição esparsa em todo o Caribe, indo ao norte até o México e ao sul até o Brasil.[13][14]

Os peixes-boi são herbívoros, desenvolveram habilidades de comunicação vocal e são cobertos por vibrissas altamente sensíveis que são usadas para alimentação e navegação.[15] Na época de reprodução, vários machos formam rebanhos de acasalamento em torno de uma única fêmea; em média, um filhote nasce de uma fêmea de peixe-boi a cada dois ou três anos.[16]

O peixe-boi-marinho foi listado como ameaçado de extinção pela Endangered Species Act dos Estados Unidos na década de 1970, quando havia apenas várias centenas restantes,[17] e as décadas desde então testemunharam esforços significativos por organizações federais, estaduais, privadas e sem fins lucrativos para proteger essas espécies de ameaças naturais e induzidas pelo homem, particularmente colisões com embarcações.[18] Em 30 de março de 2017, o Secretário do Interior dos Estados Unidos, Ryan Zinke, anunciou a reclassificação federal do peixe-boi de ameaçado para vulnerável, citando um aumento substancial na população total.[17][19]

Etimologia

Manati,[20] manatim[21] ou manaí (registrado manahy em 1817 e manahi em 1853)[22] se originou do termo caraíba mana'ti e foi difundido pelo espanhol manatí.[4] Guarabá tem provável origem tupi-guarani,[23] e guaraguá (historicamente registrado como goaragoá em 1587 e guaragua em 1631) pode derivar de ïgwara'gwa no sentido de "peixe-boi" ou guara-guara no sentido de "comilão".[24]

Descrição

O peixe-boi-marinho tem cerca de 2,7–3,5 metros (8,9–11,5 pés) de comprimento e pesa 200–600 quilos (440–1,320 libras), com as fêmeas sendo geralmente maiores que os machos.[25] O maior indivíduo registrado pesava 1 655 quilos (3 649 libras) e media 4,6 metros (15 pés) de comprimento.[26][27] Estima-se que os peixes-boi vivam 50 anos ou mais na natureza,[16] e um peixe-boi-da-flórida em cativeiro, Snooty, viveu por 69 anos (1948-2017).[28]

Como os peixes-boi são mamíferos, respiram ar, têm sangue quente e produzem leite. Como os outros sirênios, se adaptou totalmente à vida aquática, sem membros posteriores. Em vez de membros posteriores, têm uma pá parecida com uma espátula para propulsão na água. Evoluíram com corpos aerodinâmicos sem abas externas nas orelhas, diminuindo assim a resistência no ambiente aquático. A cobertura de pelagem é esparsamente distribuída pelo corpo, o que pode desempenhar um papel na redução do acúmulo de algas em sua pele espessa. A pele é cinza, mas pode variar na coloração devido às algas e outras biota, como cirrípedes, que oportunisticamente vivem dos peixes-boi. O tecido cicatricial é branco e persiste por décadas, permitindo fácil identificação. O peixe-boi-da-flórida tem de três a quatro unhas em cada nadadeira.[29]

O peixe-boi tem um focinho preênsil, como seu parente, o elefante, para agarrar a vegetação e trazê-la para a boca. Tem de seis a oito dentes moliformes em cada quadrante da mandíbula. Esses dentes são gerados na parte posterior da boca e migram lentamente em direção à parte frontal da boca, a uma taxa de 1–2 milímetros por mês, de onde então caem. Esta 'correia transportadora' de dentes fornece produção ilimitada de dentes, o que é benéfico para o peixe-boi, que se alimenta de vegetação quatro a oito horas por dia e consome 5-10% de seu peso corporal por dia. Tem pelos de 3 a 5 centímetros que cobrem todo o corpo e fornecem informações somatossensoriais. Os ossos são densos e sólidos, o que lhes permite atuar como lastro e promover flutuabilidade negativa. Isso ajuda a neutralizar a flutuabilidade positiva que vem de seu alto teor de gordura. Essas duas contrapartes de flutuabilidade, junto com o ar nos pulmões, ajudam os peixes-boi a atingirem flutuabilidade neutra na água. Isso torna mais fácil respirar, forragear e nadar. Os peixes-boi são únicos, em comparação com outros mamíferos, por terem um diafragma orientado longitudinalmente que é dividido ao meio para formar dois hemidiafragmas. Cada hemidiafragma é capaz de contrações musculares independentes.[29]

Distribuição e habitat

Peixe-boi em Crystal River

Os peixes-boi habita principalmente áreas costeiras rasas, incluindo rios e estuários. Podem resistir a grandes mudanças na salinidade e foram encontrados em águas altamente salgadas e salinas.[16] A taxa metabólica extremamente baixa e a falta de uma espessa camada de gordura corporal isolante os limita a locais com águas quentes, incluindo regiões tropicais. Embora seja mais comumente encontrado ao longo da costa da Flórida, foi avistado tão ao norte quanto Denis, em Massachussetes, e ao oeste até o Texas.[12] Um peixe-boi foi avistado no rio Wolf (perto de onde entra no rio Mississipi) em Mênfis, Tenessi em 2006.[30] Uma análise dos padrões de DNA mitocondrial indica que existem realmente três grupos geográficos primários do peixe-boi: (i) Flórida e as Grandes Antilhas; (ii) México, América Central e norte da América do Sul; e (iii) nordeste da América do Sul.[31][32]

A distribuição sazonal do peixe-boi varia com a temperatura da água. Temperaturas abaixo de aproximadamente 20 °C (68 °F) aumentam o risco de estresse induzido pelo frio ou mortalidade.[16][33] Consequentemente, os peixes-boi-da-flórida procuram refúgios de água quente durante o inverno, concentrados principalmente ao longo da península da Flórida.[34] Muitos desses refúgios são artificiais, criados pelo escoamento de usinas próximas.[2]

Os peixes-boi-da-flórida habitam o limite mais ao norte dos habitats sirênicos. Existem quatro subpopulações reconhecidas de peixes-boi-da-flórida, denominadas populações do Noroeste, Sudoeste, Costa Atlântica e rio São João.[35] Grandes concentrações estão localizadas nas regiões de Crystal River[36] e Blue Springs no centro e norte da Flórida. O peixe-boi-das-antilhas distribui-se esparsamente no Caribe e no noroeste do Oceano Atlântico, desde o México, ao leste até as Grandes Antilhas e ao sul até o Brasil. As populações também podem ser encontradas nas Baamas, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Trindade, Venezuela, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize, Cuba, Haiti, República Dominicana, Jamaica e Porto Rico.[19]

Comportamento e Dieta

Comportamento

Como os peixes-boi evoluíram em habitats sem predadores naturais, não têm comportamento de evitação de predadores. O grande tamanho e as baixas taxas metabólicas dos peixes-boi contribuem para sua capacidade para mergulhos longos e profundos, bem como sua relativa falta de velocidade. São frequentemente criaturas solitárias, mas se agregam em habitats de água quente durante o inverno e durante a formação de rebanhos de reprodução.[16]

Comunicação

Exemplares no Refúgio da Vida Selvagem da Ilha Merritt, no canal Haulover, na Flórida

Foi demonstrado que os peixes-boi formam grandes rebanhos de acasalamento quando os machos encontram fêmeas em estro, indicando que os machos podem ser capazes de sentir estrogênio ou outros indicadores químicos.[37] [38][39] Podem comunicar informações uns aos outros por meio de seus padrões de vocalização.[40] As diferenças relacionadas ao sexo e à idade são aparentes na estrutura das vocalizações comuns em machos adultos, fêmeas adultas e jovens.[41][42] Isso pode ser uma indicação de individualidade vocal entre os peixes-boi. Um aumento na vocalização após um estímulo de reprodução vocal mostra que podem reconhecer a voz específica de outro peixe-boi.[43]

Esse comportamento em peixes-boi é encontrado principalmente entre as interações mãe e filhote. No entanto, a vocalização ainda pode ser comumente encontrada em uma variedade de interações sociais dentro de grupos de peixes-boi, que é semelhante a outros mamíferos aquáticos.[44][45] Ao se comunicarem em ambientes ruidosos, os peixes-boi que estão em grupos experimentam o mesmo efeito Lombard que os humanos; onde irão aumentar involuntariamente seu esforço vocal ao se comunicarem.[46] Com base em evidências acústicas e anatômicas, presume-se que as pregas vocais de mamíferos sejam o mecanismo de produção de som em peixes-boi.[47] Peixes-boi também comem fezes de outros peixes-boi; presume-se que façam isso para reunir informações sobre o estado reprodutivo ou dominância, indicando o importante papel que a quimiorrecepção desempenha no comportamento social e reprodutivo dos peixes-boi.[38]

Dieta

Espécime se alimentando de folhas

Embora já se tenha evidenciado o consumo de alguns peixes e pequenos invertebrados,[48] os peixes-boi são essecialmente herbívoros que se alimentam de mais de 60 espécies de plantas aquáticas, tanto na água doce quanto salgada. As ervas marinhas são um alimento básico da dieta do peixe-boi, principalmente nas áreas costeiras.[49][50][51] Além disso, quando a maré está alta o suficiente, também se alimentam de gramíneas e folhas.[52] Normalmente forrageiam por cinco ou mais horas por dia, consumindo de 4% a 10% de seu peso corporal na vegetação úmida por dia, embora a quantidade exata dependa de seu tamanho corporal e nível de atividade.[53][54] Como os peixes-boi se alimentam de plantas abrasivas, seus molares costumam ficar desgastados e são substituídos muitas vezes ao longo de suas vidas, ganhando assim o apelido de "molares em marcha". Os molares são semelhantes em forma, mas de tamanhos variados; não têm incisivos, que estes foram substituídos por placas gengivais córneas.[55]

Peixes-boi são não ruminantes com intestino grosso dilatado. Ao contrário de outros fermentadores do intestino grosso, como o cavalo, extraem com eficiência nutrientes, principalmente celulose, das plantas aquáticas em sua dieta. Têm um grande trato gastrointestinal com conteúdo medindo cerca de 23% de sua massa corporal total. Além disso, a taxa de passagem dos alimentos é muito longa (cerca de sete dias).[56] Esse processo lento aumenta a digestibilidade de sua dieta. É sugerido que a fermentação crônica também pode fornecer calor adicional e está correlacionada com sua baixa taxa metabólica.[52]

Vibrissas

Escultura de peixe-boi com suas vibrissas evidenciadas

Os peixes-boi têm pelos táteis sensíveis que cobrem seus corpos chamados vibrissas. Cada fio de cabelo individual é um aparelho vibrissal denominado complexo folículo-seio. As vibrissas são cheios de sangue e estão delimitadas por uma cápsula de tecido conjuntivo densa com terminações nervosas sensíveis que fornecem resposta tátil ao peixe-boi.[15]

Normalmente são encontradas nas regiões faciais de animais aquáticos terrestres e não sirênios e são chamadas de bigodes. Os peixes-boi, no entanto, têm por todo o corpo. As localizadas na região facial são cerca de 30 vezes mais densas do que as no resto do corpo. Sua boca consiste em lábios preênseis muito móveis que são usados ​​para agarrar alimentos e objetos. As vibrissas nesses lábios são voltadas para fora durante a preensão e são usadas para localizar a vegetação. Seus discos orais também contêm vibrissas que foram classificadas como pelos semelhantes a cerdas, usados ​​na investigação sem o agarrar de objetos e alimentos.[57][58]

As vibrissas do peixe-boi são tão sensíveis que são capazes de realizar uma discriminação ativa de texturas por toque. Os peixes-boi também usam suas vibrissas para navegar nos turvos cursos d'água de seu ambiente. Pesquisas indicaram que são capazes de usá-las para detectar estímulos hidrodinâmicos da mesma forma que os peixes usam seu sistema de linha lateral.[15]

Reprodução

Os peixes-boi machos atingem a maturidade sexual aos 3–4 anos de idade, enquanto as fêmeas atingem a maturidade sexual aos 3–5 anos de idade.[59][16] Os peixes-boi parecem capazes de procriar ao longo de toda a sua vida adulta, embora a maioria das fêmeas reproduza com sucesso pela primeira vez aos 7–9 anos. A reprodução ocorre em rebanhos de acasalamento efêmeros, nos quais vários machos se agregam em torno de uma fêmea em estro e competem pelo acesso a ela.[60] Observou-se que machos maiores, presumivelmente mais velhos, dominam os rebanhos de acasalamento e são provavelmente responsáveis ​​pela maioria dos eventos de cópula bem-sucedidos.[61]

O período de gestação em peixes-boi dura de 12 a 14 meses, após os quais dão à luz um filhote por vez ou raramente gêmeos.[61] Quando um filhote nasce, geralmente pesa 60–70 libras (27–32 quilos) e tem 4,0–4,5 pés (1,2–1,4 metro) de comprimento. Os peixes-boi não formam um par permanente e o macho não contribui com os cuidados parentais com o filhote, que permanece com a mãe por até dois anos antes do desmame. Uma única fêmea pode reproduzir uma vez a cada 2-3 anos.[16] Os peixes-boi selvagens foram documentados produzindo descendentes em seus 30 anos de idade, e uma fêmea de peixe-boi em cativeiro deu à luz aos 40 anos.[2]

Ameaças e conservação

Peixes-boi em projeto de conservação no Nordeste do Brasil

O peixe-boi está incluído no Endangered Species Act dos Estados Unidos. Em outubro de 2007, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) avaliou o peixe-boi como vulnerável e as subespécies da Flórida e das Antilhas como ameaçadas de extinção.[2] As ameaças às subespécies da Flórida e das Antilhas são relativamente separadas, embora às vezes se sobreponham. As maiores causas de mortes de peixes-boi-da-flórida incluem colisões com embarcações, alta mortalidade perinatal, perda de habitat de água quente e maré vermelha.[62][63] Os peixes-boi das Antilhas enfrentam uma severa fragmentação do habitat,[64] bem como a pressão contínua da caça ilegal.[65]

A decisão de 2017 de reclassificar o peixe-boi das de ameaçado para vulnerável de acordo com o Endangered Species Act citou o aumento nas populações de ambas as subespécies.[19] A decisão não ficou isenta de controvérsia, no entanto: de acordo com o Save the Manatee Club, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos não considerou adequadamente os dados de 2010 a 2016, período durante o qual os peixes-boi sofreram eventos de mortalidade sem precedentes ligados à poluição do habitat, dependência de fontes artificiais de água quente e registros de mortes por colisões com embarcações.[66] O aviso oficial da reclassificação deixou claro que, mesmo com a redução, todas as proteções federais para o peixe-boi permaneceriam em vigor.[17]

O peixe-boi das Índias Ocidentais tem sido caçado por centenas de anos por carne e couro, e continua sendo caçado nas Américas Central e do Sul. Com a caça ilegal, e as colisões com embarcações, são constantes as mortes dos peixes-bois. Além disso, os estresses ambientais, como a maré vermelha e as águas frias, causam vários problemas de saúde aos peixes-boi, como a imunossupressão, a doença e até a morte.[67]

T. m. latirostris (peixe-boi-da-flórida)

Sinal no Museu do Sul da Flórida

Uma análise de viabilidade populacional do peixe-boi-da-flórida em 1997 projetou 44% de chance de extinção nos próximos 1 000 anos sem melhorias nas condições do habitat e novas regulamentações de proteção.[68] Desde então, as perspectivas para as subespécies melhoraram. Em 2016, o Serviço Geológico dos Estados Unidos colaborou com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem da Flórida para reavaliar a situação do peixe-boi sob o Modelo Biológico Básico, que é usado para estimar a viabilidade da população. Esta avaliação analisou a população total nas costas leste e oeste da Flórida e estimou que a probabilidade de qualquer população cair abaixo de 500 adultos em 100 anos era de cerca de 0,42%.[63]

Estima-se que pelo menos 35% das mortes resultem de colisões de embarcações.[69] Os peixes boi respondem à aproximação de navios orientando-se para águas mais profundas e aumentando sua velocidade,[70] mas, mesmo assim, são frequentemente atingidos devido ao seu grande tamanho e lentidão.[71] Levantamentos aéreos da distribuição de peixes-boi e barcos da Flórida foram conduzidos para mapear as áreas nas quais as colisões são mais prováveis de ocorrer, levando em consideração fatores ambientais e sazonais.[72] As embarcações podem frequentemente evitar atingi-los simplesmente reduzindo a velocidade, dando tempo para que fique fora do alcance.[73] Apesar das melhorias na modelagem e mudanças nas regulamentações locais, um relatório de 2017 descobriu que 104 peixes-boi foram mortos por colisões com embarcações no ano anterior, um dos maiores totais já registrados.[74]

A perda projetada em longo prazo de habitats de água quente apresenta um risco significativo para os peixes-boi, que são incapazes de tolerar temperaturas abaixo de 20 °C (68 °F).[75][29] Os peixes-boi frequentemente se reúnem em torno da descarga quente emitida por usinas de energia durante os meses de inverno; no entanto, conforme as plantas mais antigas são substituídas por estruturas mais eficientes em termos de energia, podem correr o risco de morte induzida pelo frio devido à disponibilidade reduzida de refúgios de água quente.[76] Os peixes-boi podem lembrar locais de refúgio anteriores e frequentemente retornar a eles em invernos sucessivos, mas alguns conservacionistas temem que possam se tornar excessivamente dependentes de locais de água quente gerados por usinas de energia que podem fechar em breve.[77][78] Em áreas onde não têm acesso a usinas de energia ou fontes naturais quentes, procuram zonas naturais de águas profundas que permanecem passivamente acima das temperaturas toleráveis.[79] De acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (2010), 237 peixes-boi registrados morreram naquele ano, sendo que 42% dessas fatalidades resultaram da síndrome do estresse pelo frio.[80]

Maré vermelha é um nome comum para a proliferação de algas, derivando sua cor distinta das moléculas de pigmentação nas algas. As flores produzem brevetoxinas, que são potencialmente fatais para a vida marinha. A maioria das mortes de peixes-boi na maré vermelha ocorre quando ingerem a maré vermelha junto com as ervas marinhas, sua principal fonte de alimento.[81]

T. m. manatus (peixe-boi-das-antilhas)

Esqueletos de peixes-boi em exibição no Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte em Raleigh, Carolina do Norte

Existem relativamente poucos dados sobre o peixe-boi-das-antilhas em comparação com seu homólogo da Flórida. Estudos filogenéticos revelaram baixa diversidade genética entre suas populações, provavelmente devido às limitações na dispersão.[82][83] A reprodução em cativeiro, bem como a reabilitação de filhotes descobertos sem suas mães por perto, podem complementar as estratégias de conservação local, mas as populações estão, no entanto, em risco de depressão por endogamia e extinção local.[84][85]

Considerando que as tendências populacionais do peixe-boi-da-flórida são relativamente bem monitoradas, os dados populacionais para o peixe-boi-das-antilhas são esparsos devido à sua distribuição irregular, bem como à turbidez relativa e baixos níveis de luz em seu habitat que podem mitigar a eficácia da antena ou sonar com base em pesquisas, geralmente resultando em medições imprecisas ou errôneas.[86][87] Um estudo de 2016 sobre a população de peixes-boi-das-antilhas no Brasil encontrou uma faixa potencial para o tamanho da população atual entre 485 e 2 221 indivíduos.[88] O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos estimou em 2017 que até 6 782 indivíduos da subespécie das Antilhas podem existir, mas esses resultados dependem em grande parte de anedotas pessoais e podem superestimar o número real da população.[19] Um estudo de 2012 da população das Antilhas documentou importantes causas de mortalidade relacionadas ao homem e projetou que se a proporção de mortes por peixes-boi por ano aumentasse para 5% ou mais, a população enfrentaria um declínio severo e eventual extinção.[64]

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