Ábdel Aziz ar-Rantisi

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Ábdel Aziz ar-Rantisi
Nascimento 23 de outubro de 1947
Yavne
Morte 17 de abril de 2004 (56 anos)
Gaza
Cidadania Estado da Palestina
Cônjuge Jamila Abdallah Taha al-Shanti
Alma mater
Ocupação político, médico
Religião Islamismo

Abdel Aziz ar-Rantisi ou Abdel Aziz al-Rantissi (em árabe عبدالعزيز الرنتيسي) Yibna, perto de Jafa, 23 de outubro de 1947 - Cidade de Gaza, 17 de abril de 2004) foi um médico e militante palestino. Juntamente com o líder espiritual da organização, sheik Ahmed Yassin fundou a organização islâmica palestina Hamas, em 11 de dezembro de 1987.

Quando Yassin, juntamente com quatro guardas, foi morto a 22 de março de 2004, por um míssil disparado por um helicóptero da Força Aérea Israelense, em um assassinato seletivo, Rantisi assumiu a liderança política do Hamas, sendo seu principal porta-voz na Faixa de Gaza.

Abdel-Aziz Rantissi era considerado um membro da linha dura do Hamas e sempre se posicionou contra qualquer compromisso com Israel,[1] na defesa da criação de um Estado palestino:

"O principal objetivo da Intifada é a liberação da faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém, e nada mais. Não temos força para liberar toda a nossa terra" disse Rantissi à BBC em 2002. "Em nossa religião, é proibido abrir mão de parte de nossa terra, portanto, não podemos reconhecer Israel de forma alguma. Mas podemos aceitar uma trégua com eles e viver lado a lado, deixando que essas questões sejam decididas pelas próximas gerações."[2]

Rantissi foi citado pelo Chicago Tribune como dizendo: "Nós vamos matar judeus, em toda a parte. Não haverá segurança para os judeus, os que vieram da América, da Rússia ou de qualquer lugar".[3]

Abdel Rantissi foi o segundo líder do Hamas morto pelas forças israelenses em 25 dias - menos de um mês depois do assassinato de Yassin, nas mesmas circunstâncias.[4]

Helicópteros israelenses dispararam dois foguetes contra o veículo em que Rantissi viajava com dois de seus guarda-costas, em uma rua central de Gaza. Os dois guarda-costas morreram no local e Rantisi foi levado a um hospital, em estado crítico, vindo a falecer. Era casado e pai de seis filhos.[5]

Segundo ele, o Holocausto nunca ocorreu da forma descrita pela historiografia ocidental, e os sionistas apoiaram e financiaram as atividades dos nazistas.[6]

Rantisi era considerado um terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel. Para muitos árabes, no entanto, era um defensor da causa palestina.

Referências

  1. Hamas nomeia substituto de líder assassinado. BBC Brasil, 18 de abril de 2004
  2. Veja perfil do grupo palestino Hamas Folha Online -BBC Brasil]
  3. Coverage of Yassin Killing Too Often Omits Key Information. Por Lee Green e Ricki Hollander. 22 de março de 2004.
  4. Israeli missile attack kills new Hamas chief., por Conal Urquhart e Gaby Hinsliff. The Observer. The Guardian, 18 de abril de 2004.
  5. Israel ataca e mata líder do Hamas em Gaza. Terra, 17 de abril de 2004.
  6. The Holocaust - The Greatest of Lies Funded by the Zionists. IMRA, 27 de agosto de 2003.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]