Alvar Aalto
Alvar Aalto | |
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Alvar e Elissa Aalto na década de 1950 | |
Nascimento | 3 de fevereiro de 1898 Kuortane |
Morte | 11 de maio de 1976 (78 anos) Helsinque |
Nacionalidade | finlandês |
Prêmios | Medalha Príncipe Eugênio (1954), Medalha de Ouro do RIBA (1957), Medalha de Ouro da AIA (1963), Medalha Alvar Aalto (1967) |
Hugo Alvar Henrik Aalto (Kuortane, 3 de fevereiro de 1898 – Helsinque, 11 de maio de 1976) foi um arquiteto finlandês, cuja obra é considerada exemplar da vertente orgânica da arquitetura moderna da primeira metade do século XX.[1]
Alvar Aalto também se notabilizou como designer, em áreas como o projeto de mobília, tecidos, cristais, entre outros.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Aalto foi um dos primeiros e mais influentes arquitetos do movimento moderno escandinavo, tendo sido membro do Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (CIAM). Alguns dos trabalhos de maior relevância foram, por exemplo, o Auditório Finlândia, e o campus da Universidade de Tecnologia de Helsínquia, ambos em Helsínquia, Finlândia. No campo do design, tornaram-se célebres os projetos de cadeiras baseados na exploração das possibilidades de corte e tratamento industrial da madeira. Além disso, pode-se citar os cristais que desenhou, como o conhecido Vaso Aalto, também chamado como Vaso Savoy.
Alvar Aalto estudou no Instituto Politécnico Finlandês em Helsinque, formando-se em arquitetura em 1921. De 1923 a 1927 trabalhou em um escritório próprio com sua mulher Aino Marsio (1898-1949), com quem se casou em 1925. De 1927 a 1933, trabalhou com Erik Bryggman (1891-1955), outro importante arquiteto finlandês, também formado pelo Instituto Politécnico Finlandês.
Em 1932 começou seu trabalho como designer, fundando com sua esposa Aino Aalto, a Artek Ltda em 1935 para a construção e distribuição de seus móveis. Em 1940 tornou-se professor da Faculdade de Arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Em 1952 casou-se com Elissa Makiniemi, que se torna a responsável pelo seu escritório até 1954. A partir de 1955 tornou-se membro da Academia Finlandesa.
Obras
[editar | editar código-fonte]Suas obras mais conhecidas e importantes para a análise da evolução de sua produção arquitetônica são: Clube dos Trabalhadores em Jyväskylä (1924), Sanatório em Paimio (1929-1933), Biblioteca Municipal de Viipuri (1933-1935), Villa Mairea (1937-1939), pavilhão finlandês na Exposição Mundial de Paris (1937), o pavilhão finlandês na Feira de Nova Iorque (1938-1939), residência estudantil do MIT em Massachusetts (1947-1949), a universidade politécnica de Otaniemi (1949-1967), a prefeitura de Saynatsalo (1950-1951), pavilhão finlandês na Bienal de Veneza (1956) e um palácio de congressos em Helsinque (1967-1975). Vai também fazer projetos urbanísticos como o Plano Geral de Rovaniemi e o Plano de Desenvolvimento de Kauttua, além de projetos para a cidade de Saynatsalo (1942-1946).
O design é outro campo aonde vai se destacar com importante obra de reconhecimento internacional. Possui vários projetos de mobiliário (cadeiras, mesas, camas, bancos) onde o emprego da madeira se faz de forma orgânica e racional. Podemos falar nesses dois termos, constatando uma análise minuciosa de sua parte pelos materiais e as formas que a natureza os apresenta. Aalto usa uma técnica de compensado moldado, obtendo peças esbeltas, que com suas curvas suportam de maneira elegante o peso de uma pessoa.
Uma das características de sua arquitetura é exatamente esta relação dialética com a natureza, por isso nesse caso arquitetura e design são partes inseparáveis de um todo, quase que nascem ao mesmo tempo. Isso muito se deve à relação peculiar dos finlandeses e sua cultura com o meio natural, curiosamente não na mesma intensidade do que ocorre com suecos ou noruegueses.
Por isso sua produção como arquiteto e designer torna-se inseparável da cultura finlandesa, por isso qualquer forma de análise deve contemplar a história e as características de seu país.
Está sepultado no Cemitério de Hietaniemi em Helsínquia.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Alvar Aalto» (em sueco). Uppslagsverket Finland - Enciclopédia Finlândia. Consultado em 8 de novembro de 2016
- ↑ Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Alvar Aalto». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 9. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Companhia das Letras, São Paulo, 1993.
- CAPITEL, Antón. Escandinávia y el liderazgo moderno. In: A&V Monografias de Arquitectura y Vivienda, no. 55, Madrid, 1995.
- CURTIS, William. Alvar Aalto (1898-1976) – el mito nórdico. In: A&V Monografias de Arquitectura y Vivienda, no. 55, Madrid, 1995.
- MONTANER, Josep Maria. Después del Movimento Moderno – Arquitectura de la Segunda Mitad del Siglo XX. Gustavo Gili, Barcelona, 1993.
- WESTON, Richard. Alvar Aalto. Phaidon Press Limited, London, 1995.