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Apóstolo: diferenças entre revisões

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| '''[[São Judas Tadeu|Judas Tadeu]]''' ou '''Lebeu'''|| Um dos três '''''Judas''''' relacionados com o ministério terreno de Jesus Cristo, foi chamado para ser um dos doze, não podendo ser confundido com o traidor Judas Iscariotes (cfr. {{bíblia aberta|livro=João|capítulo=14|verso=22}}). Diz a tradição que se dedicou à pregação do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na Pérsia. || Martirizado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por [[sacerdote]]s [[Zoroastrismo|zoroastristas]] juntamente com Simão, o Zelote.
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| '''[[São João Evangelista|João Zebedeu]]'''|| De todos os doze apóstolos, João tornou-se o mais destacado teólogo. Tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa. Segundo algumas interpretações, era o [[discípulo amado|apóstolo que Jesus mais amava]]. Era o líder da Igreja na região da cidade de [[Éfeso]], e diz-se que tinha [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]], a mãe de Jesus, em sua casa, de quem cuidava. Durante a perseguição do [[Lista de imperadores romanos|imperador romano]] [[Domiciano]], pelo meio da [[década de 90|década de 90 d.C.]], ele foi exilado na [[Ilha de Pátmos]]. Foi ali, segundo se crê, que ele teria escrito o último livro do Novo Testamento: o [[Livro do Apocalipse]] (veja [[João de Patmos]]). Uma tradição latina muito antiga informa que ele escapou sem se queimar, depois de ter sido jogado num caldeirão de óleo fervente. Isso teria acontecido na cidade de [[Roma]].|| Morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que sua tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
| '''[[São João Evangelista|João, filho de Zebedeu]]'''|| De todos os doze apóstolos, João tornou-se o mais destacado teólogo. Tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa. Segundo algumas interpretações, era o [[discípulo amado|apóstolo que Jesus mais amava]]. Era o líder da Igreja na região da cidade de [[Éfeso]], e diz-se que tinha [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]], a mãe de Jesus, em sua casa, de quem cuidava. Durante a perseguição do [[Lista de imperadores romanos|imperador romano]] [[Domiciano]], pelo meio da [[década de 90|década de 90 d.C.]], ele foi exilado na [[Ilha de Pátmos]]. Foi ali, segundo se crê, que ele teria escrito o último livro do Novo Testamento: o [[Livro do Apocalipse]] (veja [[João de Patmos]]). Uma tradição latina muito antiga informa que ele escapou sem se queimar, depois de ter sido jogado num caldeirão de óleo fervente. Isso teria acontecido na cidade de [[Roma]].|| Morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que sua tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
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| '''[[Judas Iscariotes]]'''|| Teria sido convocado pelo próprio Jesus, mas [[Beijo de Judas|traiu o Mestre]] enquanto este orava no [[Getsêmani]]. || Morreu suicidando por enforcamento, depois de ter se arrependido por entregar Jesus.

Revisão das 01h01min de 9 de junho de 2012

Wikcionário
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete apóstolo.
Gravura representanto a Escolha dos Apóstolos.

Na tradição cristã, os apóstolos, também chamados de discípulos de Jesus, foram os judeus enviados (como indicado pela palavra grega ἀπόστολος, apóstolos) por Jesus para pregar o Evangelho, inicialmente apenas aos judeus e depois também aos gentios, em todo o mundo antigo. Eram em total doze pessoas.

Segundo o Evangelho de Lucas, "Ele chamou para si os seus discípulos, e deles escolheu doze, a quem ele chamou de apóstolos" (Lucas 6:13).

Intuito missionário

O cristianismo, ao contrário do judaísmo de onde tem origem, tem por intenção missionar o maior número possível de pessoas. O judaísmo é uma religião que se caracteriza por um conjunto de regras de comportamento, algumas das quais são vistas como pouco convenientes para a sua aceitação pelos outros povos (nomeadamente a circuncisão e as regras de alimentação). Por outro lado, o monoteísmo é apelativo para os povos politeístas (ver sociologia da religião de David Hume).

Tanto a religião judaica como a cristã eram monoteístas e apelativas para muitos dos romanos, politeístas. Mas enquanto que os judeus mantiveram as suas tradições religiosas, os cristãos, inicialmente uma pequena seita do judaísmo, dispuseram-se a acabar com essas tradições para em contrapartida se tornarem mais apelativos aos gentios. Os apóstolos tiveram, neste contexto, um papel fundamental.

Os apóstolos - especialmente Paulo de Tarso, um homem que não conheceu Jesus pessoalmente,porém teve experiências extraordinárias, espirituais, quando no caminho de Damasco, o Senhor Jesus lhes apareceu, e a partir daquele momento, ocorreu a transformação e conver-são, do Saulo, para Paulo, o maior evangelista, que o cristianismo, teve e tem, em registros das escrituras, mas que é considerado pelos próprios apóstolos como um apóstolo também, e foi escolhido por Jesus para pregar aos gentios - foram aqueles que receberam a incumbência, do próprio Jesus, de esclarecer aos povos, incluindo os gentios, que não basta seguir à risca um conjunto de regras de comportamento nem realizar rituais (como os judeus acreditavam) para agradar a Deus e receber o seu favor, a sua salvação e que Deus deseja a salvação de todos e não apenas dos judeus; isto permitiu a entrada dos povos gentios nesta religião nascente.

Os tempos apostólicos - no sentido estrito do termo - constituem o período de vida dos doze, mais São Paulo, da ressurreição até à morte de cada um deles.

O sucesso da estratégia incutida ao cristianismo pelos apóstolos é evidente. Enquanto que o judaísmo permaneceu uma religião monoteísta transmitida de geração em geração, o cristianismo foi adoptado por outros povos (o Império Romano teve um importante papel na sua divulgação) e cresceu para influenciar a história e cultura da Europa desde então.

Sobre a vida dos apóstolos

Mais informações : Primeiros discípulos de Jesus

O Novo Testamento só registra a morte de um dos apóstolos: Tiago, filho de Zebedeu, que foi executado por Herodes Agripa I pelo ano 44 d.C. (Atos 12:2).

Judas Iscariotes, que traiu Jesus Cristo, fazia parte dos 12, mas perdeu sua designação de apóstolo após trair Jesus, e foi se enforcar, mas não teve êxito, morrendo de outra forma (Atos 1:18).

Nome Descrição Morte
Pedro Foi mártir na cidade de Roma em cerca de 64 d.C., durante a perseguição dos cristãos pelo imperador Nero. Crucificado de cabeça para baixo no Circo de Nero a seu próprio pedido, por não se sentir de valor suficiente para morrer da mesma forma que o seu Senhor havia morrido.
André Foi para a terra dos canibais, que hoje são os países que compuseram a ex-União Soviética, região identificada por Cítia, por Eusébio de Cesaréia. Os cristãos daquela região atestam que ele foi o primeiro a levar o Evangelho para lá. Ele também pregou na Ásia Menor, hoje conhecida como Turquia, e na Grécia, onde foi martirizado. É considerado o fundador da igreja em Bizâncio (Constatinopla e, atualmente, Istambul), motivo pelo qual é considerado o primeiro Patriarca de Constantinopla. Crucificado em uma cruz em forma de x.
Tomé Foi provavelmente o mais ativo do apóstolos ao leste da Síria. Uma tradição informa que ele pregou até a Índia. Os cristãos indianos chamados Martoma, uma denominação muito antiga dentro do Cristianismo, o reverenciam como o fundador dela. Foi morto em Mylapore, na Índia, por lanças de quatro soldados, conhecido como o que não cria ou incrédulo.
Filipe Possivelmente teve um ministério muito poderoso em Cartago, no Norte da África, e então na Ásia Menor, onde a mulher de um procônsul romano se converteu. Provavelmente morreu crucificado, mas alguns afirmam que foi preso e torturado pelo procônsul.
Mateus O coletor de impostos e escritor de um dos Evangelhos, ministrou na Pérsia (atual Irã) e na Etiópia. Um dos mais antigos comentários diz que ele não foi martirizado, enquanto outros dizem que ele foi apunhalado até morrer na Etiópia.
Bartolomeu Fez viagens missionárias para muitas partes. Porém tal informação é passada através de uma tradição. Ele teria ido à Índia com Tomé, voltou à Armênia, e foi também à Etiópia e ao sul da Arábia. Teria sido esfolado vivo e, depois, decapitado pelo governador de Albanópolis, atual Derbent.
Tiago, filho de Zebedeu Também chamado de Tiago Maior, foi um dos primeiros discípulos de Jesus. Foi decapitado em 44 d.c.
Tiago, filho de Alfeu Também conhecido como Tiago Menor, é um dos pelo menos três outros Tiagos referido no Novo Testamento. Existe alguma confusão sobre quem seria quem, mas este Tiago é considerado como sendo o que ministrou na Síria. Teria sido apedrejado.
Simão, o Zelote Teria ministrado na Pérsia e martirizado naquela região. Morto depois de negar sacrificar ao deus Sol, juntamente com Judas Tadeu.
Judas Tadeu ou Lebeu Um dos três Judas relacionados com o ministério terreno de Jesus Cristo, foi chamado para ser um dos doze, não podendo ser confundido com o traidor Judas Iscariotes (cfr. João 14:22). Diz a tradição que se dedicou à pregação do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na Pérsia. Martirizado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por sacerdotes zoroastristas juntamente com Simão, o Zelote.
João, filho de Zebedeu De todos os doze apóstolos, João tornou-se o mais destacado teólogo. Tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa. Segundo algumas interpretações, era o apóstolo que Jesus mais amava. Era o líder da Igreja na região da cidade de Éfeso, e diz-se que tinha Maria, a mãe de Jesus, em sua casa, de quem cuidava. Durante a perseguição do imperador romano Domiciano, pelo meio da década de 90 d.C., ele foi exilado na Ilha de Pátmos. Foi ali, segundo se crê, que ele teria escrito o último livro do Novo Testamento: o Livro do Apocalipse (veja João de Patmos). Uma tradição latina muito antiga informa que ele escapou sem se queimar, depois de ter sido jogado num caldeirão de óleo fervente. Isso teria acontecido na cidade de Roma. Morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que sua tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
Judas Iscariotes Teria sido convocado pelo próprio Jesus, mas traiu o Mestre enquanto este orava no Getsêmani. Morreu suicidando por enforcamento, depois de ter se arrependido por entregar Jesus.
Paulo (Saulo de Tarso) Perseguidor dos discípulos do Senhor, em uma das suas práticas converteu-se no caminho para Damasco, quando viu Jesus e ficou cego por três dias(At 9:1-9). Paulo o viu apenas uma vez. Tendo recebido a missão apostólica a partir do próprio Jesus. Dedicou a sua missão especialmente aos não-judeus. Feito prisioneiro em Roma, foi acusado de crimes de falta de lealdade a Roma, e uma vez que era cidadão romano, foi executado por decapitação na Via Ostiense e não por crucificação.
Matias Escolhido para ficar no lugar de Judas Iscariotes. Uma tradição diz que São Matias foi para a Síria com André. Morto na fogueira.

Ver também